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Rua Bernardino de Aguiar, 276 - Jardim Maria EstelaSão 3 dormitórios sendo dois c suítes e um banheiro social, duas salas banheiro, Hall e cozinha, lavanderia, uma casa nos fundos c sala, cozinha e banheiro, solarium com churrasqueira mais um quarto c banheiro, garagem para 4 carros mais um banheiro....terreno 7x28 metragem construída 240 m2. Sobre o bairro Localizado na Zona Sul de São Paulo, Sacomã preserva seus traços históricos, mas sem deixar a modernização e o desenvolvimento de lado. Como outros bairros da capital paulista, também teve sua origem a partir de imigrantes europeus, mas aqui foram principalmente os franceses que desembarcaram. Com boa localização e vizinho de bairros como o Alto Ipiranga, Sacomã encontra-se nas imediações de rodovias de destaque da cidade, como Imigrantes e Anchieta, estando, portanto, bem conectado ao litoral e à importante região do ABC paulista. Fundado em 1939, hoje o bairro conta com todos os serviços necessários ao dia a dia de qualquer família. É possível encontrar facilmente serviços de saúde, bons supermercados, escolas, lanchonetes, padarias e restaurantes, entre outros tipos de estabelecimentos. O bairro e suas proximidades abrigam atrações e lugares conhecidos e importantes da capital, como a “Árvore das Lágrimas” ou “Figueira das Lágrimas”. Ruas e Avenidas A Rua Cipriano Barata ganha destaque por ser bem localizada e ser hub de vários pontos importantes do bairro, como o CAY, SESC e o Aquário da cidade. Já nas últimas quadras das Ruas Silva Bueno e Greenfeld, você encontra uma área comercial farta. Isto é, é a certeza de ter muitas opções a poucos metros de casa. Nas ruas do bairro, é possível encontrar drogarias, supermercados, escolas, postos de gasolina, bancos, entre outros estabelecimentos. Mobilidade e Transporte O bairro possui uma boa mobilidade, contando com as estações de metrô de Sacomã e do Alto do Ipiranga, e ainda com diversas linhas de ônibus que passam pelas ruas do bairro e região. Lazer As opções de lazer no bairro e nas proximidades são diversas, envolvendo locais e passeios para toda a família. O Parque da Independência e o SESC Ipiranga, por exemplo, são algumas das possibilidades para diversão e relaxamento. Além disso, segundo os moradores, o bairro também é ideal para pets e oferece diversas alternativas para quem gosta de boa gastronomia. Educação O bairro oferece opções de ensino, com escolas públicas (municipais e estaduais) e privadas, apresentando vagas para os níveis infantil, fundamental e médio. Além de instituições de nível superior nas proximidades. É possível encontrar também escolas de música e Kumon (aulas de português, matemática, japonês e inglês), bem como escolas consagradas nos bairros vizinhos, como o Ipiranga. Shoppings O principal shopping da região é o Plaza Sul Shopping, inaugurado em 1994, contando com mais de 200 lojas, incluindo também salas de cinema, megalojas e mais de 30 opções na praça de alimentação. Curiosidades O bairro abriga diversas histórias e curiosidades. Confira algumas delas: • Lembra da figueira que falamos no início do texto? A “árvore das lágrimas” é assim conhecida pois era onde as famílias se despediam dos parentes que iam para a Guerra do Paraguai; • O bairro abriga uma das ruas por onde passou Dom Pedro, em 1822, minutos antes de proclamar a independência do país; • Sacomã começou a se desenvolver a partir de uma fábrica de cerâmicas. De acordo com os moradores, as ruas do bairro são iluminadas, movimentadas, possuindo pontos de ônibus e um bom comércio. Assim, o Sacomã se torna uma boa alternativa para moradia para os mais diversos perfis de pessoas e famílias. Sacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste.[1][1]. Resenha histórica Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX.[2][3][4] História No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Sobre o bairro Localizado na Zona Sul de São Paulo, Sacomã preserva seus traços históricos, mas sem deixar a modernização e o desenvolvimento de lado. Como outros bairros da capital paulista, também teve sua origem a partir de imigrantes europeus, mas aqui foram principalmente os franceses que desembarcaram. Com boa localização e vizinho de bairros como o Alto Ipiranga, Sacomã encontra-se nas imediações de rodovias de destaque da cidade, como Imigrantes e Anchieta, estando, portanto, bem conectado ao litoral e à importante região do ABC paulista. Fundado em 1939, hoje o bairro conta com todos os serviços necessários ao dia a dia de qualquer família. É possível encontrar facilmente serviços de saúde, bons supermercados, escolas, lanchonetes, padarias e restaurantes, entre outros tipos de estabelecimentos. O bairro e suas proximidades abrigam atrações e lugares conhecidos e importantes da capital, como a “Árvore das Lágrimas” ou “Figueira das Lágrimas”. Ruas e Avenidas A Rua Cipriano Barata ganha destaque por ser bem localizada e ser hub de vários pontos importantes do bairro, como o CAY, SESC e o Aquário da cidade. Já nas últimas quadras das Ruas Silva Bueno e Greenfeld, você encontra uma área comercial farta. Isto é, é a certeza de ter muitas opções a poucos metros de casa. Nas ruas do bairro, é possível encontrar drogarias, supermercados, escolas, postos de gasolina, bancos, entre outros estabelecimentos. Mobilidade e Transporte O bairro possui uma boa mobilidade, contando com as estações de metrô de Sacomã e do Alto do Ipiranga, e ainda com diversas linhas de ônibus que passam pelas ruas do bairro e região. Lazer As opções de lazer no bairro e nas proximidades são diversas, envolvendo locais e passeios para toda a família. O Parque da Independência e o SESC Ipiranga, por exemplo, são algumas das possibilidades para diversão e relaxamento. Além disso, segundo os moradores, o bairro também é ideal para pets e oferece diversas alternativas para quem gosta de boa gastronomia. Educação O bairro oferece opções de ensino, com escolas públicas (municipais e estaduais) e privadas, apresentando vagas para os níveis infantil, fundamental e médio. Além de instituições de nível superior nas proximidades. É possível encontrar também escolas de música e Kumon (aulas de português, matemática, japonês e inglês), bem como escolas consagradas nos bairros vizinhos, como o Ipiranga. Shoppings O principal shopping da região é o Plaza Sul Shopping, inaugurado em 1994, contando com mais de 200 lojas, incluindo também salas de cinema, megalojas e mais de 30 opções na praça de alimentação. Curiosidades O bairro abriga diversas histórias e curiosidades. Confira algumas delas: • Lembra da figueira que falamos no início do texto? A “árvore das lágrimas” é assim conhecida pois era onde as famílias se despediam dos parentes que iam para a Guerra do Paraguai; • O bairro abriga uma das ruas por onde passou Dom Pedro, em 1822, minutos antes de proclamar a independência do país; • Sacomã começou a se desenvolver a partir de uma fábrica de cerâmicas. De acordo com os moradores, as ruas do bairro são iluminadas, movimentadas, possuindo pontos de ônibus e um bom comércio. Assim, o Sacomã se torna uma boa alternativa para moradia para os mais diversos perfis de pessoas e famílias. Sacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste.[1][1]. Resenha histórica Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX.[2][3][4] História No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Sobre o bairro Localizado na Zona Sul de São Paulo, Sacomã preserva seus traços históricos, mas sem deixar a modernização e o desenvolvimento de lado. Como outros bairros da capital paulista, também teve sua origem a partir de imigrantes europeus, mas aqui foram principalmente os franceses que desembarcaram. Com boa localização e vizinho de bairros como o Alto Ipiranga, Sacomã encontra-se nas imediações de rodovias de destaque da cidade, como Imigrantes e Anchieta, estando, portanto, bem conectado ao litoral e à importante região do ABC paulista. Fundado em 1939, hoje o bairro conta com todos os serviços necessários ao dia a dia de qualquer família. É possível encontrar facilmente serviços de saúde, bons supermercados, escolas, lanchonetes, padarias e restaurantes, entre outros tipos de estabelecimentos. O bairro e suas proximidades abrigam atrações e lugares conhecidos e importantes da capital, como a “Árvore das Lágrimas” ou “Figueira das Lágrimas”. Ruas e Avenidas A Rua Cipriano Barata ganha destaque por ser bem localizada e ser hub de vários pontos importantes do bairro, como o CAY, SESC e o Aquário da cidade. Já nas últimas quadras das Ruas Silva Bueno e Greenfeld, você encontra uma área comercial farta. Isto é, é a certeza de ter muitas opções a poucos metros de casa. Nas ruas do bairro, é possível encontrar drogarias, supermercados, escolas, postos de gasolina, bancos, entre outros estabelecimentos. Mobilidade e Transporte O bairro possui uma boa mobilidade, contando com as estações de metrô de Sacomã e do Alto do Ipiranga, e ainda com diversas linhas de ônibus que passam pelas ruas do bairro e região. Lazer As opções de lazer no bairro e nas proximidades são diversas, envolvendo locais e passeios para toda a família. O Parque da Independência e o SESC Ipiranga, por exemplo, são algumas das possibilidades para diversão e relaxamento. Além disso, segundo os moradores, o bairro também é ideal para pets e oferece diversas alternativas para quem gosta de boa gastronomia. Educação O bairro oferece opções de ensino, com escolas públicas (municipais e estaduais) e privadas, apresentando vagas para os níveis infantil, fundamental e médio. Além de instituições de nível superior nas proximidades. É possível encontrar também escolas de música e Kumon (aulas de português, matemática, japonês e inglês), bem como escolas consagradas nos bairros vizinhos, como o Ipiranga. Shoppings O principal shopping da região é o Plaza Sul Shopping, inaugurado em 1994, contando com mais de 200 lojas, incluindo também salas de cinema, megalojas e mais de 30 opções na praça de alimentação. Curiosidades O bairro abriga diversas histórias e curiosidades. Confira algumas delas: • Lembra da figueira que falamos no início do texto? A “árvore das lágrimas” é assim conhecida pois era onde as famílias se despediam dos parentes que iam para a Guerra do Paraguai; • O bairro abriga uma das ruas por onde passou Dom Pedro, em 1822, minutos antes de proclamar a independência do país; • Sacomã começou a se desenvolver a partir de uma fábrica de cerâmicas. De acordo com os moradores, as ruas do bairro são iluminadas, movimentadas, possuindo pontos de ônibus e um bom comércio. Assim, o Sacomã se torna uma boa alternativa para moradia para os mais diversos perfis de pessoas e famílias. Sacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste.[1][1]. Resenha histórica Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX.[2][3][4] História No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis.São Paulo - SPSão 3 dormitórios sendo dois c suítes e um banheiro social, duas salas banheiro, Hall e cozinha, lavanderia, uma casa nos fundos c sala, cozinha e banheiro, solarium com churrasqueira mais um quarto c banheiro, garagem para 4 carros mais um banheiro....terreno 7x28 metragem construída 240 m2. Sobre o bairro Localizado na Zona Sul de São Paulo, Sacomã preserva seus traços históricos, mas sem deixar a modernização e o desenvolvimento de lado. Como outros bairros da capital paulista, também teve sua origem a partir de imigrantes europeus, mas aqui foram principalmente os franceses que desembarcaram. Com boa localização e vizinho de bairros como o Alto Ipiranga, Sacomã encontra-se nas imediações de rodovias de destaque da cidade, como Imigrantes e Anchieta, estando, portanto, bem conectado ao litoral e à importante região do ABC paulista. Fundado em 1939, hoje o bairro conta com todos os serviços necessários ao dia a dia de qualquer família. É possível encontrar facilmente serviços de saúde, bons supermercados, escolas, lanchonetes, padarias e restaurantes, entre outros tipos de estabelecimentos. O bairro e suas proximidades abrigam atrações e lugares conhecidos e importantes da capital, como a “Árvore das Lágrimas” ou “Figueira das Lágrimas”. Ruas e Avenidas A Rua Cipriano Barata ganha destaque por ser bem localizada e ser hub de vários pontos importantes do bairro, como o CAY, SESC e o Aquário da cidade. Já nas últimas quadras das Ruas Silva Bueno e Greenfeld, você encontra uma área comercial farta. Isto é, é a certeza de ter muitas opções a poucos metros de casa. Nas ruas do bairro, é possível encontrar drogarias, supermercados, escolas, postos de gasolina, bancos, entre outros estabelecimentos. Mobilidade e Transporte O bairro possui uma boa mobilidade, contando com as estações de metrô de Sacomã e do Alto do Ipiranga, e ainda com diversas linhas de ônibus que passam pelas ruas do bairro e região. Lazer As opções de lazer no bairro e nas proximidades são diversas, envolvendo locais e passeios para toda a família. O Parque da Independência e o SESC Ipiranga, por exemplo, são algumas das possibilidades para diversão e relaxamento. Além disso, segundo os moradores, o bairro também é ideal para pets e oferece diversas alternativas para quem gosta de boa gastronomia. Educação O bairro oferece opções de ensino, com escolas públicas (municipais e estaduais) e privadas, apresentando vagas para os níveis infantil, fundamental e médio. Além de instituições de nível superior nas proximidades. É possível encontrar também escolas de música e Kumon (aulas de português, matemática, japonês e inglês), bem como escolas consagradas nos bairros vizinhos, como o Ipiranga. Shoppings O principal shopping da região é o Plaza Sul Shopping, inaugurado em 1994, contando com mais de 200 lojas, incluindo também salas de cinema, megalojas e mais de 30 opções na praça de alimentação. Curiosidades O bairro abriga diversas histórias e curiosidades. Confira algumas delas: • Lembra da figueira que falamos no início do texto? A “árvore das lágrimas” é assim conhecida pois era onde as famílias se despediam dos parentes que iam para a Guerra do Paraguai; • O bairro abriga uma das ruas por onde passou Dom Pedro, em 1822, minutos antes de proclamar a independência do país; • Sacomã começou a se desenvolver a partir de uma fábrica de cerâmicas. De acordo com os moradores, as ruas do bairro são iluminadas, movimentadas, possuindo pontos de ônibus e um bom comércio. Assim, o Sacomã se torna uma boa alternativa para moradia para os mais diversos perfis de pessoas e famílias. Sacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste.[1][1]. Resenha histórica Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX.[2][3][4] História No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Sobre o bairro Localizado na Zona Sul de São Paulo, Sacomã preserva seus traços históricos, mas sem deixar a modernização e o desenvolvimento de lado. Como outros bairros da capital paulista, também teve sua origem a partir de imigrantes europeus, mas aqui foram principalmente os franceses que desembarcaram. Com boa localização e vizinho de bairros como o Alto Ipiranga, Sacomã encontra-se nas imediações de rodovias de destaque da cidade, como Imigrantes e Anchieta, estando, portanto, bem conectado ao litoral e à importante região do ABC paulista. Fundado em 1939, hoje o bairro conta com todos os serviços necessários ao dia a dia de qualquer família. É possível encontrar facilmente serviços de saúde, bons supermercados, escolas, lanchonetes, padarias e restaurantes, entre outros tipos de estabelecimentos. O bairro e suas proximidades abrigam atrações e lugares conhecidos e importantes da capital, como a “Árvore das Lágrimas” ou “Figueira das Lágrimas”. Ruas e Avenidas A Rua Cipriano Barata ganha destaque por ser bem localizada e ser hub de vários pontos importantes do bairro, como o CAY, SESC e o Aquário da cidade. Já nas últimas quadras das Ruas Silva Bueno e Greenfeld, você encontra uma área comercial farta. Isto é, é a certeza de ter muitas opções a poucos metros de casa. Nas ruas do bairro, é possível encontrar drogarias, supermercados, escolas, postos de gasolina, bancos, entre outros estabelecimentos. Mobilidade e Transporte O bairro possui uma boa mobilidade, contando com as estações de metrô de Sacomã e do Alto do Ipiranga, e ainda com diversas linhas de ônibus que passam pelas ruas do bairro e região. Lazer As opções de lazer no bairro e nas proximidades são diversas, envolvendo locais e passeios para toda a família. O Parque da Independência e o SESC Ipiranga, por exemplo, são algumas das possibilidades para diversão e relaxamento. Além disso, segundo os moradores, o bairro também é ideal para pets e oferece diversas alternativas para quem gosta de boa gastronomia. Educação O bairro oferece opções de ensino, com escolas públicas (municipais e estaduais) e privadas, apresentando vagas para os níveis infantil, fundamental e médio. Além de instituições de nível superior nas proximidades. É possível encontrar também escolas de música e Kumon (aulas de português, matemática, japonês e inglês), bem como escolas consagradas nos bairros vizinhos, como o Ipiranga. Shoppings O principal shopping da região é o Plaza Sul Shopping, inaugurado em 1994, contando com mais de 200 lojas, incluindo também salas de cinema, megalojas e mais de 30 opções na praça de alimentação. Curiosidades O bairro abriga diversas histórias e curiosidades. Confira algumas delas: • Lembra da figueira que falamos no início do texto? A “árvore das lágrimas” é assim conhecida pois era onde as famílias se despediam dos parentes que iam para a Guerra do Paraguai; • O bairro abriga uma das ruas por onde passou Dom Pedro, em 1822, minutos antes de proclamar a independência do país; • Sacomã começou a se desenvolver a partir de uma fábrica de cerâmicas. De acordo com os moradores, as ruas do bairro são iluminadas, movimentadas, possuindo pontos de ônibus e um bom comércio. Assim, o Sacomã se torna uma boa alternativa para moradia para os mais diversos perfis de pessoas e famílias. Sacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste.