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Rua José Getúlio, 217 - AclimaçãoApartamento residencial à venda, Liberdade, São Paulo. Morar em Aclimação, localizado em uma região nobre da cidade de São Paulo, o bairro da Aclimação fica na zona central da capital paulistana e oferece ótima qualidade de vida e comodidade aos seus moradores. O bairro Aclimação pode ser considerado um bairro de segurança média, com 63% das avaliações de moradores afirmando que é uma região segura. Além disso, 76% dos avaliadores afirmaram que o bairro possui ruas bem iluminadas e 82% avaliaram não ter risco de alagamentos. Apesar de ser vizinho de lugares conhecidos pela agitação durante todo o dia, o bairro da Aclimação é bastante calmo, tranquilo, aconchegante e com ares de interior, no qual você vê, com frequência, diversos moradores passeando com seus pets, caminhando na rua e contemplando as paisagens. Para quem quer ir às compras, o bairro fica dividido entre o luxuoso shopping Pátio Paulista e o comércio popular da Santa Efigênia. Além disso, o Teatro Santo Agostinho, próximo da estação Vergueiro, também é uma ótima opção para curtir a noite em família e aproveitar shows de comédia e espetáculos. E o que não pode faltar é morar em um bairro que tenha uma boa variedade de bares, restaurantes e padarias, não é mesmo? Com opções para todos os gostos, incluindo restaurantes vegetarianos e veganos, o bairro da Aclimação possui uma gastronomia riquíssima e acessível para qualquer bolso. No quesito saúde, destaca-se a boa quantidade de centros médicos situados pela região, como o AC Camargo e os Hospitais Santa Joana, Santa Catarina e Beneficência Portuguesa, excelentes alternativas em casos de emergência. Uma curiosidade sobre o bairro, é a presença da cultura sul-coreana. A tradição asiática é vista em restaurantes, lojas, igrejas e comércios tipicamente orientais, promovendo uma grande diversidade cultural. Apesar de sua localização, Aclimação é um dos bairros mais jovens de sua região, a central. Nasceu no século XX, depois que outros de perfil mais aristocrático, como Higienópolis, Pacaembu, Campos Elísios, ou mesmo industriais, como o Brás, haviam surgido. Todos desenvolveram-se a partir do loteamento das antigas chácaras e fazendas que tomavam as terras da capital, circundando os vários "caminhos de tropeiros", que faziam a ligação entre o centro da cidade, o sertão e o litoral. Havia o Caminho do Carro para Santo Amaro, que seguia por onde hoje estão as avenidas da Liberdade, Vergueiro e Domingos de Morais em direção ao distante povoado de Santo Amaro. Havia também o Caminho de Pinheiros, que partia da Sé, atravessava o Vale do Anhangabaú e descia pela atual rua da Consolação em direção ao que na época era um povoado indígena. Havia ainda um caminho para Minas Gerais, um para Goiás e também o Caminho do Mar ou Estrada de Santos, que descia a Rua da Glória, atravessava o rio Lavapés (hoje canalizado e oculto sob o nível da rua), seguia pelo Ipiranga e acabava em Santos. O local que deu origem ao bairro da Aclimação é uma área sinuosa, cheia de morros e baixadas, um triângulo conhecido como Sítio Tapanhoin, demarcado pelo Caminho do Mar e pelos córregos Lavapés e Cambuci. Foi essa área que Carlos Botelho, médico nascido em Piracicaba e formado em Paris, adquiriu em 1892, em busca da realização de um desejo nascido na capital francesa: a criação de uma versão brasileira para o Jardin d’Acclimatation, que, entre outras atrações, possuía um zôo e servia de base para a aclimatação de espécies exóticas, além de experiências envolvendo reprodução e hibridação de animais. Assim, o nome indígena deu lugar à inspiração francesa no que passou a se chamar Jardim da Aclimação, origem do atual Parque da Aclimação e de todo o bairro. Parque da Aclimação, um dos parques mais belos e famosos da cidade. Durante 30 anos, até a década de 1920, este jardim, muito maior do que é hoje, foi uma das grandes atrações da capital. No local Botelho conseguiu criar um complexo de lazer e de pesquisa. Ali, o médico, pesquisador e político realizava a quarentena, ou "aclimatação" de gado trazido da Holanda. Na "cremérie", os frequentadores do parque podiam beber leite tirado na hora ou adquirir derivados como creme ou queijo. Lá também funcionava a sede da Sociedade Hípica Paulista, que depois transferiu-se para o Brooklin Novo, um posto zootécnico e um laboratório de pesquisas científicas. Para o lazer, havia o bosque, o lago formado a partir do represamento de córregos da região, no qual havia canoas para passeios, um zoológico (o primeiro da cidade) com ursos, leões, macacos, elefantes, onças e outros animais, além de salão de baile, rink de patinação, barracas de jogos, aquário, parque de diversões. Para entrar, os visitantes pagavam 300 réis. Por se tratar de uma região semideserta, o acesso ao Jardim da Aclimação através de transporte público só era possível aos domingos e feriados, quando o bonde nº 28 partia da Sé. Anexa ao jardim, havia uma extensa área privada pertencente à família Botelho. Na década de 1930, ela começou a ser loteada pelos filhos do médico, que há anos enveredara para a atividade política e passara a propriedade das terras aos seus herdeiros. Em 1938, ao ser informado de que estes, com dificuldades para arcar com a manutenção e despesas do Jardim da Aclimação, iriam loteá-lo também, o prefeito Prestes Maia propôs a compra do local. Em 16 de janeiro de 1939, os herdeiros Antônio Carlos de Arruda Botelho, Constança Botelho de Macedo Costa e Carlos José Botelho Júnior oficializaram a venda da área de 182 mil metros quadrados à prefeitura de São Paulo, por um valor de 2.850 contos de réis. Paradoxalmente, a aquisição marcaria não o renascimento do Jardim da Aclimação, mas o fim, em definitivo, da maior parte de suas atrações, e o início de longos períodos de alternância entre abandono e revitalização da área verde. Ocupação e verticalização Enquanto o Jardim da Aclimação ainda vivia seus dias de glória, o que viria a ser um bairro começava a tomar forma. Se em 1900 existiam apenas as ruas e avenidas que hoje o delimitam em relação a seus vizinhos, como Vergueiro, Lins de Vasconcelos ou Tamandaré, em 1905 estavam abertas as ruas Pires da Mota, Cururipe, Espírito Santo, José Getúlio, Baturité e o trecho inicial da atual Avenida da Aclimação. Em 1914, já constavam do mapa as ruas Machado de Assis, além de parte da Paula Ney e José do Patrocínio. Entre essas vias - localizadas na área mais íngreme das terras chamadas de Morro da Aclimação e pertencentes originalmente à família de Francisco Justino da Silva, e outras, como a Lins de Vasconcelos, a Avenida da Aclimação e o próprio Jardim da Aclimação - tudo o que existia ainda era um longo trecho com características rurais, dominado por mato, córregos, plantações e estábulos. Em 1916, sempre respeitando a sinuosidade da região, começou a ser aberta uma série de ruas que formam um semicírculo a partir da avenida da Aclimação, convergindo para o Largo Rodrigues Alves, atual Praça General Polidoro, todas com nomes de pedras preciosas: Turmalina, Topázio, Diamante, Ágata, Safira, Esmeralda, Rubi, etc. Mais acima, em direção à rua Nilo, a inspiração para o nome dos logradouros foram os planetas do sistema solar: Júpiter, Urano, Saturno. Só após 1928 os mapas mostram uma relativa ocupação do Morro da Aclimação entre a rua Jurubatuba (atual Avenida Armando Ferrentini) e o cemitério de Vila Mariana. Nascia ali um bairro residencial de classe média, no qual predominavam as casas térreas e os sobrados, que receberam italianos, japoneses, portugueses e paulistanos. Em 1938 foi criado o subdistrito da Aclimação, extinto em 1986, quando o município de São Paulo foi reorganizado em 96 distritos. Contudo, existe ainda o Cartório do Registro Civil do Subdistrito da Aclimação, criado por competência do Poder Judiciário estadual. A partir da década de 1970, no entanto, a expansão imobiliária fez surgir mais e mais edifícios, marcando a verticalização crescente do bairro, o aumento da população e a consequente instalação de bancos, escolas, casas de comércio, imobiliárias e prestadoras de serviços para atender às demandas dos moradores. Em vias importantes como a Avenida da Aclimação, são poucos os endereços residenciais que ainda resistem ao assédio do mercado imobiliário. Atualidade Em virtude de sua localização recebe diversos empreendimentos imobiliários destinados à classe-média alta[5] e torna-se cada vez mais valorizado.[6][7] Esse "boom imobiliário" causa adensamento no trânsito e o desaparecimento das características originais do bairro, como as residências geminadas e os sobrados antigos.[5] Há também uma mudança do perfil socioeconômico de classe média para classe-média alta[5], podendo ser classificado como bairro nobre[8][9], razão pela qual o CRECI o considera como uma "Zona de Valor B". Brooklin, Cerqueira César, Alto de Santana e Paraíso, outras áreas nobres da capital, também estão presentes nesse grupo.[10] Aclimação é um dos redutos da comunidade coreana da cidade. Nos arredores da Praça General Polidoro abriga restaurantes, igrejas e outros comércios tipicamente asiáticos. A forte presença coreana é atestada pelos frequentadores do parque do bairro, que em sua maioria pertencem à comunidade.[11] Conforme pesquisas feitas por imobiliárias da região estima-se que 30% dos moradores de cada edifício do bairro sejam coreanos ou descendentes.[11] Uma das explicativas para essa escolha é a presença de igrejas presbiterianas nas áreas próximas ao bairro, já que o protestantismo é praticado pela maioria. Teve a maior queda de granizo da história no bairro em maio de 2014, levando à morte de todos os peixes do lago do Parque da Aclimação, destruindo casas e acumulando mais de 310 toneladas de gelo nas ruas do bairro. Morar em Aclimação, localizado em uma região nobre da cidade de São Paulo, o bairro da Aclimação fica na zona central da capital paulistana e oferece ótima qualidade de vida e comodidade aos seus moradores. O bairro Aclimação pode ser considerado um bairro de segurança média, com 63% das avaliações de moradores afirmando que é uma região segura. Além disso, 76% dos avaliadores afirmaram que o bairro possui ruas bem iluminadas e 82% avaliaram não ter risco de alagamentos. Apesar de ser vizinho de lugares conhecidos pela agitação durante todo o dia, o bairro da Aclimação é bastante calmo, tranquilo, aconchegante e com ares de interior, no qual você vê, com frequência, diversos moradores passeando com seus pets, caminhando na rua e contemplando as paisagens. Para quem quer ir às compras, o bairro fica dividido entre o luxuoso shopping Pátio Paulista e o comércio popular da Santa Efigênia. Além disso, o Teatro Santo Agostinho, próximo da estação Vergueiro, também é uma ótima opção para curtir a noite em família e aproveitar shows de comédia e espetáculos. E o que não pode faltar é morar em um bairro que tenha uma boa variedade de bares, restaurantes e padarias, não é mesmo? Com opções para todos os gostos, incluindo restaurantes vegetarianos e veganos, o bairro da Aclimação possui uma gastronomia riquíssima e acessível para qualquer bolso. No quesito saúde, destaca-se a boa quantidade de centros médicos situados pela região, como o AC Camargo e os Hospitais Santa Joana, Santa Catarina e Beneficência Portuguesa, excelentes alternativas em casos de emergência. Uma curiosidade sobre o bairro, é a presença da cultura sul-coreana. A tradição asiática é vista em restaurantes, lojas, igrejas e comércios tipicamente orientais, promovendo uma grande diversidade cultural. Apesar de sua localização, Aclimação é um dos bairros mais jovens de sua região, a central. Nasceu no século XX, depois que outros de perfil mais aristocrático, como Higienópolis, Pacaembu, Campos Elísios, ou mesmo industriais, como o Brás, haviam surgido. Todos desenvolveram-se a partir do loteamento das antigas chácaras e fazendas que tomavam as terras da capital, circundando os vários "caminhos de tropeiros", que faziam a ligação entre o centro da cidade, o sertão e o litoral. Havia o Caminho do Carro para Santo Amaro, que seguia por onde hoje estão as avenidas da Liberdade, Vergueiro e Domingos de Morais em direção ao distante povoado de Santo Amaro. Havia também o Caminho de Pinheiros, que partia da Sé, atravessava o Vale do Anhangabaú e descia pela atual rua da Consolação em direção ao que na época era um povoado indígena. Havia ainda um caminho para Minas Gerais, um para Goiás e também o Caminho do Mar ou Estrada de Santos, que descia a Rua da Glória, atravessava o rio Lavapés (hoje canalizado e oculto sob o nível da rua), seguia pelo Ipiranga e acabava em Santos. O local que deu origem ao bairro da Aclimação é uma área sinuosa, cheia de morros e baixadas, um triângulo conhecido como Sítio Tapanhoin, demarcado pelo Caminho do Mar e pelos córregos Lavapés e Cambuci. Foi essa área que Carlos Botelho, médico nascido em Piracicaba e formado em Paris, adquiriu em 1892, em busca da realização de um desejo nascido na capital francesa: a criação de uma versão brasileira para o Jardin d’Acclimatation, que, entre outras atrações, possuía um zôo e servia de base para a aclimatação de espécies exóticas, além de experiências envolvendo reprodução e hibridação de animais. Assim, o nome indígena deu lugar à inspiração francesa no que passou a se chamar Jardim da Aclimação, origem do atual Parque da Aclimação e de todo o bairro. Parque da Aclimação, um dos parques mais belos e famosos da cidade. Durante 30 anos, até a década de 1920, este jardim, muito maior do que é hoje, foi uma das grandes atrações da capital. No local Botelho conseguiu criar um complexo de lazer e de pesquisa. Ali, o médico, pesquisador e político realizava a quarentena, ou "aclimatação" de gado trazido da Holanda. Na "cremérie", os frequentadores do parque podiam beber leite tirado na hora ou adquirir derivados como creme ou queijo. Lá também funcionava a sede da Sociedade Hípica Paulista, que depois transferiu-se para o Brooklin Novo, um posto zootécnico e um laboratório de pesquisas científicas. Para o lazer, havia o bosque, o lago formado a partir do represamento de córregos da região, no qual havia canoas para passeios, um zoológico (o primeiro da cidade) com ursos, leões, macacos, elefantes, onças e outros animais, além de salão de baile, rink de patinação, barracas de jogos, aquário, parque de diversões. Para entrar, os visitantes pagavam 300 réis. Por se tratar de uma região semideserta, o acesso ao Jardim da Aclimação através de transporte público só era possível aos domingos e feriados, quando o bonde nº 28 partia da Sé. Anexa ao jardim, havia uma extensa área privada pertencente à família Botelho. Na década de 1930, ela começou a ser loteada pelos filhos do médico, que há anos enveredara para a atividade política e passara a propriedade das terras aos seus herdeiros. Em 1938, ao ser informado de que estes, com dificuldades para arcar com a manutenção e despesas do Jardim da Aclimação, iriam loteá-lo também, o prefeito Prestes Maia propôs a compra do local. Em 16 de janeiro de 1939, os herdeiros Antônio Carlos de Arruda Botelho, Constança Botelho de Macedo Costa e Carlos José Botelho Júnior oficializaram a venda da área de 182 mil metros quadrados à prefeitura de São Paulo, por um valor de 2.850 contos de réis. Paradoxalmente, a aquisição marcaria não o renascimento do Jardim da Aclimação, mas o fim, em definitivo, da maior parte de suas atrações, e o início de longos períodos de alternância entre abandono e revitalização da área verde. Ocupação e verticalização Enquanto o Jardim da Aclimação ainda vivia seus dias de glória, o que viria a ser um bairro começava a tomar forma. Se em 1900 existiam apenas as ruas e avenidas que hoje o delimitam em relação a seus vizinhos, como Vergueiro, Lins de Vasconcelos ou Tamandaré, em 1905 estavam abertas as ruas Pires da Mota, Cururipe, Espírito Santo, José Getúlio, Baturité e o trecho inicial da atual Avenida da Aclimação. Em 1914, já constavam do mapa as ruas Machado de Assis, além de parte da Paula Ney e José do Patrocínio. Entre essas vias - localizadas na área mais íngreme das terras chamadas de Morro da Aclimação e pertencentes originalmente à família de Francisco Justino da Silva, e outras, como a Lins de Vasconcelos, a Avenida da Aclimação e o próprio Jardim da Aclimação - tudo o que existia ainda era um longo trecho com características rurais, dominado por mato, córregos, plantações e estábulos. Em 1916, sempre respeitando a sinuosidade da região, começou a ser aberta uma série de ruas que formam um semicírculo a partir da avenida da Aclimação, convergindo para o Largo Rodrigues Alves, atual Praça General Polidoro, todas com nomes de pedras preciosas: Turmalina, Topázio, Diamante, Ágata, Safira, Esmeralda, Rubi, etc. Mais acima, em direção à rua Nilo, a inspiração para o nome dos logradouros foram os planetas do sistema solar: Júpiter, Urano, Saturno. Só após 1928 os mapas mostram uma relativa ocupação do Morro da Aclimação entre a rua Jurubatuba (atual Avenida Armando Ferrentini) e o cemitério de Vila Mariana. Nascia ali um bairro residencial de classe média, no qual predominavam as casas térreas e os sobrados, que receberam italianos, japoneses, portugueses e paulistanos. Em 1938 foi criado o subdistrito da Aclimação, extinto em 1986, quando o município de São Paulo foi reorganizado em 96 distritos. Contudo, existe ainda o Cartório do Registro Civil do Subdistrito da Aclimação, criado por competência do Poder Judiciário estadual. A partir da década de 1970, no entanto, a expansão imobiliária fez surgir mais e mais edifícios, marcando a verticalização crescente do bairro, o aumento da população e a consequente instalação de bancos, escolas, casas de comércio, imobiliárias e prestadoras de serviços para atender às demandas dos moradores. Em vias importantes como a Avenida da Aclimação, são poucos os endereços residenciais que ainda resistem ao assédio do mercado imobiliário. Atualidade Em virtude de sua localização recebe diversos empreendimentos imobiliários destinados à classe-média alta[5] e torna-se cada vez mais valorizado.[6][7] Esse "boom imobiliário" causa adensamento no trânsito e o desaparecimento das características originais do bairro, como as residências geminadas e os sobrados antigos.[5] Há também uma mudança do perfil socioeconômico de classe média para classe-média alta[5], podendo ser classificado como bairro nobre[8][9], razão pela qual o CRECI o considera como uma "Zona de Valor B". Brooklin, Cerqueira César, Alto de Santana e Paraíso, outras áreas nobres da capital, também estão presentes nesse grupo.[10] Aclimação é um dos redutos da comunidade coreana da cidade. Nos arredores da Praça General Polidoro abriga restaurantes, igrejas e outros comércios tipicamente asiáticos. A forte presença coreana é atestada pelos frequentadores do parque do bairro, que em sua maioria pertencem à comunidade.[11] Conforme pesquisas feitas por imobiliárias da região estima-se que 30% dos moradores de cada edifício do bairro sejam coreanos ou descendentes.[11] Uma das explicativas para essa escolha é a presença de igrejas presbiterianas nas áreas próximas ao bairro, já que o protestantismo é praticado pela maioria.[11] Teve a maior queda de granizo da história no bairro em maio de 2014, levando à morte de todos os peixes do lago do Parque da Aclimação, destruindo casas e acumulando mais de 310 toneladas de gelo nas ruas do bairro.São Paulo - SPApartamento residencial à venda, Liberdade, São Paulo. Morar em Aclimação, localizado em uma região nobre da cidade de São Paulo, o bairro da Aclimação fica na zona central da capital paulistana e oferece ótima qualidade de vida e comodidade aos seus moradores. O bairro Aclimação pode ser considerado um bairro de segurança média, com 63% das avaliações de moradores afirmando que é uma região segura. Além disso, 76% dos avaliadores afirmaram que o bairro possui ruas bem iluminadas e 82% avaliaram não ter risco de alagamentos. Apesar de ser vizinho de lugares conhecidos pela agitação durante todo o dia, o bairro da Aclimação é bastante calmo, tranquilo, aconchegante e com ares de interior, no qual você vê, com frequência, diversos moradores passeando com seus pets, caminhando na rua e contemplando as paisagens. Para quem quer ir às compras, o bairro fica dividido entre o luxuoso shopping Pátio Paulista e o comércio popular da Santa Efigênia. Além disso, o Teatro Santo Agostinho, próximo da estação Vergueiro, também é uma ótima opção para curtir a noite em família e aproveitar shows de comédia e espetáculos. E o que não pode faltar é morar em um bairro que tenha uma boa variedade de bares, restaurantes e padarias, não é mesmo? Com opções para todos os gostos, incluindo restaurantes vegetarianos e veganos, o bairro da Aclimação possui uma gastronomia riquíssima e acessível para qualquer bolso. No quesito saúde, destaca-se a boa quantidade de centros médicos situados pela região, como o AC Camargo e os Hospitais Santa Joana, Santa Catarina e Beneficência Portuguesa, excelentes alternativas em casos de emergência. Uma curiosidade sobre o bairro, é a presença da cultura sul-coreana. A tradição asiática é vista em restaurantes, lojas, igrejas e comércios tipicamente orientais, promovendo uma grande diversidade cultural. Apesar de sua localização, Aclimação é um dos bairros mais jovens de sua região, a central. Nasceu no século XX, depois que outros de perfil mais aristocrático, como Higienópolis, Pacaembu, Campos Elísios, ou mesmo industriais, como o Brás, haviam surgido. Todos desenvolveram-se a partir do loteamento das antigas chácaras e fazendas que tomavam as terras da capital, circundando os vários "caminhos de tropeiros", que faziam a ligação entre o centro da cidade, o sertão e o litoral. Havia o Caminho do Carro para Santo Amaro, que seguia por onde hoje estão as avenidas da Liberdade, Vergueiro e Domingos de Morais em direção ao distante povoado de Santo Amaro. Havia também o Caminho de Pinheiros, que partia da Sé, atravessava o Vale do Anhangabaú e descia pela atual rua da Consolação em direção ao que na época era um povoado indígena. Havia ainda um caminho para Minas Gerais, um para Goiás e também o Caminho do Mar ou Estrada de Santos, que descia a Rua da Glória, atravessava o rio Lavapés (hoje canalizado e oculto sob o nível da rua), seguia pelo Ipiranga e acabava em Santos. O local que deu origem ao bairro da Aclimação é uma área sinuosa, cheia de morros e baixadas, um triângulo conhecido como Sítio Tapanhoin, demarcado pelo Caminho do Mar e pelos córregos Lavapés e Cambuci. Foi essa área que Carlos Botelho, médico nascido em Piracicaba e formado em Paris, adquiriu em 1892, em busca da realização de um desejo nascido na capital francesa: a criação de uma versão brasileira para o Jardin d’Acclimatation, que, entre outras atrações, possuía um zôo e servia de base para a aclimatação de espécies exóticas, além de experiências envolvendo reprodução e hibridação de animais. Assim, o nome indígena deu lugar à inspiração francesa no que passou a se chamar Jardim da Aclimação, origem do atual Parque da Aclimação e de todo o bairro. Parque da Aclimação, um dos parques mais belos e famosos da cidade. Durante 30 anos, até a década de 1920, este jardim, muito maior do que é hoje, foi uma das grandes atrações da capital. No local Botelho conseguiu criar um complexo de lazer e de pesquisa. Ali, o médico, pesquisador e político realizava a quarentena, ou "aclimatação" de gado trazido da Holanda. Na "cremérie", os frequentadores do parque podiam beber leite tirado na hora ou adquirir derivados como creme ou queijo. Lá também funcionava a sede da Sociedade Hípica Paulista, que depois transferiu-se para o Brooklin Novo, um posto zootécnico e um laboratório de pesquisas científicas. Para o lazer, havia o bosque, o lago formado a partir do represamento de córregos da região, no qual havia canoas para passeios, um zoológico (o primeiro da cidade) com ursos, leões, macacos, elefantes, onças e outros animais, além de salão de baile, rink de patinação, barracas de jogos, aquário, parque de diversões. Para entrar, os visitantes pagavam 300 réis. Por se tratar de uma região semideserta, o acesso ao Jardim da Aclimação através de transporte público só era possível aos domingos e feriados, quando o bonde nº 28 partia da Sé. Anexa ao jardim, havia uma extensa área privada pertencente à família Botelho. Na década de 1930, ela começou a ser loteada pelos filhos do médico, que há anos enveredara para a atividade política e passara a propriedade das terras aos seus herdeiros. Em 1938, ao ser informado de que estes, com dificuldades para arcar com a manutenção e despesas do Jardim da Aclimação, iriam loteá-lo também, o prefeito Prestes Maia propôs a compra do local. Em 16 de janeiro de 1939, os herdeiros Antônio Carlos de Arruda Botelho, Constança Botelho de Macedo Costa e Carlos José Botelho Júnior oficializaram a venda da área de 182 mil metros quadrados à prefeitura de São Paulo, por um valor de 2.850 contos de réis. Paradoxalmente, a aquisição marcaria não o renascimento do Jardim da Aclimação, mas o fim, em definitivo, da maior parte de suas atrações, e o início de longos períodos de alternância entre abandono e revitalização da área verde. Ocupação e verticalização Enquanto o Jardim da Aclimação ainda vivia seus dias de glória, o que viria a ser um bairro começava a tomar forma. Se em 1900 existiam apenas as ruas e avenidas que hoje o delimitam em relação a seus vizinhos, como Vergueiro, Lins de Vasconcelos ou Tamandaré, em 1905 estavam abertas as ruas Pires da Mota, Cururipe, Espírito Santo, José Getúlio, Baturité e o trecho inicial da atual Avenida da Aclimação. Em 1914, já constavam do mapa as ruas Machado de Assis, além de parte da Paula Ney e José do Patrocínio. Entre essas vias - localizadas na área mais íngreme das terras chamadas de Morro da Aclimação e pertencentes originalmente à família de Francisco Justino da Silva, e outras, como a Lins de Vasconcelos, a Avenida da Aclimação e o próprio Jardim da Aclimação - tudo o que existia ainda era um longo trecho com características rurais, dominado por mato, córregos, plantações e estábulos. Em 1916, sempre respeitando a sinuosidade da região, começou a ser aberta uma série de ruas que formam um semicírculo a partir da avenida da Aclimação, convergindo para o Largo Rodrigues Alves, atual Praça General Polidoro, todas com nomes de pedras preciosas: Turmalina, Topázio, Diamante, Ágata, Safira, Esmeralda, Rubi, etc. Mais acima, em direção à rua Nilo, a inspiração para o nome dos logradouros foram os planetas do sistema solar: Júpiter, Urano, Saturno. Só após 1928 os mapas mostram uma relativa ocupação do Morro da Aclimação entre a rua Jurubatuba (atual Avenida Armando Ferrentini) e o cemitério de Vila Mariana. Nascia ali um bairro residencial de classe média, no qual predominavam as casas térreas e os sobrados, que receberam italianos, japoneses, portugueses e paulistanos. Em 1938 foi criado o subdistrito da Aclimação, extinto em 1986, quando o município de São Paulo foi reorganizado em 96 distritos. Contudo, existe ainda o Cartório do Registro Civil do Subdistrito da Aclimação, criado por competência do Poder Judiciário estadual. A partir da década de 1970, no entanto, a expansão imobiliária fez surgir mais e mais edifícios, marcando a verticalização crescente do bairro, o aumento da população e a consequente instalação de bancos, escolas, casas de comércio, imobiliárias e prestadoras de serviços para atender às demandas dos moradores. Em vias importantes como a Avenida da Aclimação, são poucos os endereços residenciais que ainda resistem ao assédio do mercado imobiliário. Atualidade Em virtude de sua localização recebe diversos empreendimentos imobiliários destinados à classe-média alta[5] e torna-se cada vez mais valorizado.