[1][1]. Resenha histórica Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX.[2][3][4] História No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Sobre o bairro Localizado na Zona Sul de São Paulo, Sacomã preserva seus traços históricos, mas sem deixar a modernização e o desenvolvimento de lado. Como outros bairros da capital paulista, também teve sua origem a partir de imigrantes europeus, mas aqui foram principalmente os franceses que desembarcaram. Com boa localização e vizinho de bairros como o Alto Ipiranga, Sacomã encontra-se nas imediações de rodovias de destaque da cidade, como Imigrantes e Anchieta, estando, portanto, bem conectado ao litoral e à importante região do ABC paulista. Fundado em 1939, hoje o bairro conta com todos os serviços necessários ao dia a dia de qualquer família. É possível encontrar facilmente serviços de saúde, bons supermercados, escolas, lanchonetes, padarias e restaurantes, entre outros tipos de estabelecimentos. O bairro e suas proximidades abrigam atrações e lugares conhecidos e importantes da capital, como a “Árvore das Lágrimas” ou “Figueira das Lágrimas”. Ruas e Avenidas A Rua Cipriano Barata ganha destaque por ser bem localizada e ser hub de vários pontos importantes do bairro, como o CAY, SESC e o Aquário da cidade. Já nas últimas quadras das Ruas Silva Bueno e Greenfeld, você encontra uma área comercial farta. Isto é, é a certeza de ter muitas opções a poucos metros de casa. Nas ruas do bairro, é possível encontrar drogarias, supermercados, escolas, postos de gasolina, bancos, entre outros estabelecimentos. Mobilidade e Transporte O bairro possui uma boa mobilidade, contando com as estações de metrô de Sacomã e do Alto do Ipiranga, e ainda com diversas linhas de ônibus que passam pelas ruas do bairro e região. Lazer As opções de lazer no bairro e nas proximidades são diversas, envolvendo locais e passeios para toda a família. O Parque da Independência e o SESC Ipiranga, por exemplo, são algumas das possibilidades para diversão e relaxamento. Além disso, segundo os moradores, o bairro também é ideal para pets e oferece diversas alternativas para quem gosta de boa gastronomia. Educação O bairro oferece opções de ensino, com escolas públicas (municipais e estaduais) e privadas, apresentando vagas para os níveis infantil, fundamental e médio. Além de instituições de nível superior nas proximidades. É possível encontrar também escolas de música e Kumon (aulas de português, matemática, japonês e inglês), bem como escolas consagradas nos bairros vizinhos, como o Ipiranga. Shoppings O principal shopping da região é o Plaza Sul Shopping, inaugurado em 1994, contando com mais de 200 lojas, incluindo também salas de cinema, megalojas e mais de 30 opções na praça de alimentação. Curiosidades O bairro abriga diversas histórias e curiosidades. Confira algumas delas: • Lembra da figueira que falamos no início do texto? A “árvore das lágrimas” é assim conhecida pois era onde as famílias se despediam dos parentes que iam para a Guerra do Paraguai; • O bairro abriga uma das ruas por onde passou Dom Pedro, em 1822, minutos antes de proclamar a independência do país; • Sacomã começou a se desenvolver a partir de uma fábrica de cerâmicas. De acordo com os moradores, as ruas do bairro são iluminadas, movimentadas, possuindo pontos de ônibus e um bom comércio. Assim, o Sacomã se torna uma boa alternativa para moradia para os mais diversos perfis de pessoas e famílias. Sacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste.[1][1]. Resenha histórica Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX.[2][3][4] História No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. 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Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX.[2][3][4] História No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Ligações externas «Sítio do Moinho (Ampliar para ver Olaria Sacoman)» «Planta da Mina de Argila da Cerâmica Sacoman Frère» «Resolução nº 15» (PDF) Ver também Cerâmica Sacoman S/A Cia. Cerâmica Vila Prudente (Extinta) Figueira das Lágrimas Referências Prefeitura de São Paulo. «Mapa Digital da Cidade de São Paulo». Consultado em 15 de novembro de 2019 Marcílio, Maria Luiza (1973). A Cidade de São Paulo, Povoamento e População. [S.l.]: Pioneira. pp. 09/29 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 19/22 Prefeitura de Santo André (2013). «Anuário de Santo André» (PDF). Consultado em 27 de setembro de 2019 Biblioteca Nacional Digital Brasil (1954). «Jornal Correio da Manhã». 21/08/1954. Consultado em 15 de novembro de 2019 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 66/69 [Esconder]vde SP - São Paulo - Zona Sudeste - Subprefeitura do Ipiranga Cursino Água FundaJardim da Saúde Ipiranga Alto do IpirangaIpirangaVila Carioca Sacomã Cidade Nova HeliópolisSacomãSão João Clímaco Ícone de esboço Este artigo sobre bairros é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Portal da cidade de São Paulo Portal de São Paulo Portal do Brasil Este artigo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Editor: considere marcar com um esboço mais específico. Categoria: Bairros do SacomãSacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste.[1][1]. Resenha histórica Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX.[2][3][4] História No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Ligações externas «Sítio do Moinho (Ampliar para ver Olaria Sacoman)» «Planta da Mina de Argila da Cerâmica Sacoman Frère» «Resolução nº 15» (PDF) Ver também Cerâmica Sacoman S/A Cia. Cerâmica Vila Prudente (Extinta) Figueira das Lágrimas Referências Prefeitura de São Paulo. «Mapa Digital da Cidade de São Paulo». Consultado em 15 de novembro de 2019 Marcílio, Maria Luiza (1973). A Cidade de São Paulo, Povoamento e População. [S.l.]: Pioneira. pp. 09/29 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 19/22 Prefeitura de Santo André (2013). «Anuário de Santo André» (PDF). Consultado em 27 de setembro de 2019 Biblioteca Nacional Digital Brasil (1954). «Jornal Correio da Manhã». 21/08/1954. Consultado em 15 de novembro de 2019 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 66/69 [Esconder]vde SP - São Paulo - Zona Sudeste - Subprefeitura do Ipiranga Cursino Água FundaJardim da Saúde Ipiranga Alto do IpirangaIpirangaVila Carioca Sacomã Cidade Nova HeliópolisSacomãSão João Clímaco Ícone de esboço Este artigo sobre bairros é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Portal da cidade de São Paulo Portal de São Paulo Portal do Brasil Este artigo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Editor: considere marcar com um esboço mais específico. Categoria: Bairros do SacomãSacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste.[1][1]. Resenha histórica Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX.[2][3][4] História No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Ligações externas «Sítio do Moinho (Ampliar para ver Olaria Sacoman)» «Planta da Mina de Argila da Cerâmica Sacoman Frère» «Resolução nº 15» (PDF) Ver também Cerâmica Sacoman S/A Cia. Cerâmica Vila Prudente (Extinta) Figueira das Lágrimas Referências Prefeitura de São Paulo. «Mapa Digital da Cidade de São Paulo». Consultado em 15 de novembro de 2019 Marcílio, Maria Luiza (1973). A Cidade de São Paulo, Povoamento e População. [S.l.]: Pioneira. pp. 09/29 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 19/22 Prefeitura de Santo André (2013). «Anuário de Santo André» (PDF). Consultado em 27 de setembro de 2019 Biblioteca Nacional Digital Brasil (1954). «Jornal Correio da Manhã». 21/08/1954. Consultado em 15 de novembro de 2019 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 66/69 [Esconder]vde SP - São Paulo - Zona Sudeste - Subprefeitura do Ipiranga Cursino Água FundaJardim da Saúde Ipiranga Alto do IpirangaIpirangaVila Carioca Sacomã Cidade Nova HeliópolisSacomãSão João Clímaco Ícone de esboço Este artigo sobre bairros é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Portal da cidade de São Paulo Portal de São Paulo Portal do Brasil Este artigo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Editor: considere marcar com um esboço mais específico. Categoria: Bairros do SacomãSacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste.[1][1]. Resenha histórica Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX.[2][3][4] História No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Ligações externas «Sítio do Moinho (Ampliar para ver Olaria Sacoman)» «Planta da Mina de Argila da Cerâmica Sacoman Frère» «Resolução nº 15» (PDF) Ver também Cerâmica Sacoman S/A Cia. Cerâmica Vila Prudente (Extinta) Figueira das Lágrimas Referências Prefeitura de São Paulo. «Mapa Digital da Cidade de São Paulo». Consultado em 15 de novembro de 2019 Marcílio, Maria Luiza (1973). A Cidade de São Paulo, Povoamento e População. [S.l.]: Pioneira. pp. 09/29 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 19/22 Prefeitura de Santo André (2013). «Anuário de Santo André» (PDF). Consultado em 27 de setembro de 2019 Biblioteca Nacional Digital Brasil (1954). «Jornal Correio da Manhã». 21/08/1954. Consultado em 15 de novembro de 2019 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 66/69 [Esconder]vde SP - São Paulo - Zona Sudeste - Subprefeitura do Ipiranga Cursino Água FundaJardim da Saúde Ipiranga Alto do IpirangaIpirangaVila Carioca Sacomã Cidade Nova HeliópolisSacomãSão João Clímaco Ícone de esboço Este artigo sobre bairros é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Portal da cidade de São Paulo Portal de São Paulo Portal do Brasil Este artigo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Editor: considere marcar com um esboço mais específico. Categoria: Bairros do SacomãSacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste.[1][1]. Resenha histórica Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX.[2][3][4] História No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Ligações externas «Sítio do Moinho (Ampliar para ver Olaria Sacoman)» «Planta da Mina de Argila da Cerâmica Sacoman Frère» «Resolução nº 15» (PDF) Ver também Cerâmica Sacoman S/A Cia. Cerâmica Vila Prudente (Extinta) Figueira das Lágrimas Referências Prefeitura de São Paulo. «Mapa Digital da Cidade de São Paulo». Consultado em 15 de novembro de 2019 Marcílio, Maria Luiza (1973). A Cidade de São Paulo, Povoamento e População. [S.l.]: Pioneira. pp. 09/29 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 19/22 Prefeitura de Santo André (2013). «Anuário de Santo André» (PDF). Consultado em 27 de setembro de 2019 Biblioteca Nacional Digital Brasil (1954). «Jornal Correio da Manhã». 21/08/1954. Consultado em 15 de novembro de 2019 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 66/69 [Esconder]vde SP - São Paulo - Zona Sudeste - Subprefeitura do Ipiranga Cursino Água FundaJardim da Saúde Ipiranga Alto do IpirangaIpirangaVila Carioca Sacomã Cidade Nova HeliópolisSacomãSão João Clímaco Ícone de esboço Este artigo sobre bairros é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Portal da cidade de São Paulo Portal de São Paulo Portal do Brasil Este artigo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Editor: considere marcar com um esboço mais específico. Categoria: Bairros do SacomãSacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste.[1][1]. Resenha histórica Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX.[2][3][4] História No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Ligações externas «Sítio do Moinho (Ampliar para ver Olaria Sacoman)» «Planta da Mina de Argila da Cerâmica Sacoman Frère» «Resolução nº 15» (PDF) Ver também Cerâmica Sacoman S/A Cia. Cerâmica Vila Prudente (Extinta) Figueira das Lágrimas Referências Prefeitura de São Paulo. «Mapa Digital da Cidade de São Paulo». Consultado em 15 de novembro de 2019 Marcílio, Maria Luiza (1973). A Cidade de São Paulo, Povoamento e População. [S.l.]: Pioneira. pp. 09/29 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 19/22 Prefeitura de Santo André (2013). «Anuário de Santo André» (PDF). Consultado em 27 de setembro de 2019 Biblioteca Nacional Digital Brasil (1954). «Jornal Correio da Manhã». 21/08/1954. Consultado em 15 de novembro de 2019 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 66/69 [Esconder]vde SP - São Paulo - Zona Sudeste - Subprefeitura do Ipiranga Cursino Água FundaJardim da Saúde Ipiranga Alto do IpirangaIpirangaVila Carioca Sacomã Cidade Nova HeliópolisSacomãSão João Clímaco Ícone de esboço Este artigo sobre bairros é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Portal da cidade de São Paulo Portal de São Paulo Portal do Brasil Este artigo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Editor: considere marcar com um esboço mais específico. Categoria: Bairros do SacomãSacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste.[1][1]. Resenha histórica Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. 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Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX.[2][3][4] História No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Ligações externas «Sítio do Moinho (Ampliar para ver Olaria Sacoman)» «Planta da Mina de Argila da Cerâmica Sacoman Frère» «Resolução nº 15» (PDF) Ver também Cerâmica Sacoman S/A Cia. Cerâmica Vila Prudente (Extinta) Figueira das Lágrimas Referências Prefeitura de São Paulo. «Mapa Digital da Cidade de São Paulo». Consultado em 15 de novembro de 2019 Marcílio, Maria Luiza (1973). A Cidade de São Paulo, Povoamento e População. [S.l.]: Pioneira. pp. 09/29 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 19/22 Prefeitura de Santo André (2013). «Anuário de Santo André» (PDF). Consultado em 27 de setembro de 2019 Biblioteca Nacional Digital Brasil (1954). «Jornal Correio da Manhã». 21/08/1954. Consultado em 15 de novembro de 2019 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 66/69 [Esconder]vde SP - São Paulo - Zona Sudeste - Subprefeitura do Ipiranga Cursino Água FundaJardim da Saúde Ipiranga Alto do IpirangaIpirangaVila Carioca Sacomã Cidade Nova HeliópolisSacomãSão João Clímaco Ícone de esboço Este artigo sobre bairros é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Portal da cidade de São Paulo Portal de São Paulo Portal do Brasil Este artigo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Editor: considere marcar com um esboço mais específico. Categoria: Bairros do SacomãSacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste.[1][1]. Resenha histórica Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX.[2][3][4] História No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Ligações externas «Sítio do Moinho (Ampliar para ver Olaria Sacoman)» «Planta da Mina de Argila da Cerâmica Sacoman Frère» «Resolução nº 15» (PDF) Ver também Cerâmica Sacoman S/A Cia. Cerâmica Vila Prudente (Extinta) Figueira das Lágrimas Referências Prefeitura de São Paulo. «Mapa Digital da Cidade de São Paulo». Consultado em 15 de novembro de 2019 Marcílio, Maria Luiza (1973). A Cidade de São Paulo, Povoamento e População. [S.l.]: Pioneira. pp. 09/29 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 19/22 Prefeitura de Santo André (2013). «Anuário de Santo André» (PDF). Consultado em 27 de setembro de 2019 Biblioteca Nacional Digital Brasil (1954). «Jornal Correio da Manhã». 21/08/1954. Consultado em 15 de novembro de 2019 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 66/69 [Esconder]vde SP - São Paulo - Zona Sudeste - Subprefeitura do Ipiranga Cursino Água FundaJardim da Saúde Ipiranga Alto do IpirangaIpirangaVila Carioca Sacomã Cidade Nova HeliópolisSacomãSão João Clímaco Ícone de esboço Este artigo sobre bairros é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Portal da cidade de São Paulo Portal de São Paulo Portal do Brasil Este artigo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Editor: considere marcar com um esboço mais específico. Categoria: Bairros do SacomãSacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste.[1][1]. Resenha histórica Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX.[2][3][4] História No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Ligações externas «Sítio do Moinho (Ampliar para ver Olaria Sacoman)» «Planta da Mina de Argila da Cerâmica Sacoman Frère» «Resolução nº 15» (PDF) Ver também Cerâmica Sacoman S/A Cia. Cerâmica Vila Prudente (Extinta) Figueira das Lágrimas Referências Prefeitura de São Paulo. «Mapa Digital da Cidade de São Paulo». Consultado em 15 de novembro de 2019 Marcílio, Maria Luiza (1973). A Cidade de São Paulo, Povoamento e População. [S.l.]: Pioneira. pp. 09/29 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 19/22 Prefeitura de Santo André (2013). «Anuário de Santo André» (PDF). Consultado em 27 de setembro de 2019 Biblioteca Nacional Digital Brasil (1954). «Jornal Correio da Manhã». 21/08/1954. Consultado em 15 de novembro de 2019 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 66/69 [Esconder]vde SP - São Paulo - Zona Sudeste - Subprefeitura do Ipiranga Cursino Água FundaJardim da Saúde Ipiranga Alto do IpirangaIpirangaVila Carioca Sacomã Cidade Nova HeliópolisSacomãSão João Clímaco Ícone de esboço Este artigo sobre bairros é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Portal da cidade de São Paulo Portal de São Paulo Portal do Brasil Este artigo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Editor: considere marcar com um esboço mais específico. Categoria: Bairros do SacomãSacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste.[1][1]. Resenha histórica Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX.[2][3][4] História No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Ligações externas «Sítio do Moinho (Ampliar para ver Olaria Sacoman)» «Planta da Mina de Argila da Cerâmica Sacoman Frère» «Resolução nº 15» (PDF) Ver também Cerâmica Sacoman S/A Cia. Cerâmica Vila Prudente (Extinta) Figueira das Lágrimas Referências Prefeitura de São Paulo. «Mapa Digital da Cidade de São Paulo». Consultado em 15 de novembro de 2019 Marcílio, Maria Luiza (1973). A Cidade de São Paulo, Povoamento e População. [S.l.]: Pioneira. pp. 09/29 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 19/22 Prefeitura de Santo André (2013). «Anuário de Santo André» (PDF). Consultado em 27 de setembro de 2019 Biblioteca Nacional Digital Brasil (1954). «Jornal Correio da Manhã». 21/08/1954. Consultado em 15 de novembro de 2019 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 66/69 [Esconder]vde SP - São Paulo - Zona Sudeste - Subprefeitura do Ipiranga Cursino Água FundaJardim da Saúde Ipiranga Alto do IpirangaIpirangaVila Carioca Sacomã Cidade Nova HeliópolisSacomãSão João Clímaco Ícone de esboço Este artigo sobre bairros é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Portal da cidade de São Paulo Portal de São Paulo Portal do Brasil Este artigo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Editor: considere marcar com um esboço mais específico. Categoria: Bairros do SacomãSacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste.[1][1]. Resenha histórica Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX.[2][3][4] História No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Ligações externas «Sítio do Moinho (Ampliar para ver Olaria Sacoman)» «Planta da Mina de Argila da Cerâmica Sacoman Frère» «Resolução nº 15» (PDF) Ver também Cerâmica Sacoman S/A Cia. Cerâmica Vila Prudente (Extinta) Figueira das Lágrimas Referências Prefeitura de São Paulo. «Mapa Digital da Cidade de São Paulo». Consultado em 15 de novembro de 2019 Marcílio, Maria Luiza (1973). A Cidade de São Paulo, Povoamento e População. [S.l.]: Pioneira. pp. 09/29 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 19/22 Prefeitura de Santo André (2013). «Anuário de Santo André» (PDF). Consultado em 27 de setembro de 2019 Biblioteca Nacional Digital Brasil (1954). «Jornal Correio da Manhã». 21/08/1954. Consultado em 15 de novembro de 2019 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 66/69 [Esconder]vde SP - São Paulo - Zona Sudeste - Subprefeitura do Ipiranga Cursino Água FundaJardim da Saúde Ipiranga Alto do IpirangaIpirangaVila Carioca Sacomã Cidade Nova HeliópolisSacomãSão João Clímaco Ícone de esboço Este artigo sobre bairros é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Portal da cidade de São Paulo Portal de São Paulo Portal do Brasil Este artigo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Editor: considere marcar com um esboço mais específico. Categoria: Bairros do SacomãSacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste.[1][1]. Resenha histórica Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX.[2][3][4] História No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Ligações externas «Sítio do Moinho (Ampliar para ver Olaria Sacoman)» «Planta da Mina de Argila da Cerâmica Sacoman Frère» «Resolução nº 15» (PDF) Ver também Cerâmica Sacoman S/A Cia. Cerâmica Vila Prudente (Extinta) Figueira das Lágrimas Referências Prefeitura de São Paulo. «Mapa Digital da Cidade de São Paulo». Consultado em 15 de novembro de 2019 Marcílio, Maria Luiza (1973). A Cidade de São Paulo, Povoamento e População. [S.l.]: Pioneira. pp. 09/29 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 19/22 Prefeitura de Santo André (2013). «Anuário de Santo André» (PDF). Consultado em 27 de setembro de 2019 Biblioteca Nacional Digital Brasil (1954). «Jornal Correio da Manhã». 21/08/1954. Consultado em 15 de novembro de 2019 Zadra, Newton (2010). Vila Prudente, Do Bonde a Burro ao Metrô. [S.l.: s.n.] pp. 66/69 [Esconder]vde SP - São Paulo - Zona Sudeste - Subprefeitura do Ipiranga Cursino Água FundaJardim da Saúde Ipiranga Alto do IpirangaIpirangaVila Carioca Sacomã Cidade Nova HeliópolisSacomãSão João Clímaco Ícone de esboço Este artigo sobre bairros é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Portal da cidade de São Paulo Portal de São Paulo Portal do Brasil Este artigo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Editor: considere marcar com um esboço mais específico. Categoria: Bairros do SacomãSacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste.[1][1]. Resenha histórica Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrav
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Avenida Francesco Bibiena, 75 - Vila LivieroSobrado à venda, em Sacomã, Dois dormitorios, sala dois ambientes, cozinha, lavanderia, duas vagas de garagem, otima localização.São Paulo, SP Sacomã – História E é dentro deles que existem os outros menores, que tiveram origem em determinados loteamentos e que ficaram fixados na memória do povo. O Sacoman é um bairro bem identificado dentro do Ipiranga. Mantém sua identidade e ao mesmo tempo sua integração. A história do Sacoman tem aspectos curiosos. Liga-se ao antigo Caminho do Mar, as obras do Museu, ao bairro do Ipiranga e aos franceses da fábrica Saccoman, que iniciaram em São Paulo a produção de telhas tipo Marselha. Ao lado da represa do Moinho Velho foi construída a chácara. O conhecido “Castelinho” tinha os balcões ornamentados com peças de terracota. O telhado ostentava as telhas planas do tipo Marselha e outros ornatos que eram o orgulho do estabelecimento cerâmico Saccoman Fréres. A articulação entre o Museu e o Sacoman era o antigo caminho para Santos. Havia os pontos de parada preferidos , juntos aos cursos d’água: o lavapés na entrada da Cidade, o Ipiranga junto a colina, o Moinho Velho onde começava a estrada para São Caetano. Pouco mais adiante em um alto , ficava a Árvore das Lágrimas, onde os que iam acompanhar parentes que viajavam para Santos e para longe deviam se despedir, a tempo de voltar para São Paulo. Foi no ponto em que a estrada cruzava o córrego e afluente do Moinho Velho que se estabeleceram os irmãos Saccoman. Foi feita uma barragem na parte superior , do lado oeste, formando-se um reservatório, com um quilometro de extensão.No local existe hoje um conjunto viário. Os irmãos Antoine, Henry e Ernest Saccoman pertenciam a uma família de Marselha, de tradicionais fabricantes de cerâmica. Chegaram à São Paulo nos últimos anos do Império, quando o crescimento da população já estimulava o desenvolvimento da construção civil e se multiplicavam as olarias mecânicas e manuais e apareciam as primeiras cerâmicas em escala industrial. Naquele momento iniciava-se a construção do Museu do Ipiranga com tijolos da vizinha São Caetano. A produção nesse setor era pequena. Os Saccoman trouxeram melhorias de qualidade. Nas últimas décadas do século XIX, com o uso de máquinas à vapor em serrarias e olarias, foi possível uma melhoria técnica nos padrões gerais das construções. Mas nos telhados continuavam a ser usadas as tradicionais telhas “coloniais”sempre irregulares e de difícil fixação. Em suas formas mais simples, eram moldadas sobre as pernas dos escravos. Nas obras mais importantes, para garantir maior nível de qualidade, eram utilizadas telhas importadas e as preferidas eram sem dúvida, as de Marselha. Alguns edifícios antigos como o armazém da Cia. Paulista de Estrada de Ferro em Campinas, ainda conservam uma cobertura de telhas importadas. Tijolos de boa qualidade foram fabricados logo que chegaram as ferrovias, mas as telhas por mais estranho que possa parecer, até os primeiros anos da República, continuaram a vir da Europa, como s fosse de elevada sofisticação tecnológica. Em 1.903, os bondes elétricos chegaram ao Ipiranga. Em 1.909 foi criada a Linha “Fábrica”, chegando à fábrica de Nami Jafet. Pouco depois pela Rua Silva Bueno a Linha “Fábrica”chegava ao Sacoman. A Rua Silva Bueno terminava na antiga estrada de Santos. Nos anos 20 naquele ponto terminava também a parte urbanizada da Cidade, ainda pouco construída, e começava a zona rural. Ali tinha início também o Caminho do Mar, reconstruído em 1.920 por Rudge Ramos. Foi a primeira experiência de obras rodoviária de maior porte construída e explorada em São Paulo pela iniciativa privada. A empresa criada por Rudge Ramos construiu pequenos pontos de pedágio com barreiras. Nesses locais , para chamar atenção mandava construir arcos. O primeiro marcando o início do Caminho do Mar, ficava no Sacoman, alguns metros acima da R. Silva Bueno, em frente ao portão da Cerâmica. Diferentemente de outros postos, neste caso o arco e o edifício eram como uma obra só. Eram uma referencia básica para a cidade e para o bairro. O pedágio do Caminho do Mar foi abolido em 1.923, mas o arco permaneceu, intrigando com sua presença a todos que ali passavam. Por isso mesmo, constituía uma marco no início da estrada, como a fábrica, ao lado. Em 1.921, exatamente quando se iniciavam as grandes transformações no bairro, ocorreu a morte de Antoine. Os irmãos Saccoman decidiram voltar para a Europa e venderam a indústria, que passou a se denominar Cerâmica Ipiranga. Mudou o nome da empresa mas ficou o do bairro. Ficaram ainda, por muitos anos, a velha residência, a lagoa e o grande buraco, para retirada de argila. Veio depois a Via Anchieta iniciada em 1.939. A primeira pista foi inaugurada em 1.947 e tinha início exatamente no local em que existiu o primeiro arco. A pista foi alargada, mas ficaram na paisagem dois sinais: uma guarita e uma voluta , que guarnecia a escada do antigo posto e era reconhecida pelos viajantes mais atentos, que sabiam que ali terminava o Ipiranga e a Cidade. Depois que a fábrica foi desativada, no lugar do antigo poço para retirada da argila, formou-se uma lagoa, na qual iam nadar os garotos do bairro e com freqüência algum morria. Foi um dos lugares mais perigosos da Cidade, por muito tempo. Hoje, quem vai para Santos pela Via Anchieta, saindo pela av. Nazaré, é obrigado a dar uma volta, passando pela baixada em que existiu a grande lagoa, atrás da Cerâmica, e vai sair no local em que existiram a residência e o grande buraco para extração de argila. Virando à direita entra-se na via Anchieta, exatamente onde havia o arco. Em frente, no local da fábrica, fica o acesso para São Caetano e a Estrada das Lágrimas, que é afinal a velha estrada de Santos, dos tempos do Lorena. Fonte: upiranga ______________________________________________________________________ O distrito do Sacomã é formado pelos seguintes bairros: Bandeirantes Cidade Nova Heliópolis Jardim Ana Maria Jardim Celeste Jardim Independência Jardim Patente Jardim Patente Novo Jardim Seckler Jardim Tropical Jardim. Botucatu Jardim. Clímax Jardim. Dionísio Jardim. Imperador Jardim. Liar Jardim. Maristela Jardim. Sto. Antônio do Cursino Jardim.Santa Cruz Jardim.Santa Emilia Moinho Velho Parque Fongaro Parque Bristol Sacomã São João Clímaco Vila Anchieta Vila Arapuá Vila Caraguatá Vila Conde do Pinhal Vila Cristália Vila Cristina Vila das Mercês Vila Elísio Vila Escudeiro Vila Liviero Vila Marte Vila Natália Vila Nair Vila Quaquá Vila Romano Vila Sta. Tereza Vila Vera Vila Vergueiro Vila Vermelha Sacomã – História E é dentro deles que existem os outros menores, que tiveram origem em determinados loteamentos e que ficaram fixados na memória do povo. O Sacoman é um bairro bem identificado dentro do Ipiranga. Mantém sua identidade e ao mesmo tempo sua integração. A história do Sacoman tem aspectos curiosos. Liga-se ao antigo Caminho do Mar, as obras do Museu, ao bairro do Ipiranga e aos franceses da fábrica Saccoman, que iniciaram em São Paulo a produção de telhas tipo Marselha. Ao lado da represa do Moinho Velho foi construída a chácara. O conhecido “Castelinho” tinha os balcões ornamentados com peças de terracota. O telhado ostentava as telhas planas do tipo Marselha e outros ornatos que eram o orgulho do estabelecimento cerâmico Saccoman Fréres. A articulação entre o Museu e o Sacoman era o antigo caminho para Santos. Havia os pontos de parada preferidos , juntos aos cursos d’água: o lavapés na entrada da Cidade, o Ipiranga junto a colina, o Moinho Velho onde começava a estrada para São Caetano. Pouco mais adiante em um alto , ficava a Árvore das Lágrimas, onde os que iam acompanhar parentes que viajavam para Santos e para longe deviam se despedir, a tempo de voltar para São Paulo. Foi no ponto em que a estrada cruzava o córrego e afluente do Moinho Velho que se estabeleceram os irmãos Saccoman. Foi feita uma barragem na parte superior , do lado oeste, formando-se um reservatório, com um quilometro de extensão.No local existe hoje um conjunto viário. Os irmãos Antoine, Henry e Ernest Saccoman pertenciam a uma família de Marselha, de tradicionais fabricantes de cerâmica. Chegaram à São Paulo nos últimos anos do Império, quando o crescimento da população já estimulava o desenvolvimento da construção civil e se multiplicavam as olarias mecânicas e manuais e apareciam as primeiras cerâmicas em escala industrial. Naquele momento iniciava-se a construção do Museu do Ipiranga com tijolos da vizinha São Caetano. A produção nesse setor era pequena. Os Saccoman trouxeram melhorias de qualidade. Nas últimas décadas do século XIX, com o uso de máquinas à vapor em serrarias e olarias, foi possível uma melhoria técnica nos padrões gerais das construções. Mas nos telhados continuavam a ser usadas as tradicionais telhas “coloniais”sempre irregulares e de difícil fixação. Em suas formas mais simples, eram moldadas sobre as pernas dos escravos. Nas obras mais importantes, para garantir maior nível de qualidade, eram utilizadas telhas importadas e as preferidas eram sem dúvida, as de Marselha. Alguns edifícios antigos como o armazém da Cia. Paulista de Estrada de Ferro em Campinas, ainda conservam uma cobertura de telhas importadas. Tijolos de boa qualidade foram fabricados logo que chegaram as ferrovias, mas as telhas por mais estranho que possa parecer, até os primeiros anos da República, continuaram a vir da Europa, como s fosse de elevada sofisticação tecnológica. Em 1.903, os bondes elétricos chegaram ao Ipiranga. Em 1.909 foi criada a Linha “Fábrica”, chegando à fábrica de Nami Jafet. Pouco depois pela Rua Silva Bueno a Linha “Fábrica”chegava ao Sacoman. A Rua Silva Bueno terminava na antiga estrada de Santos. Nos anos 20 naquele ponto terminava também a parte urbanizada da Cidade, ainda pouco construída, e começava a zona rural. Ali tinha início também o Caminho do Mar, reconstruído em 1.920 por Rudge Ramos. Foi a primeira experiência de obras rodoviária de maior porte construída e explorada em São Paulo pela iniciativa privada. A empresa criada por Rudge Ramos construiu pequenos pontos de pedágio com barreiras. Nesses locais , para chamar atenção