[6][7] Esse "boom imobiliário" causa adensamento no trânsito e o desaparecimento das características originais do bairro, como as residências geminadas e os sobrados antigos.[5] Há também uma mudança do perfil socioeconômico de classe média para classe-média alta[5], podendo ser classificado como bairro nobre[8][9], razão pela qual o CRECI o considera como uma "Zona de Valor B". Brooklin, Cerqueira César, Alto de Santana e Paraíso, outras áreas nobres da capital, também estão presentes nesse grupo.[10] Aclimação é um dos redutos da comunidade coreana da cidade. Nos arredores da Praça General Polidoro abriga restaurantes, igrejas e outros comércios tipicamente asiáticos. A forte presença coreana é atestada pelos frequentadores do parque do bairro, que em sua maioria pertencem à comunidade.[11] Conforme pesquisas feitas por imobiliárias da região estima-se que 30% dos moradores de cada edifício do bairro sejam coreanos ou descendentes.[11] Uma das explicativas para essa escolha é a presença de igrejas presbiterianas nas áreas próximas ao bairro, já que o protestantismo é praticado pela maioria. Teve a maior queda de granizo da história no bairro em maio de 2014, levando à morte de todos os peixes do lago do Parque da Aclimação, destruindo casas e acumulando mais de 310 toneladas de gelo nas ruas do bairro. Morar em Aclimação, localizado em uma região nobre da cidade de São Paulo, o bairro da Aclimação fica na zona central da capital paulistana e oferece ótima qualidade de vida e comodidade aos seus moradores. O bairro Aclimação pode ser considerado um bairro de segurança média, com 63% das avaliações de moradores afirmando que é uma região segura. Além disso, 76% dos avaliadores afirmaram que o bairro possui ruas bem iluminadas e 82% avaliaram não ter risco de alagamentos. Apesar de ser vizinho de lugares conhecidos pela agitação durante todo o dia, o bairro da Aclimação é bastante calmo, tranquilo, aconchegante e com ares de interior, no qual você vê, com frequência, diversos moradores passeando com seus pets, caminhando na rua e contemplando as paisagens. Para quem quer ir às compras, o bairro fica dividido entre o luxuoso shopping Pátio Paulista e o comércio popular da Santa Efigênia. Além disso, o Teatro Santo Agostinho, próximo da estação Vergueiro, também é uma ótima opção para curtir a noite em família e aproveitar shows de comédia e espetáculos. E o que não pode faltar é morar em um bairro que tenha uma boa variedade de bares, restaurantes e padarias, não é mesmo? Com opções para todos os gostos, incluindo restaurantes vegetarianos e veganos, o bairro da Aclimação possui uma gastronomia riquíssima e acessível para qualquer bolso. No quesito saúde, destaca-se a boa quantidade de centros médicos situados pela região, como o AC Camargo e os Hospitais Santa Joana, Santa Catarina e Beneficência Portuguesa, excelentes alternativas em casos de emergência. Uma curiosidade sobre o bairro, é a presença da cultura sul-coreana. A tradição asiática é vista em restaurantes, lojas, igrejas e comércios tipicamente orientais, promovendo uma grande diversidade cultural. Apesar de sua localização, Aclimação é um dos bairros mais jovens de sua região, a central. Nasceu no século XX, depois que outros de perfil mais aristocrático, como Higienópolis, Pacaembu, Campos Elísios, ou mesmo industriais, como o Brás, haviam surgido. Todos desenvolveram-se a partir do loteamento das antigas chácaras e fazendas que tomavam as terras da capital, circundando os vários "caminhos de tropeiros", que faziam a ligação entre o centro da cidade, o sertão e o litoral. Havia o Caminho do Carro para Santo Amaro, que seguia por onde hoje estão as avenidas da Liberdade, Vergueiro e Domingos de Morais em direção ao distante povoado de Santo Amaro. Havia também o Caminho de Pinheiros, que partia da Sé, atravessava o Vale do Anhangabaú e descia pela atual rua da Consolação em direção ao que na época era um povoado indígena. Havia ainda um caminho para Minas Gerais, um para Goiás e também o Caminho do Mar ou Estrada de Santos, que descia a Rua da Glória, atravessava o rio Lavapés (hoje canalizado e oculto sob o nível da rua), seguia pelo Ipiranga e acabava em Santos. O local que deu origem ao bairro da Aclimação é uma área sinuosa, cheia de morros e baixadas, um triângulo conhecido como Sítio Tapanhoin, demarcado pelo Caminho do Mar e pelos córregos Lavapés e Cambuci. Foi essa área que Carlos Botelho, médico nascido em Piracicaba e formado em Paris, adquiriu em 1892, em busca da realização de um desejo nascido na capital francesa: a criação de uma versão brasileira para o Jardin d’Acclimatation, que, entre outras atrações, possuía um zôo e servia de base para a aclimatação de espécies exóticas, além de experiências envolvendo reprodução e hibridação de animais. Assim, o nome indígena deu lugar à inspiração francesa no que passou a se chamar Jardim da Aclimação, origem do atual Parque da Aclimação e de todo o bairro. Parque da Aclimação, um dos parques mais belos e famosos da cidade. Durante 30 anos, até a década de 1920, este jardim, muito maior do que é hoje, foi uma das grandes atrações da capital. No local Botelho conseguiu criar um complexo de lazer e de pesquisa. Ali, o médico, pesquisador e político realizava a quarentena, ou "aclimatação" de gado trazido da Holanda. Na "cremérie", os frequentadores do parque podiam beber leite tirado na hora ou adquirir derivados como creme ou queijo. Lá também funcionava a sede da Sociedade Hípica Paulista, que depois transferiu-se para o Brooklin Novo, um posto zootécnico e um laboratório de pesquisas científicas. Para o lazer, havia o bosque, o lago formado a partir do represamento de córregos da região, no qual havia canoas para passeios, um zoológico (o primeiro da cidade) com ursos, leões, macacos, elefantes, onças e outros animais, além de salão de baile, rink de patinação, barracas de jogos, aquário, parque de diversões. Para entrar, os visitantes pagavam 300 réis. Por se tratar de uma região semideserta, o acesso ao Jardim da Aclimação através de transporte público só era possível aos domingos e feriados, quando o bonde nº 28 partia da Sé. Anexa ao jardim, havia uma extensa área privada pertencente à família Botelho. Na década de 1930, ela começou a ser loteada pelos filhos do médico, que há anos enveredara para a atividade política e passara a propriedade das terras aos seus herdeiros. Em 1938, ao ser informado de que estes, com dificuldades para arcar com a manutenção e despesas do Jardim da Aclimação, iriam loteá-lo também, o prefeito Prestes Maia propôs a compra do local. Em 16 de janeiro de 1939, os herdeiros Antônio Carlos de Arruda Botelho, Constança Botelho de Macedo Costa e Carlos José Botelho Júnior oficializaram a venda da área de 182 mil metros quadrados à prefeitura de São Paulo, por um valor de 2.850 contos de réis. Paradoxalmente, a aquisição marcaria não o renascimento do Jardim da Aclimação, mas o fim, em definitivo, da maior parte de suas atrações, e o início de longos períodos de alternância entre abandono e revitalização da área verde. Ocupação e verticalização Enquanto o Jardim da Aclimação ainda vivia seus dias de glória, o que viria a ser um bairro começava a tomar forma. Se em 1900 existiam apenas as ruas e avenidas que hoje o delimitam em relação a seus vizinhos, como Vergueiro, Lins de Vasconcelos ou Tamandaré, em 1905 estavam abertas as ruas Pires da Mota, Cururipe, Espírito Santo, José Getúlio, Baturité e o trecho inicial da atual Avenida da Aclimação. Em 1914, já constavam do mapa as ruas Machado de Assis, além de parte da Paula Ney e José do Patrocínio. Entre essas vias - localizadas na área mais íngreme das terras chamadas de Morro da Aclimação e pertencentes originalmente à família de Francisco Justino da Silva, e outras, como a Lins de Vasconcelos, a Avenida da Aclimação e o próprio Jardim da Aclimação - tudo o que existia ainda era um longo trecho com características rurais, dominado por mato, córregos, plantações e estábulos. Em 1916, sempre respeitando a sinuosidade da região, começou a ser aberta uma série de ruas que formam um semicírculo a partir da avenida da Aclimação, convergindo para o Largo Rodrigues Alves, atual Praça General Polidoro, todas com nomes de pedras preciosas: Turmalina, Topázio, Diamante, Ágata, Safira, Esmeralda, Rubi, etc. Mais acima, em direção à rua Nilo, a inspiração para o nome dos logradouros foram os planetas do sistema solar: Júpiter, Urano, Saturno. Só após 1928 os mapas mostram uma relativa ocupação do Morro da Aclimação entre a rua Jurubatuba (atual Avenida Armando Ferrentini) e o cemitério de Vila Mariana. Nascia ali um bairro residencial de classe média, no qual predominavam as casas térreas e os sobrados, que receberam italianos, japoneses, portugueses e paulistanos. Em 1938 foi criado o subdistrito da Aclimação, extinto em 1986, quando o município de São Paulo foi reorganizado em 96 distritos. Contudo, existe ainda o Cartório do Registro Civil do Subdistrito da Aclimação, criado por competência do Poder Judiciário estadual. A partir da década de 1970, no entanto, a expansão imobiliária fez surgir mais e mais edifícios, marcando a verticalização crescente do bairro, o aumento da população e a consequente instalação de bancos, escolas, casas de comércio, imobiliárias e prestadoras de serviços para atender às demandas dos moradores. Em vias importantes como a Avenida da Aclimação, são poucos os endereços residenciais que ainda resistem ao assédio do mercado imobiliário. Atualidade Em virtude de sua localização recebe diversos empreendimentos imobiliários destinados à classe-média alta[5] e torna-se cada vez mais valorizado.[6][7] Esse "boom imobiliário" causa adensamento no trânsito e o desaparecimento das características originais do bairro, como as residências geminadas e os sobrados antigos.[5] Há também uma mudança do perfil socioeconômico de classe média para classe-média alta[5], podendo ser classificado como bairro nobre[8][9], razão pela qual o CRECI o considera como uma "Zona de Valor B". Brooklin, Cerqueira César, Alto de Santana e Paraíso, outras áreas nobres da capital, também estão presentes nesse grupo.[10] Aclimação é um dos redutos da comunidade coreana da cidade. Nos arredores da Praça General Polidoro abriga restaurantes, igrejas e outros comércios tipicamente asiáticos. A forte presença coreana é atestada pelos frequentadores do parque do bairro, que em sua maioria pertencem à comunidade.[11] Conforme pesquisas feitas por imobiliárias da região estima-se que 30% dos moradores de cada edifício do bairro sejam coreanos ou descendentes.[11] Uma das explicativas para essa escolha é a presença de igrejas presbiterianas nas áreas próximas ao bairro, já que o protestantismo é praticado pela maioria.[11] Teve a maior queda de granizo da história no bairro em maio de 2014, levando à morte de todos os peixes do lago do Parque da Aclimação, destruindo casas e acumulando mais de 310 toneladas de gelo nas ruas do bairro.
Rua Pires da Mota - lado par, 64 - AclimaçãoSobre Aclimação A Aclimação é uma opção muito especial para se alugar um imóvel, pois apesar de estar no centro de São Paulo, o local possui clima interiorano, com moradores passeando com seus animais de estimação em suas ruas tranquilas. Morar na Aclimação é ver lado a lado casas mais antigas, que reforçam o clima do interior, prédios simples e edifícios de alto padrão. O bairro está localizado no centro-oeste da cidade de São Paulo e fica pertinho da Liberdade e Paraíso. Mesmo estando a poucos minutos da Avenida Paulista, o coração de São Paulo, a vizinhança oferece tamanha tranquilidade que é possível ouvir os pássaros cantando logo pela manhã. A infraestrutura do bairro também não deixa em nada a desejar para quem vem morar por aqui. A Aclimação é bem servida de várias estações do metrô, como São Joaquim e Vergueiro, bem como linhas de ônibus municipais e intermunicipais. Por estar perto do centro, também oferece facilidade de acesso para a rodoviária do Tietê, que tem ônibus com destino para todo o país, e para os aeroportos de Congonhas e Guarulhos. Morar no bairro também garante aos moradores a facilidade de acesso a unidades de saúde, como o Hospital do Servidor Público e Centro Médico Castro. O bairro ainda dispõe de várias escolas de ensino fundamental e médio, além de importantes instituições de ensino de idiomas. Também há dois berçários e escolas infantis, além de duas unidades da Unip. Na hora do lazer, moradores e visitantes de outras partes da cidade não deixam de ir ao Parque da Aclimação, um espaço amplo que permite a tranquilidade da natureza em meio à cidade grande. A Aclimação é um bairro bom e seguro, pois a sua proximidade com o centro da cidade permite maior policiamento dia e noite, além da segurança privada de edifícios. A Aclimação é um bom lugar para o seu pet, pois é dos bairros que mais possui animais de estimação na cidade. Logo, por lá você também tem acesso a vários pets shops e clínicas veterinárias. Ainda no quesito compras, alugar um imóvel na Aclimação é ter por perto o contraste do luxo do Shopping Pátio Paulista e do comércio popular da Santa Efigênia. O que Aclimação oferece Transporte público As estações Vergueiro e Paraíso ficam nessa região. Parques ou áreas verdes Parque da Aclimação fica nessa região. Museus, teatros ou arenas de shows CCSP – Centro Cultural São Paulo fica nessa região. O bairro da Aclimação é um lugar especial, não apenas devido ao Parque da Aclimação, mas por sua tranquilidade, parecendo uma cidade do interior dentro da grande São Paulo. Além disso, há um bom comércio nas redondezas e a facilidade de estar próximo ao centro e Avenida Paulista." Recheado de opções de restaurantes, mercados, feiras abertas, açougues e farmácias. Nunca terá problema com a questão do comércio. Fica bem do lado da liberdade, dá pra ir andando e sempre tem eventos bem legais por lá. Perto do parque da Aclimação, logo é uma boa opção para caminhadas no domingo por exemplo. Fica bem próximo do metrô linha azul, facilitando o acesso a diversos pontos da cidade. As opções de ônibus são excelentes. O que dizem de Aclimação As ruas são movimentadas 100% Bom para pets 100% Tem comércio local por perto 100% Tem pontos de ônibus por perto 97% As ruas são iluminadas 88% Bom para praticar exercícios 85% Infraestrutura completa de lazer, educação, gastronomia e compras aliada à segurança, mobilidade urbana e área verde tornam a região da Aclimação uma ótima opção para investimento, e com isso, atraí os olhares de novos moradores. Considerado um bairro residencial e por estar localizado em um ponto estratégico da cidade. Um dos destaques no bairro é o Parque da Aclimação, que conta com 122.130 m² de área de lazer e diversão. Além de entretenimento o local oferece diversas atividades físicas. A Aclimação conta com duas instituições de ensino, como a FIAP (Faculdade de Tecnologia) e o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). A região também é cercada por universidades localizadas nos bairros próximos como: Belas Artes, UNIP, Uninove, FMU, entre outras. Por essa razão é comum encontrar muitos jovens e estudantes frequentando bares e restaurantes no bairro. E o Parque da aclimação ofereceum Lago, concha acústica, jardim japonês com espelho d'água, aparelhos de ginástica (barras), pista para Cooper e caminhada, playgrounds infantis, espaço para piquenique, estares, paraciclo, campo de futebol e sanitários integram os equipamentos do parque. ... Dá até pra fazer um delicioso pic-nic a beira do lago. O bairro da Aclimação é um lugar especial, não apenas devido ao Parque da Aclimação, mas por sua tranquilidade, parecendo uma cidade do interior dentro da grande São Paulo. Além disso, há um bom comércio nas redondezas e a facilidade de estar próximo ao centro e Avenida Paulista." Recheado de opções de restaurantes, mercados, feiras abertas, açougues e farmácias. Nunca terá problema com a questão do comércio. Fica bem do lado da liberdade, dá pra ir andando e sempre tem eventos bem legais por lá. Perto do parque da Aclimação, logo é uma boa opção para caminhadas no domingo por exemplo. Fica bem próximo do metrô linha azul, facilitando o acesso a diversos pontos da cidade. As opções de ônibus são excelentes. O que dizem de Aclimação As ruas são movimentadas 100% Bom para pets 100% Tem comércio local por perto 100% Tem pontos de ônibus por perto 97% As ruas são iluminadas 88% Bom para praticar exercícios 85% Infraestrutura completa de lazer, educação, gastronomia e compras aliada à segurança, mobilidade urbana e área verde tornam a região da Aclimação uma ótima opção para investimento, e com isso, atraí os olhares de novos moradores. Considerado um bairro residencial e por estar localizado em um ponto estratégico da cidade. Um dos destaques no bairro é o Parque da Aclimação, que conta com 122.130 m² de área de lazer e diversão. Além de entretenimento o local oferece diversas atividades físicas. A Aclimação conta com duas instituições de ensino, como a FIAP (Faculdade de Tecnologia) e o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). A região também é cercada por universidades localizadas nos bairros próximos como: Belas Artes, UNIP, Uninove, FMU, entre outras. Por essa razão é comum encontrar muitos jovens e estudantes frequentando bares e restaurantes no bairro. E o Parque da aclimação ofereceum Lago, concha acústica, jardim japonês com espelho d'água, aparelhos de ginástica (barras), pista para Cooper e caminhada, playgrounds infantis, espaço para piquenique, estares, paraciclo, campo de futebol e sanitários integram os equipamentos do parque. ... Dá até pra fazer um delicioso pic-nic a beira do lago.São Paulo - SPSobre Aclimação A Aclimação é uma opção muito especial para se alugar um imóvel, pois apesar de estar no centro de São Paulo, o local possui clima interiorano, com moradores passeando com seus animais de estimação em suas ruas tranquilas. Morar na Aclimação é ver lado a lado casas mais antigas, que reforçam o clima do interior, prédios simples e edifícios de alto padrão. O bairro está localizado no centro-oeste da cidade de São Paulo e fica pertinho da Liberdade e Paraíso. Mesmo estando a poucos minutos da Avenida Paulista, o coração de São Paulo, a vizinhança oferece tamanha tranquilidade que é possível ouvir os pássaros cantando logo pela manhã. A infraestrutura do bairro também não deixa em nada a desejar para quem vem morar por aqui. A Aclimação é bem servida de várias estações do metrô, como São Joaquim e Vergueiro, bem como linhas de ônibus municipais e intermunicipais. Por estar perto do centro, também oferece facilidade de acesso para a rodoviária do Tietê, que tem ônibus com destino para todo o país, e para os aeroportos de Congonhas e Guarulhos. Morar no bairro também garante aos moradores a facilidade de acesso a unidades de saúde, como o Hospital do Servidor Público e Centro Médico Castro. O bairro ainda dispõe de várias escolas de ensino fundamental e médio, além de importantes instituições de ensino de idiomas. Também há dois berçários e escolas infantis, além de duas unidades da Unip. Na hora do lazer, moradores e visitantes de outras partes da cidade não deixam de ir ao Parque da Aclimação, um espaço amplo que permite a tranquilidade da natureza em meio à cidade grande. A Aclimação é um bairro bom e seguro, pois a sua proximidade com o centro da cidade permite maior policiamento dia e noite, além da segurança privada de edifícios. A Aclimação é um bom lugar para o seu pet, pois é dos bairros que mais possui animais de estimação na cidade. Logo, por lá você também tem acesso a vários pets shops e clínicas veterinárias. Ainda no quesito compras, alugar um imóvel na Aclimação é ter por perto o contraste do luxo do Shopping Pátio Paulista e do comércio popular da Santa Efigênia. O que Aclimação oferece Transporte público As estações Vergueiro e Paraíso ficam nessa região. Parques ou áreas verdes Parque da Aclimação fica nessa região. Museus, teatros ou arenas de shows CCSP – Centro Cultural São Paulo fica nessa região. O bairro da Aclimação é um lugar especial, não apenas devido ao Parque da Aclimação, mas por sua tranquilidade, parecendo uma cidade do interior dentro da grande São Paulo. Além disso, há um bom comércio nas redondezas e a facilidade de estar próximo ao centro e Avenida Paulista." Recheado de opções de restaurantes, mercados, feiras abertas, açougues e farmácias. Nunca terá problema com a questão do comércio. Fica bem do lado da liberdade, dá pra ir andando e sempre tem eventos bem legais por lá. Perto do parque da Aclimação, logo é uma boa opção para caminhadas no domingo por exemplo. Fica bem próximo do metrô linha azul, facilitando o acesso a diversos pontos da cidade. As opções de ônibus são excelentes. O que dizem de Aclimação As ruas são movimentadas 100% Bom para pets 100% Tem comércio local por perto 100% Tem pontos de ônibus por perto 97% As ruas são iluminadas 88% Bom para praticar exercícios 85% Infraestrutura completa de lazer, educação, gastronomia e compras aliada à segurança, mobilidade urbana e área verde tornam a região da Aclimação uma ótima opção para investimento, e com isso, atraí os olhares de novos moradores. Considerado um bairro residencial e por estar localizado em um ponto estratégico da cidade. Um dos destaques no bairro é o Parque da Aclimação, que conta com 122.130 m² de área de lazer e diversão. Além de entretenimento o local oferece diversas atividades físicas. A Aclimação conta com duas instituições de ensino, como a FIAP (Faculdade de Tecnologia) e o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). A região também é cercada por universidades localizadas nos bairros próximos como: Belas Artes, UNIP, Uninove, FMU, entre outras. Por essa razão é comum encontrar muitos jovens e estudantes frequentando bares e restaurantes no bairro. E o Parque da aclimação ofereceum Lago, concha acústica, jardim japonês com espelho d'água, aparelhos de ginástica (barras), pista para Cooper e caminhada, playgrounds infantis, espaço para piquenique, estares, paraciclo, campo de futebol e sanitários integram os equipamentos do parque. ... Dá até pra fazer um delicioso pic-nic a beira do lago. O bairro da Aclimação é um lugar especial, não apenas devido ao Parque da Aclimação, mas por sua tranquilidade, parecendo uma cidade do interior dentro da grande São Paulo. Além disso, há um bom comércio nas redondezas e a facilidade de estar próximo ao centro e Avenida Paulista." Recheado de opções de restaurantes, mercados, feiras abertas, açougues e farmácias. Nunca terá problema com a questão do comércio. Fica bem do lado da liberdade, dá pra ir andando e sempre tem eventos bem legais por lá. Perto do parque da Aclimação, logo é uma boa opção para caminhadas no domingo por exemplo. Fica bem próximo do metrô linha azul, facilitando o acesso a diversos pontos da cidade. As opções de ônibus são excelentes. O que dizem de Aclimação As ruas são movimentadas 100% Bom para pets 100% Tem comércio local por perto 100% Tem pontos de ônibus por perto 97% As ruas são iluminadas 88% Bom para praticar exercícios 85% Infraestrutura completa de lazer, educação, gastronomia e compras aliada à segurança, mobilidade urbana e área verde tornam a região da Aclimação uma ótima opção para investimento, e com isso, atraí os olhares de novos moradores. Considerado um bairro residencial e por estar localizado em um ponto estratégico da cidade. Um dos destaques no bairro é o Parque da Aclimação, que conta com 122.130 m² de área de lazer e diversão. Além de entretenimento o local oferece diversas atividades físicas. A Aclimação conta com duas instituições de ensino, como a FIAP (Faculdade de Tecnologia) e o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). A região também é cercada por universidades localizadas nos bairros próximos como: Belas Artes, UNIP, Uninove, FMU, entre outras. Por essa razão é comum encontrar muitos jovens e estudantes frequentando bares e restaurantes no bairro. E o Parque da aclimação ofereceum Lago, concha acústica, jardim japonês com espelho d'água, aparelhos de ginástica (barras), pista para Cooper e caminhada, playgrounds infantis, espaço para piquenique, estares, paraciclo, campo de futebol e sanitários integram os equipamentos do parque. ... Dá até pra fazer um delicioso pic-nic a beira do lago.