mandava construir arcos. O primeiro marcando o início do Caminho do Mar, ficava no Sacoman, alguns metros acima da R. Silva Bueno, em frente ao portão da Cerâmica. Diferentemente de outros postos, neste caso o arco e o edifício eram como uma obra só. Eram uma referencia básica para a cidade e para o bairro. O pedágio do Caminho do Mar foi abolido em 1.923, mas o arco permaneceu, intrigando com sua presença a todos que ali passavam. Por isso mesmo, constituía uma marco no início da estrada, como a fábrica, ao lado. Em 1.921, exatamente quando se iniciavam as grandes transformações no bairro, ocorreu a morte de Antoine. Os irmãos Saccoman decidiram voltar para a Europa e venderam a indústria, que passou a se denominar Cerâmica Ipiranga. Mudou o nome da empresa mas ficou o do bairro. Ficaram ainda, por muitos anos, a velha residência, a lagoa e o grande buraco, para retirada de argila. Veio depois a Via Anchieta iniciada em 1.939. A primeira pista foi inaugurada em 1.947 e tinha início exatamente no local em que existiu o primeiro arco. A pista foi alargada, mas ficaram na paisagem dois sinais: uma guarita e uma voluta , que guarnecia a escada do antigo posto e era reconhecida pelos viajantes mais atentos, que sabiam que ali terminava o Ipiranga e a Cidade. Depois que a fábrica foi desativada, no lugar do antigo poço para retirada da argila, formou-se uma lagoa, na qual iam nadar os garotos do bairro e com freqüência algum morria. Foi um dos lugares mais perigosos da Cidade, por muito tempo. Hoje, quem vai para Santos pela Via Anchieta, saindo pela av. Nazaré, é obrigado a dar uma volta, passando pela baixada em que existiu a grande lagoa, atrás da Cerâmica, e vai sair no local em que existiram a residência e o grande buraco para extração de argila. Virando à direita entra-se na via Anchieta, exatamente onde havia o arco. Em frente, no local da fábrica, fica o acesso para São Caetano e a Estrada das Lágrimas, que é afinal a velha estrada de Santos, dos tempos do Lorena. Fonte: upiranga ______________________________________________________________________ O distrito do Sacomã é formado pelos seguintes bairros: Bandeirantes Cidade Nova Heliópolis Jardim Ana Maria Jardim Celeste Jardim Independência Jardim Patente Jardim Patente Novo Jardim Seckler Jardim Tropical Jardim. Botucatu Jardim. Clímax Jardim. Dionísio Jardim. Imperador Jardim. Liar Jardim. Maristela Jardim. Sto. Antônio do Cursino Jardim.Santa Cruz Jardim.Santa Emilia Moinho Velho Parque Fongaro Parque Bristol Sacomã São João Clímaco Vila Anchieta Vila Arapuá Vila Caraguatá Vila Conde do Pinhal Vila Cristália Vila Cristina Vila das Mercês Vila Elísio Vila Escudeiro Vila Liviero Vila Marte Vila Natália Vila Nair Vila Quaquá Vila Romano Vila Sta. Tereza Vila Vera Vila Vergueiro Vila Vermelha Sacomã – História E é dentro deles que existem os outros menores, que tiveram origem em determinados loteamentos e que ficaram fixados na memória do povo. O Sacoman é um bairro bem identificado dentro do Ipiranga. Mantém sua identidade e ao mesmo tempo sua integração. A história do Sacoman tem aspectos curiosos. Liga-se ao antigo Caminho do Mar, as obras do Museu, ao bairro do Ipiranga e aos franceses da fábrica Saccoman, que iniciaram em São Paulo a produção de telhas tipo Marselha. Ao lado da represa do Moinho Velho foi construída a chácara. O conhecido “Castelinho” tinha os balcões ornamentados com peças de terracota. O telhado ostentava as telhas planas do tipo Marselha e outros ornatos que eram o orgulho do estabelecimento cerâmico Saccoman Fréres. A articulação entre o Museu e o Sacoman era o antigo caminho para Santos. Havia os pontos de parada preferidos , juntos aos cursos d’água: o lavapés na entrada da Cidade, o Ipiranga junto a colina, o Moinho Velho onde começava a estrada para São Caetano. Pouco mais adiante em um alto , ficava a Árvore das Lágrimas, onde os que iam acompanhar parentes que viajavam para Santos e para longe deviam se despedir, a tempo de voltar para São Paulo. Foi no ponto em que a estrada cruzava o córrego e afluente do Moinho Velho que se estabeleceram os irmãos Saccoman. Foi feita uma barragem na parte superior , do lado oeste, formando-se um reservatório, com um quilometro de extensão.No local existe hoje um conjunto viário. Os irmãos Antoine, Henry e Ernest Saccoman pertenciam a uma família de Marselha, de tradicionais fabricantes de cerâmica. Chegaram à São Paulo nos últimos anos do Império, quando o crescimento da população já estimulava o desenvolvimento da construção civil e se multiplicavam as olarias mecânicas e manuais e apareciam as primeiras cerâmicas em escala industrial. Naquele momento iniciava-se a construção do Museu do Ipiranga com tijolos da vizinha São Caetano. A produção nesse setor era pequena. Os Saccoman trouxeram melhorias de qualidade. Nas últimas décadas do século XIX, com o uso de máquinas à vapor em serrarias e olarias, foi possível uma melhoria técnica nos padrões gerais das construções. Mas nos telhados continuavam a ser usadas as tradicionais telhas “coloniais”sempre irregulares e de difícil fixação. Em suas formas mais simples, eram moldadas sobre as pernas dos escravos. Nas obras mais importantes, para garantir maior nível de qualidade, eram utilizadas telhas importadas e as preferidas eram sem dúvida, as de Marselha. Alguns edifícios antigos como o armazém da Cia. Paulista de Estrada de Ferro em Campinas, ainda conservam uma cobertura de telhas importadas. Tijolos de boa qualidade foram fabricados logo que chegaram as ferrovias, mas as telhas por mais estranho que possa parecer, até os primeiros anos da República, continuaram a vir da Europa, como s fosse de elevada sofisticação tecnológica. Em 1.903, os bondes elétricos chegaram ao Ipiranga. Em 1.909 foi criada a Linha “Fábrica”, chegando à fábrica de Nami Jafet. Pouco depois pela Rua Silva Bueno a Linha “Fábrica”chegava ao Sacoman. A Rua Silva Bueno terminava na antiga estrada de Santos. Nos anos 20 naquele ponto terminava também a parte urbanizada da Cidade, ainda pouco construída, e começava a zona rural. Ali tinha início também o Caminho do Mar, reconstruído em 1.920 por Rudge Ramos. Foi a primeira experiência de obras rodoviária de maior porte construída e explorada em São Paulo pela iniciativa privada. A empresa criada por Rudge Ramos construiu pequenos pontos de pedágio com barreiras. Nesses locais , para chamar atenção mandava construir arcos. O primeiro marcando o início do Caminho do Mar, ficava no Sacoman, alguns metros acima da R. Silva Bueno, em frente ao portão da Cerâmica. Diferentemente de outros postos, neste caso o arco e o edifício eram como uma obra só. Eram uma referencia básica para a cidade e para o bairro. O pedágio do Caminho do Mar foi abolido em 1.923, mas o arco permaneceu, intrigando com sua presença a todos que ali passavam. Por isso mesmo, constituía uma marco no início da estrada, como a fábrica, ao lado. Em 1.921, exatamente quando se iniciavam as grandes transformações no bairro, ocorreu a morte de Antoine. Os irmãos Saccoman decidiram voltar para a Europa e venderam a indústria, que passou a se denominar Cerâmica Ipiranga. Mudou o nome da empresa mas ficou o do bairro. Ficaram ainda, por muitos anos, a velha residência, a lagoa e o grande buraco, para retirada de argila. Veio depois a Via Anchieta iniciada em 1.939. A primeira pista foi inaugurada em 1.947 e tinha início exatamente no local em que existiu o primeiro arco. A pista foi alargada, mas ficaram na paisagem dois sinais: uma guarita e uma voluta , que guarnecia a escada do antigo posto e era reconhecida pelos viajantes mais atentos, que sabiam que ali terminava o Ipiranga e a Cidade. Depois que a fábrica foi desativada, no lugar do antigo poço para retirada da argila, formou-se uma lagoa, na qual iam nadar os garotos do bairro e com freqüência algum morria. Foi um dos lugares mais perigosos da Cidade, por muito tempo. Hoje, quem vai para Santos pela Via Anchieta, saindo pela av. Nazaré, é obrigado a dar uma volta, passando pela baixada em que existiu a grande lagoa, atrás da Cerâmica, e vai sair no local em que existiram a residência e o grande buraco para extração de argila. Virando à direita entra-se na via Anchieta, exatamente onde havia o arco. 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Tereza Vila Vera Vila Vergueiro Vila Vermelha Sacomã – História E é dentro deles que existem os outros menores, que tiveram origem em determinados loteamentos e que ficaram fixados na memória do povo. O Sacoman é um bairro bem identificado dentro do Ipiranga. Mantém sua identidade e ao mesmo tempo sua integração. A história do Sacoman tem aspectos curiosos. Liga-se ao antigo Caminho do Mar, as obras do Museu, ao bairro do Ipiranga e aos franceses da fábrica Saccoman, que iniciaram em São Paulo a produção de telhas tipo Marselha. Ao lado da represa do Moinho Velho foi construída a chácara. O conhecido “Castelinho” tinha os balcões ornamentados com peças de terracota. O telhado ostentava as telhas planas do tipo Marselha e outros ornatos que eram o orgulho do estabelecimento cerâmico Saccoman Fréres. A articulação entre o Museu e o Sacoman era o antigo caminho para Santos. Havia os pontos de parada preferidos , juntos aos cursos d’água: o lavapés na entrada da Cidade, o Ipiranga junto a colina, o Moinho Velho onde começava a estrada para São Caetano. Pouco mais adiante em um alto , ficava a Árvore das Lágrimas, onde os que iam acompanhar parentes que viajavam para Santos e para longe deviam se despedir, a tempo de voltar para São Paulo. Foi no ponto em que a estrada cruzava o córrego e afluente do Moinho Velho que se estabeleceram os irmãos Saccoman. Foi feita uma barragem na parte superior , do lado oeste, formando-se um reservatório, com um quilometro de extensão.No local existe hoje um conjunto viário. Os irmãos Antoine, Henry e Ernest Saccoman pertenciam a uma família de Marselha, de tradicionais fabricantes de cerâmica. Chegaram à São Paulo nos últimos anos do Império, quando o crescimento da população já estimulava o desenvolvimento da construção civil e se multiplicavam as olarias mecânicas e manuais e apareciam as primeiras cerâmicas em escala industrial. Naquele momento iniciava-se a construção do Museu do Ipiranga com tijolos da vizinha São Caetano. A produção nesse setor era pequena. Os Saccoman trouxeram melhorias de qualidade. Nas últimas décadas do século XIX, com o uso de máquinas à vapor em serrarias e olarias, foi possível uma melhoria técnica nos padrões gerais das construções. Mas nos telhados continuavam a ser usadas as tradicionais telhas “coloniais”sempre irregulares e de difícil fixação. Em suas formas mais simples, eram moldadas sobre as pernas dos escravos. Nas obras mais importantes, para garantir maior nível de qualidade, eram utilizadas telhas importadas e as preferidas eram sem dúvida, as de Marselha. Alguns edifícios antigos como o armazém da Cia. Paulista de Estrada de Ferro em Campinas, ainda conservam uma cobertura de telhas importadas. Tijolos de boa qualidade foram fabricados logo que chegaram as ferrovias, mas as telhas por mais estranho que possa parecer, até os primeiros anos da República, continuaram a vir da Europa, como s fosse de elevada sofisticação tecnológica. Em 1.903, os bondes elétricos chegaram ao Ipiranga. Em 1.909 foi criada a Linha “Fábrica”, chegando à fábrica de Nami Jafet. Pouco depois pela Rua Silva Bueno a Linha “Fábrica”chegava ao Sacoman. A Rua Silva Bueno terminava na antiga estrada de Santos. Nos anos 20 naquele ponto terminava também a parte urbanizada da Cidade, ainda pouco construída, e começava a zona rural. Ali tinha início também o Caminho do Mar, reconstruído em 1.920 por Rudge Ramos. Foi a primeira experiência de obras rodoviária de maior porte construída e explorada em São Paulo pela iniciativa privada. A empresa criada por Rudge Ramos construiu pequenos pontos de pedágio com barreiras. Nesses locais , para chamar atenção mandava construir arcos. O primeiro marcando o início do Caminho do Mar, ficava no Sacoman, alguns metros acima da R. Silva Bueno, em frente ao portão da Cerâmica. Diferentemente de outros postos, neste caso o arco e o edifício eram como uma obra só. Eram uma referencia básica para a cidade e para o bairro. O pedágio do Caminho do Mar foi abolido em 1.923, mas o arco permaneceu, intrigando com sua presença a todos que ali passavam. Por isso mesmo, constituía uma marco no início da estrada, como a fábrica, ao lado. Em 1.921, exatamente quando se iniciavam as grandes transformações no bairro, ocorreu a morte de Antoine. Os irmãos Saccoman decidiram voltar para a Europa e venderam a indústria, que passou a se denominar Cerâmica Ipiranga. Mudou o nome da empresa mas ficou o do bairro. Ficaram ainda, por muitos anos, a velha residência, a lagoa e o grande buraco, para retirada de argila. Veio depois a Via Anchieta iniciada em 1.939. A primeira pista foi inaugurada em 1.947 e tinha início exatamente no local em que existiu o primeiro arco. A pista foi alargada, mas ficaram na paisagem dois sinais: uma guarita e uma voluta , que guarnecia a escada do antigo posto e era reconhecida pelos viajantes mais atentos, que sabiam que ali terminava o Ipiranga e a Cidade. Depois que a fábrica foi desativada, no lugar do antigo poço para retirada da argila, formou-se uma lagoa, na qual iam nadar os garotos do bairro e com freqüência algum morria. Foi um dos lugares mais perigosos da Cidade, por muito tempo. Hoje, quem vai para Santos pela Via Anchieta, saindo pela av. Nazaré, é obrigado a dar uma volta, passando pela baixada em que existiu a grande lagoa, atrás da Cerâmica, e vai sair no local em que existiram a residência e o grande buraco para extração de argila. Virando à direita entra-se na via Anchieta, exatamente onde havia o arco. Em frente, no local da fábrica, fica o acesso para São Caetano e a Estrada das Lágrimas, que é afinal a velha estrada de Santos, dos tempos do Lorena. Fonte: upiranga ______________________________________________________________________ O distrito do Sacomã é formado pelos seguintes bairros: Bandeirantes Cidade Nova Heliópolis Jardim Ana Maria Jardim Celeste Jardim Independência Jardim Patente Jardim Patente Novo Jardim Seckler Jardim Tropical Jardim. Botucatu Jardim. Clímax Jardim. Dionísio Jardim. Imperador Jardim. Liar Jardim. Maristela Jardim. Sto. Antônio do Cursino Jardim.Santa Cruz Jardim.Santa Emilia Moinho Velho Parque Fongaro Parque Bristol Sacomã São João Clímaco Vila Anchieta Vila Arapuá Vila Caraguatá Vila Conde do Pinhal Vila Cristália Vila Cristina Vila das Mercês Vila Elísio Vila Escudeiro Vila Liviero Vila Marte Vila Natália Vila Nair Vila Quaquá Vila Romano Vila Sta. Tereza Vila Vera Vila Vergueiro Vila Vermelha Sacomã – História E é dentro deles que existem os outros menores, que tiveram origem em determinados loteamentos e que ficaram fixados na memória do povo. O Sacoman é um bairro bem identificado dentro do Ipiranga. Mantém sua identidade e ao mesmo tempo sua integração. A história do Sacoman tem aspectos curiosos. Liga-se ao antigo Caminho do Mar, as obras do Museu, ao bairro do Ipiranga e aos franceses da fábrica Saccoman, que iniciaram em São Paulo a produção de telhas tipo Marselha. Ao lado da represa do Moinho Velho foi construída a chácara. O conhecido “Castelinho” tinha os balcões ornamentados com peças de terracota. O telhado ostentava as telhas planas do tipo Marselha e outros ornatos que eram o orgulho do estabelecimento cerâmico Saccoman Fréres. A articulação entre o Museu e o Sacoman era o antigo caminho para Santos. Havia os pontos de parada preferidos , juntos aos cursos d’água: o lavapés na entrada da Cidade, o Ipiranga junto a colina, o Moinho Velho onde começava a estrada para São Caetano. Pouco mais adiante em um alto , ficava a Árvore das Lágrimas, onde os que iam acompanhar parentes que viajavam para Santos e para longe deviam se despedir, a tempo de voltar para São Paulo. Foi no ponto em que a estrada cruzava o córrego e afluente do Moinho Velho que se estabeleceram os irmãos Saccoman. Foi feita uma barragem na parte superior , do lado oeste, formando-se um reservatório, com um quilometro de extensão.No local existe hoje um conjunto viário. Os irmãos Antoine, Henry e Ernest Saccoman pertenciam a uma família de Marselha, de tradicionais fabricantes de cerâmica. Chegaram à São Paulo nos últimos anos do Império, quando o crescimento da população já estimulava o desenvolvimento da construção civil e se multiplicavam as olarias mecânicas e manuais e apareciam as primeiras cerâmicas em escala industrial. Naquele momento iniciava-se a construção do Museu do Ipiranga com tijolos da vizinha São Caetano. A produção nesse setor era pequena. Os Saccoman trouxeram melhorias de qualidade. Nas últimas décadas do século XIX, com o uso de máquinas à vapor em serrarias e olarias, foi possível uma melhoria técnica nos padrões gerais das construções. Mas nos telhados continuavam a ser usadas as tradicionais telhas “coloniais”sempre irregulares e de difícil fixação. Em suas formas mais simples, eram moldadas sobre as pernas dos escravos. Nas obras mais importantes, para garantir maior nível de qualidade, eram utilizadas telhas importadas e as preferidas eram sem dúvida, as de Marselha. Alguns edifícios antigos como o armazém da Cia. Paulista de Estrada de Ferro em Campinas, ainda conservam uma cobertura de telhas importadas. Tijolos de boa qualidade foram fabricados logo que chegaram as ferrovias, mas as telhas por mais estranho que possa parecer, até os primeiros anos da República, continuaram a vir da Europa, como s fosse de elevada sofisticação tecnológica. Em 1.903, os bondes elétricos chegaram ao Ipiranga. Em 1.909 foi criada a Linha “Fábrica”, chegando à fábrica de Nami Jafet. Pouco depois pela Rua Silva Bueno a Linha “Fábrica”chegava ao Sacoman. A Rua Silva Bueno terminava na antiga estrada de Santos. Nos anos 20 naquele ponto terminava também a parte urbanizada da Cidade, ainda pouco construída, e começava a zona rural. Ali tinha início também o Caminho do Mar, reconstruído em 1.920 por Rudge Ramos. Foi a primeira experiência de obras rodoviária de maior porte construída e explorada em São Paulo pela iniciativa privada. A empresa criada por Rudge Ramos construiu pequenos pontos de pedágio com barreiras. Nesses locais , para chamar atenção mandava construir arcos. O primeiro marcando o início do Caminho do Mar, ficava no Sacoman, alguns metros acima da R. Silva Bueno, em frente ao portão da Cerâmica. Diferentemente de outros postos, neste caso o arco e o edifício eram como uma obra só. Eram uma referencia básica para a cidade e para o bairro. O pedágio do Caminho do Mar foi abolido em 1.923, mas o arco permaneceu, intrigando com sua presença a todos que ali passavam. Por isso mesmo, constituía uma marco no início da estrada, como a fábrica, ao lado. Em 1.921, exatamente quando se iniciavam as grandes transformações no bairro, ocorreu a morte de Antoine. Os irmãos Saccoman decidiram voltar para a Europa e venderam a indústria, que passou a se denominar Cerâmica Ipiranga. Mudou o nome da empresa mas ficou o do bairro. Ficaram ainda, por muitos anos, a velha residência, a lagoa e o grande buraco, para retirada de argila. Veio depois a Via Anchieta iniciada em 1.939. A primeira pista foi inaugurada em 1.947 e tinha início exatamente no local em que existiu o primeiro arco. A pista foi alargada, mas ficaram na paisagem dois sinais: uma guarita e uma voluta , que guarnecia a escada do antigo posto e era reconhecida pelos viajantes mais atentos, que sabiam que ali terminava o Ipiranga e a Cidade. Depois que a fábrica foi desativada, no lugar do antigo poço para retirada da argila, formou-se uma lagoa, na qual iam nadar os garotos do bairro e com freqüência algum morria. Foi um dos lugares mais perigosos da Cidade, por muito tempo. Hoje, quem vai para Santos pela Via Anchieta, saindo pela av. Nazaré, é obrigado a dar uma volta, passando pela baixada em que existiu a grande lagoa, atrás da Cerâmica, e vai sair no local em que existiram a residência e o grande buraco para extração de argila. Virando à direita entra-se na via Anchieta, exatamente onde havia o arco. Em frente, no local da fábrica, fica o acesso para São Caetano e a Estrada das Lágrimas, que é afinal a velha estrada de Santos, dos tempos do Lorena. Fonte: upiranga ______________________________________________________________________ O distrito do Sacomã é formado pelos seguintes bairros: Bandeirantes Cidade Nova Heliópolis Jardim Ana Maria Jardim Celeste Jardim Independência Jardim Patente Jardim Patente Novo Jardim Seckler Jardim Tropical Jardim. Botucatu Jardim. Clímax Jardim. Dionísio Jardim. Imperador Jardim. Liar Jardim. Maristela Jardim. Sto. Antônio do Cursino Jardim.Santa Cruz Jardim.Santa Emilia Moinho Velho Parque Fongaro Parque Bristol Sacomã São João Clímaco Vila Anchieta Vila Arapuá Vila Caraguatá Vila Conde do Pinhal Vila Cristália Vila Cristina Vila das Mercês Vila Elísio Vila Escudeiro Vila Liviero Vila Marte Vila Natália Vila Nair Vila Quaquá Vila Romano Vila Sta. Tereza Vila Vera Vila Vergueiro Vila Vermelha Sacomã – História E é dentro deles que existem os outros menores, que tiveram origem em determinados loteamentos e que ficaram fixados na memória do povo. O Sacoman é um bairro bem identificado dentro do Ipiranga. Mantém sua identidade e ao mesmo tempo sua integração. A história do Sacoman tem aspectos curiosos. Liga-se ao antigo Caminho do Mar, as obras do Museu, ao bairro do Ipiranga e aos franceses da fábrica Saccoman, que iniciaram em São Paulo a produção de telhas tipo Marselha. Ao lado da represa do Moinho Velho foi construída a chácara. O conhecido “Castelinho” tinha os balcões ornamentados com peças de terracota. O telhado ostentava as telhas planas do tipo Marselha e outros ornatos que eram o orgulho do estabelecimento cerâmico Saccoman Fréres. A articulação entre o Museu e o Sacoman era o antigo caminho para Santos. Havia os pontos de parada preferidos , juntos aos cursos d’água: o lavapés na entrada da Cidade, o Ipiranga junto a colina, o Moinho Velho onde começava a estrada para São Caetano. Pouco mais adiante em um alto , ficava a Árvore das Lágrimas, onde os que iam acompanhar parentes que viajavam para Santos e para longe deviam se despedir, a tempo de voltar para São Paulo. Foi no ponto em que a estrada cruzava o córrego e afluente do Moinho Velho que se estabeleceram os irmãos Saccoman. Foi feita uma barragem na parte superior , do lado oeste, formando-se um reservatório, com um quilometro de extensão.No local existe hoje um conjunto viário. Os irmãos Antoine, Henry e Ernest Saccoman pertenciam a uma família de Marselha, de tradicionais fabricantes de cerâmica. Chegaram à São Paulo nos últimos anos do Império, quando o crescimento da população já estimulava o desenvolvimento da construção civil e se multiplicavam as olarias mecânicas e manuais e apareciam as primeiras cerâmicas em escala industrial. Naquele momento iniciava-se a construção do Museu do Ipiranga com tijolos da vizinha São Caetano. A produção nesse setor era pequena. Os Saccoman trouxeram melhorias de qualidade. Nas últimas décadas do século XIX, com o uso de máquinas à vapor em serrarias e olarias, foi possível uma melhoria técnica nos padrões gerais das construções. Mas nos telhados continuavam a ser usadas as tradicionais telhas “coloniais”sempre irregulares e de difícil fixação. Em suas formas mais simples, eram moldadas sobre as pernas dos escravos. Nas obras mais importantes, para garantir maior nível de qualidade, eram utilizadas telhas importadas e as preferidas eram sem dúvida, as de Marselha. Alguns edifícios antigos como o armazém da Cia. Paulista de Estrada de Ferro em Campinas, ainda conservam uma cobertura de telhas importadas. Tijolos de boa qualidade foram fabricados logo que chegaram as ferrovias, mas as telhas por mais estranho que possa parecer, até os primeiros anos da República, continuaram a vir da Europa, como s fosse de elevada sofisticação tecnológica. Em 1.903, os bondes elétricos chegaram ao Ipiranga. Em 1.909 foi criada a Linha “Fábrica”, chegando à fábrica de Nami Jafet. Pouco depois pela Rua Silva Bueno a Linha “Fábrica”chegava ao Sacoman. A Rua Silva Bueno terminava na antiga estrada de Santos. Nos anos 20 naquele ponto terminava também a parte urbanizada da Cidade, ainda pouco construída, e começava a zona rural. Ali tinha início também o Caminho do Mar, reconstruído em 1.920 por Rudge Ramos. Foi a primeira experiência de obras rodoviária de maior porte construída e explorada em São Paulo pela iniciativa privada. A empresa criada por Rudge Ramos construiu pequenos pontos de pedágio com barreiras. Nesses locais , para chamar atenção mandava construir arcos. O primeiro marcando o início do Caminho do Mar, ficava no Sacoman, alguns metros acima da R. Silva Bueno, em frente ao portão da Cerâmica. Diferentemente de outros postos, neste caso o arco e o edifício eram como uma obra só. Eram uma referencia básica para a cidade e para o bairro. O pedágio do Caminho do Mar foi abolido em 1.923, mas o arco permaneceu, intrigando com sua presença a todos que ali passavam. Por isso mesmo, constituía uma marco no início da estrada, como a fábrica, ao lado. Em 1.921, exatamente quando se iniciavam as grandes transformações no bairro, ocorreu a morte de Antoine. Os irmãos Saccoman decidiram voltar para a Europa e venderam a indústria, que passou a se denominar Cerâmica Ipiranga. Mudou o nome da empresa mas ficou o do bairro. Ficaram ainda, por muitos anos, a velha residência, a lagoa e o grande buraco, para retirada de argila. Veio depois a Via Anchieta iniciada em 1.939. A primeira pista foi inaugurada em 1.947 e tinha início exatamente no local em que existiu o primeiro arco. A pista foi alargada, mas ficaram na paisagem dois sinais: uma guarita e uma voluta , que guarnecia a escada do antigo posto e era reconhecida pelos viajantes mais atentos, que sabiam que ali terminava o Ipiranga e a Cidade. Depois que a fábrica foi desativada, no lugar do antigo poço para retirada da argila, formou-se uma lagoa, na qual iam nadar os garotos do bairro e com freqüência algum morria. Foi um dos lugares mais perigosos da Cidade, por muito tempo. Hoje, quem vai para Santos pela Via Anchieta, saindo pela av. Nazaré, é obrigado a dar uma volta, passando pela baixada em que existiu a grande lagoa, atrás da Cerâmica, e vai sair no local em que existiram a residência e o grande buraco para extração de argila. Virando à direita entra-se na via Anchieta, exatamente onde havia o arco. Em frente, no local da fábrica, fica o acesso para São Caetano e a Estrada das Lágrimas, que é afinal a velha estrada de Santos, dos tempos do Lorena. Fonte: upiranga ______________________________________________________________________ O distrito do Sacomã é formado pelos seguintes bairros: Bandeirantes Cidade Nova Heliópolis Jardim Ana Maria Jardim Celeste Jardim Independência Jardim Patente Jardim Patente Novo Jardim Seckler Jardim Tropical Jardim. Botucatu Jardim. Clímax Jardim. Dionísio Jardim. Imperador Jardim. Liar Jardim. Maristela Jardim. Sto. Antônio do Cursino Jardim.Santa Cruz Jardim.Santa Emilia Moinho Velho Parque Fongaro Parque Bristol Sacomã São João Clímaco Vila Anchieta Vila Arapuá Vila Caraguatá Vila Conde do Pinhal Vila Cristália Vila Cristina Vila das Mercês Vila Elísio Vila Escudeiro Vila Liviero Vila Marte Vila Natália Vila Nair Vila Quaquá Vila Romano Vila Sta. Tereza Vila Vera Vila Vergueiro Vila Vermelha Sacomã – História E é dentro deles que existem os outros menores, que tiveram origem em determinados loteamentos e que ficaram fixados na memória do povo. O Sacoman é um bairro bem identificado dentro do Ipiranga. Mantém sua identidade e ao mesmo tempo sua integração. A história do Sacoman tem aspectos curiosos. Liga-se ao antigo Caminho do Mar, as obras do Museu, ao bairro do Ipiranga e aos franceses da fábrica Saccoman, que iniciaram em São Paulo a produção de telhas tipo Marselha. Ao lado da represa do Moinho Velho foi construída a chácara. O conhecido “Castelinho” tinha os balcões ornamentados com peças de terracota. O telhado ostentava as telhas planas do tipo Marselha e outros ornatos que eram o orgulho do estabelecimento cerâmico Saccoman Fréres. A articulação entre o Museu e o Sacoman era o antigo caminho para Santos. Havia os pontos de parada preferidos , juntos aos cursos d’água: o lavapés na entrada da Cidade, o Ipiranga junto a colina, o Moinho Velho onde começava a estrada para São Caetano. Pouco mais adiante em um alto , ficava a Árvore das Lágrimas, onde os que iam acompanhar parentes que viajavam para Santos e para longe deviam se despedir, a tempo de voltar para São Paulo. Foi no ponto em que a estrada cruzava o córrego e afluente do Moinho Velho que se estabeleceram os irmãos Saccoman. Foi feita uma barragem na parte superior , do lado oeste, formando-se um reservatório, com um quilometro de extensão.No local existe hoje um conjunto viário. Os irmãos Antoine, Henry e Ernest Saccoman pertenciam a uma família de Marselha, de tradicionais fabricantes de cerâmica. Chegaram à São Paulo nos últimos anos do Império, quando o crescimento da população já estimulava o desenvolvimento da construção civil e se multiplicavam as olarias mecânicas e manuais e apareciam as primeiras cerâmicas em escala industrial. Naquele momento iniciava-se a construção do Museu do Ipiranga com tijolos da vizinha São Caetano. A produção nesse setor era pequena. Os Saccoman trouxeram melhorias de qualidade. Nas últimas décadas do século XIX, com o uso de máquinas à vapor em serrarias e olarias, foi possível uma melhoria técnica nos padrões gerais das construções. Mas nos telhados continuavam a ser usadas as tradicionais telhas “coloniais”sempre irregulares e de difícil fixação. Em suas formas mais simples, eram moldadas sobre as pernas dos escravos. Nas obras mais importantes, para garantir maior nível de qualidade, eram utilizadas telhas importadas e as preferidas eram sem dúvida, as de Marselha. Alguns edifícios antigos como o armazém da Cia. Paulista de Estrada de Ferro em Campinas, ainda conservam uma cobertura de telhas importadas. Tijolos de boa qualidade foram fabricados logo que chegaram as ferrovias, mas as telhas por mais estranho que possa parecer, até os primeiros anos da República, continuaram a vir da Europa, como s fosse de elevada sofisticação tecnológica. Em 1.903, os bondes elétricos chegaram ao Ipiranga. Em 1.909 foi criada a Linha “Fábrica”, chegando à fábrica de Nami Jafet. Pouco depois pela Rua Silva Bueno a Linha “Fábrica”chegava ao Sacoman. A Rua Silva Bueno terminava na antiga estrada de Santos. Nos anos 20 naquele ponto terminava também a parte urbanizada da Cidade, ainda pouco construída, e começava a zona rural. Ali tinha início também o Caminho do Mar, reconstruído em 1.920 por Rudge Ramos. Foi a primeira experiência de obras rodoviária de maior porte construída e explorada em São Paulo pela iniciativa privada. A empresa criada por Rudge Ramos construiu pequenos pontos de pedágio com barreiras. Nesses locais , para chamar atenção mandava construir arcos. O primeiro marcando o início do Caminho do Mar, ficava no Sacoman, alguns metros acima da R. Silva Bueno, em frente ao portão da Cerâmica. Diferentemente de outros postos, neste caso o arco e o edifício eram como uma obra só. Eram uma referencia básica para a cidade e para o bairro. O pedágio do Caminho do Mar foi abolido em 1.923, mas o arco permaneceu, intrigando com sua presença a todos que ali passavam. Por isso mesmo, constituía uma marco no início da estrada, como a fábrica, ao lado. Em 1.921, exatamente quando se iniciavam as grandes transformações no bairro, ocorreu a morte de Antoine. Os irmãos Saccoman decidiram voltar para a Europa e venderam a indústria, que passou a se denominar Cerâmica Ipiranga. Mudou o nome da empresa mas ficou o do bairro. Ficaram ainda, por muitos anos, a velha residência, a lagoa e o grande buraco, para retirada de argila. Veio depois a Via Anchieta iniciada em 1.939. A primeira pista foi inaugurada em 1.947 e tinha início exatamente no local em que existiu o primeiro arco. A pista foi alargada, mas ficaram na paisagem dois sinais: uma guarita e uma voluta , que guarnecia a escada do antigo posto e era reconhecida pelos viajantes mais atentos, que sabiam que ali terminava o Ipiranga e a Cidade. Depois que a fábrica foi desativada, no lugar do antigo poço para retirada da argila, formou-se uma lagoa, na qual iam nadar os garotos do bairro e com freqüência algum morria. Foi um dos lugares mais perigosos da Cidade, por muito tempo. Hoje, quem vai para Santos pela Via Anchieta, saindo pela av. Nazaré, é obrigado a dar uma volta, passando pela baixada em que existiu a grande lagoa, atrás da Cerâmica, e vai sair no local em que existiram a residência e o grande buraco para extração de argila. Virando à direita entra-se na via Anchieta, exatamente onde havia o arco. Em frente, no local da fábrica, fica o acesso para São Caetano e a Estrada das Lágrimas, que é afinal a velha estrada de Santos, dos tempos do Lorena. Fonte: upiranga ______________________________________________________________________ O distrito do Sacomã é formado pelos seguintes bairros: Bandeirantes Cidade Nova Heliópolis Jardim Ana Maria Jardim Celeste Jardim Independência Jardim Patente Jardim Patente Novo Jardim Seckler Jardim Tropical Jardim. Botucatu Jardim. Clímax Jardim. Dionísio Jardim. Imperador Jardim. Liar Jardim. Maristela Jardim. Sto. Antônio do Cursino Jardim.Santa Cruz Jardim.Santa Emilia Moinho Velho Parque Fongaro Parque Bristol Sacomã São João Clímaco Vila Anchieta Vila Arapuá Vila Caraguatá Vila Conde