Rua Pires da Mota, 550 - AclimaçãoApartamento de 02 dormitórios, sala, cozinha, banheiro, área de serviço, 01 vaga de garagem fixa e livre. Apartamento reformado, com armário planejados na cozinha, dormitórios e banheiro, piso porcelanato. Prédio possui: Piscina, salão de festas, playground, quadra poliesportiva, portaria 24hs, elevador. Próximo ao metrô Vergueiro, Parque da Aclimação, Unip Vergueiro, Shopping Paulista, Hospital Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa. Box, Armários embutidos no quarto, Armários nos banheiros, Armários na cozinha, Geladeira inclusa Colégio Nova Geração, Anglo Vestibulares e Escola Estadual Caetano de Campos ficam nessa região. Hospital AC Camargo, Hospital Adventista de São Paulo e Gastroclínica ficam nessa região. Uninove - Campus Vergueiro, Escola Paulista de Direito e FMU ficam nessa região. Aclimação é um bairro[3] localizado na região central da cidade de São Paulo. Pertence ao distrito da Liberdade,[4] administrado pela Subprefeitura da Sé. Limita-se com os bairros: Paraíso, Liberdade, Vila Mariana, Vila Deodoro, Cambuci e Morro da Aclimação. Apesar de sua localização, Aclimação é um dos bairros mais jovens de sua região, a central. Nasceu no século XX, depois que outros de perfil mais aristocrático, como Higienópolis, Pacaembu, Campos Elísios, ou mesmo industriais, como o Brás, haviam surgido. Todos desenvolveram-se a partir do loteamento das antigas chácaras e fazendas que tomavam as terras da capital, circundando os vários "caminhos de tropeiros", que faziam a ligação entre o centro da cidade, o sertão e o litoral. Havia o Caminho do Carro para Santo Amaro, que seguia por onde hoje estão as avenidas da Liberdade, Vergueiro e Domingos de Morais em direção ao distante povoado de Santo Amaro. Havia também o Caminho de Pinheiros, que partia da Sé, atravessava o Vale do Anhangabaú e descia pela atual rua da Consolação em direção ao que na época era um povoado indígena. Havia ainda um caminho para Minas Gerais, um para Goiás e também o Caminho do Mar ou Estrada de Santos, que descia a Rua da Glória, atravessava o rio Lavapés (hoje canalizado e oculto sob o nível da rua), seguia pelo Ipiranga e acabava em Santos. O local que deu origem ao bairro da Aclimação é uma área sinuosa, cheia de morros e baixadas, um triângulo conhecido como Sítio Tapanhoin, demarcado pelo Caminho do Mar e pelos córregos Lavapés e Cambuci. Foi essa área que Carlos Botelho, médico nascido em Piracicaba e formado em Paris, adquiriu em 1892, em busca da realização de um desejo nascido na capital francesa: a criação de uma versão brasileira para o Jardin d’Acclimatation, que, entre outras atrações, possuía um zôo e servia de base para a aclimatação de espécies exóticas, além de experiências envolvendo reprodução e hibridação de animais. Assim, o nome indígena deu lugar à inspiração francesa no que passou a se chamar Jardim da Aclimação, origem do atual Parque da Aclimação e de todo o bairro. Durante 30 anos, até a década de 1920, este jardim, muito maior do que é hoje, foi uma das grandes atrações da capital. No local Botelho conseguiu criar um complexo de lazer e de pesquisa. Ali, o médico, pesquisador e político realizava a quarentena, ou "aclimatação" de gado trazido da Holanda. Na "cremérie", os frequentadores do parque podiam beber leite tirado na hora ou adquirir derivados como creme ou queijo. Lá também funcionava a sede da Sociedade Hípica Paulista, que depois transferiu-se para o Brooklin Novo, um posto zootécnico e um laboratório de pesquisas científicas. Para o lazer, havia o bosque, o lago formado a partir do represamento de córregos da região, no qual havia canoas para passeios, um zoológico (o primeiro da cidade) com ursos, leões, macacos, elefantes, onças e outros animais, além de salão de baile, rink de patinação, barracas de jogos, aquário, parque de diversões. Para entrar, os visitantes pagavam 300 réis. Por se tratar de uma região semideserta, o acesso ao Jardim da Aclimação através de transporte público só era possível aos domingos e feriados, quando o bonde nº 28 partia da Sé. Anexa ao jardim, havia uma extensa área privada pertencente à família Botelho. Na década de 1930, ela começou a ser loteada pelos filhos do médico, que há anos enveredara para a atividade política e passara a propriedade das terras aos seus herdeiros. Em 1938, ao ser informado de que estes, com dificuldades para arcar com a manutenção e despesas do Jardim da Aclimação, iriam loteá-lo também, o prefeito Prestes Maia propôs a compra do local. Em 16 de janeiro de 1939, os herdeiros Antônio Carlos de Arruda Botelho, Constança Botelho de Macedo Costa e Carlos José Botelho Júnior oficializaram a venda da área de 182 mil metros quadrados à prefeitura de São Paulo, por um valor de 2.850 contos de réis. Paradoxalmente, a aquisição marcaria não o renascimento do Jardim da Aclimação, mas o fim, em definitivo, da maior parte de suas atrações, e o início de longos períodos de alternância entre abandono e revitalização da área verde. Enquanto o Jardim da Aclimação ainda vivia seus dias de glória, o que viria a ser um bairro começava a tomar forma. Se em 1900 existiam apenas as ruas e avenidas que hoje o delimitam em relação a seus vizinhos, como Vergueiro, Lins de Vasconcelos ou Tamandaré, em 1905 estavam abertas as ruas Pires da Mota, Cururipe, Espírito Santo, José Getúlio, Baturité e o trecho inicial da atual Avenida da Aclimação. Em 1914, já constavam do mapa as ruas Machado de Assis, além de parte da Paula Ney e José do Patrocínio. Entre essas vias - localizadas na área mais íngreme das terras chamadas de Morro da Aclimação e pertencentes originalmente à família de Francisco Justino da Silva, e outras, como a Lins de Vasconcelos, a Avenida da Aclimação e o próprio Jardim da Aclimação - tudo o que existia ainda era um longo trecho com características rurais, dominado por mato, córregos, plantações e estábulos. Em 1916, sempre respeitando a sinuosidade da região, começou a ser aberta uma série de ruas que formam um semicírculo a partir da avenida da Aclimação, convergindo para o Largo Rodrigues Alves, atual Praça General Polidoro, todas com nomes de pedras preciosas: Turmalina, Topázio, Diamante, Ágata, Safira, Esmeralda, Rubi, etc. Mais acima, em direção à rua Nilo, a inspiração para o nome dos logradouros foram os planetas do sistema solar: Júpiter, Urano, Saturno. Só após 1928 os mapas mostram uma relativa ocupação do Morro da Aclimação entre a rua Jurubatuba (atual Avenida Armando Ferrentini) e o cemitério de Vila Mariana. Nascia ali um bairro residencial de classe média, no qual predominavam as casas térreas e os sobrados, que receberam italianos, japoneses, portugueses e paulistanos. Em 1938 foi criado o subdistrito da Aclimação, extinto em 1986, quando o município de São Paulo foi reorganizado em 96 distritos. Contudo, existe ainda o Cartório do Registro Civil do Subdistrito da Aclimação, criado por competência do Poder Judiciário estadual. A partir da década de 1970, no entanto, a expansão imobiliária fez surgir mais e mais edifícios, marcando a verticalização crescente do bairro, o aumento da população e a consequente instalação de bancos, escolas, casas de comércio, imobiliárias e prestadoras de serviços para atender às demandas dos moradores. Em vias importantes como a Avenida da Aclimação, são poucos os endereços residenciais que ainda resistem ao assédio do mercado imobiliário. Em virtude de sua localização recebe diversos empreendimentos imobiliários destinados à classe-média alta[5] e torna-se cada vez mais valorizado.[6][7] Esse "boom imobiliário" causa adensamento no trânsito e o desaparecimento das características originais do bairro, como as residências geminadas e os sobrados antigos.[5] Há também uma mudança do perfil socioeconômico de classe média para classe-média alta[5], podendo ser classificado como bairro nobre[8][9], razão pela qual o CRECI o considera como uma "Zona de Valor B". Brooklin, Cerqueira César, Alto de Santana e Paraíso, outras áreas nobres da capital, também estão presentes nesse grupo.[10] Aclimação é reduto da comunidade coreana e sul-coreana. Nos arredores da Praça General Polidoro abriga restaurantes, igrejas e outros comércios tipicamente asiáticos. A forte presença coreana é atestada pelos frequentadores do parque do bairro, que em sua maioria pertencem à comunidade.[11] Conforme pesquisas feitas por imobiliárias da região estima-se que 30% dos moradores de cada edifício do bairro sejam coreanos ou descendentes.[11] Uma das explicativas para essa escolha é a presença de igrejas presbiterianas nas áreas próximas ao bairro, já que o protestantismo é praticado pela maioria.[11] Teve a maior queda de granizo da história no bairro em maio de 2014, levando à morte de todos os peixes do lago do Parque da Aclimação, destruindo casas e acumulando mais de 310 toneladas de gelo nas ruas do bairro. Apesar de sua localização, Aclimação é um dos bairros mais jovens de sua região, a central. Nasceu no século XX, depois que outros de perfil mais aristocrático, como Higienópolis, Pacaembu, Campos Elísios, ou mesmo industriais, como o Brás, haviam surgido. Todos desenvolveram-se a partir do loteamento das antigas chácaras e fazendas que tomavam as terras da capital, circundando os vários "caminhos de tropeiros", que faziam a ligação entre o centro da cidade, o sertão e o litoral. Havia o Caminho do Carro para Santo Amaro, que seguia por onde hoje estão as avenidas da Liberdade, Vergueiro e Domingos de Morais em direção ao distante povoado de Santo Amaro. Havia também o Caminho de Pinheiros, que partia da Sé, atravessava o Vale do Anhangabaú e descia pela atual rua da Consolação em direção ao que na época era um povoado indígena. Havia ainda um caminho para Minas Gerais, um para Goiás e também o Caminho do Mar ou Estrada de Santos, que descia a Rua da Glória, atravessava o rio Lavapés (hoje canalizado e oculto sob o nível da rua), seguia pelo Ipiranga e acabava em Santos. O local que deu origem ao bairro da Aclimação é uma área sinuosa, cheia de morros e baixadas, um triângulo conhecido como Sítio Tapanhoin, demarcado pelo Caminho do Mar e pelos córregos Lavapés e Cambuci. Foi essa área que Carlos Botelho, médico nascido em Piracicaba e formado em Paris, adquiriu em 1892, em busca da realização de um desejo nascido na capital francesa: a criação de uma versão brasileira para o Jardin d’Acclimatation, que, entre outras atrações, possuía um zôo e servia de base para a aclimatação de espécies exóticas, além de experiências envolvendo reprodução e hibridação de animais. Assim, o nome indígena deu lugar à inspiração francesa no que passou a se chamar Jardim da Aclimação, origem do atual Parque da Aclimação e de todo o bairro. Durante 30 anos, até a década de 1920, este jardim, muito maior do que é hoje, foi uma das grandes atrações da capital. No local Botelho conseguiu criar um complexo de lazer e de pesquisa. Ali, o médico, pesquisador e político realizava a quarentena, ou "aclimatação" de gado trazido da Holanda. Na "cremérie", os frequentadores do parque podiam beber leite tirado na hora ou adquirir derivados como creme ou queijo. Lá também funcionava a sede da Sociedade Hípica Paulista, que depois transferiu-se para o Brooklin Novo, um posto zootécnico e um laboratório de pesquisas científicas. Para o lazer, havia o bosque, o lago formado a partir do represamento de córregos da região, no qual havia canoas para passeios, um zoológico (o primeiro da cidade) com ursos, leões, macacos, elefantes, onças e outros animais, além de salão de baile, rink de patinação, barracas de jogos, aquário, parque de diversões. Para entrar, os visitantes pagavam 300 réis. Por se tratar de uma região semideserta, o acesso ao Jardim da Aclimação através de transporte público só era possível aos domingos e feriados, quando o bonde nº 28 partia da Sé. Anexa ao jardim, havia uma extensa área privada pertencente à família Botelho. Na década de 1930, ela começou a ser loteada pelos filhos do médico, que há anos enveredara para a atividade política e passara a propriedade das terras aos seus herdeiros. Em 1938, ao ser informado de que estes, com dificuldades para arcar com a manutenção e despesas do Jardim da Aclimação, iriam loteá-lo também, o prefeito Prestes Maia propôs a compra do local. Em 16 de janeiro de 1939, os herdeiros Antônio Carlos de Arruda Botelho, Constança Botelho de Macedo Costa e Carlos José Botelho Júnior oficializaram a venda da área de 182 mil metros quadrados à prefeitura de São Paulo, por um valor de 2.850 contos de réis. Paradoxalmente, a aquisição marcaria não o renascimento do Jardim da Aclimação, mas o fim, em definitivo, da maior parte de suas atrações, e o início de longos períodos de alternância entre abandono e revitalização da área verde. Enquanto o Jardim da Aclimação ainda vivia seus dias de glória, o que viria a ser um bairro começava a tomar forma. Se em 1900 existiam apenas as ruas e avenidas que hoje o delimitam em relação a seus vizinhos, como Vergueiro, Lins de Vasconcelos ou Tamandaré, em 1905 estavam abertas as ruas Pires da Mota, Cururipe, Espírito Santo, José Getúlio, Baturité e o trecho inicial da atual Avenida da Aclimação. Em 1914, já constavam do mapa as ruas Machado de Assis, além de parte da Paula Ney e José do Patrocínio. Entre essas vias - localizadas na área mais íngreme das terras chamadas de Morro da Aclimação e pertencentes originalmente à família de Francisco Justino da Silva, e outras, como a Lins de Vasconcelos, a Avenida da Aclimação e o próprio Jardim da Aclimação - tudo o que existia ainda era um longo trecho com características rurais, dominado por mato, córregos, plantações e estábulos. Em 1916, sempre respeitando a sinuosidade da região, começou a ser aberta uma série de ruas que formam um semicírculo a partir da avenida da Aclimação, convergindo para o Largo Rodrigues Alves, atual Praça General Polidoro, todas com nomes de pedras preciosas: Turmalina, Topázio, Diamante, Ágata, Safira, Esmeralda, Rubi, etc. Mais acima, em direção à rua Nilo, a inspiração para o nome dos logradouros foram os planetas do sistema solar: Júpiter, Urano, Saturno. Só após 1928 os mapas mostram uma relativa ocupação do Morro da Aclimação entre a rua Jurubatuba (atual Avenida Armando Ferrentini) e o cemitério de Vila Mariana. Nascia ali um bairro residencial de classe média, no qual predominavam as casas térreas e os sobrados, que receberam italianos, japoneses, portugueses e paulistanos. Em 1938 foi criado o subdistrito da Aclimação, extinto em 1986, quando o município de São Paulo foi reorganizado em 96 distritos. Contudo, existe ainda o Cartório do Registro Civil do Subdistrito da Aclimação, criado por competência do Poder Judiciário estadual. A partir da década de 1970, no entanto, a expansão imobiliária fez surgir mais e mais edifícios, marcando a verticalização crescente do bairro, o aumento da população e a consequente instalação de bancos, escolas, casas de comércio, imobiliárias e prestadoras de serviços para atender às demandas dos moradores. Em vias importantes como a Avenida da Aclimação, são poucos os endereços residenciais que ainda resistem ao assédio do mercado imobiliário. Em virtude de sua localização recebe diversos empreendimentos imobiliários destinados à classe-média alta[5] e torna-se cada vez mais valorizado.[6][7] Esse "boom imobiliário" causa adensamento no trânsito e o desaparecimento das características originais do bairro, como as residências geminadas e os sobrados antigos.[5] Há também uma mudança do perfil socioeconômico de classe média para classe-média alta[5], podendo ser classificado como bairro nobre[8][9], razão pela qual o CRECI o considera como uma "Zona de Valor B". Brooklin, Cerqueira César, Alto de Santana e Paraíso, outras áreas nobres da capital, também estão presentes nesse grupo.[10] Aclimação é reduto da comunidade coreana e sul-coreana. Nos arredores da Praça General Polidoro abriga restaurantes, igrejas e outros comércios tipicamente asiáticos. A forte presença coreana é atestada pelos frequentadores do parque do bairro, que em sua maioria pertencem à comunidade.[11] Conforme pesquisas feitas por imobiliárias da região estima-se que 30% dos moradores de cada edifício do bairro sejam coreanos ou descendentes.[11] Uma das explicativas para essa escolha é a presença de igrejas presbiterianas nas áreas próximas ao bairro, já que o protestantismo é praticado pela maioria.[11] Teve a maior queda de granizo da história no bairro em maio de 2014, levando à morte de todos os peixes do lago do Parque da Aclimação, destruindo casas e acumulando mais de 310 toneladas de gelo nas ruas do bairro.São Paulo - SPApartamento de 02 dormitórios, sala, cozinha, banheiro, área de serviço, 01 vaga de garagem fixa e livre. Apartamento reformado, com armário planejados na cozinha, dormitórios e banheiro, piso porcelanato. Prédio possui: Piscina, salão de festas, playground, quadra poliesportiva, portaria 24hs, elevador. Próximo ao metrô Vergueiro, Parque da Aclimação, Unip Vergueiro, Shopping Paulista, Hospital Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa. Box, Armários embutidos no quarto, Armários nos banheiros, Armários na cozinha, Geladeira inclusa Colégio Nova Geração, Anglo Vestibulares e Escola Estadual Caetano de Campos ficam nessa região. Hospital AC Camargo, Hospital Adventista de São Paulo e Gastroclínica ficam nessa região. Uninove - Campus Vergueiro, Escola Paulista de Direito e FMU ficam nessa região. Aclimação é um bairro[3] localizado na região central da cidade de São Paulo. Pertence ao distrito da Liberdade,[4] administrado pela Subprefeitura da Sé. Limita-se com os bairros: Paraíso, Liberdade, Vila Mariana, Vila Deodoro, Cambuci e Morro da Aclimação. Apesar de sua localização, Aclimação é um dos bairros mais jovens de sua região, a central. Nasceu no século XX, depois que outros de perfil mais aristocrático, como Higienópolis, Pacaembu, Campos Elísios, ou mesmo industriais, como o Brás, haviam surgido. Todos desenvolveram-se a partir do loteamento das antigas chácaras e fazendas que tomavam as terras da capital, circundando os vários "caminhos de tropeiros", que faziam a ligação entre o centro da cidade, o sertão e o litoral. Havia o Caminho do Carro para Santo Amaro, que seguia por onde hoje estão as avenidas da Liberdade, Vergueiro e Domingos de Morais em direção ao distante povoado de Santo Amaro. Havia também o Caminho de Pinheiros, que partia da Sé, atravessava o Vale do Anhangabaú e descia pela atual rua da Consolação em direção ao que na época era um povoado indígena. Havia ainda um caminho para Minas Gerais, um para Goiás e também o Caminho do Mar ou Estrada de Santos, que descia a Rua da Glória, atravessava o rio Lavapés (hoje canalizado e oculto sob o nível da rua), seguia pelo Ipiranga e acabava em Santos. O local que deu origem ao bairro da Aclimação é uma área sinuosa, cheia de morros e baixadas, um triângulo conhecido como Sítio Tapanhoin, demarcado pelo Caminho do Mar e pelos córregos Lavapés e Cambuci. Foi essa área que Carlos Botelho, médico nascido em Piracicaba e formado em Paris, adquiriu em 1892, em busca da realização de um desejo nascido na capital francesa: a criação de uma versão brasileira para o Jardin d’Acclimatation, que, entre outras atrações, possuía um zôo e servia de base para a aclimatação de espécies exóticas, além de experiências envolvendo reprodução e hibridação de animais. Assim, o nome indígena deu lugar à inspiração francesa no que passou a se chamar Jardim da Aclimação, origem do atual Parque da Aclimação e de todo o bairro. Durante 30 anos, até a década de 1920, este jardim, muito maior do que é hoje, foi uma das grandes atrações da capital. No local Botelho conseguiu criar um complexo de lazer e de pesquisa. Ali, o médico, pesquisador e político realizava a quarentena, ou "aclimatação" de gado trazido da Holanda. Na "cremérie", os frequentadores do parque podiam beber leite tirado na hora ou adquirir derivados como creme ou queijo. Lá também funcionava a sede da Sociedade Hípica Paulista, que depois transferiu-se para o Brooklin Novo, um posto zootécnico e um laboratório de pesquisas científicas. Para o lazer, havia o bosque, o lago formado a partir do represamento de córregos da região, no qual havia canoas para passeios, um zoológico (o primeiro da cidade) com ursos, leões, macacos, elefantes, onças e outros animais, além de salão de baile, rink de patinação, barracas de jogos, aquário, parque de diversões. Para entrar, os visitantes pagavam 300 réis. Por se tratar de uma região semideserta, o acesso ao Jardim da Aclimação através de transporte público só era possível aos domingos e feriados, quando o bonde nº 28 partia da Sé. Anexa ao jardim, havia uma extensa área privada pertencente à família Botelho. Na década de 1930, ela começou a ser loteada pelos filhos do médico, que há anos enveredara para a atividade política e passara a propriedade das terras aos seus herdeiros. Em 1938, ao ser informado de que estes, com dificuldades para arcar com a manutenção e despesas do Jardim da Aclimação, iriam loteá-lo também, o prefeito Prestes Maia propôs a compra do local. Em 16 de janeiro de 1939, os herdeiros Antônio Carlos de Arruda Botelho, Constança Botelho de Macedo Costa e Carlos José Botelho Júnior oficializaram a venda da área de 182 mil metros quadrados à prefeitura de São Paulo, por um valor de 2.850 contos de réis. Paradoxalmente, a aquisição marcaria não o renascimento do Jardim da Aclimação, mas o fim, em definitivo, da maior parte de suas atrações, e o início de longos períodos de alternância entre abandono e revitalização da área verde. Enquanto o Jardim da Aclimação ainda vivia seus dias de glória, o que viria a ser um bairro começava a tomar forma. Se em 1900 existiam apenas as ruas e avenidas que hoje o delimitam em relação a seus vizinhos, como Vergueiro, Lins de Vasconcelos ou Tamandaré, em 1905 estavam abertas as ruas Pires da Mota, Cururipe, Espírito Santo, José Getúlio, Baturité e o trecho inicial da atual Avenida da Aclimação. Em 1914, já constavam do mapa as ruas Machado de Assis, além de parte da Paula Ney e José do Patrocínio. Entre essas vias - localizadas na área mais íngreme das terras chamadas de Morro da Aclimação e pertencentes originalmente à família de Francisco Justino da Silva, e outras, como a Lins de Vasconcelos, a Avenida da Aclimação e o próprio Jardim da Aclimação - tudo o que existia ainda era um longo trecho com características rurais, dominado por mato, córregos, plantações e estábulos. Em 1916, sempre respeitando a sinuosidade da região, começou a ser aberta uma série de ruas que formam um semicírculo a partir da avenida da Aclimação, convergindo para o Largo Rodrigues Alves, atual Praça General Polidoro, todas com nomes de pedras preciosas: Turmalina, Topázio, Diamante, Ágata, Safira, Esmeralda, Rubi, etc. Mais acima, em direção à rua Nilo, a inspiração para o nome dos logradouros foram os planetas do sistema solar: Júpiter, Urano, Saturno. Só após 1928 os mapas mostram uma relativa ocupação do Morro da Aclimação entre a rua Jurubatuba (atual Avenida Armando Ferrentini) e o cemitério de Vila Mariana. Nascia ali um bairro residencial de classe média, no qual predominavam as casas térreas e os sobrados, que receberam italianos, japoneses, portugueses e paulistanos. Em 1938 foi criado o subdistrito da Aclimação, extinto em 1986, quando o município de São Paulo foi reorganizado em 96 distritos. Contudo, existe ainda o Cartório do Registro Civil do Subdistrito da Aclimação, criado por competência do Poder Judiciário estadual. A partir da década de 1970, no entanto, a expansão imobiliária fez surgir mais e mais edifícios, marcando a verticalização crescente do bairro, o aumento da população e a consequente instalação de bancos, escolas, casas de comércio, imobiliárias e prestadoras de serviços para atender às demandas dos moradores. Em vias importantes como a Avenida da Aclimação, são poucos os endereços residenciais que ainda resistem ao assédio do mercado imobiliário. Em virtude de sua localização recebe diversos empreendimentos imobiliários destinados à classe-média alta[5] e torna-se cada vez mais valorizado.[6][7] Esse "boom imobiliário" causa adensamento no trânsito e o desaparecimento das características originais do bairro, como as residências geminadas e os sobrados antigos.[5] Há também uma mudança do perfil socioeconômico de classe média para classe-média alta[5], podendo ser classificado como bairro nobre[8][9], razão pela qual o CRECI o considera como uma "Zona de Valor B". Brooklin, Cerqueira César, Alto de Santana e Paraíso, outras áreas nobres da capital, também estão presentes nesse grupo.[10] Aclimação é reduto da comunidade coreana e sul-coreana. Nos arredores da Praça General Polidoro abriga restaurantes, igrejas e outros comércios tipicamente asiáticos. A forte presença coreana é atestada pelos frequentadores do parque do bairro, que em sua maioria pertencem à comunidade.[11] Conforme pesquisas feitas por imobiliárias da região estima-se que 30% dos moradores de cada edifício do bairro sejam coreanos ou descendentes.[11] Uma das explicativas para essa escolha é a presença de igrejas presbiterianas nas áreas próximas ao bairro, já que o protestantismo é praticado pela maioria.