do Pinhal Vila Cristália Vila Cristina Vila das Mercês Vila Elísio Vila Escudeiro Vila Liviero Vila Marte Vila Natália Vila Nair Vila Quaquá Vila Romano Vila Sta. Tereza Vila Vera Vila Vergueiro Vila Vermelha Sacomã – História E é dentro deles que existem os outros menores, que tiveram origem em determinados loteamentos e que ficaram fixados na memória do povo. O Sacoman é um bairro bem identificado dentro do Ipiranga. Mantém sua identidade e ao mesmo tempo sua integração. A história do Sacoman tem aspectos curiosos. Liga-se ao antigo Caminho do Mar, as obras do Museu, ao bairro do Ipiranga e aos franceses da fábrica Saccoman, que iniciaram em São Paulo a produção de telhas tipo Marselha. Ao lado da represa do Moinho Velho foi construída a chácara. O conhecido “Castelinho” tinha os balcões ornamentados com peças de terracota. O telhado ostentava as telhas planas do tipo Marselha e outros ornatos que eram o orgulho do estabelecimento cerâmico Saccoman Fréres. A articulação entre o Museu e o Sacoman era o antigo caminho para Santos. Havia os pontos de parada preferidos , juntos aos cursos d’água: o lavapés na entrada da Cidade, o Ipiranga junto a colina, o Moinho Velho onde começava a estrada para São Caetano. Pouco mais adiante em um alto , ficava a Árvore das Lágrimas, onde os que iam acompanhar parentes que viajavam para Santos e para longe deviam se despedir, a tempo de voltar para São Paulo. Foi no ponto em que a estrada cruzava o córrego e afluente do Moinho Velho que se estabeleceram os irmãos Saccoman. Foi feita uma barragem na parte superior , do lado oeste, formando-se um reservatório, com um quilometro de extensão.No local existe hoje um conjunto viário. Os irmãos Antoine, Henry e Ernest Saccoman pertenciam a uma família de Marselha, de tradicionais fabricantes de cerâmica. Chegaram à São Paulo nos últimos anos do Império, quando o crescimento da população já estimulava o desenvolvimento da construção civil e se multiplicavam as olarias mecânicas e manuais e apareciam as primeiras cerâmicas em escala industrial. Naquele momento iniciava-se a construção do Museu do Ipiranga com tijolos da vizinha São Caetano. A produção nesse setor era pequena. Os Saccoman trouxeram melhorias de qualidade. Nas últimas décadas do século XIX, com o uso de máquinas à vapor em serrarias e olarias, foi possível uma melhoria técnica nos padrões gerais das construções. Mas nos telhados continuavam a ser usadas as tradicionais telhas “coloniais”sempre irregulares e de difícil fixação. Em suas formas mais simples, eram moldadas sobre as pernas dos escravos. Nas obras mais importantes, para garantir maior nível de qualidade, eram utilizadas telhas importadas e as preferidas eram sem dúvida, as de Marselha. Alguns edifícios antigos como o armazém da Cia. Paulista de Estrada de Ferro em Campinas, ainda conservam uma cobertura de telhas importadas. Tijolos de boa qualidade foram fabricados logo que chegaram as ferrovias, mas as telhas por mais estranho que possa parecer, até os primeiros anos da República, continuaram a vir da Europa, como s fosse de elevada sofisticação tecnológica. Em 1.903, os bondes elétricos chegaram ao Ipiranga. Em 1.909 foi criada a Linha “Fábrica”, chegando à fábrica de Nami Jafet. Pouco depois pela Rua Silva Bueno a Linha “Fábrica”chegava ao Sacoman. A Rua Silva Bueno terminava na antiga estrada de Santos. Nos anos 20 naquele ponto terminava também a parte urbanizada da Cidade, ainda pouco construída, e começava a zona rural. Ali tinha início também o Caminho do Mar, reconstruído em 1.920 por Rudge Ramos. Foi a primeira experiência de obras rodoviária de maior porte construída e explorada em São Paulo pela iniciativa privada. A empresa criada por Rudge Ramos construiu pequenos pontos de pedágio com barreiras. Nesses locais , para chamar atenção mandava construir arcos. O primeiro marcando o início do Caminho do Mar, ficava no Sacoman, alguns metros acima da R. Silva Bueno, em frente ao portão da Cerâmica. Diferentemente de outros postos, neste caso o arco e o edifício eram como uma obra só. Eram uma referencia básica para a cidade e para o bairro. O pedágio do Caminho do Mar foi abolido em 1.923, mas o arco permaneceu, intrigando com sua presença a todos que ali passavam. Por isso mesmo, constituía uma marco no início da estrada, como a fábrica, ao lado. Em 1.921, exatamente quando se iniciavam as grandes transformações no bairro, ocorreu a morte de Antoine. Os irmãos Saccoman decidiram voltar para a Europa e venderam a indústria, que passou a se denominar Cerâmica Ipiranga. Mudou o nome da empresa mas ficou o do bairro. Ficaram ainda, por muitos anos, a velha residência, a lagoa e o grande buraco, para retirada de argila. Veio depois a Via Anchieta iniciada em 1.939. A primeira pista foi inaugurada em 1.947 e tinha início exatamente no local em que existiu o primeiro arco. A pista foi alargada, mas ficaram na paisagem dois sinais: uma guarita e uma voluta , que guarnecia a escada do antigo posto e era reconhecida pelos viajantes mais atentos, que sabiam que ali terminava o Ipiranga e a CidHoje, qSão Paulo - SPSobrado à venda, em Sacomã, Dois dormitorios, sala dois ambientes, cozinha, lavanderia, duas vagas de garagem, otima localização.São Paulo, SP Sacomã – História E é dentro deles que existem os outros menores, que tiveram origem em determinados loteamentos e que ficaram fixados na memória do povo. O Sacoman é um bairro bem identificado dentro do Ipiranga. Mantém sua identidade e ao mesmo tempo sua integração. A história do Sacoman tem aspectos curiosos. Liga-se ao antigo Caminho do Mar, as obras do Museu, ao bairro do Ipiranga e aos franceses da fábrica Saccoman, que iniciaram em São Paulo a produção de telhas tipo Marselha. Ao lado da represa do Moinho Velho foi construída a chácara. O conhecido “Castelinho” tinha os balcões ornamentados com peças de terracota. O telhado ostentava as telhas planas do tipo Marselha e outros ornatos que eram o orgulho do estabelecimento cerâmico Saccoman Fréres. A articulação entre o Museu e o Sacoman era o antigo caminho para Santos. Havia os pontos de parada preferidos , juntos aos cursos d’água: o lavapés na entrada da Cidade, o Ipiranga junto a colina, o Moinho Velho onde começava a estrada para São Caetano. Pouco mais adiante em um alto , ficava a Árvore das Lágrimas, onde os que iam acompanhar parentes que viajavam para Santos e para longe deviam se despedir, a tempo de voltar para São Paulo. Foi no ponto em que a estrada cruzava o córrego e afluente do Moinho Velho que se estabeleceram os irmãos Saccoman. Foi feita uma barragem na parte superior , do lado oeste, formando-se um reservatório, com um quilometro de extensão.No local existe hoje um conjunto viário. Os irmãos Antoine, Henry e Ernest Saccoman pertenciam a uma família de Marselha, de tradicionais fabricantes de cerâmica. Chegaram à São Paulo nos últimos anos do Império, quando o crescimento da população já estimulava o desenvolvimento da construção civil e se multiplicavam as olarias mecânicas e manuais e apareciam as primeiras cerâmicas em escala industrial. Naquele momento iniciava-se a construção do Museu do Ipiranga com tijolos da vizinha São Caetano. A produção nesse setor era pequena. Os Saccoman trouxeram melhorias de qualidade. Nas últimas décadas do século XIX, com o uso de máquinas à vapor em serrarias e olarias, foi possível uma melhoria técnica nos padrões gerais das construções. Mas nos telhados continuavam a ser usadas as tradicionais telhas “coloniais”sempre irregulares e de difícil fixação. Em suas formas mais simples, eram moldadas sobre as pernas dos escravos. Nas obras mais importantes, para garantir maior nível de qualidade, eram utilizadas telhas importadas e as preferidas eram sem dúvida, as de Marselha. Alguns edifícios antigos como o armazém da Cia. Paulista de Estrada de Ferro em Campinas, ainda conservam uma cobertura de telhas importadas. Tijolos de boa qualidade foram fabricados logo que chegaram as ferrovias, mas as telhas por mais estranho que possa parecer, até os primeiros anos da República, continuaram a vir da Europa, como s fosse de elevada sofisticação tecnológica. Em 1.903, os bondes elétricos chegaram ao Ipiranga. Em 1.909 foi criada a Linha “Fábrica”, chegando à fábrica de Nami Jafet. Pouco depois pela Rua Silva Bueno a Linha “Fábrica”chegava ao Sacoman. A Rua Silva Bueno terminava na antiga estrada de Santos. Nos anos 20 naquele ponto terminava também a parte urbanizada da Cidade, ainda pouco construída, e começava a zona rural. Ali tinha início também o Caminho do Mar, reconstruído em 1.920 por Rudge Ramos. Foi a primeira experiência de obras rodoviária de maior porte construída e explorada em São Paulo pela iniciativa privada. A empresa criada por Rudge Ramos construiu pequenos pontos de pedágio com barreiras. Nesses locais , para chamar atenção mandava construir arcos. O primeiro marcando o início do Caminho do Mar, ficava no Sacoman, alguns metros acima da R. Silva Bueno, em frente ao portão da Cerâmica. Diferentemente de outros postos, neste caso o arco e o edifício eram como uma obra só. Eram uma referencia básica para a cidade e para o bairro. O pedágio do Caminho do Mar foi abolido em 1.923, mas o arco permaneceu, intrigando com sua presença a todos que ali passavam. Por isso mesmo, constituía uma marco no início da estrada, como a fábrica, ao lado. Em 1.921, exatamente quando se iniciavam as grandes transformações no bairro, ocorreu a morte de Antoine. Os irmãos Saccoman decidiram voltar para a Europa e venderam a indústria, que passou a se denominar Cerâmica Ipiranga. Mudou o nome da empresa mas ficou o do bairro. Ficaram ainda, por muitos anos, a velha residência, a lagoa e o grande buraco, para retirada de argila. Veio depois a Via Anchieta iniciada em 1.939. A primeira pista foi inaugurada em 1.947 e tinha início exatamente no local em que existiu o primeiro arco. A pista foi alargada, mas ficaram na paisagem dois sinais: uma guarita e uma voluta , que guarnecia a escada do antigo posto e era reconhecida pelos viajantes mais atentos, que sabiam que ali terminava o Ipiranga e a Cidade. Depois que a fábrica foi desativada, no lugar do antigo poço para retirada da argila, formou-se uma lagoa, na qual iam nadar os garotos do bairro e com freqüência algum morria. Foi um dos lugares mais perigosos da Cidade, por muito tempo. Hoje, quem vai para Santos pela Via Anchieta, saindo pela av. Nazaré, é obrigado a dar uma volta, passando pela baixada em que existiu a grande lagoa, atrás da Cerâmica, e vai sair no local em que existiram a residência e o grande buraco para extração de argila. Virando à direita entra-se na via Anchieta, exatamente onde havia o arco. Em frente, no local da fábrica, fica o acesso para São Caetano e a Estrada das Lágrimas, que é afinal a velha estrada de Santos, dos tempos do Lorena. Fonte: upiranga ______________________________________________________________________ O distrito do Sacomã é formado pelos seguintes bairros: Bandeirantes Cidade Nova Heliópolis Jardim Ana Maria Jardim Celeste Jardim Independência Jardim Patente Jardim Patente Novo Jardim Seckler Jardim Tropical Jardim. Botucatu Jardim. Clímax Jardim. Dionísio Jardim. Imperador Jardim. Liar Jardim. Maristela Jardim. Sto. Antônio do Cursino Jardim.Santa Cruz Jardim.Santa Emilia Moinho Velho Parque Fongaro Parque Bristol Sacomã São João Clímaco Vila Anchieta Vila Arapuá Vila Caraguatá Vila Conde do Pinhal Vila Cristália Vila Cristina Vila das Mercês Vila Elísio Vila Escudeiro Vila Liviero Vila Marte Vila Natália Vila Nair Vila Quaquá Vila Romano Vila Sta. Tereza Vila Vera Vila Vergueiro Vila Vermelha Sacomã – História E é dentro deles que existem os outros menores, que tiveram origem em determinados loteamentos e que ficaram fixados na memória do povo. O Sacoman é um bairro bem identificado dentro do Ipiranga. Mantém sua identidade e ao mesmo tempo sua integração. A história do Sacoman tem aspectos curiosos. Liga-se ao antigo Caminho do Mar, as obras do Museu, ao bairro do Ipiranga e aos franceses da fábrica Saccoman, que iniciaram em São Paulo a produção de telhas tipo Marselha. Ao lado da represa do Moinho Velho foi construída a chácara. O conhecido “Castelinho” tinha os balcões ornamentados com peças de terracota. O telhado ostentava as telhas planas do tipo Marselha e outros ornatos que eram o orgulho do estabelecimento cerâmico Saccoman Fréres. A articulação entre o Museu e o Sacoman era o antigo caminho para Santos. Havia os pontos de parada preferidos , juntos aos cursos d’água: o lavapés na entrada da Cidade, o Ipiranga junto a colina, o Moinho Velho onde começava a estrada para São Caetano. Pouco mais adiante em um alto , ficava a Árvore das Lágrimas, onde os que iam acompanhar parentes que viajavam para Santos e para longe deviam se despedir, a tempo de voltar para São Paulo. Foi no ponto em que a estrada cruzava o córrego e afluente do Moinho Velho que se estabeleceram os irmãos Saccoman. Foi feita uma barragem na parte superior , do lado oeste, formando-se um reservatório, com um quilometro de extensão.No local existe hoje um conjunto viário. Os irmãos Antoine, Henry e Ernest Saccoman pertenciam a uma família de Marselha, de tradicionais fabricantes de cerâmica. Chegaram à São Paulo nos últimos anos do Império, quando o crescimento da população já estimulava o desenvolvimento da construção civil e se multiplicavam as olarias mecânicas e manuais e apareciam as primeiras cerâmicas em escala industrial. Naquele momento iniciava-se a construção do Museu do Ipiranga com tijolos da vizinha São Caetano. A produção nesse setor era pequena. Os Saccoman trouxeram melhorias de qualidade. Nas últimas décadas do século XIX, com o uso de máquinas à vapor em serrarias e olarias, foi possível uma melhoria técnica nos padrões gerais das construções. Mas nos telhados continuavam a ser usadas as tradicionais telhas “coloniais”sempre irregulares e de difícil fixação. Em suas formas mais simples, eram moldadas sobre as pernas dos escravos. Nas obras mais importantes, para garantir maior nível de qualidade, eram utilizadas telhas importadas e as preferidas eram sem dúvida, as de Marselha. Alguns edifícios antigos como o armazém da Cia. Paulista de Estrada de Ferro em Campinas, ainda conservam uma cobertura de telhas importadas. Tijolos de boa qualidade foram fabricados logo que chegaram as ferrovias, mas as telhas por mais estranho que possa parecer, até os primeiros anos da República, continuaram a vir da Europa, como s fosse de elevada sofisticação tecnológica. Em 1.903, os bondes elétricos chegaram ao Ipiranga. Em 1.909 foi criada a Linha “Fábrica”, chegando à fábrica de Nami Jafet. Pouco depois pela Rua Silva Bueno a Linha “Fábrica”chegava ao Sacoman. A Rua Silva Bueno terminava na antiga estrada de Santos. Nos anos 20 naquele ponto terminava também a parte urbanizada da Cidade, ainda pouco construída, e começava a zona rural. Ali tinha início também o Caminho do Mar, reconstruído em 1.920 por Rudge Ramos. Foi a primeira experiência de obras rodoviária de maior porte construída e explorada em São Paulo pela iniciativa privada. A empresa criada por Rudge Ramos construiu pequenos pontos de pedágio com barreiras. Nesses locais , para chamar atenção mandava construir arcos. O primeiro marcando o início do Caminho do Mar, ficava no Sacoman, alguns metros acima da R. Silva Bueno, em frente ao portão da Cerâmica. Diferentemente de outros postos, neste caso o arco e o edifício eram como uma obra só. Eram uma referencia básica para a cidade e para o bairro. O pedágio do Caminho do Mar foi abolido em 1.923, mas o arco permaneceu, intrigando com sua presença a todos que ali passavam. Por isso mesmo, constituía uma marco no início da estrada, como a fábrica, ao lado. Em 1.921, exatamente quando se iniciavam as grandes transformações no bairro, ocorreu a morte de Antoine. Os irmãos Saccoman decidiram voltar para a Europa e venderam a indústria, que passou a se denominar Cerâmica Ipiranga. Mudou o nome da empresa mas ficou o do bairro. Ficaram ainda, por muitos anos, a velha residência, a lagoa e o grande buraco, para retirada de argila. Veio depois a Via Anchieta iniciada em 1.939. A primeira pista foi inaugurada em 1.947 e tinha início exatamente no local em que existiu o primeiro arco. A pista foi alargada, mas ficaram na paisagem dois sinais: uma guarita e uma voluta , que guarnecia a escada do antigo posto e era reconhecida pelos viajantes mais atentos, que sabiam que ali terminava o Ipiranga e a Cidade. Depois que a fábrica foi desativada, no lugar do antigo poço para retirada da argila, formou-se uma lagoa, na qual iam nadar os garotos do bairro e com freqüência algum morria. Foi um dos lugares mais perigosos da Cidade, por muito tempo. Hoje, quem vai para Santos pela Via Anchieta, saindo pela av. Nazaré, é obrigado a dar uma volta, passando pela baixada em que existiu a grande lagoa, atrás da Cerâmica, e vai sair no local em que existiram a residência e o grande buraco para extração de argila. Virando à direita entra-se na via Anchieta, exatamente onde havia o arco. Em frente, no local da fábrica, fica o acesso para São Caetano e a Estrada das Lágrimas, que é afinal a velha estrada de Santos, dos tempos do Lorena. Fonte: upiranga ______________________________________________________________________ O distrito do Sacomã é formado pelos seguintes bairros: Bandeirantes Cidade Nova Heliópolis Jardim Ana Maria Jardim Celeste Jardim Independência Jardim Patente Jardim Patente Novo Jardim Seckler Jardim Tropical Jardim. Botucatu Jardim. Clímax Jardim. Dionísio Jardim. Imperador Jardim. Liar Jardim. Maristela Jardim. Sto. Antônio do Cursino Jardim.Santa Cruz Jardim.Santa Emilia Moinho Velho Parque Fongaro Parque Bristol Sacomã São João Clímaco Vila Anchieta Vila Arapuá Vila Caraguatá Vila Conde do Pinhal Vila Cristália Vila Cristina Vila das Mercês Vila Elísio Vila Escudeiro Vila Liviero Vila Marte Vila Natália Vila Nair Vila Quaquá Vila Romano Vila Sta. Tereza Vila Vera Vila Vergueiro Vila Vermelha Sacomã – História E é dentro deles que existem os outros menores, que tiveram origem em determinados loteamentos e que ficaram fixados na memória do povo. O Sacoman é um bairro bem identificado dentro do Ipiranga. Mantém sua identidade e ao mesmo tempo sua integração. A história do Sacoman tem aspectos curiosos. Liga-se ao antigo Caminho do Mar, as obras do Museu, ao bairro do Ipiranga e aos franceses da fábrica Saccoman, que iniciaram em São Paulo a produção de telhas tipo Marselha. Ao lado da represa do Moinho Velho foi construída a chácara. O conhecido “Castelinho” tinha os balcões ornamentados com peças de terracota. O telhado ostentava as telhas planas do tipo Marselha e outros ornatos que eram o orgulho do estabelecimento cerâmico Saccoman Fréres. A articulação entre o Museu e o Sacoman era o antigo caminho para Santos. Havia os pontos de parada preferidos , juntos aos cursos d’água: o lavapés na entrada da Cidade, o Ipiranga junto a colina, o Moinho Velho onde começava a estrada para São Caetano. Pouco mais adiante em um alto , ficava a Árvore das Lágrimas, onde os que iam acompanhar parentes que viajavam para Santos e para longe deviam se despedir, a tempo de voltar para São Paulo. Foi no ponto em que a estrada cruzava o córrego e afluente do Moinho Velho que se estabeleceram os irmãos Saccoman. Foi feita uma barragem na parte superior , do lado oeste, formando-se um reservatório, com um quilometro de extensão.No local existe hoje um conjunto viário. Os irmãos Antoine, Henry e Ernest Saccoman pertenciam a uma família de Marselha, de tradicionais fabricantes de cerâmica. Chegaram à São Paulo nos últimos anos do Império, quando o crescimento da população já estimulava o desenvolvimento da construção civil e se multiplicavam as olarias mecânicas e manuais e apareciam as primeiras cerâmicas em escala industrial. Naquele momento iniciava-se a construção do Museu do Ipiranga com tijolos da vizinha São Caetano. A produção nesse setor era pequena. Os Saccoman trouxeram melhorias de qualidade. Nas últimas décadas do século XIX, com o uso de máquinas à vapor em serrarias e olarias, foi possível uma melhoria técnica nos padrões gerais das construções. Mas nos telhados continuavam a ser usadas as tradicionais telhas “coloniais”sempre irregulares e de difícil fixação. Em suas formas mais simples, eram moldadas sobre as pernas dos escravos. Nas obras mais importantes, para garantir maior nível de qualidade, eram utilizadas telhas importadas e as preferidas eram sem dúvida, as de Marselha. Alguns edifícios antigos como o armazém da Cia. Paulista de Estrada de Ferro em Campinas, ainda conservam uma cobertura de telhas importadas. Tijolos de boa qualidade foram fabricados logo que chegaram as ferrovias, mas as telhas por mais estranho que possa parecer, até os primeiros anos da República, continuaram a vir da Europa, como s fosse de elevada sofisticação tecnológica. Em 1.903, os bondes elétricos chegaram ao Ipiranga. Em 1.909 foi criada a Linha “Fábrica”, chegando à fábrica de Nami Jafet. Pouco depois pela Rua Silva Bueno a Linha “Fábrica”chegava ao Sacoman. A Rua Silva Bueno terminava na antiga estrada de Santos. Nos anos 20 naquele ponto terminava também a parte urbanizada da Cidade, ainda pouco construída, e começava a zona rural. Ali tinha início também o Caminho do Mar, reconstruído em 1.920 por Rudge Ramos. Foi a primeira experiência de obras rodoviária de maior porte construída e explorada em São Paulo pela iniciativa privada. A empresa criada por Rudge Ramos construiu pequenos pontos de pedágio com barreiras. Nesses locais , para chamar atenção mandava construir arcos. O primeiro marcando o início do Caminho do Mar, ficava no Sacoman, alguns metros acima da R. Silva Bueno, em frente ao portão da Cerâmica. Diferentemente de outros postos, neste caso o arco e o edifício eram como uma obra só. Eram uma referencia básica para a cidade e para o bairro. O pedágio do Caminho do Mar foi abolido em 1.923, mas o arco permaneceu, intrigando com sua presença a todos que ali passavam. Por isso mesmo, constituía uma marco no início da estrada, como a fábrica, ao lado. Em 1.921, exatamente quando se iniciavam as grandes transformações no bairro, ocorreu a morte de Antoine. Os irmãos Saccoman decidiram voltar para a Europa e venderam a indústria, que passou a se denominar Cerâmica Ipiranga. Mudou o nome da empresa mas ficou o do bairro. Ficaram ainda, por muitos anos, a velha residência, a lagoa e o grande buraco, para retirada de argila. Veio depois a Via Anchieta iniciada em 1.939. A primeira pista foi inaugurada em 1.947 e tinha início exatamente no local em que existiu o primeiro arco. A pista foi alargada, mas ficaram na paisagem dois sinais: uma guarita e uma voluta , que guarnecia a escada do antigo posto e era reconhecida pelos viajantes mais atentos, que sabiam que ali terminava o Ipiranga e a Cidade. Depois que a fábrica foi desativada, no lugar do antigo poço para retirada da argila, formou-se uma lagoa, na qual iam nadar os garotos do bairro e com freqüência algum morria. Foi um dos lugares mais perigosos da Cidade, por muito tempo. Hoje, quem vai para Santos pela Via Anchieta, saindo pela av. Nazaré, é obrigado a dar uma volta, passando pela baixada em que existiu a grande lagoa, atrás da Cerâmica, e vai sair no local em que existiram a residência e o grande buraco para extração de argila. Virando à direita entra-se na via Anchieta, exatamente onde havia o arco. Em frente, no local da fábrica, fica o acesso para São Caetano e a Estrada das Lágrimas, que é afinal a velha estrada de Santos, dos tempos do Lorena. Fonte: upiranga ______________________________________________________________________ O distrito do Sacomã é formado pelos seguintes bairros: Bandeirantes Cidade Nova Heliópolis Jardim Ana Maria Jardim Celeste Jardim Independência Jardim Patente Jardim Patente Novo Jardim Seckler Jardim Tropical Jardim. Botucatu Jardim. Clímax Jardim. Dionísio Jardim. Imperador Jardim. Liar Jardim. Maristela Jardim. Sto. Antônio do Cursino Jardim.Santa Cruz Jardim.Santa Emilia Moinho Velho Parque Fongaro Parque Bristol Sacomã São João Clímaco Vila Anchieta Vila Arapuá Vila Caraguatá Vila Conde do Pinhal Vila Cristália Vila Cristina Vila das Mercês Vila Elísio Vila Escudeiro Vila Liviero Vila Marte Vila Natália Vila Nair Vila Quaquá Vila Romano Vila Sta. Tereza Vila Vera Vila Vergueiro Vila Vermelha Sacomã – História E é dentro deles que existem os outros menores, que tiveram origem em determinados loteamentos e que ficaram fixados na memória do povo. O Sacoman é um bairro bem identificado dentro do Ipiranga. Mantém sua identidade e ao mesmo tempo sua integração. A história do Sacoman tem aspectos curiosos. Liga-se ao antigo Caminho do Mar, as obras do Museu, ao bairro do Ipiranga e aos franceses da fábrica Saccoman, que iniciaram em São Paulo a produção de telhas tipo Marselha. Ao lado da represa do Moinho Velho foi construída a chácara. O conhecido “Castelinho” tinha os balcões ornamentados com peças de terracota. O telhado ostentava as telhas planas do tipo Marselha e outros ornatos que eram o orgulho do estabelecimento cerâmico Saccoman Fréres. A articulação entre o Museu e o Sacoman era o antigo caminho para Santos. Havia os pontos de parada preferidos , juntos aos cursos d’água: o lavapés na entrada da Cidade, o Ipiranga junto a colina, o Moinho Velho onde começava a estrada para São Caetano. Pouco mais adiante em um alto , ficava a Árvore das Lágrimas, onde os que iam acompanhar parentes que viajavam para Santos e para longe deviam se despedir, a tempo de voltar para São Paulo. Foi no ponto em que a estrada cruzava o córrego e afluente do Moinho Velho que se estabeleceram os irmãos Saccoman. Foi feita uma barragem na parte superior , do lado oeste, formando-se um reservatório, com um quilometro de extensão.No local existe hoje um conjunto viário. Os irmãos Antoine, Henry e Ernest Saccoman pertenciam a uma família de Marselha, de tradicionais fabricantes de cerâmica. Chegaram à São Paulo nos últimos anos do Império, quando o crescimento da população já estimulava o desenvolvimento da construção civil e se multiplicavam as olarias mecânicas e manuais e apareciam as primeiras cerâmicas em escala industrial. Naquele momento iniciava-se a construção do Museu do Ipiranga com tijolos da vizinha São Caetano. A produção nesse setor era pequena. Os Saccoman trouxeram melhorias de qualidade. Nas últimas décadas do século XIX, com o uso de máquinas à vapor em serrarias e olarias, foi possível uma melhoria técnica nos padrões gerais das construções. Mas nos telhados continuavam a ser usadas as tradicionais telhas “coloniais”sempre irregulares e de difícil fixação. Em suas formas mais simples, eram moldadas sobre as pernas dos escravos. Nas obras mais importantes, para garantir maior nível de qualidade, eram utilizadas telhas importadas e as preferidas eram sem dúvida, as de Marselha. Alguns edifícios antigos como o armazém da Cia. Paulista de Estrada de Ferro em Campinas, ainda conservam uma cobertura de telhas importadas. Tijolos de boa qualidade foram fabricados logo que chegaram as ferrovias, mas as telhas por mais estranho que possa parecer, até os primeiros anos da República, continuaram a vir da Europa, como s fosse de elevada sofisticação tecnológica. Em 1.903, os bondes elétricos chegaram ao Ipiranga. Em 1.909 foi criada a Linha “Fábrica”, chegando à fábrica de Nami Jafet. Pouco depois pela Rua Silva Bueno a Linha “Fábrica”chegava ao Sacoman. A Rua Silva Bueno terminava na antiga estrada de Santos. Nos anos 20 naquele ponto terminava também a parte urbanizada da Cidade, ainda pouco construída, e começava a zona rural. Ali tinha início também o Caminho do Mar, reconstruído em 1.920 por Rudge Ramos. Foi a primeira experiência de obras rodoviária de maior porte construída e explorada em São Paulo pela iniciativa privada. A empresa criada por Rudge Ramos construiu pequenos pontos de pedágio com barreiras. Nesses locais , para chamar atenção mandava construir arcos. O primeiro marcando o início do Caminho do Mar, ficava no Sacoman, alguns metros acima da R. Silva Bueno, em frente ao portão da Cerâmica. Diferentemente de outros postos, neste caso o arco e o edifício eram como uma obra só. Eram uma referencia básica para a cidade e para o bairro. O pedágio do Caminho do Mar foi abolido em 1.923, mas o arco permaneceu, intrigando com sua presença a todos que ali passavam. Por isso mesmo, constituía uma marco no início da estrada, como a fábrica, ao lado. Em 1.921, exatamente quando se iniciavam as grandes transformações no bairro, ocorreu a morte de Antoine. Os irmãos Saccoman decidiram voltar para a Europa e venderam a indústria, que passou a se denominar Cerâmica Ipiranga. Mudou o nome da empresa mas ficou o do bairro. Ficaram ainda, por muitos anos, a velha residência, a lagoa e o grande buraco, para retirada de argila. Veio depois a Via Anchieta iniciada em 1.939. A primeira pista foi inaugurada em 1.947 e tinha início exatamente no local em que existiu o primeiro arco. A pista foi alargada, mas ficaram na paisagem dois sinais: uma guarita e uma voluta , que guarnecia a escada do antigo posto e era reconhecida pelos viajantes mais atentos, que sabiam que ali terminava o Ipiranga e a Cidade. Depois que a fábrica foi desativada, no lugar do antigo poço para retirada da argila, formou-se uma lagoa, na qual iam nadar os garotos do bairro e com freqüência algum morria. Foi um dos lugares mais perigosos da Cidade, por muito tempo. Hoje, quem vai para Santos pela Via Anchieta, saindo pela av. Nazaré, é obrigado a dar uma volta, passando pela baixada em que existiu a grande lagoa, atrás da Cerâmica, e vai sair no local em que existiram a residência e o grande buraco para extração de argila. Virando à direita entra-se na via Anchieta, exatamente onde havia o arco. Em frente, no local da fábrica, fica o acesso para São Caetano e a Estrada das Lágrimas, que é afinal a velha estrada de Santos, dos tempos do Lorena. Fonte: upiranga ______________________________________________________________________ O distrito do Sacomã é formado pelos seguintes bairros: Bandeirantes Cidade Nova Heliópolis Jardim Ana Maria Jardim Celeste Jardim Independência Jardim Patente Jardim Patente Novo Jardim Seckler Jardim Tropical Jardim. Botucatu Jardim. Clímax Jardim. Dionísio Jardim. Imperador Jardim. Liar Jardim. Maristela Jardim. Sto. Antônio do Cursino Jardim.Santa Cruz Jardim.Santa Emilia Moinho Velho Parque Fongaro Parque Bristol Sacomã São João Clímaco Vila Anchieta Vila Arapuá Vila Caraguatá Vila Conde do Pinhal Vila Cristália Vila Cristina Vila das Mercês Vila Elísio Vila Escudeiro Vila Liviero Vila Marte Vila Natália Vila Nair Vila Quaquá Vila Romano Vila Sta. Tereza Vila Vera Vila Vergueiro Vila Vermelha Sacomã – História E é dentro deles que existem os outros menores, que tiveram origem em determinados loteamentos e que ficaram fixados na memória do povo. O Sacoman é um bairro bem identificado dentro do Ipiranga. Mantém sua identidade e ao mesmo tempo sua integração. A história do Sacoman tem aspectos curiosos. Liga-se ao antigo Caminho do Mar, as obras do Museu, ao bairro do Ipiranga e aos franceses da fábrica Saccoman, que iniciaram em São Paulo a produção de telhas tipo Marselha. Ao lado da represa do Moinho Velho foi construída a chácara. O conhecido “Castelinho” tinha os balcões ornamentados com peças de terracota. O telhado ostentava as telhas planas do tipo Marselha e outros ornatos que eram o orgulho do estabelecimento cerâmico Saccoman Fréres. A articulação entre o Museu e o Sacoman era o antigo caminho para Santos. Havia os pontos de parada preferidos , juntos aos cursos d’água: o lavapés na entrada da Cidade, o Ipiranga junto a colina, o Moinho Velho onde começava a estrada para São Caetano. Pouco mais adiante em um alto , ficava a Árvore das Lágrimas, onde os que iam acompanhar parentes que viajavam para Santos e para longe deviam se despedir, a tempo de voltar para São Paulo. Foi no ponto em que a estrada cruzava o córrego e afluente do Moinho Velho que se estabeleceram os irmãos Saccoman. Foi feita uma barragem na parte superior , do lado oeste, formando-se um reservatório, com um quilometro de extensão.No local existe hoje um conjunto viário. Os irmãos Antoine, Henry e Ernest Saccoman pertenciam a uma família de Marselha, de tradicionais fabricantes de cerâmica. Chegaram à São Paulo nos últimos anos do Império, quando o crescimento da população já estimulava o desenvolvimento da construção civil e se multiplicavam as olarias mecânicas e manuais e apareciam as primeiras cerâmicas em escala industrial. Naquele momento iniciava-se a construção do Museu do Ipiranga com tijolos da vizinha São Caetano. A produção nesse setor era pequena. Os Saccoman trouxeram melhorias de qualidade. Nas últimas décadas do século XIX, com o uso de máquinas à vapor em serrarias e olarias, foi possível uma melhoria técnica nos padrões gerais das construções. Mas nos telhados continuavam a ser usadas as tradicionais telhas “coloniais”sempre irregulares e de difícil fixação. Em suas formas mais simples, eram moldadas sobre as pernas dos escravos. Nas obras mais importantes, para garantir maior nível de qualidade, eram utilizadas telhas importadas e as preferidas eram sem dúvida, as de Marselha. Alguns edifícios antigos como o armazém da Cia. Paulista de Estrada de Ferro em Campinas, ainda conservam uma cobertura de telhas importadas. Tijolos de boa qualidade foram fabricados logo que chegaram as ferrovias, mas as telhas por mais estranho que possa parecer, até os primeiros anos da República, continuaram a vir da Europa, como s fosse de elevada sofisticação