[11] Teve a maior queda de granizo da história no bairro em maio de 2014, levando à morte de todos os peixes do lago do Parque da Aclimação, destruindo casas e acumulando mais de 310 toneladas de gelo nas ruas do bairro. Apesar de sua localização, Aclimação é um dos bairros mais jovens de sua região, a central. Nasceu no século XX, depois que outros de perfil mais aristocrático, como Higienópolis, Pacaembu, Campos Elísios, ou mesmo industriais, como o Brás, haviam surgido. Todos desenvolveram-se a partir do loteamento das antigas chácaras e fazendas que tomavam as terras da capital, circundando os vários "caminhos de tropeiros", que faziam a ligação entre o centro da cidade, o sertão e o litoral. Havia o Caminho do Carro para Santo Amaro, que seguia por onde hoje estão as avenidas da Liberdade, Vergueiro e Domingos de Morais em direção ao distante povoado de Santo Amaro. Havia também o Caminho de Pinheiros, que partia da Sé, atravessava o Vale do Anhangabaú e descia pela atual rua da Consolação em direção ao que na época era um povoado indígena. Havia ainda um caminho para Minas Gerais, um para Goiás e também o Caminho do Mar ou Estrada de Santos, que descia a Rua da Glória, atravessava o rio Lavapés (hoje canalizado e oculto sob o nível da rua), seguia pelo Ipiranga e acabava em Santos. O local que deu origem ao bairro da Aclimação é uma área sinuosa, cheia de morros e baixadas, um triângulo conhecido como Sítio Tapanhoin, demarcado pelo Caminho do Mar e pelos córregos Lavapés e Cambuci. Foi essa área que Carlos Botelho, médico nascido em Piracicaba e formado em Paris, adquiriu em 1892, em busca da realização de um desejo nascido na capital francesa: a criação de uma versão brasileira para o Jardin d’Acclimatation, que, entre outras atrações, possuía um zôo e servia de base para a aclimatação de espécies exóticas, além de experiências envolvendo reprodução e hibridação de animais. Assim, o nome indígena deu lugar à inspiração francesa no que passou a se chamar Jardim da Aclimação, origem do atual Parque da Aclimação e de todo o bairro. Durante 30 anos, até a década de 1920, este jardim, muito maior do que é hoje, foi uma das grandes atrações da capital. No local Botelho conseguiu criar um complexo de lazer e de pesquisa. Ali, o médico, pesquisador e político realizava a quarentena, ou "aclimatação" de gado trazido da Holanda. Na "cremérie", os frequentadores do parque podiam beber leite tirado na hora ou adquirir derivados como creme ou queijo. Lá também funcionava a sede da Sociedade Hípica Paulista, que depois transferiu-se para o Brooklin Novo, um posto zootécnico e um laboratório de pesquisas científicas. Para o lazer, havia o bosque, o lago formado a partir do represamento de córregos da região, no qual havia canoas para passeios, um zoológico (o primeiro da cidade) com ursos, leões, macacos, elefantes, onças e outros animais, além de salão de baile, rink de patinação, barracas de jogos, aquário, parque de diversões. Para entrar, os visitantes pagavam 300 réis. Por se tratar de uma região semideserta, o acesso ao Jardim da Aclimação através de transporte público só era possível aos domingos e feriados, quando o bonde nº 28 partia da Sé. Anexa ao jardim, havia uma extensa área privada pertencente à família Botelho. Na década de 1930, ela começou a ser loteada pelos filhos do médico, que há anos enveredara para a atividade política e passara a propriedade das terras aos seus herdeiros. Em 1938, ao ser informado de que estes, com dificuldades para arcar com a manutenção e despesas do Jardim da Aclimação, iriam loteá-lo também, o prefeito Prestes Maia propôs a compra do local. Em 16 de janeiro de 1939, os herdeiros Antônio Carlos de Arruda Botelho, Constança Botelho de Macedo Costa e Carlos José Botelho Júnior oficializaram a venda da área de 182 mil metros quadrados à prefeitura de São Paulo, por um valor de 2.850 contos de réis. Paradoxalmente, a aquisição marcaria não o renascimento do Jardim da Aclimação, mas o fim, em definitivo, da maior parte de suas atrações, e o início de longos períodos de alternância entre abandono e revitalização da área verde. Enquanto o Jardim da Aclimação ainda vivia seus dias de glória, o que viria a ser um bairro começava a tomar forma. Se em 1900 existiam apenas as ruas e avenidas que hoje o delimitam em relação a seus vizinhos, como Vergueiro, Lins de Vasconcelos ou Tamandaré, em 1905 estavam abertas as ruas Pires da Mota, Cururipe, Espírito Santo, José Getúlio, Baturité e o trecho inicial da atual Avenida da Aclimação. Em 1914, já constavam do mapa as ruas Machado de Assis, além de parte da Paula Ney e José do Patrocínio. Entre essas vias - localizadas na área mais íngreme das terras chamadas de Morro da Aclimação e pertencentes originalmente à família de Francisco Justino da Silva, e outras, como a Lins de Vasconcelos, a Avenida da Aclimação e o próprio Jardim da Aclimação - tudo o que existia ainda era um longo trecho com características rurais, dominado por mato, córregos, plantações e estábulos. Em 1916, sempre respeitando a sinuosidade da região, começou a ser aberta uma série de ruas que formam um semicírculo a partir da avenida da Aclimação, convergindo para o Largo Rodrigues Alves, atual Praça General Polidoro, todas com nomes de pedras preciosas: Turmalina, Topázio, Diamante, Ágata, Safira, Esmeralda, Rubi, etc. Mais acima, em direção à rua Nilo, a inspiração para o nome dos logradouros foram os planetas do sistema solar: Júpiter, Urano, Saturno. Só após 1928 os mapas mostram uma relativa ocupação do Morro da Aclimação entre a rua Jurubatuba (atual Avenida Armando Ferrentini) e o cemitério de Vila Mariana. Nascia ali um bairro residencial de classe média, no qual predominavam as casas térreas e os sobrados, que receberam italianos, japoneses, portugueses e paulistanos. Em 1938 foi criado o subdistrito da Aclimação, extinto em 1986, quando o município de São Paulo foi reorganizado em 96 distritos. Contudo, existe ainda o Cartório do Registro Civil do Subdistrito da Aclimação, criado por competência do Poder Judiciário estadual. A partir da década de 1970, no entanto, a expansão imobiliária fez surgir mais e mais edifícios, marcando a verticalização crescente do bairro, o aumento da população e a consequente instalação de bancos, escolas, casas de comércio, imobiliárias e prestadoras de serviços para atender às demandas dos moradores. Em vias importantes como a Avenida da Aclimação, são poucos os endereços residenciais que ainda resistem ao assédio do mercado imobiliário. 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Rua José Getúlio, 506 - Liberdadeamplo apartamento localizado na região nobre de aclimação. próximo ao parque e comércio , como mercados, farmácias, feira livre, bancos, etc...duas vagas paralelas e escrituradas. O bairro da Liberdade, em São Paulo, atrai turistas do mundo inteiro. A região é conhecida por abrigar a maior comunidade japonesa do mundo fora do Japão. Além disso, as feiras, restaurantes, parques e construções características da arquitetura asiática também chamam a atenção das pessoas que passam por este bairro que se destaca no centro da capital paulistana. Entretanto, o que pouca gente sabe é que a região antes era habitada pela comunidade negra e que, ao longo das últimas décadas, parte desta memória foi ocultada. LEIA TAMBÉM Conheça a história de Tebas, o arquiteto escravizado que esculpiu ícones de São Paulo Como a apropriação cultural se manifesta na arquitetura e no design? Pode haver espaço nas cidades brasileiras para monumentos escravocratas? Nos últimos anos, alguns episódios que ocorreram na Liberdade trouxeram à tona o debate sobre o multiculturalismo da região. De acordo com o jornalista e pesquisador Abilio Ferreira, que estuda a região, esta cadeia de acontecimentos começou em 2016, quando o cantor Aloysio Letra escreveu uma música chamada "Rua da Glória", que fala sobre a história da região. No mesmo ano de lançamento da canção, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP) iniciou o processo de tombamento patrimonial do bairro. Segundo a entidade, a decisão é uma forma de preservar a dimensão sociocultural da história e da paisagem local. Dois anos depois, em 2018, um empresário chinês demoliu um antigo sobrado de sua propriedade, situado em frente a Rua Galvão Bueno. Entretanto, a demolição e o processo de fundação de um novo edifício no terreno colocaram em risco de desabamento a Capela de Nossa Senhora dos Aflitos, uma das construções mais importantes para a preservação da história do bairro. Além disso, no terreno demolido foram encontradas ossadas de nove pessoas. O início da Liberdade Antes mesmo de ganhar o nome Liberdade, quando ainda era conhecida como "Bairro da Pólvora", a região era majoritariamente ocupada por pessoas negras. O que conhecemos hoje por Largo da Liberdade, por exemplo, era antes chamado de largo da Forca, visto que era o local onde escravizados fugitivos eram executados após serem condenados à pena de morte. "A população negra se encontrava nas fontes públicas, nos chafarizes, nas margens dos rios e nas pontes, lavando roupa e apanhando água para abastecer as casas, ocupando os arredores dos sobrados das elites" Abilio Ferreira Além disso, o Cemitério dos Aflitos, construído entre 1774 e 1775, é outro importante ponto para entender a história da região. Situado entre a Rua dos Estudantes, a Rua Galvão Bueno, a Rua da Glória e a Radial Leste, o local a céu aberto era reservado ao sepultamento de escravizados, indígenas, e de condenados à morte na forca. Com a inauguração do Cemitério da Consolação, em 1858, o espaço parou de ser utilizado. Dessa forma, somente a Capela de Nossa Senhora dos Aflitos ainda está preservada. Liberdade: conheça a história por trás do bairro turístico de São Paulo (Foto: Rodrigo Capote) Fachada da Capela de Nossa Senhora dos Aflitos (Foto: Rodrigo Capote) Embora as ossadas encontradas no terreno demolido ainda não tenham sido estudadas, acredita-se que são oriundas do cemitério. Isso porque duas possuíam contas de vidro azuis, adereço característico de pessoas adepta de religião de matriz africana. Outros locais do bairro, como a Paróquia Pessoal Nipo-brasileira São Gonçalo, por exemplo, também reúnem pontos importantes da história da região. O local foi construído pela Irmandade de Nossa Senhora da Conceição e São Gonçalo Garcia, composta por homens negros e pardos, por volta de 1756. Segundo Ferreira, São Gonçalo Garcia era muito cultuado pela população negra. O santo era filho de uma nativa com um português e morreu no Japão durante uma viagem de evangelização. Com a extinção da irmandade, em 1893, a igreja foi entregue aos jesuítas e passou por uma série de modificações. Foi somente por volta de 1966, com o crescimento da comunidade japonesa na região, que surgiu a Matriz Paroquial Pessoal Nipo-Brasileira de São Gonçalo, destinada aos descendentes de imigrantes japoneses. Chegada dos japoneses e resistência negra No início do século XX, o Japão enfrentou um momento de necessidade de emigração. O país estava superpovoado e se sustentava basicamente por meio de técnicas agrícolas da época, o que limitava a produção ao alimento que era consumido pela população. Dessa forma, era impossível formar estoques para períodos de seca ou guerra. De acordo com o jornalista, neste período, a ocupação japonesa ocorreu na Rua Conde de Sarzedas, no distrito da Sé. Foi somente após a 2º Guerra Mundial, com o aumento da chegada de imigrantes japoneses no país, que estas pessoas passaram a ocupar as regiões das ruas Galvão Bueno e Estudantes, no bairro da Liberdade. Neste período, houve um forte processo de resistência negra, marcado pela presença das escolas de samba Paulistano da Glória, na Rua da Glória, entre os anos 1940 e 1980, e Lavapés Pirata Negro, a mais antiga escola de samba paulistana em atividade, fundada nos anos 1930. "Outro fator de resistência é o fenômeno da Frente Negra Brasileira, importante organização com sede na Avenida Liberdade, onde hoje é a Casa de Portugal, com ramificações em todo o estado, em outras localidades do Brasil e até no exterior, que em 1936 chegou a se registrar como partido político, logo extinto pelo Estado Novo", explicou Ferreira. Memorial dos Aflitos Após a conclusão das escavações que encontraram as ossadas no terreno demolido pelo empresário chinês, outros acontecimentos na região também incentivaram a criação de um espaço para a preservação da memória negra do bairro. No dia 19 de dezembro de 2018, um grupo de ativistas da União dos Amigos da Capela de Nossa Senhora dos Aflitos e do Movimento Negro lideraram um ato em protesto contra o abandono da Capela. No ano seguinte, o Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo iniciou um diálogo sobre a preservação do patrimônio histórico do bairro. Na ocasião, a diretora da entidade, Raquel Schenkman, informou que o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, pretendia adotar três medidas. Sendo elas: - Desapropriação do terreno do prédio demolido, onde foram encontradas as ossadas - Trabalhar pela restauração da Capela dos Aflitos - Promover no local uma intervenção urbanística para referenciar o Sítio Arqueológico Assim, em dezembro de 2019, o Diário Oficial da Cidade de São Paulo oficializou a criação do "Memorial dos Aflitos" e a desapropriação das áreas situadas entre as ruas Galvão Bueno e Rua dos Aflitos. De acordo com Ferreira, o memorial servirá para trazer outras narrativas à região e mostrar que, além da importante memória japonesa, outros povos também viveram ali. Com isso, o turismo da região também ganhará novas proporções, o que ajudará a fomentar a economia local. LEIA TAMBÉM Como surgiram as favelas no Brasil 3 exemplos de como o urbanismo social cria cidades mais seguras As cidades são pensadas para as mulheres? Urbanistas sugerem soluções de inclusão 9 cidades planejadas no Brasil para você conhecer "O bairro da Liberdade é um bairro diverso. O que nós estamos propondo é um debate amplo entre poder público e sociedade civil para que a gente possa fazer um trabalho de educação patrimonial com a população e com os comerciantes para entender que a diversidade será boa para todos", concluiu o jornalista.São Paulo - SPamplo apartamento localizado na região nobre de aclimação. próximo ao parque e comércio , como mercados, farmácias, feira livre, bancos, etc...duas vagas paralelas e escrituradas. O bairro da Liberdade, em São Paulo, atrai turistas do mundo inteiro. A região é conhecida por abrigar a maior comunidade japonesa do mundo fora do Japão. Além disso, as feiras, restaurantes, parques e construções características da arquitetura asiática também chamam a atenção das pessoas que passam por este bairro que se destaca no centro da capital paulistana. Entretanto, o que pouca gente sabe é que a região antes era habitada pela comunidade negra e que, ao longo das últimas décadas, parte desta memória foi ocultada. LEIA TAMBÉM Conheça a história de Tebas, o arquiteto escravizado que esculpiu ícones de São Paulo Como a apropriação cultural se manifesta na arquitetura e no design? Pode haver espaço nas cidades brasileiras para monumentos escravocratas? Nos últimos anos, alguns episódios que ocorreram na Liberdade trouxeram à tona o debate sobre o multiculturalismo da região. De acordo com o jornalista e pesquisador Abilio Ferreira, que estuda a região, esta cadeia de acontecimentos começou em 2016, quando o cantor Aloysio Letra escreveu uma música chamada "Rua da Glória", que fala sobre a história da região. No mesmo ano de lançamento da canção, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP) iniciou o processo de tombamento patrimonial do bairro. Segundo a entidade, a decisão é uma forma de preservar a dimensão sociocultural da história e da paisagem local. Dois anos depois, em 2018, um empresário chinês demoliu um antigo sobrado de sua propriedade, situado em frente a Rua Galvão Bueno. Entretanto, a demolição e o processo de fundação de um novo edifício no terreno colocaram em risco de desabamento a Capela de Nossa Senhora dos Aflitos, uma das construções mais importantes para a preservação da história do bairro. Além disso, no terreno demolido foram encontradas ossadas de nove pessoas. O início da Liberdade Antes mesmo de ganhar o nome Liberdade, quando ainda era conhecida como "Bairro da Pólvora", a região era majoritariamente ocupada por pessoas negras. O que conhecemos hoje por Largo da Liberdade, por exemplo, era antes chamado de largo da Forca, visto que era o local onde escravizados fugitivos eram executados após serem condenados à pena de morte. "A população negra se encontrava nas fontes públicas, nos chafarizes, nas margens dos rios e nas pontes, lavando roupa e apanhando água para abastecer as casas, ocupando os arredores dos sobrados das elites" Abilio Ferreira Além disso, o Cemitério dos Aflitos, construído entre 1774 e 1775, é outro importante ponto para entender a história da região. Situado entre a Rua dos Estudantes, a Rua Galvão Bueno, a Rua da Glória e a Radial Leste, o local a céu aberto era reservado ao sepultamento de escravizados, indígenas, e de condenados à morte na forca. Com a inauguração do Cemitério da Consolação, em 1858, o espaço parou de ser utilizado. Dessa forma, somente a Capela de Nossa Senhora dos Aflitos ainda está preservada. Liberdade: conheça a história por trás do bairro turístico de São Paulo (Foto: Rodrigo Capote) Fachada da Capela de Nossa Senhora dos Aflitos (Foto: Rodrigo Capote) Embora as ossadas encontradas no terreno demolido ainda não tenham sido estudadas, acredita-se que são oriundas do cemitério. Isso porque duas possuíam contas de vidro azuis, adereço característico de pessoas adepta de religião de matriz africana. Outros locais do bairro, como a Paróquia Pessoal Nipo-brasileira São Gonçalo, por exemplo, também reúnem pontos importantes da história da região. O local foi construído pela Irmandade de Nossa Senhora da Conceição e São Gonçalo Garcia, composta por homens negros e pardos, por volta de 1756. Segundo Ferreira, São Gonçalo Garcia era muito cultuado pela população negra. O santo era filho de uma nativa com um português e morreu no Japão durante uma viagem de evangelização. Com a extinção da irmandade, em 1893, a igreja foi entregue aos jesuítas e passou por uma série de modificações. Foi somente por volta de 1966, com o crescimento da comunidade japonesa na região, que surgiu a Matriz Paroquial Pessoal Nipo-Brasileira de São Gonçalo, destinada aos descendentes de imigrantes japoneses. Chegada dos japoneses e resistência negra No início do século XX, o Japão enfrentou um momento de necessidade de emigração. O país estava superpovoado e se sustentava basicamente por meio de técnicas agrícolas da época, o que limitava a produção ao alimento que era consumido pela população. Dessa forma, era impossível formar estoques para períodos de seca ou guerra. De acordo com o jornalista, neste período, a ocupação japonesa ocorreu na Rua Conde de Sarzedas, no distrito da Sé. Foi somente após a 2º Guerra Mundial, com o aumento da chegada de imigrantes japoneses no país, que estas pessoas passaram a ocupar as regiões das ruas Galvão Bueno e Estudantes, no bairro da Liberdade. Neste período, houve um forte processo de resistência negra, marcado pela presença das escolas de samba Paulistano da Glória, na Rua da Glória, entre os anos 1940 e 1980, e Lavapés Pirata Negro, a mais antiga escola de samba paulistana em atividade, fundada nos anos 1930. "Outro fator de resistência é o fenômeno da Frente Negra Brasileira, importante organização com sede na Avenida Liberdade, onde hoje é a Casa de Portugal, com ramificações em todo o estado, em outras localidades do Brasil e até no exterior, que em 1936 chegou a se registrar como partido político, logo extinto pelo Estado Novo", explicou Ferreira. Memorial dos Aflitos Após a conclusão das escavações que encontraram as ossadas no terreno demolido pelo empresário chinês, outros acontecimentos na região também incentivaram a criação de um espaço para a preservação da memória negra do bairro. No dia 19 de dezembro de 2018, um grupo de ativistas da União dos Amigos da Capela de Nossa Senhora dos Aflitos e do Movimento Negro lideraram um ato em protesto contra o abandono da Capela. No ano seguinte, o Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo iniciou um diálogo sobre a preservação do patrimônio histórico do bairro. Na ocasião, a diretora da entidade, Raquel Schenkman, informou que o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, pretendia adotar três medidas. Sendo elas: - Desapropriação do terreno do prédio demolido, onde foram encontradas as ossadas - Trabalhar pela restauração da Capela dos Aflitos - Promover no local uma intervenção urbanística para referenciar o Sítio Arqueológico Assim, em dezembro de 2019, o Diário Oficial da Cidade de São Paulo oficializou a criação do "Memorial dos Aflitos" e a desapropriação das áreas situadas entre as ruas Galvão Bueno e Rua dos Aflitos. De acordo com Ferreira, o memorial servirá para trazer outras narrativas à região e mostrar que, além da importante memória japonesa, outros povos também viveram ali. Com isso, o turismo da região também ganhará novas proporções, o que ajudará a fomentar a economia local. LEIA TAMBÉM Como surgiram as favelas no Brasil 3 exemplos de como o urbanismo social cria cidades mais seguras As cidades são pensadas para as mulheres? Urbanistas sugerem soluções de inclusão 9 cidades planejadas no Brasil para você conhecer "O bairro da Liberdade é um bairro diverso. 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Rua Espírito Santo, 268 - Aclimaçãoapartamento com planta de 3 dormitórios transformado em dois com sala ampliada, sendo duas suítes dois banheiros duas vagas de garagem, cozinha e banheiros com armários planejados,, condomínio lazer completo. Confira agende sua visita Descubra o Condomínio Sports Garden Aclamação, uma residência que reflete o espírito vibrante de São Paulo. Situado a R. Espírito Santo, ele oferece uma ampla variedade de recursos para enriquecer a vida cotidiana. Com mais de 23 anos, o Condomínio Sports Garden Aclamação já é muito conhecido na região. Com portaria 24 horas, academia, piscina, quadra esportiva, salão de festas, gás encanado, playground, sauna, salão de jogos, brinquedoteca e espaço gourmet na área comum, o Condomínio Sports Garden Aclamação é ideal para quem busca conforto e entretenimento. 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Rua Espírito Santo, 268 - AclimaçãoApartamento aconchegante próximo ao Parque da Aclimação, perto de 2 estações de metrô (Vergueiro e São Joaquim), com 3 dormitórios, sendo 1 suíte com ar-condicionado, sala para dois ambientes com ar-condicionado e varanda, 2 banheiros e um lavabo, escritório, cozinha planejada, área de serviço, 2 vagas amplas de garagem demarcadas, depósito de 10 m2 no subsolo. Condomínio bem administrado com lazer completo: piscina climatizada de 25 metros com 3 raias, piscina infantil, playground, quadra poliesportiva, salão de festas, academia bem equipada, sala de jogos, 2 churrasqueiras, brinquedoteca, bairro bem localizado com ampla oferta de serviços e servido por várias linhas de ônibus. ACLIMAÇÃO É UM DOS BAIRROS MAIS JOVENS DE SUA REGIÃO, A CENTRAL. NASCEU NO SÉCULO XX, DEPOIS QUE OUTROS DE PERFIL MAIS ARISTOCRÁTICO, COMO: HIGIENÓPOLIS, PACAEMBU, CAMPOS ELÍSIOS, OU MESMO INDUSTRIAIS, COMO O BRÁS, HAVIAM SURGIDO. TODOS DESENVOLVERAM-SE A PARTIR DO LOTEAMENTO DAS ANTIGAS CHÁCARAS E FAZENDAS QUE TOMAVAM AS TERRAS DA CAPITAL, CIRCUNDANDO OS VÁRIOS "CAMINHOS DE TROPEIROS", QUE FAZIAM A LIGAÇÃO ENTRE O CENTRO DA CIDADE, O SERTÃO E O LITORAL. HAVIA O CAMINHO DO CARRO PARA SANTO AMARO, QUE SEGUIA POR ONDE HOJE ESTÃO AS AVENIDAS DA LIBERDADE, VERGUEIRO E DOMINGOS DE MORAIS EM DIREÇÃO AO DISTANTE POVOADO DE SANTO AMARO. HAVIA TAMBÉM O CAMINHO DE PINHEIROS, QUE PARTIA DA SÉ, ATRAVESSAVA O VALE DO ANHANGABAÚ E DESCIA PELA ATUAL RUA DA CONSOLAÇÃO EM DIREÇÃO AO QUE NA ÉPOCA ERA UM POVOADO INDÍGENA. HAVIA AINDA UM CAMINHO PARA MINAS GERAIS, UM PARA GOIÁS E TAMBÉM O CAMINHO DO MAR OU ESTRADA DE SANTOS, QUE DESCIA A RUA DA GLÓRIA, ATRAVESSAVA O RIO LAVAPÉS (HOJE CANALIZADO E OCULTO SOB O NÍVEL DA RUA), SEGUIA PELO IPIRANGA E ACABAVA EM SANTOS. O LOCAL QUE DEU ORIGEM AO BAIRRO DA ACLIMAÇÃO É UMA ÁREA SINUOSA, CHEIA DE MORROS E BAIXADAS, UM TRIÂNGULO CONHECIDO COMO SÍTIO TAPANHOIN, DEMARCADO PELO CAMINHO DO MAR E PELOS CÓRREGOS LAVAPÉS E CAMBUCI. FOI ESSA ÁREA QUE CARLOS BOTELHO, MÉDICO NASCIDO EM PIRACICABA E FORMADO EM PARIS, ADQUIRIU EM 1892, EM BUSCA DA REALIZAÇÃO DE UM DESEJO NASCIDO NA CAPITAL FRANCESA: A CRIAÇÃO DE UMA VERSÃO BRASILEIRA PARA O JARDIN D’ACCLIMATATION, QUE, ENTRE OUTRAS ATRAÇÕES, POSSUÍA UM ZÔO E SERVIA DE BASE PARA A ACLIMATAÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS, ALÉM DE EXPERIÊNCIAS ENVOLVENDO REPRODUÇÃO E HIBRIDAÇÃO DE ANIMAIS. ASSIM, O NOME INDÍGENA DEU LUGAR À INSPIRAÇÃO FRANCESA NO QUE PASSOU A SE CHAMAR JARDIM DA ACLIMAÇÃO, ORIGEM DO ATUAL PARQUE DA ACLIMAÇÃO E DE TODO O BAIRRO. PARQUE DA ACLIMAÇÃO HISTÓRIA DA ACLIMAÇÃOPARQUE DA ACLIMAÇÃO, UM DOS PARQUES MAIS BELOS E FAMOSOS DA CIDADE. DURANTE 30 ANOS, ATÉ A DÉCADA DE 1920, ESTE JARDIM, MUITO MAIOR DO QUE É HOJE, FOI UMA DAS GRANDES ATRAÇÕES DA CAPITAL. NO LOCAL BOTELHO CONSEGUIU CRIAR UM COMPLEXO DE LAZER E DE PESQUISA. ALI, O MÉDICO, PESQUISADOR E POLÍTICO REALIZAVA A QUARENTENA, OU "ACLIMATAÇÃO" DE GADO TRAZIDO DA HOLANDA. NA "CREMÉRIE", OS FREQÜENTADORES DO PARQUE PODIAM BEBER LEITE TIRADO NA HORA OU ADQUIRIR DERIVADOS COMO CREME OU QUEIJO. LÁ TAMBÉM FUNCIONAVA A SEDE DA SOCIEDADE HÍPICA PAULISTA, QUE DEPOIS TRANSFERIU-SE PARA O BROOKLIN NOVO, UM POSTO ZOOTÉCNICO E UM LABORATÓRIO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS. PARA O LAZER, HAVIA O BOSQUE, O LAGO FORMADO A PARTIR DO REPRESAMENTO DE CÓRREGOS DA REGIÃO, NO QUAL HAVIAM CANOAS PARA PASSEIOS, UM ZOOLÓGICO (O PRIMEIRO DA CIDADE) COM URSOS, LEÕES, MACACOS, ELEFANTES, ONÇAS E OUTROS ANIMAIS, ALÉM DE SALÃO DE BAILE, RINK DE PATINAÇÃO, BARRACAS DE JOGOS, AQUÁRIO, PARQUE DE DIVERSÕES. PARA ENTRAR, OS VISITANTES PAGAVAM 300 RÉIS. POR SE TRATAR DE UMA REGIÃO SEMIDESERTA, O ACESSO AO JARDIM DA ACLIMAÇÃO ATRAVÉS DE TRANSPORTE PÚBLICO SÓ ERA POSSÍVEL AOS DOMINGOS E FERIADOS, QUANDO O BONDE Nº 28 PARTIA DA SÉ. ANEXA AO JARDIM, HAVIA UMA EXTENSA ÁREA PRIVADA PERTENCENTE À FAMÍLIA BOTELHO. NA DÉCADA DE 1930, ELA COMEÇOU A SER LOTEADA PELOS FILHOS DO MÉDICO, QUE HÁ ANOS ENVEREDARA PARA A ATIVIDADE POLÍTICA E PASSARA A PROPRIEDADE DAS TERRAS AOS SEUS HERDEIROS. EM 1938, AO SER INFORMADO DE QUE ESTES, COM DIFICULDADES PARA ARCAR COM A MANUTENÇÃO E DESPESAS DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, IRIAM LOTEÁ-LO TAMBÉM, O PREFEITO PRESTES MAIA PROPÔS A COMPRA DO LOCAL. EM 16 DE JANEIRO DE 1939, OS HERDEIROS ANTÔNIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONSTANÇA BOTELHO DE MACEDO COSTA E CARLOS JOSÉ BOTELHO JÚNIOR OFICIALIZARAM A VENDA DA ÁREA DE 182 MIL METROS QUADRADOS À PREFEITURA DE SÃO PAULO, POR UM VALOR DE 2.850 CONTOS DE RÉIS. PARADOXALMENTE, A AQUISIÇÃO MARCARIA NÃO O RENASCIMENTO DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, MAS O FIM, EM DEFINITIVO, DA MAIOR PARTE DE SUAS ATRAÇÕES, E O INÍCIO DE LONGOS PERÍODOS DE ALTERNÂNCIA ENTRE ABANDONO E REVITALIZAÇÃO DA ÁREA VERDE. OCUPAÇÃO E VERTICALIZAÇÃO ENQUANTO O JARDIM DA ACLIMAÇÃO AINDA VIVIA SEUS DIAS DE GLÓRIA, O QUE VIRIA A SER UM BAIRRO COMEÇAVA A TOMAR FORMA. SE EM 1900 EXISTIAM APENAS AS RUAS E AVENIDAS QUE HOJE O DELIMITAM EM RELAÇÃO A SEUS VIZINHOS, COMO VERGUEIRO, LINS DE VASCONCELOS OU TAMANDARÉ, EM 1905 ESTAVAM ABERTAS AS RUAS PIRES DA MOTA, CURURIPE, ESPÍRITO SANTO, JOSÉ GETÚLIO, BATURITÉ E O TRECHO INICIAL DA ATUAL AVENIDA DA ACLIMAÇÃO. EM 1914, JÁ CONSTAVAM DO MAPA AS RUAS MACHADO DE ASSIS, ALÉM DE PARTE DA PAULA NEY E JOSÉ DO PATROCÍNIO. ENTRE ESSAS VIAS - LOCALIZADAS NA ÁREA MAIS ÍNGREME DAS TERRAS CHAMADAS DE MORRO DA ACLIMAÇÃO E PERTENCENTES ORIGINALMENTE À FAMÍLIA DE FRANCISCO JUSTINO DA SILVA, E OUTRAS, COMO A LINS DE VASCONCELOS, A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO E O PRÓPRIO JARDIM DA ACLIMAÇÃO - TUDO O QUE EXISTIA AINDA ERA UM LONGO TRECHO COM CARACTERÍSTICAS RURAIS, DOMINADO POR MATO, CÓRREGOS, PLANTAÇÕES E ESTÁBULOS. EM 1916, SEMPRE RESPEITANDO A SINUOSIDADE DA REGIÃO, COMEÇOU A SER ABERTA UMA SÉRIE DE RUAS QUE FORMAM UM SEMICÍRCULO A PARTIR DA AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, CONVERGINDO PARA O LARGO RODRIGUES ALVES, ATUAL PRAÇA GENERAL POLIDORO, TODAS COM NOMES DE PEDRAS PRECIOSAS: TURMALINA, TOPÁZIO, DIAMANTE, ÁGATA, SAFIRA, ESMERALDA, RUBI, ETC. MAIS ACIMA, EM DIREÇÃO À RUA NILO, A INSPIRAÇÃO PARA O NOME DOS LOGRADOUROS FORAM OS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR: JÚPITER, URANO, SATURNO. SÓ APÓS 1928 OS MAPAS MOSTRAM UMA RELATIVA OCUPAÇÃO DO MORRO DA ACLIMAÇÃO ENTRE A RUA JURUBATUBA (ATUAL AVENIDA ARMANDO FERRENTINI) E O CEMITÉRIO DE VILA MARIANA. NASCIA ALI UM BAIRRO RESIDENCIAL DE CLASSE MÉDIA, NO QUAL PREDOMINAVAM AS CASAS TÉRREAS E OS SOBRADOS, QUE RECEBERAM ITALIANOS, JAPONESES, PORTUGUESES E PAULISTANOS. EM 1938 FOI CRIADO O SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, EXTINTO EM 1986, QUANDO O MUNICÍPIO DE SÃO PAULO FOI REORGANIZADO EM 96 DISTRITOS. CONTUDO, EXISTE AINDA O CARTÓRIO DO REGISTRO CIVIL DO SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, CRIADO POR COMPETÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO ESTADUAL. A PARTIR DA DÉCADA DE 1970, NO ENTANTO, A EXPANSÃO IMOBILIÁRIA FEZ SURGIR MAIS E MAIS EDIFÍCIOS, MARCANDO A VERTICALIZAÇÃO CRESCENTE DO BAIRRO, O AUMENTO DA POPULAÇÃO E A CONSEQUENTE INSTALAÇÃO DE BANCOS, ESCOLAS, CASAS DE COMÉRCIO, IMOBILIÁRIAS E PRESTADORAS DE SERVIÇOS PARA ATENDER ÀS DEMANDAS DOS MORADORES. EM VIAS IMPORTANTES COMO A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, SÃO POUCOS OS ENDEREÇOS RESIDENCIAIS QUE AINDA RESISTEM AO ASSÉDIO DO MERCADO IMOBILIÁRIO. FICA AFASTADO DO CENTRO DE SÃO PAULO NUMA DISTÂNCIA ENTRE 12 E 15 KM. LIMITA-SE COM OS DISTRITOS DE VILA SÔNIA, CAMPO LIMPO, VILA ANDRADE, ITAIM BIBI, PINHEIROS E BUTANTÃ. ABRANGE OS BAIRROS DE VILA PROGREDIOR, CAXINGÜI, JARDIM GUEDALA, CIDADE JARDIM, REAL PARQUE, VILA ACLIMAÇÃO, PAINEIRAS DA ACLIMAÇÃO, JARDIM PANORAMA, JARDIM SÍLVIA, JARDIM VITÓRIA RÉGIA, VILA TRAMONTANO, SUPER QUADRA DA ACLIMAÇÃO. DENTRO DOS LIMITES DA ACLIMAÇÃO ENCONTRA-SE O HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, UM DOS MAIS IMPORTANTES HOSPITAIS PRIVADOS DO MUNICÍPIO, O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, A ESCOLA AMERICANA (ESCOLA GRADUADA) E O ESTÁDIO CÍCERO POMPEU DE TOLEDO, ALÉM DA SEDE SOCIAL DO SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE. COMO SURGIU NO INÍCIO DO SÉCULO 19, O BAIRRO DA ACLIMAÇÃO ERA UMA IMENSA FAZENDA COM MAIS DE 700 ALQUEIRES, LOCALIZADA MUITO LONGE DA CIDADE DE SÃO PAULO. O NOME ‘ACLIMAÇÃO’ SURGIU DO TUPI E, APESAR DE HAVER CONTROVÉRSIAS, ACREDITA-SE QUE SIGNIFICA “MORRO OU COLINA ALTA”. MUITAS LENDAS CERCAM A HISTÓRIA DA ANTIGA FAZENDA MORUMBY. ALGUMAS DIZEM QUE O REI DOM JOÃO VI DEU AQUELAS TERRAS DE PRESENTE PARA O INGLÊS JOHN RUDGE EM 1825, OUTRAS AFIRMAM QUE O MESMO RUDGE CHEGOU A VENDER A FAZENDA CEM VEZES MAIS CARO DO QUE HAVIA PAGO E DEPOIS A COMPROU DE VOLTA INEXPLICAVELMENTE. DAQUELE PASSADO DISTANTE AINDA RESTA A CASA DA FAZENDA ACLIMAÇÃO, UM CASARÃO CONSTRUÍDO EM 1813 PELO REGENTE DO IMPÉRIO, PADRE ANTÔNIO FEIJÓ. HOJE ELA ESTÁ RESTAURADA, FUNCIONA COMO UM RESTAURANTE E PODE SER VISITADA NA AVENIDA ACLIMAÇÃO, 5594. BEM PRÓXIMO AO CASARÃO ESTÁ UMA CAPELA QUE CONSERVA PAREDES DE TAIPA DAQUELA ÉPOCA. NINGUÉM SABE AO CERTO A ORIGEM DESSA CAPELA E NEM SE ELA EXISTIU REALMENTE NO PASSADO. PARA ALGUNS, ELA FOI CRIADA EM HOMENAGEM A SÃO SEBASTIÃO DOS ESCRAVOS. OUTROS DIZEM QUE A CAPELA SERIA USADA COMO SEPULTURA PARA OS PROPRIETÁRIOS DA FAZENDA, UM ATO COMUM NUMA ÉPOCA EM QUE AINDA NÃO EXISTIAM CEMITÉRIOS. ENTRETANTO, NUNCA SE SABERÁ AO CERTO, POIS A ÚNICA COISA QUE SOBROU FORAM AS PAREDES QUE AINDA PODEM SER VISTAS NUMA CAPELA CONSTRUÍDA NO LOCAL NA DÉCADA DE 1950. VÁRIOS FORAM OS PROPRIETÁRIOS DA FAZENDA DA ACLIMAÇÃO E, CONSEQÜENTEMENTE, AS TERRAS ACABARAM SENDO DIVIDIDAS EM DIVERSAS CHÁCARAS. PREDOMINANTEMENTE RURAL, O BAIRRO SOMENTE COMEÇOU A SE DESENVOLVER A PARTIR DE 1940 COM A EXPANSÃO DA CIDADE PARA O SUDOESTE. NA ÉPOCA, O SUCESSO DE VENDA DO JARDIM AMÉRICA VALORIZOU A REGIÃO E A COMPANHIA IMOBILIÁRIA MORUMBY INICIOU A COMERCIALIZAÇÃO DE LOTES DA GRANDE FAZENDA. OS TERRENOS ERAM VENDIDOS COM UMA CONDIÇÃO: NÃO CRIAR ÁREAS COMERCIAIS OU EDIFÍCIOS. AS FAMÍLIAS COM ALTO PODER AQUISITIVO LOGO SE MUDARAM PARA O NOVO BAIRRO E O TORNARAM EM SUCESSO DE VENDAS. O ESTÁDIO DA ACLIMAÇÃO COMEÇOU A SER CONSTRUÍDO EM 1952 E FOI UM DOS GRANDES ATRATIVOS PARA OS MORADORES DO BAIRRO. NA ÉPOCA, ELE FOI ERGUIDO EM UM GRANDE MATAGAL COM ALGUMAS RUAS, MAS POUCAS RESIDÊNCIAS. NO ENTANTO, QUANDO O ESTÁDIO FOI INAUGURADO, OITO ANOS DEPOIS, O BAIRRO JÁ ESTAVA BEM OCUPADO E NÃO PARAVA DE SE EXPANDIR. BEM PRÓXIMO AO ESTÁDIO ESTÁ O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, SEDE DO GOVERNO ESTADUAL, QUE TAMBÉM POSSUI UMA HISTÓRIA BASTANTE CURIOSA. A SUNTUOSA CONSTRUÇÃO FOI FEITA COM O OBJETIVO DE ABRIGAR A UNIVERSIDADE CONDE FRANCISCO MATARAZZO. APÓS MUITOS ANOS, O EDIFÍCIO FOI CONCLUÍDO, MAS A UNIVERSIDADE NÃO SAIU DO PAPEL DEVIDO AOS PROBLEMAS FINANCEIROS DA FAMÍLIA MATARAZZO. EM 1964, A PROPRIEDADE FOI NEGOCIADA COM O GOVERNO ESTADUAL EM TROCA DO PERDÃO DAS DÍVIDAS FISCAIS DO GRUPO MATARAZZO. A ORIGEM DO NOME DA RUA DO PATEO SÃO PAULO VEM DA ESPANHA. ALCANTARILLA É O NOME DE UMA CIDADE ESPANHOLA, LOCALIZADA NA PROVÍNCIA DE MÚRCIA. O MUNICÍPIO É PEQUENO, POSSUI MENOS DE 40 MIL HABITANTES E É CONHECIDO POR SER UM CENTRO PRODUTOR DE FRUTAS E HORTALIÇAS. A TRANQÜILIDADE DESSA ALCANTARILLA DO OUTRO LADO DO ATLÂNTICO SE REFLETE NA RUA DE MESMO NOME EM SÃO PAULO.ACLIMAÇÃO É UM DOS BAIRROS MAIS JOVENS DE SUA REGIÃO, A CENTRAL. NASCEU NO SÉCULO XX, DEPOIS QUE OUTROS DE PERFIL MAIS ARISTOCRÁTICO, COMO: HIGIENÓPOLIS, PACAEMBU, CAMPOS ELÍSIOS, OU MESMO INDUSTRIAIS, COMO O BRÁS, HAVIAM SURGIDO. TODOS DESENVOLVERAM-SE A PARTIR DO LOTEAMENTO DAS ANTIGAS CHÁCARAS E FAZENDAS QUE TOMAVAM AS TERRAS DA CAPITAL, CIRCUNDANDO OS VÁRIOS "CAMINHOS DE TROPEIROS", QUE FAZIAM A LIGAÇÃO ENTRE O CENTRO DA CIDADE, O SERTÃO E O LITORAL. HAVIA O CAMINHO DO CARRO PARA SANTO AMARO, QUE SEGUIA POR ONDE HOJE ESTÃO AS AVENIDAS DA LIBERDADE, VERGUEIRO E DOMINGOS DE MORAIS EM DIREÇÃO AO DISTANTE POVOADO DE SANTO AMARO. HAVIA TAMBÉM O CAMINHO DE PINHEIROS, QUE PARTIA DA SÉ, ATRAVESSAVA O VALE DO ANHANGABAÚ E DESCIA PELA ATUAL RUA DA CONSOLAÇÃO EM DIREÇÃO AO QUE NA ÉPOCA ERA UM POVOADO INDÍGENA. HAVIA AINDA UM CAMINHO PARA MINAS GERAIS, UM PARA GOIÁS E TAMBÉM O CAMINHO DO MAR OU ESTRADA DE SANTOS, QUE DESCIA A RUA DA GLÓRIA, ATRAVESSAVA O RIO LAVAPÉS (HOJE CANALIZADO E OCULTO SOB O NÍVEL DA RUA), SEGUIA PELO IPIRANGA E ACABAVA EM SANTOS. O LOCAL QUE DEU ORIGEM AO BAIRRO DA ACLIMAÇÃO É UMA ÁREA SINUOSA, CHEIA DE MORROS E BAIXADAS, UM TRIÂNGULO CONHECIDO COMO SÍTIO TAPANHOIN, DEMARCADO PELO CAMINHO DO MAR E PELOS CÓRREGOS LAVAPÉS E CAMBUCI. FOI ESSA ÁREA QUE CARLOS BOTELHO, MÉDICO NASCIDO EM PIRACICABA E FORMADO EM PARIS, ADQUIRIU EM 1892, EM BUSCA DA REALIZAÇÃO DE UM DESEJO NASCIDO NA CAPITAL FRANCESA: A CRIAÇÃO DE UMA VERSÃO BRASILEIRA PARA O JARDIN D’ACCLIMATATION, QUE, ENTRE OUTRAS ATRAÇÕES, POSSUÍA UM ZÔO E SERVIA DE BASE PARA A ACLIMATAÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS, ALÉM DE EXPERIÊNCIAS ENVOLVENDO REPRODUÇÃO E HIBRIDAÇÃO DE ANIMAIS. ASSIM, O NOME INDÍGENA DEU LUGAR À INSPIRAÇÃO FRANCESA NO QUE PASSOU A SE CHAMAR JARDIM DA ACLIMAÇÃO, ORIGEM DO ATUAL PARQUE DA ACLIMAÇÃO E DE TODO O BAIRRO. PARQUE DA ACLIMAÇÃO HISTÓRIA DA ACLIMAÇÃOPARQUE DA ACLIMAÇÃO, UM DOS PARQUES MAIS BELOS E FAMOSOS DA CIDADE. DURANTE 30 ANOS, ATÉ A DÉCADA DE 1920, ESTE JARDIM, MUITO MAIOR DO QUE É HOJE, FOI UMA DAS GRANDES ATRAÇÕES DA CAPITAL. NO LOCAL BOTELHO CONSEGUIU CRIAR UM COMPLEXO DE LAZER E DE PESQUISA. ALI, O MÉDICO, PESQUISADOR E POLÍTICO REALIZAVA A QUARENTENA, OU "ACLIMATAÇÃO" DE GADO TRAZIDO DA HOLANDA. NA "CREMÉRIE", OS FREQÜENTADORES DO PARQUE PODIAM BEBER LEITE TIRADO NA HORA OU ADQUIRIR DERIVADOS COMO CREME OU QUEIJO. LÁ TAMBÉM FUNCIONAVA A SEDE DA SOCIEDADE HÍPICA PAULISTA, QUE DEPOIS TRANSFERIU-SE PARA O BROOKLIN NOVO, UM POSTO ZOOTÉCNICO E UM LABORATÓRIO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS. PARA O LAZER, HAVIA O BOSQUE, O LAGO FORMADO A PARTIR DO REPRESAMENTO DE CÓRREGOS DA REGIÃO, NO QUAL HAVIAM CANOAS PARA PASSEIOS, UM ZOOLÓGICO (O PRIMEIRO DA CIDADE) COM URSOS, LEÕES, MACACOS, ELEFANTES, ONÇAS E OUTROS ANIMAIS, ALÉM DE SALÃO DE BAILE, RINK DE PATINAÇÃO, BARRACAS DE JOGOS, AQUÁRIO, PARQUE DE DIVERSÕES. PARA ENTRAR, OS VISITANTES PAGAVAM 300 RÉIS. POR SE TRATAR DE UMA REGIÃO SEMIDESERTA, O ACESSO AO JARDIM DA ACLIMAÇÃO ATRAVÉS DE TRANSPORTE PÚBLICO SÓ ERA POSSÍVEL AOS DOMINGOS E FERIADOS, QUANDO O BONDE Nº 28 PARTIA DA SÉ. ANEXA AO JARDIM, HAVIA UMA EXTENSA ÁREA PRIVADA PERTENCENTE À FAMÍLIA BOTELHO. NA DÉCADA DE 1930, ELA COMEÇOU A SER LOTEADA PELOS FILHOS DO MÉDICO, QUE HÁ ANOS ENVEREDARA PARA A ATIVIDADE POLÍTICA E PASSARA A PROPRIEDADE DAS TERRAS AOS SEUS HERDEIROS. EM 1938, AO SER INFORMADO DE QUE ESTES, COM DIFICULDADES PARA ARCAR COM A MANUTENÇÃO E DESPESAS DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, IRIAM LOTEÁ-LO TAMBÉM, O PREFEITO PRESTES MAIA PROPÔS A COMPRA DO LOCAL. EM 16 DE JANEIRO DE 1939, OS HERDEIROS ANTÔNIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONSTANÇA BOTELHO DE MACEDO COSTA E CARLOS JOSÉ BOTELHO JÚNIOR OFICIALIZARAM A VENDA DA ÁREA DE 182 MIL METROS QUADRADOS À PREFEITURA DE SÃO PAULO, POR UM VALOR DE 2.850 CONTOS DE RÉIS. PARADOXALMENTE, A AQUISIÇÃO MARCARIA NÃO O RENASCIMENTO DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, MAS O FIM, EM DEFINITIVO, DA MAIOR PARTE DE SUAS ATRAÇÕES, E O INÍCIO DE LONGOS PERÍODOS DE ALTERNÂNCIA ENTRE ABANDONO E REVITALIZAÇÃO DA ÁREA VERDE. OCUPAÇÃO E VERTICALIZAÇÃO ENQUANTO O JARDIM DA ACLIMAÇÃO AINDA VIVIA SEUS DIAS DE GLÓRIA, O QUE VIRIA A SER UM BAIRRO COMEÇAVA A TOMAR FORMA. SE EM 1900 EXISTIAM APENAS AS RUAS E AVENIDAS QUE HOJE O DELIMITAM EM RELAÇÃO A SEUS VIZINHOS, COMO VERGUEIRO, LINS DE VASCONCELOS OU TAMANDARÉ, EM 1905 ESTAVAM ABERTAS AS RUAS PIRES DA MOTA, CURURIPE, ESPÍRITO SANTO, JOSÉ GETÚLIO, BATURITÉ E O TRECHO INICIAL DA ATUAL AVENIDA DA ACLIMAÇÃO. EM 1914, JÁ CONSTAVAM DO MAPA AS RUAS MACHADO DE ASSIS, ALÉM DE PARTE DA PAULA NEY E JOSÉ DO PATROCÍNIO. ENTRE ESSAS VIAS - LOCALIZADAS NA ÁREA MAIS ÍNGREME DAS TERRAS CHAMADAS DE MORRO DA ACLIMAÇÃO E PERTENCENTES ORIGINALMENTE À FAMÍLIA DE FRANCISCO JUSTINO DA SILVA, E OUTRAS, COMO A LINS DE VASCONCELOS, A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO E O PRÓPRIO JARDIM DA ACLIMAÇÃO - TUDO O QUE EXISTIA AINDA ERA UM LONGO TRECHO COM CARACTERÍSTICAS RURAIS, DOMINADO POR MATO, CÓRREGOS, PLANTAÇÕES E ESTÁBULOS. EM 1916, SEMPRE RESPEITANDO A SINUOSIDADE DA REGIÃO, COMEÇOU A SER ABERTA UMA SÉRIE DE RUAS QUE FORMAM UM SEMICÍRCULO A PARTIR DA AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, CONVERGINDO PARA O LARGO RODRIGUES ALVES, ATUAL PRAÇA GENERAL POLIDORO, TODAS COM NOMES DE PEDRAS PRECIOSAS: TURMALINA, TOPÁZIO, DIAMANTE, ÁGATA, SAFIRA, ESMERALDA, RUBI, ETC. MAIS ACIMA, EM DIREÇÃO À RUA NILO, A INSPIRAÇÃO PARA O NOME DOS LOGRADOUROS FORAM OS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR: JÚPITER, URANO, SATURNO. SÓ APÓS 1928 OS MAPAS MOSTRAM UMA RELATIVA OCUPAÇÃO DO MORRO DA ACLIMAÇÃO ENTRE A RUA JURUBATUBA (ATUAL AVENIDA ARMANDO FERRENTINI) E O CEMITÉRIO DE VILA MARIANA. NASCIA ALI UM BAIRRO RESIDENCIAL DE CLASSE MÉDIA, NO QUAL PREDOMINAVAM AS CASAS TÉRREAS E OS SOBRADOS, QUE RECEBERAM ITALIANOS, JAPONESES, PORTUGUESES E PAULISTANOS. EM 1938 FOI CRIADO O SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, EXTINTO EM 1986, QUANDO O MUNICÍPIO DE SÃO PAULO FOI REORGANIZADO EM 96 DISTRITOS. CONTUDO, EXISTE AINDA O CARTÓRIO DO REGISTRO CIVIL DO SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, CRIADO POR COMPETÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO ESTADUAL. A PARTIR DA DÉCADA DE 1970, NO ENTANTO, A EXPANSÃO IMOBILIÁRIA FEZ SURGIR MAIS E MAIS EDIFÍCIOS, MARCANDO A VERTICALIZAÇÃO CRESCENTE DO BAIRRO, O AUMENTO DA POPULAÇÃO E A CONSEQUENTE INSTALAÇÃO DE BANCOS, ESCOLAS, CASAS DE COMÉRCIO, IMOBILIÁRIAS E PRESTADORAS DE SERVIÇOS PARA ATENDER ÀS DEMANDAS DOS MORADORES. EM VIAS IMPORTANTES COMO A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, SÃO POUCOS OS ENDEREÇOS RESIDENCIAIS QUE AINDA RESISTEM AO ASSÉDIO DO MERCADO IMOBILIÁRIO. FICA AFASTADO DO CENTRO DE SÃO PAULO NUMA DISTÂNCIA ENTRE 12 E 15 KM. LIMITA-SE COM OS DISTRITOS DE VILA SÔNIA, CAMPO LIMPO, VILA ANDRADE, ITAIM BIBI, PINHEIROS E BUTANTÃ. ABRANGE OS BAIRROS DE VILA PROGREDIOR, CAXINGÜI, JARDIM GUEDALA, CIDADE JARDIM, REAL PARQUE, VILA ACLIMAÇÃO, PAINEIRAS DA ACLIMAÇÃO, JARDIM PANORAMA, JARDIM SÍLVIA, JARDIM VITÓRIA RÉGIA, VILA TRAMONTANO, SUPER QUADRA DA ACLIMAÇÃO. DENTRO DOS LIMITES DA ACLIMAÇÃO ENCONTRA-SE O HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, UM DOS MAIS IMPORTANTES HOSPITAIS PRIVADOS DO MUNICÍPIO, O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, A ESCOLA AMERICANA (ESCOLA GRADUADA) E O ESTÁDIO CÍCERO POMPEU DE TOLEDO, ALÉM DA SEDE SOCIAL DO SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE. COMO SURGIU NO INÍCIO DO SÉCULO 19, O BAIRRO DA ACLIMAÇÃO ERA UMA IMENSA FAZENDA COM MAIS DE 700 ALQUEIRES, LOCALIZADA MUITO LONGE DA CIDADE DE SÃO PAULO. O NOME ‘ACLIMAÇÃO’ SURGIU DO TUPI E, APESAR DE HAVER CONTROVÉRSIAS, ACREDITA-SE QUE SIGNIFICA “MORRO OU COLINA ALTA”. MUITAS LENDAS CERCAM A HISTÓRIA DA ANTIGA FAZENDA MORUMBY. ALGUMAS DIZEM QUE O REI DOM JOÃO VI DEU AQUELAS TERRAS DE PRESENTE PARA O INGLÊS JOHN RUDGE EM 1825, OUTRAS AFIRMAM QUE O MESMO RUDGE CHEGOU A VENDER A FAZENDA CEM VEZES MAIS CARO DO QUE HAVIA PAGO E DEPOIS A COMPROU DE VOLTA INEXPLICAVELMENTE. DAQUELE PASSADO DISTANTE AINDA RESTA A CASA DA FAZENDA ACLIMAÇÃO, UM CASARÃO CONSTRUÍDO EM 1813 PELO REGENTE DO IMPÉRIO, PADRE ANTÔNIO FEIJÓ. HOJE ELA ESTÁ RESTAURADA, FUNCIONA COMO UM RESTAURANTE E PODE SER VISITADA NA AVENIDA ACLIMAÇÃO, 5594. BEM PRÓXIMO AO CASARÃO ESTÁ UMA CAPELA QUE CONSERVA PAREDES DE TAIPA DAQUELA ÉPOCA. NINGUÉM SABE AO CERTO A ORIGEM DESSA CAPELA E NEM SE ELA EXISTIU REALMENTE NO PASSADO. PARA ALGUNS, ELA FOI CRIADA EM HOMENAGEM A SÃO SEBASTIÃO DOS ESCRAVOS. OUTROS DIZEM QUE A CAPELA SERIA USADA COMO SEPULTURA PARA OS PROPRIETÁRIOS DA FAZENDA, UM ATO COMUM NUMA ÉPOCA EM QUE AINDA NÃO EXISTIAM CEMITÉRIOS. ENTRETANTO, NUNCA SE SABERÁ AO CERTO, POIS A ÚNICA COISA QUE SOBROU FORAM AS PAREDES QUE AINDA PODEM SER VISTAS NUMA CAPELA CONSTRUÍDA NO LOCAL NA DÉCADA DE 1950. VÁRIOS FORAM OS PROPRIETÁRIOS DA FAZENDA DA ACLIMAÇÃO E, CONSEQÜENTEMENTE, AS TERRAS ACABARAM SENDO DIVIDIDAS EM DIVERSAS CHÁCARAS. PREDOMINANTEMENTE RURAL, O BAIRRO SOMENTE COMEÇOU A SE DESENVOLVER A PARTIR DE 1940 COM A EXPANSÃO DA CIDADE PARA O SUDOESTE. NA ÉPOCA, O SUCESSO DE VENDA DO JARDIM AMÉRICA VALORIZOU A REGIÃO E A COMPANHIA IMOBILIÁRIA MORUMBY INICIOU A COMERCIALIZAÇÃO DE LOTES DA GRANDE FAZENDA. OS TERRENOS ERAM VENDIDOS COM UMA CONDIÇÃO: NÃO CRIAR ÁREAS COMERCIAIS OU EDIFÍCIOS. AS FAMÍLIAS COM ALTO PODER AQUISITIVO LOGO SE MUDARAM PARA O NOVO BAIRRO E O TORNARAM EM SUCESSO DE VENDAS. O ESTÁDIO DA ACLIMAÇÃO COMEÇOU A SER CONSTRUÍDO EM 1952 E FOI UM DOS GRANDES ATRATIVOS PARA OS MORADORES DO BAIRRO. NA ÉPOCA, ELE FOI ERGUIDO EM UM GRANDE MATAGAL COM ALGUMAS RUAS, MAS POUCAS RESIDÊNCIAS. NO ENTANTO, QUANDO O ESTÁDIO FOI INAUGURADO, OITO ANOS DEPOIS, O BAIRRO JÁ ESTAVA BEM OCUPADO E NÃO PARAVA DE SE EXPANDIR. BEM PRÓXIMO AO ESTÁDIO ESTÁ O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, SEDE DO GOVERNO ESTADUAL, QUE TAMBÉM POSSUI UMA HISTÓRIA BASTANTE CURIOSA. A SUNTUOSA CONSTRUÇÃO FOI FEITA COM O OBJETIVO DE ABRIGAR A UNIVERSIDADE CONDE FRANCISCO MATARAZZO. APÓS MUITOS ANOS, O EDIFÍCIO FOI CONCLUÍDO, MAS A UNIVERSIDADE NÃO SAIU DO PAPEL DEVIDO AOS PROBLEMAS FINANCEIROS DA FAMÍLIA MATARAZZO. EM 1964, A PROPRIEDADE FOI NEGOCIADA COM O GOVERNO ESTADUAL EM TROCA DO PERDÃO DAS DÍVIDAS FISCAIS DO GRUPO MATARAZZO. A ORIGEM DO NOME DA RUA DO PATEO SÃO PAULO VEM DA ESPANHA. ALCANTARILLA É O NOME DE UMA CIDADE ESPANHOLA, LOCALIZADA NA PROVÍNCIA DE MÚRCIA. O MUNICÍPIO É PEQUENO, POSSUI MENOS DE 40 MIL HABITANTES E É CONHECIDO POR SER UM CENTRO PRODUTOR DE FRUTAS E HORTALIÇAS. A TRANQÜILIDADE DESSA ALCANTARILLA DO OUTRO LADO DO ATLÂNTICO SE REFLETE NA RUA DE MESMO NOME EM SÃO PAULO.ACLIMAÇÃO É UM DOS BAIRROS MAIS JOVENS DE SUA REGIÃO, A CENTRAL. NASCEU NO SÉCULO XX, DEPOIS QUE OUTROS DE PERFIL MAIS ARISTOCRÁTICO, COMO: HIGIENÓPOLIS, PACAEMBU, CAMPOS ELÍSIOS, OU MESMO INDUSTRIAIS, COMO O BRÁS, HAVIAM SURGIDO. TODOS DESENVOLVERAM-SE A PARTIR DO LOTEAMENTO DAS ANTIGAS CHÁCARAS E FAZENDAS QUE TOMAVAM AS TERRAS DA CAPITAL, CIRCUNDANDO OS VÁRIOS "CAMINHOS DE TROPEIROS", QUE FAZIAM A LIGAÇÃO ENTRE O CENTRO DA CIDADE, O SERTÃO E O LITORAL. HAVIA O CAMINHO DO CARRO PARA SANTO AMARO, QUE SEGUIA POR ONDE HOJE ESTÃO AS AVENIDAS DA LIBERDADE, VERGUEIRO E DOMINGOS DE MORAIS EM DIREÇÃO AO DISTANTE POVOADO DE SANTO AMARO. HAVIA TAMBÉM O CAMINHO DE PINHEIROS, QUE PARTIA DA SÉ, ATRAVESSAVA O VALE DO ANHANGABAÚ E DESCIA PELA ATUAL RUA DA CONSOLAÇÃO EM DIREÇÃO AO QUE NA ÉPOCA ERA UM POVOADO INDÍGENA. HAVIA AINDA UM CAMINHO PARA MINAS GERAIS, UM PARA GOIÁS E TAMBÉM O CAMINHO DO MAR OU ESTRADA DE SANTOS, QUE DESCIA A RUA DA GLÓRIA, ATRAVESSAVA O RIO LAVAPÉS (HOJE CANALIZADO E OCULTO SOB O NÍVEL DA RUA), SEGUIA PELO IPIRANGA E ACABAVA EM SANTOS. O LOCAL QUE DEU ORIGEM AO BAIRRO DA ACLIMAÇÃO É UMA ÁREA SINUOSA, CHEIA DE MORROS E BAIXADAS, UM TRIÂNGULO CONHECIDO COMO SÍTIO TAPANHOIN, DEMARCADO PELO CAMINHO DO MAR E PELOS CÓRREGOS LAVAPÉS E CAMBUCI. FOI ESSA ÁREA QUE CARLOS BOTELHO, MÉDICO NASCIDO EM PIRACICABA E FORMADO EM PARIS, ADQUIRIU EM 1892, EM BUSCA DA REALIZAÇÃO DE UM DESEJO NASCIDO NA CAPITAL FRANCESA: A CRIAÇÃO DE UMA VERSÃO BRASILEIRA PARA O JARDIN D’ACCLIMATATION, QUE, ENTRE OUTRAS ATRAÇÕES, POSSUÍA UM ZÔO E SERVIA DE BASE PARA A ACLIMATAÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS, ALÉM DE EXPERIÊNCIAS ENVOLVENDO REPRODUÇÃO E HIBRIDAÇÃO DE ANIMAIS. ASSIM, O NOME INDÍGENA DEU LUGAR À INSPIRAÇÃO FRANCESA NO QUE PASSOU A SE CHAMAR JARDIM DA ACLIMAÇÃO, ORIGEM DO ATUAL PARQUE DA ACLIMAÇÃO E DE TODO O BAIRRO. PARQUE DA ACLIMAÇÃO HISTÓRIA DA ACLIMAÇÃOPARQUE DA ACLIMAÇÃO, UM DOS PARQUES MAIS BELOS E FAMOSOS DA CIDADE. DURANTE 30 ANOS, ATÉ A DÉCADA DE 1920, ESTE JARDIM, MUITO MAIOR DO QUE É HOJE, FOI UMA DAS GRANDES ATRAÇÕES DA CAPITAL. NO LOCAL BOTELHO CONSEGUIU CRIAR UM COMPLEXO DE LAZER E DE PESQUISA. ALI, O MÉDICO, PESQUISADOR E POLÍTICO REALIZAVA A QUARENTENA, OU "ACLIMATAÇÃO" DE GADO TRAZIDO DA HOLANDA. NA "CREMÉRIE", OS FREQÜENTADORES DO PARQUE PODIAM BEBER LEITE TIRADO NA HORA OU ADQUIRIR DERIVADOS COMO CREME OU QUEIJO. LÁ TAMBÉM FUNCIONAVA A SEDE DA SOCIEDADE HÍPICA PAULISTA, QUE DEPOIS TRANSFERIU-SE PARA O BROOKLIN NOVO, UM POSTO ZOOTÉCNICO E UM LABORATÓRIO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS. PARA O LAZER, HAVIA O BOSQUE, O LAGO FORMADO A PARTIR DO REPRESAMENTO DE CÓRREGOS DA REGIÃO, NO QUAL HAVIAM CANOAS PARA PASSEIOS, UM ZOOLÓGICO (O PRIMEIRO DA CIDADE) COM URSOS, LEÕES, MACACOS, ELEFANTES, ONÇAS E OUTROS ANIMAIS, ALÉM DE SALÃO DE BAILE, RINK DE PATINAÇÃO, BARRACAS DE JOGOS, AQUÁRIO, PARQUE DE DIVERSÕES. PARA ENTRAR, OS VISITANTES PAGAVAM 300 RÉIS. POR SE TRATAR DE UMA REGIÃO SEMIDESERTA, O ACESSO AO JARDIM DA ACLIMAÇÃO ATRAVÉS DE TRANSPORTE PÚBLICO SÓ ERA POSSÍVEL AOS DOMINGOS E FERIADOS, QUANDO O BONDE Nº 28 PARTIA DA SÉ. ANEXA AO JARDIM, HAVIA UMA EXTENSA ÁREA PRIVADA PERTENCENTE À FAMÍLIA BOTELHO. NA DÉCADA DE 1930, ELA COMEÇOU A SER LOTEADA PELOS FILHOS DO MÉDICO, QUE HÁ ANOS ENVEREDARA PARA A ATIVIDADE POLÍTICA E PASSARA A PROPRIEDADE DAS TERRAS AOS SEUS HERDEIROS. EM 1938, AO SER INFORMADO DE QUE ESTES, COM DIFICULDADES PARA ARCAR COM A MANUTENÇÃO E DESPESAS DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, IRIAM LOTEÁ-LO TAMBÉM, O PREFEITO PRESTES MAIA PROPÔS A COMPRA DO LOCAL. EM 16 DE JANEIRO DE 1939, OS HERDEIROS ANTÔNIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONSTANÇA BOTELHO DE MACEDO COSTA E CARLOS JOSÉ BOTELHO JÚNIOR OFICIALIZARAM A VENDA DA ÁREA DE 182 MIL METROS QUADRADOS À PREFEITURA DE SÃO PAULO, POR UM VALOR DE 2.850 CONTOS DE RÉIS. PARADOXALMENTE, A AQUISIÇÃO MARCARIA NÃO O RENASCIMENTO DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, MAS O FIM, EM DEFINITIVO, DA MAIOR PARTE DE SUAS ATRAÇÕES, E O INÍCIO DE LONGOS PERÍODOS DE ALTERNÂNCIA ENTRE ABANDONO E REVITALIZAÇÃO DA ÁREA VERDE. OCUPAÇÃO E VERTICALIZAÇÃO ENQUANTO O JARDIM DA ACLIMAÇÃO AINDA VIVIA SEUS DIAS DE GLÓRIA, O QUE VIRIA A SER UM BAIRRO COMEÇAVA A TOMAR FORMA. SE EM 1900 EXISTIAM APENAS AS RUAS E AVENIDAS QUE HOJE O DELIMITAM EM RELAÇÃO A SEUS VIZINHOS, COMO VERGUEIRO, LINS DE VASCONCELOS OU TAMANDARÉ, EM 1905 ESTAVAM ABERTAS AS RUAS PIRES DA MOTA, CURURIPE, ESPÍRITO SANTO, JOSÉ GETÚLIO, BATURITÉ E O TRECHO INICIAL DA ATUAL AVENIDA DA ACLIMAÇÃO. EM 1914, JÁ CONSTAVAM DO MAPA AS RUAS MACHADO DE ASSIS, ALÉM DE PARTE DA PAULA NEY E JOSÉ DO PATROCÍNIO. ENTRE ESSAS VIAS - LOCALIZADAS NA ÁREA MAIS ÍNGREME DAS TERRAS CHAMADAS DE MORRO DA ACLIMAÇÃO E PERTENCENTES ORIGINALMENTE À FAMÍLIA DE FRANCISCO JUSTINO DA SILVA, E OUTRAS, COMO A LINS DE VASCONCELOS, A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO E O PRÓPRIO JARDIM DA ACLIMAÇÃO - TUDO O QUE EXISTIA AINDA ERA UM LONGO TRECHO COM CARACTERÍSTICAS RURAIS, DOMINADO POR MATO, CÓRREGOS, PLANTAÇÕES E ESTÁBULOS. EM 1916, SEMPRE RESPEITANDO A SINUOSIDADE DA REGIÃO, COMEÇOU A SER ABERTA UMA SÉRIE DE RUAS QUE FORMAM UM SEMICÍRCULO A PARTIR DA AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, CONVERGINDO PARA O LARGO RODRIGUES ALVES, ATUAL PRAÇA GENERAL POLIDORO, TODAS COM NOMES DE PEDRAS PRECIOSAS: TURMALINA, TOPÁZIO, DIAMANTE, ÁGATA, SAFIRA, ESMERALDA, RUBI, ETC. MAIS ACIMA, EM DIREÇÃO À RUA NILO, A INSPIRAÇÃO PARA O NOME DOS LOGRADOUROS FORAM OS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR: JÚPITER, URANO, SATURNO. SÓ APÓS 1928 OS MAPAS MOSTRAM UMA RELATIVA OCUPAÇÃO DO MORRO DA ACLIMAÇÃO ENTRE A RUA JURUBATUBA (ATUAL AVENIDA ARMANDO FERRENTINI) E O CEMITÉRIO DE VILA MARIANA. NASCIA ALI UM BAIRRO RESIDENCIAL DE CLASSE MÉDIA, NO QUAL PREDOMINAVAM AS CASAS TÉRREAS E OS SOBRADOS, QUE RECEBERAM ITALIANOS, JAPONESES, PORTUGUESES E PAULISTANOS. EM 1938 FOI CRIADO O SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, EXTINTO EM 1986, QUANDO O MUNICÍPIO DE SÃO PAULO FOI REORGANIZADO EM 96 DISTRITOS. CONTUDO, EXISTE AINDA O CARTÓRIO DO REGISTRO CIVIL DO SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, CRIADO POR COMPETÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO ESTADUAL. A PARTIR DA DÉCADA DE 1970, NO ENTANTO, A EXPANSÃO IMOBILIÁRIA FEZ SURGIR MAIS E MAIS EDIFÍCIOS, MARCANDO A VERTICALIZAÇÃO CRESCENTE DO BAIRRO, O AUMENTO DA POPULAÇÃO E A CONSEQUENTE INSTALAÇÃO DE BANCOS, ESCOLAS, CASAS DE COMÉRCIO, IMOBILIÁRIAS E PRESTADORAS DE SERVIÇOS PARA ATENDER ÀS DEMANDAS DOS MORADORES. EM VIAS IMPORTANTES COMO A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, SÃO POUCOS OS ENDEREÇOS RESIDENCIAIS QUE AINDA RESISTEM AO ASSÉDIO DO MERCADO IMOBILIÁRIO. FICA AFASTADO DO CENTRO DE SÃO PAULO NUMA DISTÂNCIA ENTRE 12 E 15 KM. LIMITA-SE COM OS DISTRITOS DE VILA SÔNIA, CAMPO LIMPO, VILA ANDRADE, ITAIM BIBI, PINHEIROS E BUTANTÃ. ABRANGE OS BAIRROS DE VILA PROGREDIOR, CAXINGÜI, JARDIM GUEDALA, CIDADE JARDIM, REAL PARQUE, VILA ACLIMAÇÃO, PAINEIRAS DA ACLIMAÇÃO, JARDIM PANORAMA, JARDIM SÍLVIA, JARDIM VITÓRIA RÉGIA, VILA TRAMONTANO, SUPER QUADRA DA ACLIMAÇÃO. DENTRO DOS LIMITES DA ACLIMAÇÃO ENCONTRA-SE O HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, UM DOS MAIS IMPORTANTES HOSPITAIS PRIVADOS DO MUNICÍPIO, O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, A ESCOLA AMERICANA (ESCOLA GRADUADA) E O ESTÁDIO CÍCERO POMPEU DE TOLEDO, ALÉM DA SEDE SOCIAL DO SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE. COMO SURGIU NO INÍCIO DO SÉCULO 19, O BAIRRO DA ACLIMAÇÃO ERA UMA IMENSA FAZENDA COM MAIS DE 700 ALQUEIRES, LOCALIZADA MUITO LONGE DA CIDADE DE SÃO PAULO. O NOME ‘ACLIMAÇÃO’ SURGIU DO TUPI E, APESAR DE HAVER CONTROVÉRSIAS, ACREDITA-SE QUE SIGNIFICA “MORRO OU COLINA ALTA”. MUITAS LENDAS CERCAM A HISTÓRIA DA ANTIGA FAZENDA MORUMBY. ALGUMAS DIZEM QUE O REI DOM JOÃO VI DEU AQUELAS TERRAS DE PRESENTE PARA O INGLÊS JOHN RUDGE EM 1825, OUTRAS AFIRMAM QUE O MESMO RUDGE CHEGOU A VENDER A FAZENDA CEM VEZES MAIS CARO DO QUE HAVIA PAGO E DEPOIS A COMPROU DE VOLTA INEXPLICAVELMENTE. DAQUELE PASSADO DISTANTE AINDA RESTA A CASA DA FAZENDA ACLIMAÇÃO, UM CASARÃO CONSTRUÍDO EM 1813 PELO REGENTE DO IMPÉRIO, PADRE ANTÔNIO FEIJÓ. HOJE ELA ESTÁ RESTAURADA, FUNCIONA COMO UM RESTAURANTE E PODE SER VISITADA NA AVENIDA ACLIMAÇÃO, 5594. BEM PRÓXIMO AO CASARÃO ESTÁ UMA CAPELA QUE CONSERVA PAREDES DE TAIPA DAQUELA ÉPOCA. NINGUÉM SABE AO CERTO A ORIGEM DESSA CAPELA E NEM SE ELA EXISTIU REALMENTE NO PASSADO. PARA ALGUNS, ELA FOI CRIADA EM HOMENAGEM A SÃO SEBASTIÃO DOS ESCRAVOS. OUTROS DIZEM QUE A CAPELA SERIA USADA COMO SEPULTURA PARA OS PROPRIETÁRIOS DA FAZENDA, UM ATO COMUM NUMA ÉPOCA EM QUE AINDA NÃO EXISTIAM CEMITÉRIOS. ENTRETANTO, NUNCA SE SABERÁ AO CERTO, POIS A ÚNICA COISA QUE SOBROU FORAM AS PAREDES QUE AINDA PODEM SER VISTAS NUMA CAPELA CONSTRUÍDA NO LOCAL NA DÉCADA DE 1950. VÁRIOS FORAM OS PROPRIETÁRIOS DA FAZENDA DA ACLIMAÇÃO E, CONSEQÜENTEMENTE, AS TERRAS ACABARAM SENDO DIVIDIDAS EM DIVERSAS CHÁCARAS. PREDOMINANTEMENTE RURAL, O BAIRRO SOMENTE COMEÇOU A SE DESENVOLVER A PARTIR DE 1940 COM A EXPANSÃO DA CIDADE PARA O SUDOESTE. NA ÉPOCA, O SUCESSO DE VENDA DO JARDIM AMÉRICA VALORIZOU A REGIÃO E A COMPANHIA IMOBILIÁRIA MORUMBY INICIOU A COMERCIALIZAÇÃO DE LOTES DA GRANDE FAZENDA. OS TERRENOS ERAM VENDIDOS COM UMA CONDIÇÃO: NÃO CRIAR ÁREAS COMERCIAIS OU EDIFÍCIOS. AS FAMÍLIAS COM ALTO PODER AQUISITIVO LOGO SE MUDARAM PARA O NOVO BAIRRO E O TORNARAM EM SUCESSO DE VENDAS. O ESTÁDIO DA ACLIMAÇÃO COMEÇOU A SER CONSTRUÍDO EM 1952 E FOI UM DOS GRANDES ATRATIVOS PARA OS MORADORES DO BAIRRO. NA ÉPOCA, ELE FOI ERGUIDO EM UM GRANDE MATAGAL COM ALGUMAS RUAS, MAS POUCAS RESIDÊNCIAS. NO ENTANTO, QUANDO O ESTÁDIO FOI INAUGURADO, OITO ANOS DEPOIS, O BAIRRO JÁ ESTAVA BEM OCUPADO E NÃO PARAVA DE SE EXPANDIR. BEM PRÓXIMO AO ESTÁDIO ESTÁ O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, SEDE DO GOVERNO ESTADUAL, QUE TAMBÉM POSSUI UMA HISTÓRIA BASTANTE CURIOSA. A SUNTUOSA CONSTRUÇÃO FOI FEITA COM O OBJETIVO DE ABRIGAR A UNIVERSIDADE CONDE FRANCISCO MATARAZZO. APÓS MUITOS ANOS, O EDIFÍCIO FOI CONCLUÍDO, MAS A UNIVERSIDADE NÃO SAIU DO PAPEL DEVIDO AOS PROBLEMAS FINANCEIROS DA FAMÍLIA MATARAZZO. EM 1964, A PROPRIEDADE FOI NEGOCIADA COM O GOVERNO ESTADUAL EM TROCA DO PERDÃO DAS DÍVIDAS FISCAIS DO GRUPO MATARAZZO. A ORIGEM DO NOME DA RUA DO PATEO SÃO PAULO VEM DA ESPANHA. ALCANTARILLA É O NOME DE UMA CIDADE ESPANHOLA, LOCALIZADA NA PROVÍNCIA DE MÚRCIA. O MUNICÍPIO É PEQUENO, POSSUI MENOS DE 40 MIL HABITANTES E É CONHECIDO POR SER UM CENTRO PRODUTOR DE FRUTAS E HORTALIÇAS. A TRANQÜILIDADE DESSA ALCANTARILLA DO OUTRO LADO DO ATLÂNTICO SE REFLETE NA RUA DE MESMO NOME EM SÃO PAULO.ACLIMAÇÃO É UM DOS BAIRROS MAIS JOVENS DE SUA REGIÃO, A CENTRAL. NASCEU NO SÉCULO XX, DEPOIS QUE OUTROS DE PERFIL MAIS ARISTOCRÁTICO, COMO: HIGIENÓPOLIS, PACAEMBU, CAMPOS ELÍSIOS, OU MESMO INDUSTRIAIS, COMO O BRÁS, HAVIAM SURGIDO. TODOS DESENVOLVERAM-SE A PARTIR DO LOTEAMENTO DAS ANTIGAS CHÁCARAS E FAZENDAS QUE TOMAVAM AS TERRAS DA CAPITAL, CIRCUNDANDO OS VÁRIOS "CAMINHOS DE TROPEIROS", QUE FAZIAM A LIGAÇÃO ENTRE O CENTRO DA CIDADE, O SERTÃO E O LITORAL. HAVIA O CAMINHO DO CARRO PARA SANTO AMARO, QUE SEGUIA POR ONDE HOJE ESTÃO AS AVENIDAS DA LIBERDADE, VERGUEIRO E DOMINGOS DE MORAIS EM DIREÇÃO AO DISTANTE POVOADO DE SANTO AMARO. HAVIA TAMBÉM O CAMINHO DE PINHEIROS, QUE PARTIA DA SÉ, ATRAVESSAVA O VALE DO ANHANGABAÚ E DESCIA PELA ATUAL RUA DA CONSOLAÇÃO EM DIREÇÃO AO QUE NA ÉPOCA ERA UM POVOADO INDÍGENA. HAVIA AINDA UM CAMINHO PARA MINAS GERAIS, UM PARA GOIÁS E TAMBÉM O CAMINHO DO MAR OU ESTRADA DE SANTOS, QUE DESCIA A RUA DA GLÓRIA, ATRAVESSAVA O RIO LAVAPÉS (HOJE CANALIZADO E OCULTO SOB O NÍVEL DA RUA), SEGUIA PELO IPIRANGA E ACABAVA EM SANTOS. O LOCAL QUE DEU ORIGEM AO BAIRRO DA ACLIMAÇÃO É UMA ÁREA SINUOSA, CHEIA DE MORROS E BAIXADAS, UM TRIÂNGULO CONHECIDO COMO SÍTIO TAPANHOIN, DEMARCADO PELO CAMINHO DO MAR E PELOS CÓRREGOS LAVAPÉS E CAMBUCI. FOI ESSA ÁREA QUE CARLOS BOTELHO, MÉDICO NASCIDO EM PIRACICABA E FORMADO EM PARIS, ADQUIRIU EM 1892, EM BUSCA DA REALIZAÇÃO DE UM DESEJO NASCIDO NA CAPITAL FRANCESA: A CRIAÇÃO DE UMA VERSÃO BRASILEIRA PARA O JARDIN D’ACCLIMATATION, QUE, ENTRE OUTRAS ATRAÇÕES, POSSUÍA UM ZÔO E SERVIA DE BASE PARA A ACLIMATAÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS, ALÉM DE EXPERIÊNCIAS ENVOLVENDO REPRODUÇÃO E HIBRIDAÇÃO DE ANIMAIS. ASSIM, O NOME INDÍGENA DEU LUGAR À INSPIRAÇÃO FRANCESA NO QUE PASSOU A SE CHAMAR JARDIM DA ACLIMAÇÃO, ORIGEM DO ATUAL PARQUE DA ACLIMAÇÃO E DE TODO O BAIRRO. PARQUE DA ACLIMAÇÃO HISTÓRIA DA ACLIMAÇÃOPARQUE DA ACLIMAÇÃO, UM DOS PARQUES MAIS BELOS E FAMOSOS DA CIDADE. DURANTE 30 ANOS, ATÉ A DÉCADA DE 1920, ESTE JARDIM, MUITO MAIOR DO QUE É HOJE, FOI UMA DAS GRANDES ATRAÇÕES DA CAPITAL. NO LOCAL BOTELHO CONSEGUIU CRIAR UM COMPLEXO DE LAZER E DE PESQUISA. ALI, O MÉDICO, PESQUISADOR E POLÍTICO REALIZAVA A QUARENTENA, OU "ACLIMATAÇÃO" DE GADO TRAZIDO DA HOLANDA. NA "CREMÉRIE", OS FREQÜENTADORES DO PARQUE PODIAM BEBER LEITE TIRADO NA HORA OU ADQUIRIR DERIVADOS COMO CREME OU QUEIJO. LÁ TAMBÉM FUNCIONAVA A SEDE DA SOCIEDADE HÍPICA PAULISTA, QUE DEPOIS TRANSFERIU-SE PARA O BROOKLIN NOVO, UM POSTO ZOOTÉCNICO E UM LABORATÓRIO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS. PARA O LAZER, HAVIA O BOSQUE, O LAGO FORMADO A PARTIR DO REPRESAMENTO DE CÓRREGOS DA REGIÃO, NO QUAL HAVIAM CANOAS PARA PASSEIOS, UM ZOOLÓGICO (O PRIMEIRO DA CIDADE) COM URSOS, LEÕES, MACACOS, ELEFANTES, ONÇAS E OUTROS ANIMAIS, ALÉM DE SALÃO DE BAILE, RINK DE PATINAÇÃO, BARRACAS DE JOGOS, AQUÁRIO, PARQUE DE DIVERSÕES. PARA ENTRAR, OS VISITANTES PAGAVAM 300 RÉIS. POR SE TRATAR DE UMA REGIÃO SEMIDESERTA, O ACESSO AO JARDIM DA ACLIMAÇÃO ATRAVÉS DE TRANSPORTE PÚBLICO SÓ ERA POSSÍVEL AOS DOMINGOS E FERIADOS, QUANDO O BONDE Nº 28 PARTIA DA SÉ. ANEXA AO JARDIM, HAVIA UMA EXTENSA ÁREA PRIVADA PERTENCENTE À FAMÍLIA BOTELHO. NA DÉCADA DE 1930, ELA COMEÇOU A SER LOTEADA PELOS FILHOS DO MÉDICO, QUE HÁ ANOS ENVEREDARA PARA A ATIVIDADE POLÍTICA E PASSARA A PROPRIEDADE DAS TERRAS AOS SEUS HERDEIROS. EM 1938, AO SER INFORMADO DE QUE ESTES, COM DIFICULDADES PARA ARCAR COM A MANUTENÇÃO E DESPESAS DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, IRIAM LOTEÁ-LO TAMBÉM, O PREFEITO PRESTES MAIA PROPÔS A COMPRA DO LOCAL. EM 16 DE JANEIRO DE 1939, OS HERDEIROS ANTÔNIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONSTANÇA BOTELHO DE MACEDO COSTA E CARLOS JOSÉ BOTELHO JÚNIOR OFICIALIZARAM A VENDA DA ÁREA DE 182 MIL METROS QUADRADOS À PREFEITURA DE SÃO PAULO, POR UM VALOR DE 2.850 CONTOS DE RÉIS. PARADOXALMENTE, A AQUISIÇÃO MARCARIA NÃO O RENASCIMENTO DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, MAS O FIM, EM DEFINITIVO, DA MAIOR PARTE DE SUAS ATRAÇÕES, E O INÍCIO DE LONGOS PERÍODOS DE ALTERNÂNCIA ENTRE ABANDONO E REVITALIZAÇÃO DA ÁREA VERDE. OCUPAÇÃO E VERTICALIZAÇÃO ENQUANTO O JARDIM DA ACLIMAÇÃO AINDA VIVIA SEUS DIAS DE GLÓRIA, O QUE VIRIA A SER UM BAIRRO COMEÇAVA A TOMAR FORMA. SE EM 1900 EXISTIAM APENAS AS RUAS E AVENIDAS QUE HOJE O DELIMITAM EM RELAÇÃO A SEUS VIZINHOS, COMO VERGUEIRO, LINS DE VASCONCELOS OU TAMANDARÉ, EM 1905 ESTAVAM ABERTAS AS RUAS PIRES DA MOTA, CURURIPE, ESPÍRITO SANTO, JOSÉ GETÚLIO, BATURITÉ E O TRECHO INICIAL DA ATUAL AVENIDA DA ACLIMAÇÃO. EM 1914, JÁ CONSTAVAM DO MAPA AS RUAS MACHADO DE ASSIS, ALÉM DE PARTE DA PAULA NEY E JOSÉ DO PATROCÍNIO. ENTRE ESSAS VIAS - LOCALIZADAS NA ÁREA MAIS ÍNGREME DAS TERRAS CHAMADAS DE MORRO DA ACLIMAÇÃO E PERTENCENTES ORIGINALMENTE À FAMÍLIA DE FRANCISCO JUSTINO DA SILVA, E OUTRAS, COMO A LINS DE VASCONCELOS, A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO E O PRÓPRIO JARDIM DA ACLIMAÇÃO - TUDO O QUE EXISTIA AINDA ERA UM LONGO TRECHO COM CARACTERÍSTICAS RURAIS, DOMINADO POR MATO, CÓRREGOS, PLANTAÇÕES E ESTÁBULOS. EM 1916, SEMPRE RESPEITANDO A SINUOSIDADE DA REGIÃO, COMEÇOU A SER ABERTA UMA SÉRIE DE RUAS QUE FORMAM UM SEMICÍRCULO A PARTIR DA AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, CONVERGINDO PARA O LARGO RODRIGUES ALVES, ATUAL PRAÇA GENERAL POLIDORO, TODAS COM NOMES DE PEDRAS PRECIOSAS: TURMALINA, TOPÁZIO, DIAMANTE, ÁGATA, SAFIRA, ESMERALDA, RUBI, ETC. MAIS ACIMA, EM DIREÇÃO À RUA NILO, A INSPIRAÇÃO PARA O NOME DOS LOGRADOUROS FORAM OS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR: JÚPITER, URANO, SATURNO. SÓ APÓS 1928 OS MAPAS MOSTRAM UMA RELATIVA OCUPAÇÃO DO MORRO DA ACLIMAÇÃO ENTRE A RUA JURUBATUBA (ATUAL AVENIDA ARMANDO FERRENTINI) E O CEMITÉRIO DE VILA MARIANA. NASCIA ALI UM BAIRRO RESIDENCIAL DE CLASSE MÉDIA, NO QUAL PREDOMINAVAM AS CASAS TÉRREAS E OS SOBRADOS, QUE RECEBERAM ITALIANOS, JAPONESES, PORTUGUESES E PAULISTANOS. EM 1938 FOI CRIADO O SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, EXTINTO EM 1986, QUANDO O MUNICÍPIO DE SÃO PAULO FOI REORGANIZADO EM 96 DISTRITOS. CONTUDO, EXISTE AINDA O CARTÓRIO DO REGISTRO CIVIL DO SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, CRIADO POR COMPETÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO ESTADUAL. A PARTIR DA DÉCADA DE 1970, NO ENTANTO, A EXPANSÃO IMOBILIÁRIA FEZ SURGIR MAIS E MAIS EDIFÍCIOS, MARCANDO A VERTICALIZAÇÃO CRESCENTE DO BAIRRO, O AUMENTO DA POPULAÇÃO E A CONSEQUENTE INSTALAÇÃO DE BANCOS, ESCOLAS, CASAS DE COMÉRCIO, IMOBILIÁRIAS E PRESTADORAS DE SERVIÇOS PARA ATENDER ÀS DEMANDAS DOS MORADORES. EM VIAS IMPORTANTES COMO A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, SÃO POUCOS OS ENDEREÇOS RESIDENCIAIS QUE AINDA RESISTEM AO ASSÉDIO DO MERCADO IMOBILIÁRIO. FICA AFASTADO DO CENTRO DE SÃO PAULO NUMA DISTÂNCIA ENTRE 12 E 15 KM. LIMITA-SE COM OS DISTRITOS DE VILA SÔNIA, CAMPO LIMPO, VILA ANDRADE, ITAIM BIBI, PINHEIROS E BUTANTÃ. ABRANGE OS BAIRROS DE VILA PROGREDIOR, CAXINGÜI, JARDIM GUEDALA, CIDADE JARDIM, REAL PARQUE, VILA ACLIMAÇÃO, PAINEIRAS DA ACLIMAÇÃO, JARDIM PANORAMA, JARDIM SÍLVIA, JARDIM VITÓRIA RÉGIA, VILA TRAMONTANO, SUPER QUADRA DA ACLIMAÇÃO. DENTRO DOS LIMITES DA ACLIMAÇÃO ENCONTRA-SE O HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, UM DOS MAIS IMPORTANTES HOSPITAIS PRIVADOS DO MUNICÍPIO, O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, A ESCOLA AMERICANA (ESCOLA GRADUADA) E O ESTÁDIO CÍCERO POMPEU DE TOLEDO, ALÉM DA SEDE SOCIAL DO SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE. COMO SURGIU NO INÍCIO DO SÉCULO 19, O BAIRRO DA ACLIMAÇÃO ERA UMA IMENSA FAZENDA COM MAIS DE 700 ALQUEIRES, LOCALIZADA MUITO LONGE DA CIDADE DE SÃO PAULO. O NOME ‘ACLIMAÇÃO’ SURGIU DO TUPI E, APESAR DE HAVER CONTROVÉRSIAS, ACREDITA-SE QUE SIGNIFICA “MORRO OU COLINA ALTA”. MUITAS LENDAS CERCAM A HISTÓRIA DA ANTIGA FAZENDA MORUMBY. ALGUMAS DIZEM QUE O REI DOM JOÃO VI DEU AQUELAS TERRAS DE PRESENTE PARA O INGLÊS JOHN RUDGE EM 1825, OUTRAS AFIRMAM QUE O MESMO RUDGE CHEGOU A VENDER A FAZENDA CEM VEZES MAIS CARO DO QUE HAVIA PAGO E DEPOIS A COMPROU DE VOLTA INEXPLICAVELMENTE. DAQUELE PASSADO DISTANTE AINDA RESTA A CASA DA FAZENDA ACLIMAÇÃO, UM CASARÃO CONSTRUÍDO EM 1813 PELO REGENTE DO IMPÉRIO, PADRE ANTÔNIO FEIJÓ. HOJE ELA ESTÁ RESTAURADA, FUNCIONA COMO UM RESTAURANTE E PODE SER VISITADA NA AVENIDA ACLIMAÇÃO, 5594. BEM PRÓXIMO AO CASARÃO ESTÁ UMA CAPELA QUE CONSERVA PAREDES DE TAIPA DAQUELA ÉPOCA. NINGUÉM SABE AO CERTO A ORIGEM DESSA CAPELA E NEM SE ELA EXISTIU REALMENTE NO PASSADO. PARA ALGUNS, ELA FOI CRIADA EM HOMENAGEM A SÃO SEBASTIÃO DOS ESCRAVOS. OUTROS DIZEM QUE A CAPELA SERIA USADA COMO SEPULTURA PARA OS PROPRIETÁRIOS DA FAZENDA, UM ATO COMUM NUMA ÉPOCA EM QUE AINDA NÃO EXISTIAM CEMITÉRIOS. ENTRETANTO, NUNCA SE SABERÁ AO CERTO, POIS A ÚNICA COISA QUE SOBROU FORAM AS PAREDES QUE AINDA PODEM SER VISTAS NUMA CAPELA CONSTRUÍDA NO LOCAL NA DÉCADA DE 1950. VÁRIOS FORAM OS PROPRIETÁRIOS DA FAZENDA DA ACLIMAÇÃO E, CONSEQÜENTEMENTE, AS TERRAS ACABARAM SENDO DIVIDIDAS EM DIVERSAS CHÁCARAS. PREDOMINANTEMENTE RURAL, O BAIRRO SOMENTE COMEÇOU A SE DESENVOLVER A PARTIR DE 1940 COM A EXPANSÃO DA CIDADE PARA O SUDOESTE. NA ÉPOCA, O SUCESSO DE VENDA DO JARDIM AMÉRICA VALORIZOU A REGIÃO E A COMPANHIA IMOBILIÁRIA MORUMBY INICIOU A COMERCIALIZAÇÃO DE LOTES DA GRANDE FAZENDA. OS TERRENOS ERAM VENDIDOS COM UMA CONDIÇÃO: NÃO CRIAR ÁREAS COMERCIAIS OU EDIFÍCIOS. AS FAMÍLIAS COM ALTO PODER AQUISITIVO LOGO SE MUDARAM PARA O NOVO BAIRRO E O TORNARAM EM SUCESSO DE VENDAS. O ESTÁDIO DA ACLIMAÇÃO COMEÇOU A SER CONSTRUÍDO EM 1952 E FOI UM DOS GRANDES ATRATIVOS PARA OS MORADORES DO BAIRRO. NA ÉPOCA, ELE FOI ERGUIDO EM UM GRANDE MATAGAL COM ALGUMAS RUAS, MAS POUCAS RESIDÊNCIAS. NO ENTANTO, QUANDO O ESTÁDIO FOI INAUGURADO, OITO ANOS DEPOIS, O BAIRRO JÁ ESTAVA BEM OCUPADO E NÃO PARAVA DE SE EXPANDIR. BEM PRÓXIMO AO ESTÁDIO ESTÁ O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, SEDE DO GOVERNO ESTADUAL, QUE TAMBÉM POSSUI UMA HISTÓRIA BASTANTE CURIOSA. A SUNTUOSA CONSTRUÇÃO FOI FEITA COM O OBJETIVO DE ABRIGAR A UNIVERSIDADE CONDE FRANCISCO MATARAZZO. APÓS MUITOS ANOS, O EDIFÍCIO FOI CONCLUÍDO, MAS A UNIVERSIDADE NÃO SAIU DO PAPEL DEVIDO AOS PROBLEMAS FINANCEIROS DA FAMÍLIA MATARAZZO. EM 1964, A PROPRIEDADE FOI NEGOCIADA COM O GOVERNO ESTADUAL EM TROCA DO PERDÃO DAS DÍVIDAS FISCAIS DO GRUPO MATARAZZO. A ORIGEM DO NOME DA RUA DO PATEO SÃO PAULO VEM DA ESPANHA. ALCANTARILLA É O NOME DE UMA CIDADE ESPANHOLA, LOCALIZADA NA PROVÍNCIA DE MÚRCIA. O MUNICÍPIO É PEQUENO, POSSUI MENOS DE 40 MIL HABITANTES E É CONHECIDO POR SER UM CENTRO PRODUTOR DE FRUTAS E HORTALIÇAS. A TRANQÜILIDADE DESSA ALCANTARILLA DO OUTRO LADO DO ATLÂNTICO SE REFLETE NA RUA DE MESMO NOME EM SÃO PAULO.ACLIMAÇÃO É UM DOS BAIRROS MAIS JOVENS DE SUA REGIÃO, A CENTRAL. NASCEU NO SÉCULO XX, DEPOIS QUE OUTROS DE PERFIL MAIS ARISTOCRÁTICO, COMO: HIGIENÓPOLIS, PACAEMBU, CAMPOS ELÍSIOS, OU MESMO INDUSTRIAIS, COMO O BRÁS, HAVIAM SURGIDO. TODOS DESENVOLVERAM-SE A PARTIR DO LOTEAMENTO DAS ANTIGAS CHÁCARAS E FAZENDAS QUE TOMAVAM AS TERRAS DA CAPITAL, CIRCUNDANDO OS VÁRIOS "CAMINHOS DE TROPEIROS", QUE FAZIAM A LIGAÇÃO ENTRE O CENTRO DA CIDADE, O SERTÃO E O LITORAL. HAVIA O CAMINHO DO CARRO PARA SANTO AMARO, QUE SEGUIA POR ONDE HOJE ESTÃO AS AVENIDAS DA LIBERDADE, VERGUEIRO E DOMINGOS DE MORAIS EM DIREÇÃO AO DISTANTE POVOADO DE SANTO AMARO. HAVIA TAMBÉM O CAMINHO DE PINHEIROS, QUE PARTIA DA SÉ, ATRAVESSAVA O VALE DO ANHANGABAÚ E DESCIA PELA ATUAL RUA DA CONSOLAÇÃO EM DIREÇÃO AO QUE NA ÉPOCA ERA UM POVOADO INDÍGENA. HAVIA AINDA UM CAMINHO PARA MINAS GERAIS, UM PARA GOIÁS E TAMBÉM O CAMINHO DO MAR OU ESTRADA DE SANTOS, QUE DESCIA A RUA DA GLÓRIA, ATRAVESSAVA O RIO LAVAPÉS (HOJE CANALIZADO E OCULTO SOB O NÍVEL DA RUA), SEGUIA PELO IPIRANGA E ACABAVA EM SANTOS. O LOCAL QUE DEU ORIGEM AO BAIRRO DA ACLIMAÇÃO É UMA ÁREA SINUOSA, CHEIA DE MORROS E BAIXADAS, UM TRIÂNGULO CONHECIDO COMO SÍTIO TAPANHOIN, DEMARCADO PELO CAMINHO DO MAR E PELOS CÓRREGOS LAVAPÉS E CAMBUCI. FOI ESSA ÁREA QUE CARLOS BOTELHO, MÉDICO NASCIDO EM PIRACICABA E FORMADO EM PARIS, ADQUIRIU EM 1892, EM BUSCA DA REALIZAÇÃO DE UM DESEJO NASCIDO NA CAPITAL FRANCESA: A CRIAÇÃO DE UMA VERSÃO BRASILEIRA PARA O JARDIN D’ACCLIMATATION, QUE, ENTRE OUTRAS ATRAÇÕES, POSSUÍA UM ZÔO E SERVIA DE BASE PARA A ACLIMATAÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS, ALÉM DE EXPERIÊNCIAS ENVOLVENDO REPRODUÇÃO E HIBRIDAÇÃO DE ANIMAIS. ASSIM, O NOME INDÍGENA DEU LUGAR À INSPIRAÇÃO FRANCESA NO QUE PASSOU A SE CHAMAR JARDIM DA ACLIMAÇÃO, ORIGEM DO ATUAL PARQUE DA ACLIMAÇÃO E DE TODO O BAIRRO. PARQUE DA ACLIMAÇÃO HISTÓRIA DA ACLIMAÇÃOPARQUE DA ACLIMAÇÃO, UM DOS PARQUES MAIS BELOS E FAMOSOS DA CIDADE. DURANTE 30 ANOS, ATÉ A DÉCADA DE 1920, ESTE JARDIM, MUITO MAIOR DO QUE É HOJE, FOI UMA DAS GRANDES ATRAÇÕES DA CAPITAL. NO LOCAL BOTELHO CONSEGUIU CRIAR UM COMPLEXO DE LAZER E DE PESQUISA. ALI, O MÉDICO, PESQUISADOR E POLÍTICO REALIZAVA A QUARENTENA, OU "ACLIMATAÇÃO" DE GADO TRAZIDO DA HOLANDA. NA "CREMÉRIE", OS FREQÜENTADORES DO PARQUE PODIAM BEBER LEITE TIRADO NA HORA OU ADQUIRIR DERIVADOS COMO CREME OU QUEIJO. LÁ TAMBÉM FUNCIONAVA A SEDE DA SOCIEDADE HÍPICA PAULISTA, QUE DEPOIS TRANSFERIU-SE PARA O BROOKLIN NOVO, UM POSTO ZOOTÉCNICO E UM LABORATÓRIO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS. PARA O LAZER, HAVIA O BOSQUE, O LAGO FORMADO A PARTIR DO REPRESAMENTO DE CÓRREGOS DA REGIÃO, NO QUAL HAVIAM CANOAS PARA PASSEIOS, UM ZOOLÓGICO (O PRIMEIRO DA CIDADE) COM URSOS, LEÕES, MACACOS, ELEFANTES, ONÇAS E OUTROS ANIMAIS, ALÉM DE SALÃO DE BAILE, RINK DE PATINAÇÃO, BARRACAS DE JOGOS, AQUÁRIO, PARQUE DE DIVERSÕES. PARA ENTRAR, OS VISITANTES PAGAVAM 300 RÉIS. POR SE TRATAR DE UMA REGIÃO SEMIDESERTA, O ACESSO AO JARDIM DA ACLIMAÇÃO ATRAVÉS DE TRANSPORTE PÚBLICO SÓ ERA POSSÍVEL AOS DOMINGOS E FERIADOS, QUANDO O BONDE Nº 28 PARTIA DA SÉ. ANEXA AO JARDIM, HAVIA UMA EXTENSA ÁREA PRIVADA PERTENCENTE À FAMÍLIA BOTELHO. NA DÉCADA DE 1930, ELA COMEÇOU A SER LOTEADA PELOS FILHOS DO MÉDICO, QUE HÁ ANOS ENVEREDARA PARA A ATIVIDADE POLÍTICA E PASSARA A PROPRIEDADE DAS TERRAS AOS SEUS HERDEIROS. EM 1938, AO SER INFORMADO DE QUE ESTES, COM DIFICULDADES PARA ARCAR COM A MANUTENÇÃO E DESPESAS DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, IRIAM LOTEÁ-LO TAMBÉM, O PREFEITO PRESTES MAIA PROPÔS A COMPRA DO LOCAL. EM 16 DE JANEIRO DE 1939, OS HERDEIROS ANTÔNIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONSTANÇA BOTELHO DE MACEDO COSTA E CARLOS JOSÉ BOTELHO JÚNIOR OFICIALIZARAM A VENDA DA ÁREA DE 182 MIL METROS QUADRADOS À PREFEITURA DE SÃO PAULO, POR UM VALOR DE 2.850 CONTOS DE RÉIS. PARADOXALMENTE, A AQUISIÇÃO MARCARIA NÃO O RENASCIMENTO DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, MAS O FIM, EM DEFINITIVO, DA MAIOR PARTE DE SUAS ATRAÇÕES, E O INÍCIO DE LONGOS PERÍODOS DE ALTERNÂNCIA ENTRE ABANDONO E REVITALIZAÇÃO DA ÁREA VERDE. OCUPAÇÃO E VERTICALIZAÇÃO ENQUANTO O JARDIM DA ACLIMAÇÃO AINDA VIVIA SEUS DIAS DE GLÓRIA, O QUE VIRIA A SER UM BAIRRO COMEÇAVA A TOMAR FORMA. SE EM 1900 EXISTIAM APENAS AS RUAS E AVENIDAS QUE HOJE O DELIMITAM EM RELAÇÃO A SEUS VIZINHOS, COMO VERGUEIRO, LINS DE VASCONCELOS OU TAMANDARÉ, EM 1905 ESTAVAM ABERTAS AS RUAS PIRES DA MOTA, CURURIPE, ESPÍRITO SANTO, JOSÉ GETÚLIO, BATURITÉ E O TRECHO INICIAL DA ATUAL AVENIDA DA ACLIMAÇÃO. EM 1914, JÁ CONSTAVAM DO MAPA AS RUAS MACHADO DE ASSIS, ALÉM DE PARTE DA PAULA NEY E JOSÉ DO PATROCÍNIO. ENTRE ESSAS VIAS - LOCALIZADAS NA ÁREA MAIS ÍNGREME DAS TERRAS CHAMADAS DE MORRO DA ACLIMAÇÃO E PERTENCENTES ORIGINALMENTE À FAMÍLIA DE FRANCISCO JUSTINO DA SILVA, E OUTRAS, COMO A LINS DE VASCONCELOS, A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO E O PRÓPRIO JARDIM DA ACLIMAÇÃO - TUDO O QUE EXISTIA AINDA ERA UM LONGO TRECHO COM CARACTERÍSTICAS RURAIS, DOMINADO POR MATO, CÓRREGOS, PLANTAÇÕES E ESTÁBULOS. EM 1916, SEMPRE RESPEITANDO A SINUOSIDADE DA REGIÃO, COMEÇOU A SER ABERTA UMA SÉRIE DE RUAS QUE FORMAM UM SEMICÍRCULO A PARTIR DA AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, CONVERGINDO PARA O LARGO RODRIGUES ALVES, ATUAL PRAÇA GENERAL POLIDORO, TODAS COM NOMES DE PEDRAS PRECIOSAS: TURMALINA, TOPÁZIO, DIAMANTE, ÁGATA, SAFIRA, ESMERALDA, RUBI, ETC. MAIS ACIMA, EM DIREÇÃO À RUA NILO, A INSPIRAÇÃO PARA O NOME DOS LOGRADOUROS FORAM OS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR: JÚPITER, URANO, SATURNO. SÓ APÓS 1928 OS MAPAS MOSTRAM UMA RELATIVA OCUPAÇÃO DO MORRO DA ACLIMAÇÃO ENTRE A RUA JURUBATUBA (ATUAL AVENIDA ARMANDO FERRENTINI) E O CEMITÉRIO DE VILA MARIANA. NASCIA ALI UM BAIRRO RESIDENCIAL DE CLASSE MÉDIA, NO QUAL PREDOMINAVAM AS CASAS TÉRREAS E OS SOBRADOS, QUE RECEBERAM ITALIANOS, JAPONESES, PORTUGUESES E PAULISTANOS. EM 1938 FOI CRIADO O SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, EXTINTO EM 1986, QUANDO O MUNICÍPIO DE SÃO PAULO FOI REORGANIZADO EM 96 DISTRITOS. CONTUDO, EXISTE AINDA O CARTÓRIO DO REGISTRO CIVIL DO SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, CRIADO POR COMPETÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO ESTADUAL. A PARTIR DA DÉCADA DE 1970, NO ENTANTO, A EXPANSÃO IMOBILIÁRIA FEZ SURGIR MAIS E MAIS EDIFÍCIOS, MARCANDO A VERTICALIZAÇÃO CRESCENTE DO BAIRRO, O AUMENTO DA POPULAÇÃO E A CONSEQUENTE INSTALAÇÃO DE BANCOS, ESCOLAS, CASAS DE COMÉRCIO, IMOBILIÁRIAS E PRESTADORAS DE SERVIÇOS PARA ATENDER ÀS DEMANDAS DOS MORADORES. EM VIAS IMPORTANTES COMO A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, SÃO POUCOS OS ENDEREÇOS RESIDENCIAIS QUE AINDA RESISTEM AO ASSÉDIO DO MERCADO IMOBILIÁRIO. FICA AFASTADO DO CENTRO DE SÃO PAULO NUMA DISTÂNCIA ENTRE 12 E 15 KM. LIMITA-SE COM OS DISTRITOS DE VILA SÔNIA, CAMPO LIMPO, VILA ANDRADE, ITAIM BIBI, PINHEIROS E BUTANTÃ. ABRANGE OS BAIRROS DE VILA PROGREDIOR, CAXINGÜI, JARDIM GUEDALA, CIDADE JARDIM, REAL PARQUE, VILA ACLIMAÇÃO, PAINEIRAS DA ACLIMAÇÃO, JARDIM PANORAMA, JARDIM SÍLVIA, JARDIM VITÓRIA RÉGIA, VILA TRAMONTANO, SUPER QUADRA DA ACLIMAÇÃO. DENTRO DOS LIMITES DA ACLIMAÇÃO ENCONTRA-SE O HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, UM DOS MAIS IMPORTANTES HOSPITAIS PRIVADOS DO MUNICÍPIO, O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, A ESCOLA AMERICANA (ESCOLA GRADUADA) E O ESTÁDIO CÍCERO POMPEU DE TOLEDO, ALÉM DA SEDE SOCIAL DO SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE. COMO SURGIU NO INÍCIO DO SÉCULO 19, O BAIRRO DA ACLIMAÇÃO ERA UMA IMENSA FAZENDA COM MAIS DE 700 ALQUEIRES, LOCALIZADA MUITO LONGE DA CIDADE DE SÃO PAULO. O NOME ‘ACLIMAÇÃO’ SURGIU DO TUPI E, APESAR DE HAVER CONTROVÉRSIAS, ACREDITA-SE QUE SIGNIFICA “MORRO OU COLINA ALTA”. MUITAS LENDAS CERCAM A HISTÓRIA DA ANTIGA FAZENDA MORUMBY. ALGUMAS DIZEM QUE O REI DOM JOÃO VI DEU AQUELAS TERRAS DE PRESENTE PARA O INGLÊS JOHN RUDGE EM 1825, OUTRAS AFIRMAM QUE O MESMO RUDGE CHEGOU A VENDER A FAZENDA CEM .ACLIMAÇÃO É UM DOS BAIRROS MAIS JOVENS DE SUA REGIÃO, A CENTRAL. NASCEU NO SÉCULO XX, DEPOIS QUE OUTROS DE PERFIL MAIS ARISTOCRÁTICO, COMO: HIGIENÓPOLIS, PACAEMBU, CAMPOS ELÍSIOS, OU MESMO INDUSTRIAIS, COMO O BRÁS, HAVIAM SURGIDO. TODOS DESENVOLVERAM-SE A PARTIR DO LOTEAMENTO DAS ANTIGAS CHÁCARAS E FAZENDAS QUE TOMAVAM AS TERRAS DA CAPITAL, CSão Paulo - SPApartamento aconchegante próximo ao Parque da Aclimação, perto de 2 estações de metrô (Vergueiro e São Joaquim), com 3 dormitórios, sendo 1 suíte com ar-condicionado, sala para dois ambientes com ar-condicionado e varanda, 2 banheiros e um lavabo, escritório, cozinha planejada, área de serviço, 2 vagas amplas de garagem demarcadas, depósito de 10 m2 no subsolo. Condomínio bem administrado com lazer completo: piscina climatizada de 25 metros com 3 raias, piscina infantil, playground, quadra poliesportiva, salão de festas, academia bem equipada, sala de jogos, 2 churrasqueiras, brinquedoteca, bairro bem localizado com ampla oferta de serviços e servido por várias linhas de ônibus. ACLIMAÇÃO É UM DOS BAIRROS MAIS JOVENS DE SUA REGIÃO, A CENTRAL. NASCEU NO SÉCULO XX, DEPOIS QUE OUTROS DE PERFIL MAIS ARISTOCRÁTICO, COMO: HIGIENÓPOLIS, PACAEMBU, CAMPOS ELÍSIOS, OU MESMO INDUSTRIAIS, COMO O BRÁS, HAVIAM SURGIDO. TODOS DESENVOLVERAM-SE A PARTIR DO LOTEAMENTO DAS ANTIGAS CHÁCARAS E FAZENDAS QUE TOMAVAM AS TERRAS DA CAPITAL, CIRCUNDANDO OS VÁRIOS "CAMINHOS DE TROPEIROS", QUE FAZIAM A LIGAÇÃO ENTRE O CENTRO DA CIDADE, O SERTÃO E O LITORAL. HAVIA O CAMINHO DO CARRO PARA SANTO AMARO, QUE SEGUIA POR ONDE HOJE ESTÃO AS AVENIDAS DA LIBERDADE, VERGUEIRO E DOMINGOS DE MORAIS EM DIREÇÃO AO DISTANTE POVOADO DE SANTO AMARO. HAVIA TAMBÉM O CAMINHO DE PINHEIROS, QUE PARTIA DA SÉ, ATRAVESSAVA O VALE DO ANHANGABAÚ E DESCIA PELA ATUAL RUA DA CONSOLAÇÃO EM DIREÇÃO AO QUE NA ÉPOCA ERA UM POVOADO INDÍGENA. HAVIA AINDA UM CAMINHO PARA MINAS GERAIS, UM PARA GOIÁS E TAMBÉM O CAMINHO DO MAR OU ESTRADA DE SANTOS, QUE DESCIA A RUA DA GLÓRIA, ATRAVESSAVA O RIO LAVAPÉS (HOJE CANALIZADO E OCULTO SOB O NÍVEL DA RUA), SEGUIA PELO IPIRANGA E ACABAVA EM SANTOS. O LOCAL QUE DEU ORIGEM AO BAIRRO DA ACLIMAÇÃO É UMA ÁREA SINUOSA, CHEIA DE MORROS E BAIXADAS, UM TRIÂNGULO CONHECIDO COMO SÍTIO TAPANHOIN, DEMARCADO PELO CAMINHO DO MAR E PELOS CÓRREGOS LAVAPÉS E CAMBUCI. FOI ESSA ÁREA QUE CARLOS BOTELHO, MÉDICO NASCIDO EM PIRACICABA E FORMADO EM PARIS, ADQUIRIU EM 1892, EM BUSCA DA REALIZAÇÃO DE UM DESEJO NASCIDO NA CAPITAL FRANCESA: A CRIAÇÃO DE UMA VERSÃO BRASILEIRA PARA O JARDIN D’ACCLIMATATION, QUE, ENTRE OUTRAS ATRAÇÕES, POSSUÍA UM ZÔO E SERVIA DE BASE PARA A ACLIMATAÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS, ALÉM DE EXPERIÊNCIAS ENVOLVENDO REPRODUÇÃO E HIBRIDAÇÃO DE ANIMAIS. ASSIM, O NOME INDÍGENA DEU LUGAR À INSPIRAÇÃO FRANCESA NO QUE PASSOU A SE CHAMAR JARDIM DA ACLIMAÇÃO, ORIGEM DO ATUAL PARQUE DA ACLIMAÇÃO E DE TODO O BAIRRO. PARQUE DA ACLIMAÇÃO HISTÓRIA DA ACLIMAÇÃOPARQUE DA ACLIMAÇÃO, UM DOS PARQUES MAIS BELOS E FAMOSOS DA CIDADE. DURANTE 30 ANOS, ATÉ A DÉCADA DE 1920, ESTE JARDIM, MUITO MAIOR DO QUE É HOJE, FOI UMA DAS GRANDES ATRAÇÕES DA CAPITAL. NO LOCAL BOTELHO CONSEGUIU CRIAR UM COMPLEXO DE LAZER E DE PESQUISA. ALI, O MÉDICO, PESQUISADOR E POLÍTICO REALIZAVA A QUARENTENA, OU "ACLIMATAÇÃO" DE GADO TRAZIDO DA HOLANDA. NA "CREMÉRIE", OS FREQÜENTADORES DO PARQUE PODIAM BEBER LEITE TIRADO NA HORA OU ADQUIRIR DERIVADOS COMO CREME OU QUEIJO. LÁ TAMBÉM FUNCIONAVA A SEDE DA SOCIEDADE HÍPICA PAULISTA, QUE DEPOIS TRANSFERIU-SE PARA O BROOKLIN NOVO, UM POSTO ZOOTÉCNICO E UM LABORATÓRIO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS. PARA O LAZER, HAVIA O BOSQUE, O LAGO FORMADO A PARTIR DO REPRESAMENTO DE CÓRREGOS DA REGIÃO, NO QUAL HAVIAM CANOAS PARA PASSEIOS, UM ZOOLÓGICO (O PRIMEIRO DA CIDADE) COM URSOS, LEÕES, MACACOS, ELEFANTES, ONÇAS E OUTROS ANIMAIS, ALÉM DE SALÃO DE BAILE, RINK DE PATINAÇÃO, BARRACAS DE JOGOS, AQUÁRIO, PARQUE DE DIVERSÕES. PARA ENTRAR, OS VISITANTES PAGAVAM 300 RÉIS. POR SE TRATAR DE UMA REGIÃO SEMIDESERTA, O ACESSO AO JARDIM DA ACLIMAÇÃO ATRAVÉS DE TRANSPORTE PÚBLICO SÓ ERA POSSÍVEL AOS DOMINGOS E FERIADOS, QUANDO O BONDE Nº 28 PARTIA DA SÉ. ANEXA AO JARDIM, HAVIA UMA EXTENSA ÁREA PRIVADA PERTENCENTE À FAMÍLIA BOTELHO. NA DÉCADA DE 1930, ELA COMEÇOU A SER LOTEADA PELOS FILHOS DO MÉDICO, QUE HÁ ANOS ENVEREDARA PARA A ATIVIDADE POLÍTICA E PASSARA A PROPRIEDADE DAS TERRAS AOS SEUS HERDEIROS. EM 1938, AO SER INFORMADO DE QUE ESTES, COM DIFICULDADES PARA ARCAR COM A MANUTENÇÃO E DESPESAS DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, IRIAM LOTEÁ-LO TAMBÉM, O PREFEITO PRESTES MAIA PROPÔS A COMPRA DO LOCAL. EM 16 DE JANEIRO DE 1939, OS HERDEIROS ANTÔNIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONSTANÇA BOTELHO DE MACEDO COSTA E CARLOS JOSÉ BOTELHO JÚNIOR OFICIALIZARAM A VENDA DA ÁREA DE 182 MIL METROS QUADRADOS À PREFEITURA DE SÃO PAULO, POR UM VALOR DE 2.850 CONTOS DE RÉIS. PARADOXALMENTE, A AQUISIÇÃO MARCARIA NÃO O RENASCIMENTO DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, MAS O FIM, EM DEFINITIVO, DA MAIOR PARTE DE SUAS ATRAÇÕES, E O INÍCIO DE LONGOS PERÍODOS DE ALTERNÂNCIA ENTRE ABANDONO E REVITALIZAÇÃO DA ÁREA VERDE. OCUPAÇÃO E VERTICALIZAÇÃO ENQUANTO O JARDIM DA ACLIMAÇÃO AINDA VIVIA SEUS DIAS DE GLÓRIA, O QUE VIRIA A SER UM BAIRRO COMEÇAVA A TOMAR FORMA. SE EM 1900 EXISTIAM APENAS AS RUAS E AVENIDAS QUE HOJE O DELIMITAM EM RELAÇÃO A SEUS VIZINHOS, COMO VERGUEIRO, LINS DE VASCONCELOS OU TAMANDARÉ, EM 1905 ESTAVAM ABERTAS AS RUAS PIRES DA MOTA, CURURIPE, ESPÍRITO SANTO, JOSÉ GETÚLIO, BATURITÉ E O TRECHO INICIAL DA ATUAL AVENIDA DA ACLIMAÇÃO. EM 1914, JÁ CONSTAVAM DO MAPA AS RUAS MACHADO DE ASSIS, ALÉM DE PARTE DA PAULA NEY E JOSÉ DO PATROCÍNIO. ENTRE ESSAS VIAS - LOCALIZADAS NA ÁREA MAIS ÍNGREME DAS TERRAS CHAMADAS DE MORRO DA ACLIMAÇÃO E PERTENCENTES ORIGINALMENTE À FAMÍLIA DE FRANCISCO JUSTINO DA SILVA, E OUTRAS, COMO A LINS DE VASCONCELOS, A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO E O PRÓPRIO JARDIM DA ACLIMAÇÃO - TUDO O QUE EXISTIA AINDA ERA UM LONGO TRECHO COM CARACTERÍSTICAS RURAIS, DOMINADO POR MATO, CÓRREGOS, PLANTAÇÕES E ESTÁBULOS. EM 1916, SEMPRE RESPEITANDO A SINUOSIDADE DA REGIÃO, COMEÇOU A SER ABERTA UMA SÉRIE DE RUAS QUE FORMAM UM SEMICÍRCULO A PARTIR DA AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, CONVERGINDO PARA O LARGO RODRIGUES ALVES, ATUAL PRAÇA GENERAL POLIDORO, TODAS COM NOMES DE PEDRAS PRECIOSAS: TURMALINA, TOPÁZIO, DIAMANTE, ÁGATA, SAFIRA, ESMERALDA, RUBI, ETC. MAIS ACIMA, EM DIREÇÃO À RUA NILO, A INSPIRAÇÃO PARA O NOME DOS LOGRADOUROS FORAM OS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR: JÚPITER, URANO, SATURNO. SÓ APÓS 1928 OS MAPAS MOSTRAM UMA RELATIVA OCUPAÇÃO DO MORRO DA ACLIMAÇÃO ENTRE A RUA JURUBATUBA (ATUAL AVENIDA ARMANDO FERRENTINI) E O CEMITÉRIO DE VILA MARIANA. NASCIA ALI UM BAIRRO RESIDENCIAL DE CLASSE MÉDIA, NO QUAL PREDOMINAVAM AS CASAS TÉRREAS E OS SOBRADOS, QUE RECEBERAM ITALIANOS, JAPONESES, PORTUGUESES E PAULISTANOS. EM 1938 FOI CRIADO O SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, EXTINTO EM 1986, QUANDO O MUNICÍPIO DE SÃO PAULO FOI REORGANIZADO EM 96 DISTRITOS. CONTUDO, EXISTE AINDA O CARTÓRIO DO REGISTRO CIVIL DO SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, CRIADO POR COMPETÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO ESTADUAL. A PARTIR DA DÉCADA DE 1970, NO ENTANTO, A EXPANSÃO IMOBILIÁRIA FEZ SURGIR MAIS E MAIS EDIFÍCIOS, MARCANDO A VERTICALIZAÇÃO CRESCENTE DO BAIRRO, O AUMENTO DA POPULAÇÃO E A CONSEQUENTE INSTALAÇÃO DE BANCOS, ESCOLAS, CASAS DE COMÉRCIO, IMOBILIÁRIAS E PRESTADORAS DE SERVIÇOS PARA ATENDER ÀS DEMANDAS DOS MORADORES. EM VIAS IMPORTANTES COMO A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, SÃO POUCOS OS ENDEREÇOS RESIDENCIAIS QUE AINDA RESISTEM AO ASSÉDIO DO MERCADO IMOBILIÁRIO. FICA AFASTADO DO CENTRO DE SÃO PAULO NUMA DISTÂNCIA ENTRE 12 E 15 KM. LIMITA-SE COM OS DISTRITOS DE VILA SÔNIA, CAMPO LIMPO, VILA ANDRADE, ITAIM BIBI, PINHEIROS E BUTANTÃ. ABRANGE OS BAIRROS DE VILA PROGREDIOR, CAXINGÜI, JARDIM GUEDALA, CIDADE JARDIM, REAL PARQUE, VILA ACLIMAÇÃO, PAINEIRAS DA ACLIMAÇÃO, JARDIM PANORAMA, JARDIM SÍLVIA, JARDIM VITÓRIA RÉGIA, VILA TRAMONTANO, SUPER QUADRA DA ACLIMAÇÃO. DENTRO DOS LIMITES DA ACLIMAÇÃO ENCONTRA-SE O HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, UM DOS MAIS IMPORTANTES HOSPITAIS PRIVADOS DO MUNICÍPIO, O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, A ESCOLA AMERICANA (ESCOLA GRADUADA) E O ESTÁDIO CÍCERO POMPEU DE TOLEDO, ALÉM DA SEDE SOCIAL DO SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE. COMO SURGIU NO INÍCIO DO SÉCULO 19, O BAIRRO DA ACLIMAÇÃO ERA UMA IMENSA FAZENDA COM MAIS DE 700 ALQUEIRES, LOCALIZADA MUITO LONGE DA CIDADE DE SÃO PAULO. O NOME ‘ACLIMAÇÃO’ SURGIU DO TUPI E, APESAR DE HAVER CONTROVÉRSIAS, ACREDITA-SE QUE SIGNIFICA “MORRO OU COLINA ALTA”. MUITAS LENDAS CERCAM A HISTÓRIA DA ANTIGA FAZENDA MORUMBY. ALGUMAS DIZEM QUE O REI DOM JOÃO VI DEU AQUELAS TERRAS DE PRESENTE PARA O INGLÊS JOHN RUDGE EM 1825, OUTRAS AFIRMAM QUE O MESMO RUDGE CHEGOU A VENDER A FAZENDA CEM VEZES MAIS CARO DO QUE HAVIA PAGO E DEPOIS A COMPROU DE VOLTA INEXPLICAVELMENTE. DAQUELE PASSADO DISTANTE AINDA RESTA A CASA DA FAZENDA ACLIMAÇÃO, UM CASARÃO CONSTRUÍDO EM 1813 PELO REGENTE DO IMPÉRIO, PADRE ANTÔNIO FEIJÓ. HOJE ELA ESTÁ RESTAURADA, FUNCIONA COMO UM RESTAURANTE E PODE SER VISITADA NA AVENIDA ACLIMAÇÃO, 5594. BEM PRÓXIMO AO CASARÃO ESTÁ UMA CAPELA QUE CONSERVA PAREDES DE TAIPA DAQUELA ÉPOCA. NINGUÉM SABE AO CERTO A ORIGEM DESSA CAPELA E NEM SE ELA EXISTIU REALMENTE NO PASSADO. PARA ALGUNS, ELA FOI CRIADA EM HOMENAGEM A SÃO SEBASTIÃO DOS ESCRAVOS. OUTROS DIZEM QUE A CAPELA SERIA USADA COMO SEPULTURA PARA OS PROPRIETÁRIOS DA FAZENDA, UM ATO COMUM NUMA ÉPOCA EM QUE AINDA NÃO EXISTIAM CEMITÉRIOS. ENTRETANTO, NUNCA SE SABERÁ AO CERTO, POIS A ÚNICA COISA QUE SOBROU FORAM AS PAREDES QUE AINDA PODEM SER VISTAS NUMA CAPELA CONSTRUÍDA NO LOCAL NA DÉCADA DE 1950. VÁRIOS FORAM OS PROPRIETÁRIOS DA FAZENDA DA ACLIMAÇÃO E, CONSEQÜENTEMENTE, AS TERRAS ACABARAM SENDO DIVIDIDAS EM DIVERSAS CHÁCARAS. PREDOMINANTEMENTE RURAL, O BAIRRO SOMENTE COMEÇOU A SE DESENVOLVER A PARTIR DE 1940 COM A EXPANSÃO DA CIDADE PARA O SUDOESTE. NA ÉPOCA, O SUCESSO DE VENDA DO JARDIM AMÉRICA VALORIZOU A REGIÃO E A COMPANHIA IMOBILIÁRIA MORUMBY INICIOU A COMERCIALIZAÇÃO DE LOTES DA GRANDE FAZENDA. OS TERRENOS ERAM VENDIDOS COM UMA CONDIÇÃO: NÃO CRIAR ÁREAS COMERCIAIS OU EDIFÍCIOS. AS FAMÍLIAS COM ALTO PODER AQUISITIVO LOGO SE MUDARAM PARA O NOVO BAIRRO E O TORNARAM EM SUCESSO DE VENDAS. O ESTÁDIO DA ACLIMAÇÃO COMEÇOU A SER CONSTRUÍDO EM 1952 E FOI UM DOS GRANDES ATRATIVOS PARA OS MORADORES DO BAIRRO. NA ÉPOCA, ELE FOI ERGUIDO EM UM GRANDE MATAGAL COM ALGUMAS RUAS, MAS POUCAS RESIDÊNCIAS. NO ENTANTO, QUANDO O ESTÁDIO FOI INAUGURADO, OITO ANOS DEPOIS, O BAIRRO JÁ ESTAVA BEM OCUPADO E NÃO PARAVA DE SE EXPANDIR. BEM PRÓXIMO AO ESTÁDIO ESTÁ O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, SEDE DO GOVERNO ESTADUAL, QUE TAMBÉM POSSUI UMA HISTÓRIA BASTANTE CURIOSA. A SUNTUOSA CONSTRUÇÃO FOI FEITA COM O OBJETIVO DE ABRIGAR A UNIVERSIDADE CONDE FRANCISCO MATARAZZO. APÓS MUITOS ANOS, O EDIFÍCIO FOI CONCLUÍDO, MAS A UNIVERSIDADE NÃO SAIU DO PAPEL DEVIDO AOS PROBLEMAS FINANCEIROS DA FAMÍLIA MATARAZZO. EM 1964, A PROPRIEDADE FOI NEGOCIADA COM O GOVERNO ESTADUAL EM TROCA DO PERDÃO DAS DÍVIDAS FISCAIS DO GRUPO MATARAZZO. A ORIGEM DO NOME DA RUA DO PATEO SÃO PAULO VEM DA ESPANHA. ALCANTARILLA É O NOME DE UMA CIDADE ESPANHOLA, LOCALIZADA NA PROVÍNCIA DE MÚRCIA. O MUNICÍPIO É PEQUENO, POSSUI MENOS DE 40 MIL HABITANTES E É CONHECIDO POR SER UM CENTRO PRODUTOR DE FRUTAS E HORTALIÇAS. A TRANQÜILIDADE DESSA ALCANTARILLA DO OUTRO LADO DO ATLÂNTICO SE REFLETE NA RUA DE MESMO NOME EM SÃO PAULO.ACLIMAÇÃO É UM DOS BAIRROS MAIS JOVENS DE SUA REGIÃO, A CENTRAL. NASCEU NO SÉCULO XX, DEPOIS QUE OUTROS DE PERFIL MAIS ARISTOCRÁTICO, COMO: HIGIENÓPOLIS, PACAEMBU, CAMPOS ELÍSIOS, OU MESMO INDUSTRIAIS, COMO O BRÁS, HAVIAM SURGIDO. TODOS DESENVOLVERAM-SE A PARTIR DO LOTEAMENTO DAS ANTIGAS CHÁCARAS E FAZENDAS QUE TOMAVAM AS TERRAS DA CAPITAL, CIRCUNDANDO OS VÁRIOS "CAMINHOS DE TROPEIROS", QUE FAZIAM A LIGAÇÃO ENTRE O CENTRO DA CIDADE, O SERTÃO E O LITORAL. HAVIA O CAMINHO DO CARRO PARA SANTO AMARO, QUE SEGUIA POR ONDE HOJE ESTÃO AS AVENIDAS DA LIBERDADE, VERGUEIRO E DOMINGOS DE MORAIS EM DIREÇÃO AO DISTANTE POVOADO DE SANTO AMARO. HAVIA TAMBÉM O CAMINHO DE PINHEIROS, QUE PARTIA DA SÉ, ATRAVESSAVA O VALE DO ANHANGABAÚ E DESCIA PELA ATUAL RUA DA CONSOLAÇÃO EM DIREÇÃO AO QUE NA ÉPOCA ERA UM POVOADO INDÍGENA. HAVIA AINDA UM CAMINHO PARA MINAS GERAIS, UM PARA GOIÁS E TAMBÉM O CAMINHO DO MAR OU ESTRADA DE SANTOS, QUE DESCIA A RUA DA GLÓRIA, ATRAVESSAVA O RIO LAVAPÉS (HOJE CANALIZADO E OCULTO SOB O NÍVEL DA RUA), SEGUIA PELO IPIRANGA E ACABAVA EM SANTOS. O LOCAL QUE DEU ORIGEM AO BAIRRO DA ACLIMAÇÃO É UMA ÁREA SINUOSA, CHEIA DE MORROS E BAIXADAS, UM TRIÂNGULO CONHECIDO COMO SÍTIO TAPANHOIN, DEMARCADO PELO CAMINHO DO MAR E PELOS CÓRREGOS LAVAPÉS E CAMBUCI. FOI ESSA ÁREA QUE CARLOS BOTELHO, MÉDICO NASCIDO EM PIRACICABA E FORMADO EM PARIS, ADQUIRIU EM 1892, EM BUSCA DA REALIZAÇÃO DE UM DESEJO NASCIDO NA CAPITAL FRANCESA: A CRIAÇÃO DE UMA VERSÃO BRASILEIRA PARA O JARDIN D’ACCLIMATATION, QUE, ENTRE OUTRAS ATRAÇÕES, POSSUÍA UM ZÔO E SERVIA DE BASE PARA A ACLIMATAÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS, ALÉM DE EXPERIÊNCIAS ENVOLVENDO REPRODUÇÃO E HIBRIDAÇÃO DE ANIMAIS. ASSIM, O NOME INDÍGENA DEU LUGAR À INSPIRAÇÃO FRANCESA NO QUE PASSOU A SE CHAMAR JARDIM DA ACLIMAÇÃO, ORIGEM DO ATUAL PARQUE DA ACLIMAÇÃO E DE TODO O BAIRRO. PARQUE DA ACLIMAÇÃO HISTÓRIA DA ACLIMAÇÃOPARQUE DA ACLIMAÇÃO, UM DOS PARQUES MAIS BELOS E FAMOSOS DA CIDADE. DURANTE 30 ANOS, ATÉ A DÉCADA DE 1920, ESTE JARDIM, MUITO MAIOR DO QUE É HOJE, FOI UMA DAS GRANDES ATRAÇÕES DA CAPITAL. NO LOCAL BOTELHO CONSEGUIU CRIAR UM COMPLEXO DE LAZER E DE PESQUISA. ALI, O MÉDICO, PESQUISADOR E POLÍTICO REALIZAVA A QUARENTENA, OU "ACLIMATAÇÃO" DE GADO TRAZIDO DA HOLANDA. NA "CREMÉRIE", OS FREQÜENTADORES DO PARQUE PODIAM BEBER LEITE TIRADO NA HORA OU ADQUIRIR DERIVADOS COMO CREME OU QUEIJO. LÁ TAMBÉM FUNCIONAVA A SEDE DA SOCIEDADE HÍPICA PAULISTA, QUE DEPOIS TRANSFERIU-SE PARA O BROOKLIN NOVO, UM POSTO ZOOTÉCNICO E UM LABORATÓRIO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS. PARA O LAZER, HAVIA O BOSQUE, O LAGO FORMADO A PARTIR DO REPRESAMENTO DE CÓRREGOS DA REGIÃO, NO QUAL HAVIAM CANOAS PARA PASSEIOS, UM ZOOLÓGICO (O PRIMEIRO DA CIDADE) COM URSOS, LEÕES, MACACOS, ELEFANTES, ONÇAS E OUTROS ANIMAIS, ALÉM DE SALÃO DE BAILE, RINK DE PATINAÇÃO, BARRACAS DE JOGOS, AQUÁRIO, PARQUE DE DIVERSÕES. PARA ENTRAR, OS VISITANTES PAGAVAM 300 RÉIS. POR SE TRATAR DE UMA REGIÃO SEMIDESERTA, O ACESSO AO JARDIM DA ACLIMAÇÃO ATRAVÉS DE TRANSPORTE PÚBLICO SÓ ERA POSSÍVEL AOS DOMINGOS E FERIADOS, QUANDO O BONDE Nº 28 PARTIA DA SÉ. ANEXA AO JARDIM, HAVIA UMA EXTENSA ÁREA PRIVADA PERTENCENTE À FAMÍLIA BOTELHO. NA DÉCADA DE 1930, ELA COMEÇOU A SER LOTEADA PELOS FILHOS DO MÉDICO, QUE HÁ ANOS ENVEREDARA PARA A ATIVIDADE POLÍTICA E PASSARA A PROPRIEDADE DAS TERRAS AOS SEUS HERDEIROS. EM 1938, AO SER INFORMADO DE QUE ESTES, COM DIFICULDADES PARA ARCAR COM A MANUTENÇÃO E DESPESAS DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, IRIAM LOTEÁ-LO TAMBÉM, O PREFEITO PRESTES MAIA PROPÔS A COMPRA DO LOCAL. EM 16 DE JANEIRO DE 1939, OS HERDEIROS ANTÔNIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONSTANÇA BOTELHO DE MACEDO COSTA E CARLOS JOSÉ BOTELHO JÚNIOR OFICIALIZARAM A VENDA DA ÁREA DE 182 MIL METROS QUADRADOS À PREFEITURA DE SÃO PAULO, POR UM VALOR DE 2.850 CONTOS DE RÉIS. PARADOXALMENTE, A AQUISIÇÃO MARCARIA NÃO O RENASCIMENTO DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, MAS O FIM, EM DEFINITIVO, DA MAIOR PARTE DE SUAS ATRAÇÕES, E O INÍCIO DE LONGOS PERÍODOS DE ALTERNÂNCIA ENTRE ABANDONO E REVITALIZAÇÃO DA ÁREA VERDE. OCUPAÇÃO E VERTICALIZAÇÃO ENQUANTO O JARDIM DA ACLIMAÇÃO AINDA VIVIA SEUS DIAS DE GLÓRIA, O QUE VIRIA A SER UM BAIRRO COMEÇAVA A TOMAR FORMA. SE EM 1900 EXISTIAM APENAS AS RUAS E AVENIDAS QUE HOJE O DELIMITAM EM RELAÇÃO A SEUS VIZINHOS, COMO VERGUEIRO, LINS DE VASCONCELOS OU TAMANDARÉ, EM 1905 ESTAVAM ABERTAS AS RUAS PIRES DA MOTA, CURURIPE, ESPÍRITO SANTO, JOSÉ GETÚLIO, BATURITÉ E O TRECHO INICIAL DA ATUAL AVENIDA DA ACLIMAÇÃO. EM 1914, JÁ CONSTAVAM DO MAPA AS RUAS MACHADO DE ASSIS, ALÉM DE PARTE DA PAULA NEY E JOSÉ DO PATROCÍNIO. ENTRE ESSAS VIAS - LOCALIZADAS NA ÁREA MAIS ÍNGREME DAS TERRAS CHAMADAS DE MORRO DA ACLIMAÇÃO E PERTENCENTES ORIGINALMENTE À FAMÍLIA DE FRANCISCO JUSTINO DA SILVA, E OUTRAS, COMO A LINS DE VASCONCELOS, A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO E O PRÓPRIO JARDIM DA ACLIMAÇÃO - TUDO O QUE EXISTIA AINDA ERA UM LONGO TRECHO COM CARACTERÍSTICAS RURAIS, DOMINADO POR MATO, CÓRREGOS, PLANTAÇÕES E ESTÁBULOS. EM 1916, SEMPRE RESPEITANDO A SINUOSIDADE DA REGIÃO, COMEÇOU A SER ABERTA UMA SÉRIE DE RUAS QUE FORMAM UM SEMICÍRCULO A PARTIR DA AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, CONVERGINDO PARA O LARGO RODRIGUES ALVES, ATUAL PRAÇA GENERAL POLIDORO, TODAS COM NOMES DE PEDRAS PRECIOSAS: TURMALINA, TOPÁZIO, DIAMANTE, ÁGATA, SAFIRA, ESMERALDA, RUBI, ETC. MAIS ACIMA, EM DIREÇÃO À RUA NILO, A INSPIRAÇÃO PARA O NOME DOS LOGRADOUROS FORAM OS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR: JÚPITER, URANO, SATURNO. SÓ APÓS 1928 OS MAPAS MOSTRAM UMA RELATIVA OCUPAÇÃO DO MORRO DA ACLIMAÇÃO ENTRE A RUA JURUBATUBA (ATUAL AVENIDA ARMANDO FERRENTINI) E O CEMITÉRIO DE VILA MARIANA. NASCIA ALI UM BAIRRO RESIDENCIAL DE CLASSE MÉDIA, NO QUAL PREDOMINAVAM AS CASAS TÉRREAS E OS SOBRADOS, QUE RECEBERAM ITALIANOS, JAPONESES, PORTUGUESES E PAULISTANOS. EM 1938 FOI CRIADO O SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, EXTINTO EM 1986, QUANDO O MUNICÍPIO DE SÃO PAULO FOI REORGANIZADO EM 96 DISTRITOS. CONTUDO, EXISTE AINDA O CARTÓRIO DO REGISTRO CIVIL DO SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, CRIADO POR COMPETÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO ESTADUAL. A PARTIR DA DÉCADA DE 1970, NO ENTANTO, A EXPANSÃO IMOBILIÁRIA FEZ SURGIR MAIS E MAIS EDIFÍCIOS, MARCANDO A VERTICALIZAÇÃO CRESCENTE DO BAIRRO, O AUMENTO DA POPULAÇÃO E A CONSEQUENTE INSTALAÇÃO DE BANCOS, ESCOLAS, CASAS DE COMÉRCIO, IMOBILIÁRIAS E PRESTADORAS DE SERVIÇOS PARA ATENDER ÀS DEMANDAS DOS MORADORES. EM VIAS IMPORTANTES COMO A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, SÃO POUCOS OS ENDEREÇOS RESIDENCIAIS QUE AINDA RESISTEM AO ASSÉDIO DO MERCADO IMOBILIÁRIO. FICA AFASTADO DO CENTRO DE SÃO PAULO NUMA DISTÂNCIA ENTRE 12 E 15 KM. LIMITA-SE COM OS DISTRITOS DE VILA SÔNIA, CAMPO LIMPO, VILA ANDRADE, ITAIM BIBI, PINHEIROS E BUTANTÃ. ABRANGE OS BAIRROS DE VILA PROGREDIOR, CAXINGÜI, JARDIM GUEDALA, CIDADE JARDIM, REAL PARQUE, VILA ACLIMAÇÃO, PAINEIRAS DA ACLIMAÇÃO, JARDIM PANORAMA, JARDIM SÍLVIA, JARDIM VITÓRIA RÉGIA, VILA TRAMONTANO, SUPER QUADRA DA ACLIMAÇÃO. DENTRO DOS LIMITES DA ACLIMAÇÃO ENCONTRA-SE O HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, UM DOS MAIS IMPORTANTES HOSPITAIS PRIVADOS DO MUNICÍPIO, O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, A ESCOLA AMERICANA (ESCOLA GRADUADA) E O ESTÁDIO CÍCERO POMPEU DE TOLEDO, ALÉM DA SEDE SOCIAL DO SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE. COMO SURGIU NO INÍCIO DO SÉCULO 19, O BAIRRO DA ACLIMAÇÃO ERA UMA IMENSA FAZENDA COM MAIS DE 700 ALQUEIRES, LOCALIZADA MUITO LONGE DA CIDADE DE SÃO PAULO. O NOME ‘ACLIMAÇÃO’ SURGIU DO TUPI E, APESAR DE HAVER CONTROVÉRSIAS, ACREDITA-SE QUE SIGNIFICA “MORRO OU COLINA ALTA”. MUITAS LENDAS CERCAM A HISTÓRIA DA ANTIGA FAZENDA MORUMBY. ALGUMAS DIZEM QUE O REI DOM JOÃO VI DEU AQUELAS TERRAS DE PRESENTE PARA O INGLÊS JOHN RUDGE EM 1825, OUTRAS AFIRMAM QUE O MESMO RUDGE CHEGOU A VENDER A FAZENDA CEM VEZES MAIS CARO DO QUE HAVIA PAGO E DEPOIS A COMPROU DE VOLTA INEXPLICAVELMENTE. DAQUELE PASSADO DISTANTE AINDA RESTA A CASA DA FAZENDA ACLIMAÇÃO, UM CASARÃO CONSTRUÍDO EM 1813 PELO REGENTE DO IMPÉRIO, PADRE ANTÔNIO FEIJÓ. HOJE ELA ESTÁ RESTAURADA, FUNCIONA COMO UM RESTAURANTE E PODE SER VISITADA NA AVENIDA ACLIMAÇÃO, 5594. BEM PRÓXIMO AO CASARÃO ESTÁ UMA CAPELA QUE CONSERVA PAREDES DE TAIPA DAQUELA ÉPOCA. NINGUÉM SABE AO CERTO A ORIGEM DESSA CAPELA E NEM SE ELA EXISTIU REALMENTE NO PASSADO. PARA ALGUNS, ELA FOI CRIADA EM HOMENAGEM A SÃO SEBASTIÃO DOS ESCRAVOS. OUTROS DIZEM QUE A CAPELA SERIA USADA COMO SEPULTURA PARA OS PROPRIETÁRIOS DA FAZENDA, UM ATO COMUM NUMA ÉPOCA EM QUE AINDA NÃO EXISTIAM CEMITÉRIOS. ENTRETANTO, NUNCA SE SABERÁ AO CERTO, POIS A ÚNICA COISA QUE SOBROU FORAM AS PAREDES QUE AINDA PODEM SER VISTAS NUMA CAPELA CONSTRUÍDA NO LOCAL NA DÉCADA DE 1950. VÁRIOS FORAM OS PROPRIETÁRIOS DA FAZENDA DA ACLIMAÇÃO E, CONSEQÜENTEMENTE, AS TERRAS ACABARAM SENDO DIVIDIDAS EM DIVERSAS CHÁCARAS. PREDOMINANTEMENTE RURAL, O BAIRRO SOMENTE COMEÇOU A SE DESENVOLVER A PARTIR DE 1940 COM A EXPANSÃO DA CIDADE PARA O SUDOESTE. NA ÉPOCA, O SUCESSO DE VENDA DO JARDIM AMÉRICA VALORIZOU A REGIÃO E A COMPANHIA IMOBILIÁRIA MORUMBY INICIOU A COMERCIALIZAÇÃO DE LOTES DA GRANDE FAZENDA. OS TERRENOS ERAM VENDIDOS COM UMA CONDIÇÃO: NÃO CRIAR ÁREAS COMERCIAIS OU EDIFÍCIOS. AS FAMÍLIAS COM ALTO PODER AQUISITIVO LOGO SE MUDARAM PARA O NOVO BAIRRO E O TORNARAM EM SUCESSO DE VENDAS. O ESTÁDIO DA ACLIMAÇÃO COMEÇOU A SER CONSTRUÍDO EM 1952 E FOI UM DOS GRANDES ATRATIVOS PARA OS MORADORES DO BAIRRO. NA ÉPOCA, ELE FOI ERGUIDO EM UM GRANDE MATAGAL COM ALGUMAS RUAS, MAS POUCAS RESIDÊNCIAS. NO ENTANTO, QUANDO O ESTÁDIO FOI INAUGURADO, OITO ANOS DEPOIS, O BAIRRO JÁ ESTAVA BEM OCUPADO E NÃO PARAVA DE SE EXPANDIR. BEM PRÓXIMO AO ESTÁDIO ESTÁ O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, SEDE DO GOVERNO ESTADUAL, QUE TAMBÉM POSSUI UMA HISTÓRIA BASTANTE CURIOSA. A SUNTUOSA CONSTRUÇÃO FOI FEITA COM O OBJETIVO DE ABRIGAR A UNIVERSIDADE CONDE FRANCISCO MATARAZZO. APÓS MUITOS ANOS, O EDIFÍCIO FOI CONCLUÍDO, MAS A UNIVERSIDADE NÃO SAIU DO PAPEL DEVIDO AOS PROBLEMAS FINANCEIROS DA FAMÍLIA MATARAZZO. EM 1964, A PROPRIEDADE FOI NEGOCIADA COM O GOVERNO ESTADUAL EM TROCA DO PERDÃO DAS DÍVIDAS FISCAIS DO GRUPO MATARAZZO. A ORIGEM DO NOME DA RUA DO PATEO SÃO PAULO VEM DA ESPANHA. ALCANTARILLA É O NOME DE UMA CIDADE ESPANHOLA, LOCALIZADA NA PROVÍNCIA DE MÚRCIA. O MUNICÍPIO É PEQUENO, POSSUI MENOS DE 40 MIL HABITANTES E É CONHECIDO POR SER UM CENTRO PRODUTOR DE FRUTAS E HORTALIÇAS. A TRANQÜILIDADE DESSA ALCANTARILLA DO OUTRO LADO DO ATLÂNTICO SE REFLETE NA RUA DE MESMO NOME EM SÃO PAULO.ACLIMAÇÃO É UM DOS BAIRROS MAIS JOVENS DE SUA REGIÃO, A CENTRAL. NASCEU NO SÉCULO XX, DEPOIS QUE OUTROS DE PERFIL MAIS ARISTOCRÁTICO, COMO: HIGIENÓPOLIS, PACAEMBU, CAMPOS ELÍSIOS, OU MESMO INDUSTRIAIS, COMO O BRÁS, HAVIAM SURGIDO. TODOS DESENVOLVERAM-SE A PARTIR DO LOTEAMENTO DAS ANTIGAS CHÁCARAS E FAZENDAS QUE TOMAVAM AS TERRAS DA CAPITAL, CIRCUNDANDO OS VÁRIOS "CAMINHOS DE TROPEIROS", QUE FAZIAM A LIGAÇÃO ENTRE O CENTRO DA CIDADE, O SERTÃO E O LITORAL. HAVIA O CAMINHO DO CARRO PARA SANTO AMARO, QUE SEGUIA POR ONDE HOJE ESTÃO AS AVENIDAS DA LIBERDADE, VERGUEIRO E DOMINGOS DE MORAIS EM DIREÇÃO AO DISTANTE POVOADO DE SANTO AMARO. HAVIA TAMBÉM O CAMINHO DE PINHEIROS, QUE PARTIA DA SÉ, ATRAVESSAVA O VALE DO ANHANGABAÚ E DESCIA PELA ATUAL RUA DA CONSOLAÇÃO EM DIREÇÃO AO QUE NA ÉPOCA ERA UM POVOADO INDÍGENA. HAVIA AINDA UM CAMINHO PARA MINAS GERAIS, UM PARA GOIÁS E TAMBÉM O CAMINHO DO MAR OU ESTRADA DE SANTOS, QUE DESCIA A RUA DA GLÓRIA, ATRAVESSAVA O RIO LAVAPÉS (HOJE CANALIZADO E OCULTO SOB O NÍVEL DA RUA), SEGUIA PELO IPIRANGA E ACABAVA EM SANTOS. O LOCAL QUE DEU ORIGEM AO BAIRRO DA ACLIMAÇÃO É UMA ÁREA SINUOSA, CHEIA DE MORROS E BAIXADAS, UM TRIÂNGULO CONHECIDO COMO SÍTIO TAPANHOIN, DEMARCADO PELO CAMINHO DO MAR E PELOS CÓRREGOS LAVAPÉS E CAMBUCI. FOI ESSA ÁREA QUE CARLOS BOTELHO, MÉDICO NASCIDO EM PIRACICABA E FORMADO EM PARIS, ADQUIRIU EM 1892, EM BUSCA DA REALIZAÇÃO DE UM DESEJO NASCIDO NA CAPITAL FRANCESA: A CRIAÇÃO DE UMA VERSÃO BRASILEIRA PARA O JARDIN D’ACCLIMATATION, QUE, ENTRE OUTRAS ATRAÇÕES, POSSUÍA UM ZÔO E SERVIA DE BASE PARA A ACLIMATAÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS, ALÉM DE EXPERIÊNCIAS ENVOLVENDO REPRODUÇÃO E HIBRIDAÇÃO DE ANIMAIS. ASSIM, O NOME INDÍGENA DEU LUGAR À INSPIRAÇÃO FRANCESA NO QUE PASSOU A SE CHAMAR JARDIM DA ACLIMAÇÃO, ORIGEM DO ATUAL PARQUE DA ACLIMAÇÃO E DE TODO O BAIRRO. PARQUE DA ACLIMAÇÃO HISTÓRIA DA ACLIMAÇÃOPARQUE DA ACLIMAÇÃO, UM DOS PARQUES MAIS BELOS E FAMOSOS DA CIDADE. DURANTE 30 ANOS, ATÉ A DÉCADA DE 1920, ESTE JARDIM, MUITO MAIOR DO QUE É HOJE, FOI UMA DAS GRANDES ATRAÇÕES DA CAPITAL. NO LOCAL BOTELHO CONSEGUIU CRIAR UM COMPLEXO DE LAZER E DE PESQUISA. ALI, O MÉDICO, PESQUISADOR E POLÍTICO REALIZAVA A QUARENTENA, OU "ACLIMATAÇÃO" DE GADO TRAZIDO DA HOLANDA. NA "CREMÉRIE", OS FREQÜENTADORES DO PARQUE PODIAM BEBER LEITE TIRADO NA HORA OU ADQUIRIR DERIVADOS COMO CREME OU QUEIJO. LÁ TAMBÉM FUNCIONAVA A SEDE DA SOCIEDADE HÍPICA PAULISTA, QUE DEPOIS TRANSFERIU-SE PARA O BROOKLIN NOVO, UM POSTO ZOOTÉCNICO E UM LABORATÓRIO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS. PARA O LAZER, HAVIA O BOSQUE, O LAGO FORMADO A PARTIR DO REPRESAMENTO DE CÓRREGOS DA REGIÃO, NO QUAL HAVIAM CANOAS PARA PASSEIOS, UM ZOOLÓGICO (O PRIMEIRO DA CIDADE) COM URSOS, LEÕES, MACACOS, ELEFANTES, ONÇAS E OUTROS ANIMAIS, ALÉM DE SALÃO DE BAILE, RINK DE PATINAÇÃO, BARRACAS DE JOGOS, AQUÁRIO, PARQUE DE DIVERSÕES. PARA ENTRAR, OS VISITANTES PAGAVAM 300 RÉIS. POR SE TRATAR DE UMA REGIÃO SEMIDESERTA, O ACESSO AO JARDIM DA ACLIMAÇÃO ATRAVÉS DE TRANSPORTE PÚBLICO SÓ ERA POSSÍVEL AOS DOMINGOS E FERIADOS, QUANDO O BONDE Nº 28 PARTIA DA SÉ. ANEXA AO JARDIM, HAVIA UMA EXTENSA ÁREA PRIVADA PERTENCENTE À FAMÍLIA BOTELHO. NA DÉCADA DE 1930, ELA COMEÇOU A SER LOTEADA PELOS FILHOS DO MÉDICO, QUE HÁ ANOS ENVEREDARA PARA A ATIVIDADE POLÍTICA E PASSARA A PROPRIEDADE DAS TERRAS AOS SEUS HERDEIROS. EM 1938, AO SER INFORMADO DE QUE ESTES, COM DIFICULDADES PARA ARCAR COM A MANUTENÇÃO E DESPESAS DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, IRIAM LOTEÁ-LO TAMBÉM, O PREFEITO PRESTES MAIA PROPÔS A COMPRA DO LOCAL. EM 16 DE JANEIRO DE 1939, OS HERDEIROS ANTÔNIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONSTANÇA BOTELHO DE MACEDO COSTA E CARLOS JOSÉ BOTELHO JÚNIOR OFICIALIZARAM A VENDA DA ÁREA DE 182 MIL METROS QUADRADOS À PREFEITURA DE SÃO PAULO, POR UM VALOR DE 2.850 CONTOS DE RÉIS. PARADOXALMENTE, A AQUISIÇÃO MARCARIA NÃO O RENASCIMENTO DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, MAS O FIM, EM DEFINITIVO, DA MAIOR PARTE DE SUAS ATRAÇÕES, E O INÍCIO DE LONGOS PERÍODOS DE ALTERNÂNCIA ENTRE ABANDONO E REVITALIZAÇÃO DA ÁREA VERDE. OCUPAÇÃO E VERTICALIZAÇÃO ENQUANTO O JARDIM DA ACLIMAÇÃO AINDA VIVIA SEUS DIAS DE GLÓRIA, O QUE VIRIA A SER UM BAIRRO COMEÇAVA A TOMAR FORMA. SE EM 1900 EXISTIAM APENAS AS RUAS E AVENIDAS QUE HOJE O DELIMITAM EM RELAÇÃO A SEUS VIZINHOS, COMO VERGUEIRO, LINS DE VASCONCELOS OU TAMANDARÉ, EM 1905 ESTAVAM ABERTAS AS RUAS PIRES DA MOTA, CURURIPE, ESPÍRITO SANTO, JOSÉ GETÚLIO, BATURITÉ E O TRECHO INICIAL DA ATUAL AVENIDA DA ACLIMAÇÃO. EM 1914, JÁ CONSTAVAM DO MAPA AS RUAS MACHADO DE ASSIS, ALÉM DE PARTE DA PAULA NEY E JOSÉ DO PATROCÍNIO. ENTRE ESSAS VIAS - LOCALIZADAS NA ÁREA MAIS ÍNGREME DAS TERRAS CHAMADAS DE MORRO DA ACLIMAÇÃO E PERTENCENTES ORIGINALMENTE À FAMÍLIA DE FRANCISCO JUSTINO DA SILVA, E OUTRAS, COMO A LINS DE VASCONCELOS, A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO E O PRÓPRIO JARDIM DA ACLIMAÇÃO - TUDO O QUE EXISTIA AINDA ERA UM LONGO TRECHO COM CARACTERÍSTICAS RURAIS, DOMINADO POR MATO, CÓRREGOS, PLANTAÇÕES E ESTÁBULOS. EM 1916, SEMPRE RESPEITANDO A SINUOSIDADE DA REGIÃO, COMEÇOU A SER ABERTA UMA SÉRIE DE RUAS QUE FORMAM UM SEMICÍRCULO A PARTIR DA AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, CONVERGINDO PARA O LARGO RODRIGUES ALVES, ATUAL PRAÇA GENERAL POLIDORO, TODAS COM NOMES DE PEDRAS PRECIOSAS: TURMALINA, TOPÁZIO, DIAMANTE, ÁGATA, SAFIRA, ESMERALDA, RUBI, ETC. MAIS ACIMA, EM DIREÇÃO À RUA NILO, A INSPIRAÇÃO PARA O NOME DOS LOGRADOUROS FORAM OS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR: JÚPITER, URANO, SATURNO. SÓ APÓS 1928 OS MAPAS MOSTRAM UMA RELATIVA OCUPAÇÃO DO MORRO DA ACLIMAÇÃO ENTRE A RUA JURUBATUBA (ATUAL AVENIDA ARMANDO FERRENTINI) E O CEMITÉRIO DE VILA MARIANA. NASCIA ALI UM BAIRRO RESIDENCIAL DE CLASSE MÉDIA, NO QUAL PREDOMINAVAM AS CASAS TÉRREAS E OS SOBRADOS, QUE RECEBERAM ITALIANOS, JAPONESES, PORTUGUESES E PAULISTANOS. EM 1938 FOI CRIADO O SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, EXTINTO EM 1986, QUANDO O MUNICÍPIO DE SÃO PAULO FOI REORGANIZADO EM 96 DISTRITOS. CONTUDO, EXISTE AINDA O CARTÓRIO DO REGISTRO CIVIL DO SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, CRIADO POR COMPETÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO ESTADUAL. A PARTIR DA DÉCADA DE 1970, NO ENTANTO, A EXPANSÃO IMOBILIÁRIA FEZ SURGIR MAIS E MAIS EDIFÍCIOS, MARCANDO A VERTICALIZAÇÃO CRESCENTE DO BAIRRO, O AUMENTO DA POPULAÇÃO E A CONSEQUENTE INSTALAÇÃO DE BANCOS, ESCOLAS, CASAS DE COMÉRCIO, IMOBILIÁRIAS E PRESTADORAS DE SERVIÇOS PARA ATENDER ÀS DEMANDAS DOS MORADORES. EM VIAS IMPORTANTES COMO A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, SÃO POUCOS OS ENDEREÇOS RESIDENCIAIS QUE AINDA RESISTEM AO ASSÉDIO DO MERCADO IMOBILIÁRIO. FICA AFASTADO DO CENTRO DE SÃO PAULO NUMA DISTÂNCIA ENTRE 12 E 15 KM. LIMITA-SE COM OS DISTRITOS DE VILA SÔNIA, CAMPO LIMPO, VILA ANDRADE, ITAIM BIBI, PINHEIROS E BUTANTÃ. ABRANGE OS BAIRROS DE VILA PROGREDIOR, CAXINGÜI, JARDIM GUEDALA, CIDADE JARDIM, REAL PARQUE, VILA ACLIMAÇÃO, PAINEIRAS DA ACLIMAÇÃO, JARDIM PANORAMA, JARDIM SÍLVIA, JARDIM VITÓRIA RÉGIA, VILA TRAMONTANO, SUPER QUADRA DA ACLIMAÇÃO. DENTRO DOS LIMITES DA ACLIMAÇÃO ENCONTRA-SE O HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, UM DOS MAIS IMPORTANTES HOSPITAIS PRIVADOS DO MUNICÍPIO, O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, A ESCOLA AMERICANA (ESCOLA GRADUADA) E O ESTÁDIO CÍCERO POMPEU DE TOLEDO, ALÉM DA SEDE SOCIAL DO SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE. COMO SURGIU NO INÍCIO DO SÉCULO 19, O BAIRRO DA ACLIMAÇÃO ERA UMA IMENSA FAZENDA COM MAIS DE 700 ALQUEIRES, LOCALIZADA MUITO LONGE DA CIDADE DE SÃO PAULO. O NOME ‘ACLIMAÇÃO’ SURGIU DO TUPI E, APESAR DE HAVER CONTROVÉRSIAS, ACREDITA-SE QUE SIGNIFICA “MORRO OU COLINA ALTA”. MUITAS LENDAS CERCAM A HISTÓRIA DA ANTIGA FAZENDA MORUMBY. ALGUMAS DIZEM QUE O REI DOM JOÃO VI DEU AQUELAS TERRAS DE PRESENTE PARA O INGLÊS JOHN RUDGE EM 1825, OUTRAS AFIRMAM QUE O MESMO RUDGE CHEGOU A VENDER A FAZENDA CEM VEZES MAIS CARO DO QUE HAVIA PAGO E DEPOIS A COMPROU DE VOLTA INEXPLICAVELMENTE. DAQUELE PASSADO DISTANTE AINDA RESTA A CASA DA FAZENDA ACLIMAÇÃO, UM CASARÃO CONSTRUÍDO EM 1813 PELO REGENTE DO IMPÉRIO, PADRE ANTÔNIO FEIJÓ. HOJE ELA ESTÁ RESTAURADA, FUNCIONA COMO UM RESTAURANTE E PODE SER VISITADA NA AVENIDA ACLIMAÇÃO, 5594. BEM PRÓXIMO AO CASARÃO ESTÁ UMA CAPELA QUE CONSERVA PAREDES DE TAIPA DAQUELA ÉPOCA. NINGUÉM SABE AO CERTO A ORIGEM DESSA CAPELA E NEM SE ELA EXISTIU REALMENTE NO PASSADO. PARA ALGUNS, ELA FOI CRIADA EM HOMENAGEM A SÃO SEBASTIÃO DOS ESCRAVOS. OUTROS DIZEM QUE A CAPELA SERIA USADA COMO SEPULTURA PARA OS PROPRIETÁRIOS DA FAZENDA, UM ATO COMUM NUMA ÉPOCA EM QUE AINDA NÃO EXISTIAM CEMITÉRIOS. ENTRETANTO, NUNCA SE SABERÁ AO CERTO, POIS A ÚNICA COISA QUE SOBROU FORAM AS PAREDES QUE AINDA PODEM SER VISTAS NUMA CAPELA CONSTRUÍDA NO LOCAL NA DÉCADA DE 1950. VÁRIOS FORAM OS PROPRIETÁRIOS DA FAZENDA DA ACLIMAÇÃO E, CONSEQÜENTEMENTE, AS TERRAS ACABARAM SENDO DIVIDIDAS EM DIVERSAS CHÁCARAS. PREDOMINANTEMENTE RURAL, O BAIRRO SOMENTE COMEÇOU A SE DESENVOLVER A PARTIR DE 1940 COM A EXPANSÃO DA CIDADE PARA O SUDOESTE. NA ÉPOCA, O SUCESSO DE VENDA DO JARDIM AMÉRICA VALORIZOU A REGIÃO E A COMPANHIA IMOBILIÁRIA MORUMBY INICIOU A COMERCIALIZAÇÃO DE LOTES DA GRANDE FAZENDA. OS TERRENOS ERAM VENDIDOS COM UMA CONDIÇÃO: NÃO CRIAR ÁREAS COMERCIAIS OU EDIFÍCIOS. AS FAMÍLIAS COM ALTO PODER AQUISITIVO LOGO SE MUDARAM PARA O NOVO BAIRRO E O TORNARAM EM SUCESSO DE VENDAS. O ESTÁDIO DA ACLIMAÇÃO COMEÇOU A SER CONSTRUÍDO EM 1952 E FOI UM DOS GRANDES ATRATIVOS PARA OS MORADORES DO BAIRRO. NA ÉPOCA, ELE FOI ERGUIDO EM UM GRANDE MATAGAL COM ALGUMAS RUAS, MAS POUCAS RESIDÊNCIAS. NO ENTANTO, QUANDO O ESTÁDIO FOI INAUGURADO, OITO ANOS DEPOIS, O BAIRRO JÁ ESTAVA BEM OCUPADO E NÃO PARAVA DE SE EXPANDIR. BEM PRÓXIMO AO ESTÁDIO ESTÁ O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, SEDE DO GOVERNO ESTADUAL, QUE TAMBÉM POSSUI UMA HISTÓRIA BASTANTE CURIOSA. A SUNTUOSA CONSTRUÇÃO FOI FEITA COM O OBJETIVO DE ABRIGAR A UNIVERSIDADE CONDE FRANCISCO MATARAZZO. APÓS MUITOS ANOS, O EDIFÍCIO FOI CONCLUÍDO, MAS A UNIVERSIDADE NÃO SAIU DO PAPEL DEVIDO AOS PROBLEMAS FINANCEIROS DA FAMÍLIA MATARAZZO. EM 1964, A PROPRIEDADE FOI NEGOCIADA COM O GOVERNO ESTADUAL EM TROCA DO PERDÃO DAS DÍVIDAS FISCAIS DO GRUPO MATARAZZO. A ORIGEM DO NOME DA RUA DO PATEO SÃO PAULO VEM DA ESPANHA. ALCANTARILLA É O NOME DE UMA CIDADE ESPANHOLA, LOCALIZADA NA PROVÍNCIA DE MÚRCIA. O MUNICÍPIO É PEQUENO, POSSUI MENOS DE 40 MIL HABITANTES E É CONHECIDO POR SER UM CENTRO PRODUTOR DE FRUTAS E HORTALIÇAS. A TRANQÜILIDADE DESSA ALCANTARILLA DO OUTRO LADO DO ATLÂNTICO SE REFLETE NA RUA DE MESMO NOME EM SÃO PAULO.ACLIMAÇÃO É UM DOS BAIRROS MAIS JOVENS DE SUA REGIÃO, A CENTRAL. NASCEU NO SÉCULO XX, DEPOIS QUE OUTROS DE PERFIL MAIS ARISTOCRÁTICO, COMO: HIGIENÓPOLIS, PACAEMBU, CAMPOS ELÍSIOS, OU MESMO INDUSTRIAIS, COMO O BRÁS, HAVIAM SURGIDO. TODOS DESENVOLVERAM-SE A PARTIR DO LOTEAMENTO DAS ANTIGAS CHÁCARAS E FAZENDAS QUE TOMAVAM AS TERRAS DA CAPITAL, CIRCUNDANDO OS VÁRIOS "CAMINHOS DE TROPEIROS", QUE FAZIAM A LIGAÇÃO ENTRE O CENTRO DA CIDADE, O SERTÃO E O LITORAL. HAVIA O CAMINHO DO CARRO PARA SANTO AMARO, QUE SEGUIA POR ONDE HOJE ESTÃO AS AVENIDAS DA LIBERDADE, VERGUEIRO E DOMINGOS DE MORAIS EM DIREÇÃO AO DISTANTE POVOADO DE SANTO AMARO. HAVIA TAMBÉM O CAMINHO DE PINHEIROS, QUE PARTIA DA SÉ, ATRAVESSAVA O VALE DO ANHANGABAÚ E DESCIA PELA ATUAL RUA DA CONSOLAÇÃO EM DIREÇÃO AO QUE NA ÉPOCA ERA UM POVOADO INDÍGENA. HAVIA AINDA UM CAMINHO PARA MINAS GERAIS, UM PARA GOIÁS E TAMBÉM O CAMINHO DO MAR OU ESTRADA DE SANTOS, QUE DESCIA A RUA DA GLÓRIA, ATRAVESSAVA O RIO LAVAPÉS (HOJE CANALIZADO E OCULTO SOB O NÍVEL DA RUA), SEGUIA PELO IPIRANGA E ACABAVA EM SANTOS. O LOCAL QUE DEU ORIGEM AO BAIRRO DA ACLIMAÇÃO É UMA ÁREA SINUOSA, CHEIA DE MORROS E BAIXADAS, UM TRIÂNGULO CONHECIDO COMO SÍTIO TAPANHOIN, DEMARCADO PELO CAMINHO DO MAR E PELOS CÓRREGOS LAVAPÉS E CAMBUCI. FOI ESSA ÁREA QUE CARLOS BOTELHO, MÉDICO NASCIDO EM PIRACICABA E FORMADO EM PARIS, ADQUIRIU EM 1892, EM BUSCA DA REALIZAÇÃO DE UM DESEJO NASCIDO NA CAPITAL FRANCESA: A CRIAÇÃO DE UMA VERSÃO BRASILEIRA PARA O JARDIN D’ACCLIMATATION, QUE, ENTRE OUTRAS ATRAÇÕES, POSSUÍA UM ZÔO E SERVIA DE BASE PARA A ACLIMATAÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS, ALÉM DE EXPERIÊNCIAS ENVOLVENDO REPRODUÇÃO E HIBRIDAÇÃO DE ANIMAIS. ASSIM, O NOME INDÍGENA DEU LUGAR À INSPIRAÇÃO FRANCESA NO QUE PASSOU A SE CHAMAR JARDIM DA ACLIMAÇÃO, ORIGEM DO ATUAL PARQUE DA ACLIMAÇÃO E DE TODO O BAIRRO. PARQUE DA ACLIMAÇÃO HISTÓRIA DA ACLIMAÇÃOPARQUE DA ACLIMAÇÃO, UM DOS PARQUES MAIS BELOS E FAMOSOS DA CIDADE. DURANTE 30 ANOS, ATÉ A DÉCADA DE 1920, ESTE JARDIM, MUITO MAIOR DO QUE É HOJE, FOI UMA DAS GRANDES ATRAÇÕES DA CAPITAL. NO LOCAL BOTELHO CONSEGUIU CRIAR UM COMPLEXO DE LAZER E DE PESQUISA. ALI, O MÉDICO, PESQUISADOR E POLÍTICO REALIZAVA A QUARENTENA, OU "ACLIMATAÇÃO" DE GADO TRAZIDO DA HOLANDA. NA "CREMÉRIE", OS FREQÜENTADORES DO PARQUE PODIAM BEBER LEITE TIRADO NA HORA OU ADQUIRIR DERIVADOS COMO CREME OU QUEIJO. LÁ TAMBÉM FUNCIONAVA A SEDE DA SOCIEDADE HÍPICA PAULISTA, QUE DEPOIS TRANSFERIU-SE PARA O BROOKLIN NOVO, UM POSTO ZOOTÉCNICO E UM LABORATÓRIO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS. PARA O LAZER, HAVIA O BOSQUE, O LAGO FORMADO A PARTIR DO REPRESAMENTO DE CÓRREGOS DA REGIÃO, NO QUAL HAVIAM CANOAS PARA PASSEIOS, UM ZOOLÓGICO (O PRIMEIRO DA CIDADE) COM URSOS, LEÕES, MACACOS, ELEFANTES, ONÇAS E OUTROS ANIMAIS, ALÉM DE SALÃO DE BAILE, RINK DE PATINAÇÃO, BARRACAS DE JOGOS, AQUÁRIO, PARQUE DE DIVERSÕES. PARA ENTRAR, OS VISITANTES PAGAVAM 300 RÉIS. POR SE TRATAR DE UMA REGIÃO SEMIDESERTA, O ACESSO AO JARDIM DA ACLIMAÇÃO ATRAVÉS DE TRANSPORTE PÚBLICO SÓ ERA POSSÍVEL AOS DOMINGOS E FERIADOS, QUANDO O BONDE Nº 28 PARTIA DA SÉ. ANEXA AO JARDIM, HAVIA UMA EXTENSA ÁREA PRIVADA PERTENCENTE À FAMÍLIA BOTELHO. NA DÉCADA DE 1930, ELA COMEÇOU A SER LOTEADA PELOS FILHOS DO MÉDICO, QUE HÁ ANOS ENVEREDARA PARA A ATIVIDADE POLÍTICA E PASSARA A PROPRIEDADE DAS TERRAS AOS SEUS HERDEIROS. EM 1938, AO SER INFORMADO DE QUE ESTES, COM DIFICULDADES PARA ARCAR COM A MANUTENÇÃO E DESPESAS DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, IRIAM LOTEÁ-LO TAMBÉM, O PREFEITO PRESTES MAIA PROPÔS A COMPRA DO LOCAL. EM 16 DE JANEIRO DE 1939, OS HERDEIROS ANTÔNIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONSTANÇA BOTELHO DE MACEDO COSTA E CARLOS JOSÉ BOTELHO JÚNIOR OFICIALIZARAM A VENDA DA ÁREA DE 182 MIL METROS QUADRADOS À PREFEITURA DE SÃO PAULO, POR UM VALOR DE 2.850 CONTOS DE RÉIS. PARADOXALMENTE, A AQUISIÇÃO MARCARIA NÃO O RENASCIMENTO DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, MAS O FIM, EM DEFINITIVO, DA MAIOR PARTE DE SUAS ATRAÇÕES, E O INÍCIO DE LONGOS PERÍODOS DE ALTERNÂNCIA ENTRE ABANDONO E REVITALIZAÇÃO DA ÁREA VERDE. OCUPAÇÃO E VERTICALIZAÇÃO ENQUANTO O JARDIM DA ACLIMAÇÃO AINDA VIVIA SEUS DIAS DE GLÓRIA, O QUE VIRIA A SER UM BAIRRO COMEÇAVA A TOMAR FORMA. SE EM 1900 EXISTIAM APENAS AS RUAS E AVENIDAS QUE HOJE O DELIMITAM EM RELAÇÃO A SEUS VIZINHOS, COMO VERGUEIRO, LINS DE VASCONCELOS OU TAMANDARÉ, EM 1905 ESTAVAM ABERTAS AS RUAS PIRES DA MOTA, CURURIPE, ESPÍRITO SANTO, JOSÉ GETÚLIO, BATURITÉ E O TRECHO INICIAL DA ATUAL AVENIDA DA ACLIMAÇÃO. EM 1914, JÁ CONSTAVAM DO MAPA AS RUAS MACHADO DE ASSIS, ALÉM DE PARTE DA PAULA NEY E JOSÉ DO PATROCÍNIO. ENTRE ESSAS VIAS - LOCALIZADAS NA ÁREA MAIS ÍNGREME DAS TERRAS CHAMADAS DE MORRO DA ACLIMAÇÃO E PERTENCENTES ORIGINALMENTE À FAMÍLIA DE FRANCISCO JUSTINO DA SILVA, E OUTRAS, COMO A LINS DE VASCONCELOS, A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO E O PRÓPRIO JARDIM DA ACLIMAÇÃO - TUDO O QUE EXISTIA AINDA ERA UM LONGO TRECHO COM CARACTERÍSTICAS RURAIS, DOMINADO POR MATO, CÓRREGOS, PLANTAÇÕES E ESTÁBULOS. EM 1916, SEMPRE RESPEITANDO A SINUOSIDADE DA REGIÃO, COMEÇOU A SER ABERTA UMA SÉRIE DE RUAS QUE FORMAM UM SEMICÍRCULO A PARTIR DA AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, CONVERGINDO PARA O LARGO RODRIGUES ALVES, ATUAL PRAÇA GENERAL POLIDORO, TODAS COM NOMES DE PEDRAS PRECIOSAS: TURMALINA, TOPÁZIO, DIAMANTE, ÁGATA, SAFIRA, ESMERALDA, RUBI, ETC. MAIS ACIMA, EM DIREÇÃO À RUA NILO, A INSPIRAÇÃO PARA O NOME DOS LOGRADOUROS FORAM OS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR: JÚPITER, URANO, SATURNO. SÓ APÓS 1928 OS MAPAS MOSTRAM UMA RELATIVA OCUPAÇÃO DO MORRO DA ACLIMAÇÃO ENTRE A RUA JURUBATUBA (ATUAL AVENIDA ARMANDO FERRENTINI) E O CEMITÉRIO DE VILA MARIANA. NASCIA ALI UM BAIRRO RESIDENCIAL DE CLASSE MÉDIA, NO QUAL PREDOMINAVAM AS CASAS TÉRREAS E OS SOBRADOS, QUE RECEBERAM ITALIANOS, JAPONESES, PORTUGUESES E PAULISTANOS. EM 1938 FOI CRIADO O SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, EXTINTO EM 1986, QUANDO O MUNICÍPIO DE SÃO PAULO FOI REORGANIZADO EM 96 DISTRITOS. CONTUDO, EXISTE AINDA O CARTÓRIO DO REGISTRO CIVIL DO SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, CRIADO POR COMPETÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO ESTADUAL. A PARTIR DA DÉCADA DE 1970, NO ENTANTO, A EXPANSÃO IMOBILIÁRIA FEZ SURGIR MAIS E MAIS EDIFÍCIOS, MARCANDO A VERTICALIZAÇÃO CRESCENTE DO BAIRRO, O AUMENTO DA POPULAÇÃO E A CONSEQUENTE INSTALAÇÃO DE BANCOS, ESCOLAS, CASAS DE COMÉRCIO, IMOBILIÁRIAS E PRESTADORAS DE SERVIÇOS PARA ATENDER ÀS DEMANDAS DOS MORADORES. EM VIAS IMPORTANTES COMO A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, SÃO POUCOS OS ENDEREÇOS RESIDENCIAIS QUE AINDA RESISTEM AO ASSÉDIO DO MERCADO IMOBILIÁRIO. FICA AFASTADO DO CENTRO DE SÃO PAULO NUMA DISTÂNCIA ENTRE 12 E 15 KM. LIMITA-SE COM OS DISTRITOS DE VILA SÔNIA, CAMPO LIMPO, VILA ANDRADE, ITAIM BIBI, PINHEIROS E BUTANTÃ. ABRANGE OS BAIRROS DE VILA PROGREDIOR, CAXINGÜI, JARDIM GUEDALA, CIDADE JARDIM, REAL PARQUE, VILA ACLIMAÇÃO, PAINEIRAS DA ACLIMAÇÃO, JARDIM PANORAMA, JARDIM SÍLVIA, JARDIM VITÓRIA RÉGIA, VILA TRAMONTANO, SUPER QUADRA DA ACLIMAÇÃO. DENTRO DOS LIMITES DA ACLIMAÇÃO ENCONTRA-SE O HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, UM DOS MAIS IMPORTANTES HOSPITAIS PRIVADOS DO MUNICÍPIO, O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, A ESCOLA AMERICANA (ESCOLA GRADUADA) E O ESTÁDIO CÍCERO POMPEU DE TOLEDO, ALÉM DA SEDE SOCIAL DO SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE. COMO SURGIU NO INÍCIO DO SÉCULO 19, O BAIRRO DA ACLIMAÇÃO ERA UMA IMENSA FAZENDA COM MAIS DE 700 ALQUEIRES, LOCALIZADA MUITO LONGE DA CIDADE DE SÃO PAULO. O NOME ‘ACLIMAÇÃO’ SURGIU DO TUPI E, APESAR DE HAVER CONTROVÉRSIAS, ACREDITA-SE QUE SIGNIFICA “MORRO OU COLINA ALTA”. MUITAS LENDAS CERCAM A HISTÓRIA DA ANTIGA FAZENDA MORUMBY. ALGUMAS DIZEM QUE O REI DOM JOÃO VI DEU AQUELAS TERRAS DE PRESENTE PARA O INGLÊS JOHN RUDGE EM 1825, OUTRAS AFIRMAM QUE O MESMO RUDGE CHEGOU A VENDER A FAZENDA CEM VEZES MAIS CARO DO QUE HAVIA PAGO E DEPOIS A COMPROU DE VOLTA INEXPLICAVELMENTE. DAQUELE PASSADO DISTANTE AINDA RESTA A CASA DA FAZENDA ACLIMAÇÃO, UM CASARÃO CONSTRUÍDO EM 1813 PELO REGENTE DO IMPÉRIO, PADRE ANTÔNIO FEIJÓ. HOJE ELA ESTÁ RESTAURADA, FUNCIONA COMO UM RESTAURANTE E PODE SER VISITADA NA AVENIDA ACLIMAÇÃO, 5594. BEM PRÓXIMO AO CASARÃO ESTÁ UMA CAPELA QUE CONSERVA PAREDES DE TAIPA DAQUELA ÉPOCA. NINGUÉM SABE AO CERTO A ORIGEM DESSA CAPELA E NEM SE ELA EXISTIU REALMENTE NO PASSADO. PARA ALGUNS, ELA FOI CRIADA EM HOMENAGEM A SÃO SEBASTIÃO DOS ESCRAVOS. OUTROS DIZEM QUE A CAPELA SERIA USADA COMO SEPULTURA PARA OS PROPRIETÁRIOS DA FAZENDA, UM ATO COMUM NUMA ÉPOCA EM QUE AINDA NÃO EXISTIAM CEMITÉRIOS. ENTRETANTO, NUNCA SE SABERÁ AO CERTO, POIS A ÚNICA COISA QUE SOBROU FORAM AS PAREDES QUE AINDA PODEM SER VISTAS NUMA CAPELA CONSTRUÍDA NO LOCAL NA DÉCADA DE 1950. VÁRIOS FORAM OS PROPRIETÁRIOS DA FAZENDA DA ACLIMAÇÃO E, CONSEQÜENTEMENTE, AS TERRAS ACABARAM SENDO DIVIDIDAS EM DIVERSAS CHÁCARAS. PREDOMINANTEMENTE RURAL, O BAIRRO SOMENTE COMEÇOU A SE DESENVOLVER A PARTIR DE 1940 COM A EXPANSÃO DA CIDADE PARA O SUDOESTE. NA ÉPOCA, O SUCESSO DE VENDA DO JARDIM AMÉRICA VALORIZOU A REGIÃO E A COMPANHIA IMOBILIÁRIA MORUMBY INICIOU A COMERCIALIZAÇÃO DE LOTES DA GRANDE FAZENDA. OS TERRENOS ERAM VENDIDOS COM UMA CONDIÇÃO: NÃO CRIAR ÁREAS COMERCIAIS OU EDIFÍCIOS. AS FAMÍLIAS COM ALTO PODER AQUISITIVO LOGO SE MUDARAM PARA O NOVO BAIRRO E O TORNARAM EM SUCESSO DE VENDAS. O ESTÁDIO DA ACLIMAÇÃO COMEÇOU A SER CONSTRUÍDO EM 1952 E FOI UM DOS GRANDES ATRATIVOS PARA OS MORADORES DO BAIRRO. NA ÉPOCA, ELE FOI ERGUIDO EM UM GRANDE MATAGAL COM ALGUMAS RUAS, MAS POUCAS RESIDÊNCIAS. NO ENTANTO, QUANDO O ESTÁDIO FOI INAUGURADO, OITO ANOS DEPOIS, O BAIRRO JÁ ESTAVA BEM OCUPADO E NÃO PARAVA DE SE EXPANDIR. BEM PRÓXIMO AO ESTÁDIO ESTÁ O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, SEDE DO GOVERNO ESTADUAL, QUE TAMBÉM POSSUI UMA HISTÓRIA BASTANTE CURIOSA. A SUNTUOSA CONSTRUÇÃO FOI FEITA COM O OBJETIVO DE ABRIGAR A UNIVERSIDADE CONDE FRANCISCO MATARAZZO. APÓS MUITOS ANOS, O EDIFÍCIO FOI CONCLUÍDO, MAS A UNIVERSIDADE NÃO SAIU DO PAPEL DEVIDO AOS PROBLEMAS FINANCEIROS DA FAMÍLIA MATARAZZO. EM 1964, A PROPRIEDADE FOI NEGOCIADA COM O GOVERNO ESTADUAL EM TROCA DO PERDÃO DAS DÍVIDAS FISCAIS DO GRUPO MATARAZZO. A ORIGEM DO NOME DA RUA DO PATEO SÃO PAULO VEM DA ESPANHA. ALCANTARILLA É O NOME DE UMA CIDADE ESPANHOLA, LOCALIZADA NA PROVÍNCIA DE MÚRCIA. O MUNICÍPIO É PEQUENO, POSSUI MENOS DE 40 MIL HABITANTES E É CONHECIDO POR SER UM CENTRO PRODUTOR DE FRUTAS E HORTALIÇAS. A TRANQÜILIDADE DESSA ALCANTARILLA DO OUTRO LADO DO ATLÂNTICO SE REFLETE NA RUA DE MESMO NOME EM SÃO PAULO.ACLIMAÇÃO É UM DOS BAIRROS MAIS JOVENS DE SUA REGIÃO, A CENTRAL. NASCEU NO SÉCULO XX, DEPOIS QUE OUTROS DE PERFIL MAIS ARISTOCRÁTICO, COMO: HIGIENÓPOLIS, PACAEMBU, CAMPOS ELÍSIOS, OU MESMO INDUSTRIAIS, COMO O BRÁS, HAVIAM SURGIDO. TODOS DESENVOLVERAM-SE A PARTIR DO LOTEAMENTO DAS ANTIGAS CHÁCARAS E FAZENDAS QUE TOMAVAM AS TERRAS DA CAPITAL, CIRCUNDANDO OS VÁRIOS "CAMINHOS DE TROPEIROS", QUE FAZIAM A LIGAÇÃO ENTRE O CENTRO DA CIDADE, O SERTÃO E O LITORAL. HAVIA O CAMINHO DO CARRO PARA SANTO AMARO, QUE SEGUIA POR ONDE HOJE ESTÃO AS AVENIDAS DA LIBERDADE, VERGUEIRO E DOMINGOS DE MORAIS EM DIREÇÃO AO DISTANTE POVOADO DE SANTO AMARO. HAVIA TAMBÉM O CAMINHO DE PINHEIROS, QUE PARTIA DA SÉ, ATRAVESSAVA O VALE DO ANHANGABAÚ E DESCIA PELA ATUAL RUA DA CONSOLAÇÃO EM DIREÇÃO AO QUE NA ÉPOCA ERA UM POVOADO INDÍGENA. HAVIA AINDA UM CAMINHO PARA MINAS GERAIS, UM PARA GOIÁS E TAMBÉM O CAMINHO DO MAR OU ESTRADA DE SANTOS, QUE DESCIA A RUA DA GLÓRIA, ATRAVESSAVA O RIO LAVAPÉS (HOJE CANALIZADO E OCULTO SOB O NÍVEL DA RUA), SEGUIA PELO IPIRANGA E ACABAVA EM SANTOS. O LOCAL QUE DEU ORIGEM AO BAIRRO DA ACLIMAÇÃO É UMA ÁREA SINUOSA, CHEIA DE MORROS E BAIXADAS, UM TRIÂNGULO CONHECIDO COMO SÍTIO TAPANHOIN, DEMARCADO PELO CAMINHO DO MAR E PELOS CÓRREGOS LAVAPÉS E CAMBUCI. FOI ESSA ÁREA QUE CARLOS BOTELHO, MÉDICO NASCIDO EM PIRACICABA E FORMADO EM PARIS, ADQUIRIU EM 1892, EM BUSCA DA REALIZAÇÃO DE UM DESEJO NASCIDO NA CAPITAL FRANCESA: A CRIAÇÃO DE UMA VERSÃO BRASILEIRA PARA O JARDIN D’ACCLIMATATION, QUE, ENTRE OUTRAS ATRAÇÕES, POSSUÍA UM ZÔO E SERVIA DE BASE PARA A ACLIMATAÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS, ALÉM DE EXPERIÊNCIAS ENVOLVENDO REPRODUÇÃO E HIBRIDAÇÃO DE ANIMAIS. ASSIM, O NOME INDÍGENA DEU LUGAR À INSPIRAÇÃO FRANCESA NO QUE PASSOU A SE CHAMAR JARDIM DA ACLIMAÇÃO, ORIGEM DO ATUAL PARQUE DA ACLIMAÇÃO E DE TODO O BAIRRO. PARQUE DA ACLIMAÇÃO HISTÓRIA DA ACLIMAÇÃOPARQUE DA ACLIMAÇÃO, UM DOS PARQUES MAIS BELOS E FAMOSOS DA CIDADE. DURANTE 30 ANOS, ATÉ A DÉCADA DE 1920, ESTE JARDIM, MUITO MAIOR DO QUE É HOJE, FOI UMA DAS GRANDES ATRAÇÕES DA CAPITAL. NO LOCAL BOTELHO CONSEGUIU CRIAR UM COMPLEXO DE LAZER E DE PESQUISA. ALI, O MÉDICO, PESQUISADOR E POLÍTICO REALIZAVA A QUARENTENA, OU "ACLIMATAÇÃO" DE GADO TRAZIDO DA HOLANDA. NA "CREMÉRIE", OS FREQÜENTADORES DO PARQUE PODIAM BEBER LEITE TIRADO NA HORA OU ADQUIRIR DERIVADOS COMO CREME OU QUEIJO. LÁ TAMBÉM FUNCIONAVA A SEDE DA SOCIEDADE HÍPICA PAULISTA, QUE DEPOIS TRANSFERIU-SE PARA O BROOKLIN NOVO, UM POSTO ZOOTÉCNICO E UM LABORATÓRIO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS. PARA O LAZER, HAVIA O BOSQUE, O LAGO FORMADO A PARTIR DO REPRESAMENTO DE CÓRREGOS DA REGIÃO, NO QUAL HAVIAM CANOAS PARA PASSEIOS, UM ZOOLÓGICO (O PRIMEIRO DA CIDADE) COM URSOS, LEÕES, MACACOS, ELEFANTES, ONÇAS E OUTROS ANIMAIS, ALÉM DE SALÃO DE BAILE, RINK DE PATINAÇÃO, BARRACAS DE JOGOS, AQUÁRIO, PARQUE DE DIVERSÕES. PARA ENTRAR, OS VISITANTES PAGAVAM 300 RÉIS. POR SE TRATAR DE UMA REGIÃO SEMIDESERTA, O ACESSO AO JARDIM DA ACLIMAÇÃO ATRAVÉS DE TRANSPORTE PÚBLICO SÓ ERA POSSÍVEL AOS DOMINGOS E FERIADOS, QUANDO O BONDE Nº 28 PARTIA DA SÉ. ANEXA AO JARDIM, HAVIA UMA EXTENSA ÁREA PRIVADA PERTENCENTE À FAMÍLIA BOTELHO. NA DÉCADA DE 1930, ELA COMEÇOU A SER LOTEADA PELOS FILHOS DO MÉDICO, QUE HÁ ANOS ENVEREDARA PARA A ATIVIDADE POLÍTICA E PASSARA A PROPRIEDADE DAS TERRAS AOS SEUS HERDEIROS. EM 1938, AO SER INFORMADO DE QUE ESTES, COM DIFICULDADES PARA ARCAR COM A MANUTENÇÃO E DESPESAS DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, IRIAM LOTEÁ-LO TAMBÉM, O PREFEITO PRESTES MAIA PROPÔS A COMPRA DO LOCAL. EM 16 DE JANEIRO DE 1939, OS HERDEIROS ANTÔNIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONSTANÇA BOTELHO DE MACEDO COSTA E CARLOS JOSÉ BOTELHO JÚNIOR OFICIALIZARAM A VENDA DA ÁREA DE 182 MIL METROS QUADRADOS À PREFEITURA DE SÃO PAULO, POR UM VALOR DE 2.850 CONTOS DE RÉIS. PARADOXALMENTE, A AQUISIÇÃO MARCARIA NÃO O RENASCIMENTO DO JARDIM DA ACLIMAÇÃO, MAS O FIM, EM DEFINITIVO, DA MAIOR PARTE DE SUAS ATRAÇÕES, E O INÍCIO DE LONGOS PERÍODOS DE ALTERNÂNCIA ENTRE ABANDONO E REVITALIZAÇÃO DA ÁREA VERDE. OCUPAÇÃO E VERTICALIZAÇÃO ENQUANTO O JARDIM DA ACLIMAÇÃO AINDA VIVIA SEUS DIAS DE GLÓRIA, O QUE VIRIA A SER UM BAIRRO COMEÇAVA A TOMAR FORMA. SE EM 1900 EXISTIAM APENAS AS RUAS E AVENIDAS QUE HOJE O DELIMITAM EM RELAÇÃO A SEUS VIZINHOS, COMO VERGUEIRO, LINS DE VASCONCELOS OU TAMANDARÉ, EM 1905 ESTAVAM ABERTAS AS RUAS PIRES DA MOTA, CURURIPE, ESPÍRITO SANTO, JOSÉ GETÚLIO, BATURITÉ E O TRECHO INICIAL DA ATUAL AVENIDA DA ACLIMAÇÃO. EM 1914, JÁ CONSTAVAM DO MAPA AS RUAS MACHADO DE ASSIS, ALÉM DE PARTE DA PAULA NEY E JOSÉ DO PATROCÍNIO. ENTRE ESSAS VIAS - LOCALIZADAS NA ÁREA MAIS ÍNGREME DAS TERRAS CHAMADAS DE MORRO DA ACLIMAÇÃO E PERTENCENTES ORIGINALMENTE À FAMÍLIA DE FRANCISCO JUSTINO DA SILVA, E OUTRAS, COMO A LINS DE VASCONCELOS, A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO E O PRÓPRIO JARDIM DA ACLIMAÇÃO - TUDO O QUE EXISTIA AINDA ERA UM LONGO TRECHO COM CARACTERÍSTICAS RURAIS, DOMINADO POR MATO, CÓRREGOS, PLANTAÇÕES E ESTÁBULOS. EM 1916, SEMPRE RESPEITANDO A SINUOSIDADE DA REGIÃO, COMEÇOU A SER ABERTA UMA SÉRIE DE RUAS QUE FORMAM UM SEMICÍRCULO A PARTIR DA AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, CONVERGINDO PARA O LARGO RODRIGUES ALVES, ATUAL PRAÇA GENERAL POLIDORO, TODAS COM NOMES DE PEDRAS PRECIOSAS: TURMALINA, TOPÁZIO, DIAMANTE, ÁGATA, SAFIRA, ESMERALDA, RUBI, ETC. MAIS ACIMA, EM DIREÇÃO À RUA NILO, A INSPIRAÇÃO PARA O NOME DOS LOGRADOUROS FORAM OS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR: JÚPITER, URANO, SATURNO. SÓ APÓS 1928 OS MAPAS MOSTRAM UMA RELATIVA OCUPAÇÃO DO MORRO DA ACLIMAÇÃO ENTRE A RUA JURUBATUBA (ATUAL AVENIDA ARMANDO FERRENTINI) E O CEMITÉRIO DE VILA MARIANA. NASCIA ALI UM BAIRRO RESIDENCIAL DE CLASSE MÉDIA, NO QUAL PREDOMINAVAM AS CASAS TÉRREAS E OS SOBRADOS, QUE RECEBERAM ITALIANOS, JAPONESES, PORTUGUESES E PAULISTANOS. EM 1938 FOI CRIADO O SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, EXTINTO EM 1986, QUANDO O MUNICÍPIO DE SÃO PAULO FOI REORGANIZADO EM 96 DISTRITOS. CONTUDO, EXISTE AINDA O CARTÓRIO DO REGISTRO CIVIL DO SUBDISTRITO DA ACLIMAÇÃO, CRIADO POR COMPETÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO ESTADUAL. A PARTIR DA DÉCADA DE 1970, NO ENTANTO, A EXPANSÃO IMOBILIÁRIA FEZ SURGIR MAIS E MAIS EDIFÍCIOS, MARCANDO A VERTICALIZAÇÃO CRESCENTE DO BAIRRO, O AUMENTO DA POPULAÇÃO E A CONSEQUENTE INSTALAÇÃO DE BANCOS, ESCOLAS, CASAS DE COMÉRCIO, IMOBILIÁRIAS E PRESTADORAS DE SERVIÇOS PARA ATENDER ÀS DEMANDAS DOS MORADORES. EM VIAS IMPORTANTES COMO A AVENIDA DA ACLIMAÇÃO, SÃO POUCOS OS ENDEREÇOS RESIDENCIAIS QUE AINDA RESISTEM AO ASSÉDIO DO MERCADO IMOBILIÁRIO. FICA AFASTADO DO CENTRO DE SÃO PAULO NUMA DISTÂNCIA ENTRE 12 E 15 KM. LIMITA-SE COM OS DISTRITOS DE VILA SÔNIA, CAMPO LIMPO, VILA ANDRADE, ITAIM BIBI, PINHEIROS E BUTANTÃ. ABRANGE OS BAIRROS DE VILA PROGREDIOR, CAXINGÜI, JARDIM GUEDALA, CIDADE JARDIM, REAL PARQUE, VILA ACLIMAÇÃO, PAINEIRAS DA ACLIMAÇÃO, JARDIM PANORAMA, JARDIM SÍLVIA, JARDIM VITÓRIA RÉGIA, VILA TRAMONTANO, SUPER QUADRA DA ACLIMAÇÃO. DENTRO DOS LIMITES DA ACLIMAÇÃO ENCONTRA-SE O HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, UM DOS MAIS IMPORTANTES HOSPITAIS PRIVADOS DO MUNICÍPIO, O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, A ESCOLA AMERICANA (ESCOLA GRADUADA) E O ESTÁDIO CÍCERO POMPEU DE TOLEDO, ALÉM DA SEDE SOCIAL DO SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE. COMO SURGIU NO INÍCIO DO SÉCULO 19, O BAIRRO DA ACLIMAÇÃO ERA UMA IMENSA FAZENDA COM MAIS DE 700 ALQUEIRES, LOCALIZADA MUITO LONGE DA CIDADE DE SÃO PAULO. O NOME ‘ACLIMAÇÃO’ SURGIU DO TUPI E, APESAR DE HAVER CONTROVÉRSIAS, ACREDITA-SE QUE SIGNIFICA “MORRO OU COLINA ALTA”. MUITAS LENDAS CERCAM A HISTÓRIA DA ANTIGA FAZENDA MORUMBY. ALGUMAS DIZEM QUE O REI DOM JOÃO VI DEU AQUELAS TERRAS DE PRESENTE PARA O INGLÊS JOHN RUDGE EM 1825, OUTRAS AFIRMAM QUE O MESMO RUDGE CHEGOU A VENDER A FAZENDA CEM .ACLIMAÇÃO É UM DOS BAIRROS MAIS JOVENS DE SUA REGIÃO, A CENTRAL. NASCEU NO SÉCULO XX, DEPOIS QUE OUTROS DE PERFIL MAIS ARISTOCRÁTICO, COMO: HIGIENÓPOLIS, PACAEMBU, CAMPOS ELÍSIOS, OU MESMO INDUSTRIAIS, COMO O BRÁS, HAVIAM SURGIDO. TODOS DESENVOLVERAM-SE A PARTIR DO LOTEAMENTO DAS ANTIGAS CHÁCARAS E FAZENDAS QUE TOMAVAM AS TERRAS DA CAPITAL, C
Rua Dom Raimundo Brito, 263 - AclimaçãoCambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaramSão Paulo - SPCambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram as tropas legalistas para que, assim, tivessem a queda do presidente Artur Bernardes. Portanto, o Cambuci foi um dos palcos da revolução junto com o Brás e a Mooca, os quais no fim ficaram devastados. Em contrapartida a toda destruição, Cambuci teve Alfredo Volpi como morador fiel a região, ele representou em sua arte também nos distritos do Brás e Ipiranga. Apesar de já existir ocupação do local desde os primórdios do município, o bairro surgiu oficialmente apenas em 1906[10]. Na época, era apenas passagem para o centro, sendo ocupado majoritariamente por fazendas e plantações. Com a oficialização, as ruas foram criadas e os terrenos foram loteados. Nas décadas seguintes, acompanhando a industrialização do país, toda a região, incluindo os bairros vizinhos, Ipiranga e Mooca, serviu à instalação de diversas fábricas, o que atraiu grande massa de trabalhadores imigrantes, especialmente italianos e sírios-libaneses, a viver no bairro, delineando características do bairro preservadas até hoje, como velhos galpões fabris e sobradinhos operários A partir da década de 1970, as fábricas começaram a abandonar o bairro, seguindo a tendência de se mudar para locais mais afastados na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior de São Paulo. O bairro, aos poucos, mudou seu aspecto fabril para se tornar um bairro de serviços, passando a concentrar grande variedade de comércios no eixo do Largo do Cambuci e Avenida Lins de Vasconcelos. Os terrenos abandonados deixados pelas antigas fábricas atraíram os moradores sem-teto, e em contrapartida, há espaços de intervenções artísticas, como o grafite. Um dos maiores exemplos são as obras d'Os Gêmeos, principais expoentes do grafite paulistano atual e originários deste bairro.Cambuci é um bairro situado na região central do município de São Paulo pertencente ao distrito do Cambuci. Conhecido desde o século XVI, é um dos bairros mais antigos do município. Está localizado a sudeste do marco zero da Praça da Sé. Tem como vizinhos o bairro da Mooca a leste e norte, Vila Mariana e Ipiranga ao sul, Aclimação e Liberdade a oeste. A origem do nome do bairro Cambuci tem duas possíveis versões, uma delas diz que o nome veio do tupi-guarani "cambuci" que significa "pote",[3] e que passava na região do largo (com cinco ruas que antigamente eram passagem obrigatória) um córrego que tinha o nome de "Cambuci". O nome do largo no início era Largo do Pote e depois ficou Largo do Cambuci. A outra versão é que o nome faz uma referência a um certo tipo de árvore chamada também "cambuci", da família das Mirtáceas, que era bastante comum nesta região, e desta árvore, era extraída pelos moradores um fruto chamado "cambricique" utilizado na fabricação de pinga na época. O crescimento da região fez surgir o bairro no ano de 1906. Nos primórdios do município de São Paulo de Piratininga, a região de Cambuci era utilizada como trilha para poder chegar no Caminho do Mar e que, por fim, chegasse ao município de Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no Córrego do Lava Pés, que tem este nome justamente pelo seu uso, além disso, descansavam por algum tempo alimentando os seus animais de carga. Devido ao uso constante dessa região surgiu a necessidade de desenvolver ao redor da trilha um pequeno comércio e algumas chácaras, sítios e fazendas, e isso ocorreu a partir de 1850. Nos anos de 1870 foi construída a Capela Nossa Senhora de Lourdes por Eulália Assunção e Silva (1834-1894), devota da santa. A capela tem o mesmo estilo da gruta localizada na França em Lourdes. O bairro do Cambuci foi considerado por moradores, durante o século XX, o berço do Anarquismo, já que era alvo de muitas manifestações operárias. Além disso, houve durante a Revolta Paulista de 1924 a ocupação de rebeldes na Igreja da Glória (na época, Igreja do Cambucy) liderada pelo general Isidoro Dias Lopes pela sua localização no ponto mais alto da região. Durante 23 dias, os operários tomaram aquele espaço e enfrentaram