tecnológica. Em 1.903, os bondes elétricos chegaram ao Ipiranga. Em 1.909 foi criada a Linha “Fábrica”, chegando à fábrica de Nami Jafet. Pouco depois pela Rua Silva Bueno a Linha “Fábrica”chegava ao Sacoman. A Rua Silva Bueno terminava na antiga estrada de Santos. Nos anos 20 naquele ponto terminava também a parte urbanizada da Cidade, ainda pouco construída, e começava a zona rural. Ali tinha início também o Caminho do Mar, reconstruído em 1.920 por Rudge Ramos. Foi a primeira experiência de obras rodoviária de maior porte construída e explorada em São Paulo pela iniciativa privada. A empresa criada por Rudge Ramos construiu pequenos pontos de pedágio com barreiras. Nesses locais , para chamar atenção mandava construir arcos. O primeiro marcando o início do Caminho do Mar, ficava no Sacoman, alguns metros acima da R. Silva Bueno, em frente ao portão da Cerâmica. Diferentemente de outros postos, neste caso o arco e o edifício eram como uma obra só. Eram uma referencia básica para a cidade e para o bairro. O pedágio do Caminho do Mar foi abolido em 1.923, mas o arco permaneceu, intrigando com sua presença a todos que ali passavam. Por isso mesmo, constituía uma marco no início da estrada, como a fábrica, ao lado. Em 1.921, exatamente quando se iniciavam as grandes transformações no bairro, ocorreu a morte de Antoine. Os irmãos Saccoman decidiram voltar para a Europa e venderam a indústria, que passou a se denominar Cerâmica Ipiranga. Mudou o nome da empresa mas ficou o do bairro. Ficaram ainda, por muitos anos, a velha residência, a lagoa e o grande buraco, para retirada de argila. Veio depois a Via Anchieta iniciada em 1.939. A primeira pista foi inaugurada em 1.947 e tinha início exatamente no local em que existiu o primeiro arco. A pista foi alargada, mas ficaram na paisagem dois sinais: uma guarita e uma voluta , que guarnecia a escada do antigo posto e era reconhecida pelos viajantes mais atentos, que sabiam que ali terminava o Ipiranga e a Cidade. Depois que a fábrica foi desativada, no lugar do antigo poço para retirada da argila, formou-se uma lagoa, na qual iam nadar os garotos do bairro e com freqüência algum morria. Foi um dos lugares mais perigosos da Cidade, por muito tempo. Hoje, quem vai para Santos pela Via Anchieta, saindo pela av. Nazaré, é obrigado a dar uma volta, passando pela baixada em que existiu a grande lagoa, atrás da Cerâmica, e vai sair no local em que existiram a residência e o grande buraco para extração de argila. Virando à direita entra-se na via Anchieta, exatamente onde havia o arco. Em frente, no local da fábrica, fica o acesso para São Caetano e a Estrada das Lágrimas, que é afinal a velha estrada de Santos, dos tempos do Lorena. Fonte: upiranga ______________________________________________________________________ O distrito do Sacomã é formado pelos seguintes bairros: Bandeirantes Cidade Nova Heliópolis Jardim Ana Maria Jardim Celeste Jardim Independência Jardim Patente Jardim Patente Novo Jardim Seckler Jardim Tropical Jardim. Botucatu Jardim. Clímax Jardim. Dionísio Jardim. Imperador Jardim. Liar Jardim. Maristela Jardim. Sto. Antônio do Cursino Jardim.Santa Cruz Jardim.Santa Emilia Moinho Velho Parque Fongaro Parque Bristol Sacomã São João Clímaco Vila Anchieta Vila Arapuá Vila Caraguatá Vila Conde do Pinhal Vila Cristália Vila Cristina Vila das Mercês Vila Elísio Vila Escudeiro Vila Liviero Vila Marte Vila Natália Vila Nair Vila Quaquá Vila Romano Vila Sta. Tereza Vila Vera Vila Vergueiro Vila Vermelha Sacomã – História E é dentro deles que existem os outros menores, que tiveram origem em determinados loteamentos e que ficaram fixados na memória do povo. O Sacoman é um bairro bem identificado dentro do Ipiranga. Mantém sua identidade e ao mesmo tempo sua integração. A história do Sacoman tem aspectos curiosos. Liga-se ao antigo Caminho do Mar, as obras do Museu, ao bairro do Ipiranga e aos franceses da fábrica Saccoman, que iniciaram em São Paulo a produção de telhas tipo Marselha. Ao lado da represa do Moinho Velho foi construída a chácara. O conhecido “Castelinho” tinha os balcões ornamentados com peças de terracota. O telhado ostentava as telhas planas do tipo Marselha e outros ornatos que eram o orgulho do estabelecimento cerâmico Saccoman Fréres. A articulação entre o Museu e o Sacoman era o antigo caminho para Santos. Havia os pontos de parada preferidos , juntos aos cursos d’água: o lavapés na entrada da Cidade, o Ipiranga junto a colina, o Moinho Velho onde começava a estrada para São Caetano. Pouco mais adiante em um alto , ficava a Árvore das Lágrimas, onde os que iam acompanhar parentes que viajavam para Santos e para longe deviam se despedir, a tempo de voltar para São Paulo. Foi no ponto em que a estrada cruzava o córrego e afluente do Moinho Velho que se estabeleceram os irmãos Saccoman. Foi feita uma barragem na parte superior , do lado oeste, formando-se um reservatório, com um quilometro de extensão.No local existe hoje um conjunto viário. Os irmãos Antoine, Henry e Ernest Saccoman pertenciam a uma família de Marselha, de tradicionais fabricantes de cerâmica. Chegaram à São Paulo nos últimos anos do Império, quando o crescimento da população já estimulava o desenvolvimento da construção civil e se multiplicavam as olarias mecânicas e manuais e apareciam as primeiras cerâmicas em escala industrial. Naquele momento iniciava-se a construção do Museu do Ipiranga com tijolos da vizinha São Caetano. A produção nesse setor era pequena. Os Saccoman trouxeram melhorias de qualidade. Nas últimas décadas do século XIX, com o uso de máquinas à vapor em serrarias e olarias, foi possível uma melhoria técnica nos padrões gerais das construções. Mas nos telhados continuavam a ser usadas as tradicionais telhas “coloniais”sempre irregulares e de difícil fixação. Em suas formas mais simples, eram moldadas sobre as pernas dos escravos. Nas obras mais importantes, para garantir maior nível de qualidade, eram utilizadas telhas importadas e as preferidas eram sem dúvida, as de Marselha. Alguns edifícios antigos como o armazém da Cia. Paulista de Estrada de Ferro em Campinas, ainda conservam uma cobertura de telhas importadas. Tijolos de boa qualidade foram fabricados logo que chegaram as ferrovias, mas as telhas por mais estranho que possa parecer, até os primeiros anos da República, continuaram a vir da Europa, como s fosse de elevada sofisticação tecnológica. Em 1.903, os bondes elétricos chegaram ao Ipiranga. Em 1.909 foi criada a Linha “Fábrica”, chegando à fábrica de Nami Jafet. Pouco depois pela Rua Silva Bueno a Linha “Fábrica”chegava ao Sacoman. A Rua Silva Bueno terminava na antiga estrada de Santos. Nos anos 20 naquele ponto terminava também a parte urbanizada da Cidade, ainda pouco construída, e começava a zona rural. Ali tinha início também o Caminho do Mar, reconstruído em 1.920 por Rudge Ramos. Foi a primeira experiência de obras rodoviária de maior porte construída e explorada em São Paulo pela iniciativa privada. A empresa criada por Rudge Ramos construiu pequenos pontos de pedágio com barreiras. Nesses locais , para chamar atenção mandava construir arcos. O primeiro marcando o início do Caminho do Mar, ficava no Sacoman, alguns metros acima da R. Silva Bueno, em frente ao portão da Cerâmica. Diferentemente de outros postos, neste caso o arco e o edifício eram como uma obra só. Eram uma referencia básica para a cidade e para o bairro. O pedágio do Caminho do Mar foi abolido em 1.923, mas o arco permaneceu, intrigando com sua presença a todos que ali passavam. Por isso mesmo, constituía uma marco no início da estrada, como a fábrica, ao lado. Em 1.921, exatamente quando se iniciavam as grandes transformações no bairro, ocorreu a morte de Antoine. Os irmãos Saccoman decidiram voltar para a Europa e venderam a indústria, que passou a se denominar Cerâmica Ipiranga. Mudou o nome da empresa mas ficou o do bairro. Ficaram ainda, por muitos anos, a velha residência, a lagoa e o grande buraco, para retirada de argila. Veio depois a Via Anchieta iniciada em 1.939. A primeira pista foi inaugurada em 1.947 e tinha início exatamente no local em que existiu o primeiro arco. A pista foi alargada, mas ficaram na paisagem dois sinais: uma guarita e uma voluta , que guarnecia a escada do antigo posto e era reconhecida pelos viajantes mais atentos, que sabiam que ali terminava o Ipiranga e a Cidade. Depois que a fábrica foi desativada, no lugar do antigo poço para retirada da argila, formou-se uma lagoa, na qual iam nadar os garotos do bairro e com freqüência algum morria. Foi um dos lugares mais perigosos da Cidade, por muito tempo. Hoje, quem vai para Santos pela Via Anchieta, saindo pela av. Nazaré, é obrigado a dar uma volta, passando pela baixada em que existiu a grande lagoa, atrás da Cerâmica, e vai sair no local em que existiram a residência e o grande buraco para extração de argila. Virando à direita entra-se na via Anchieta, exatamente onde havia o arco. Em frente, no local da fábrica, fica o acesso para São Caetano e a Estrada das Lágrimas, que é afinal a velha estrada de Santos, dos tempos do Lorena. Fonte: upiranga ______________________________________________________________________ O distrito do Sacomã é formado pelos seguintes bairros: Bandeirantes Cidade Nova Heliópolis Jardim Ana Maria Jardim Celeste Jardim Independência Jardim Patente Jardim Patente Novo Jardim Seckler Jardim Tropical Jardim. Botucatu Jardim. Clímax Jardim. Dionísio Jardim. Imperador Jardim. Liar Jardim. Maristela Jardim. Sto. Antônio do Cursino Jardim.Santa Cruz Jardim.Santa Emilia Moinho Velho Parque Fongaro Parque Bristol Sacomã São João Clímaco Vila Anchieta Vila Arapuá Vila Caraguatá Vila Conde do Pinhal Vila Cristália Vila Cristina Vila das Mercês Vila Elísio Vila Escudeiro Vila Liviero Vila Marte Vila Natália Vila Nair Vila Quaquá Vila Romano Vila Sta. Tereza Vila Vera Vila Vergueiro Vila Vermelha Sacomã – História E é dentro deles que existem os outros menores, que tiveram origem em determinados loteamentos e que ficaram fixados na memória do povo. O Sacoman é um bairro bem identificado dentro do Ipiranga. Mantém sua identidade e ao mesmo tempo sua integração. A história do Sacoman tem aspectos curiosos. Liga-se ao antigo Caminho do Mar, as obras do Museu, ao bairro do Ipiranga e aos franceses da fábrica Saccoman, que iniciaram em São Paulo a produção de telhas tipo Marselha. Ao lado da represa do Moinho Velho foi construída a chácara. O conhecido “Castelinho” tinha os balcões ornamentados com peças de terracota. O telhado ostentava as telhas planas do tipo Marselha e outros ornatos que eram o orgulho do estabelecimento cerâmico Saccoman Fréres. A articulação entre o Museu e o Sacoman era o antigo caminho para Santos. Havia os pontos de parada preferidos , juntos aos cursos d’água: o lavapés na entrada da Cidade, o Ipiranga junto a colina, o Moinho Velho onde começava a estrada para São Caetano. Pouco mais adiante em um alto , ficava a Árvore das Lágrimas, onde os que iam acompanhar parentes que viajavam para Santos e para longe deviam se despedir, a tempo de voltar para São Paulo. Foi no ponto em que a estrada cruzava o córrego e afluente do Moinho Velho que se estabeleceram os irmãos Saccoman. Foi feita uma barragem na parte superior , do lado oeste, formando-se um reservatório, com um quilometro de extensão.No local existe hoje um conjunto viário. Os irmãos Antoine, Henry e Ernest Saccoman pertenciam a uma família de Marselha, de tradicionais fabricantes de cerâmica. Chegaram à São Paulo nos últimos anos do Império, quando o crescimento da população já estimulava o desenvolvimento da construção civil e se multiplicavam as olarias mecânicas e manuais e apareciam as primeiras cerâmicas em escala industrial. Naquele momento iniciava-se a construção do Museu do Ipiranga com tijolos da vizinha São Caetano. A produção nesse setor era pequena. Os Saccoman trouxeram melhorias de qualidade. Nas últimas décadas do século XIX, com o uso de máquinas à vapor em serrarias e olarias, foi possível uma melhoria técnica nos padrões gerais das construções. Mas nos telhados continuavam a ser usadas as tradicionais telhas “coloniais”sempre irregulares e de difícil fixação. Em suas formas mais simples, eram moldadas sobre as pernas dos escravos. Nas obras mais importantes, para garantir maior nível de qualidade, eram utilizadas telhas importadas e as preferidas eram sem dúvida, as de Marselha. Alguns edifícios antigos como o armazém da Cia. Paulista de Estrada de Ferro em Campinas, ainda conservam uma cobertura de telhas importadas. Tijolos de boa qualidade foram fabricados logo que chegaram as ferrovias, mas as telhas por mais estranho que possa parecer, até os primeiros anos da República, continuaram a vir da Europa, como s fosse de elevada sofisticação tecnológica. Em 1.903, os bondes elétricos chegaram ao Ipiranga. Em 1.909 foi criada a Linha “Fábrica”, chegando à fábrica de Nami Jafet. Pouco depois pela Rua Silva Bueno a Linha “Fábrica”chegava ao Sacoman. A Rua Silva Bueno terminava na antiga estrada de Santos. Nos anos 20 naquele ponto terminava também a parte urbanizada da Cidade, ainda pouco construída, e começava a zona rural. Ali tinha início também o Caminho do Mar, reconstruído em 1.920 por Rudge Ramos. Foi a primeira experiência de obras rodoviária de maior porte construída e explorada em São Paulo pela iniciativa privada. A empresa criada por Rudge Ramos construiu pequenos pontos de pedágio com barreiras. Nesses locais , para chamar atenção mandava construir arcos. O primeiro marcando o início do Caminho do Mar, ficava no Sacoman, alguns metros acima da R. Silva Bueno, em frente ao portão da Cerâmica. Diferentemente de outros postos, neste caso o arco e o edifício eram como uma obra só. Eram uma referencia básica para a cidade e para o bairro. O pedágio do Caminho do Mar foi abolido em 1.923, mas o arco permaneceu, intrigando com sua presença a todos que ali passavam. Por isso mesmo, constituía uma marco no início da estrada, como a fábrica, ao lado. Em 1.921, exatamente quando se iniciavam as grandes transformações no bairro, ocorreu a morte de Antoine. Os irmãos Saccoman decidiram voltar para a Europa e venderam a indústria, que passou a se denominar Cerâmica Ipiranga. Mudou o nome da empresa mas ficou o do bairro. Ficaram ainda, por muitos anos, a velha residência, a lagoa e o grande buraco, para retirada de argila. Veio depois a Via Anchieta iniciada em 1.939. A primeira pista foi inaugurada em 1.947 e tinha início exatamente no local em que existiu o primeiro arco. A pista foi alargada, mas ficaram na paisagem dois sinais: uma guarita e uma voluta , que guarnecia a escada do antigo posto e era reconhecida pelos viajantes mais atentos, que sabiam que ali terminava o Ipiranga e a Cidade. Depois que a fábrica foi desativada, no lugar do antigo poço para retirada da argila, formou-se uma lagoa, na qual iam nadar os garotos do bairro e com freqüência algum morria. Foi um dos lugares mais perigosos da Cidade, por muito tempo. Hoje, quem vai para Santos pela Via Anchieta, saindo pela av. Nazaré, é obrigado a dar uma volta, passando pela baixada em que existiu a grande lagoa, atrás da Cerâmica, e vai sair no local em que existiram a residência e o grande buraco para extração de argila. Virando à direita entra-se na via Anchieta, exatamente onde havia o arco. Em frente, no local da fábrica, fica o acesso para São Caetano e a Estrada das Lágrimas, que é afinal a velha estrada de Santos, dos tempos do Lorena. Fonte: upiranga ______________________________________________________________________ O distrito do Sacomã é formado pelos seguintes bairros: Bandeirantes Cidade Nova Heliópolis Jardim Ana Maria Jardim Celeste Jardim Independência Jardim Patente Jardim Patente Novo Jardim Seckler Jardim Tropical Jardim. Botucatu Jardim. Clímax Jardim. Dionísio Jardim. Imperador Jardim. Liar Jardim. Maristela Jardim. Sto. Antônio do Cursino Jardim.Santa Cruz Jardim.Santa Emilia Moinho Velho Parque Fongaro Parque Bristol Sacomã São João Clímaco Vila Anchieta Vila Arapuá Vila Caraguatá Vila Conde do Pinhal Vila Cristália Vila Cristina Vila das Mercês Vila Elísio Vila Escudeiro Vila Liviero Vila Marte Vila Natália Vila Nair Vila Quaquá Vila Romano Vila Sta. Tereza Vila Vera Vila Vergueiro Vila Vermelha Sacomã – História E é dentro deles que existem os outros menores, que tiveram origem em determinados loteamentos e que ficaram fixados na memória do povo. O Sacoman é um bairro bem identificado dentro do Ipiranga. Mantém sua identidade e ao mesmo tempo sua integração. A história do Sacoman tem aspectos curiosos. Liga-se ao antigo Caminho do Mar, as obras do Museu, ao bairro do Ipiranga e aos franceses da fábrica Saccoman, que iniciaram em São Paulo a produção de telhas tipo Marselha. Ao lado da represa do Moinho Velho foi construída a chácara. O conhecido “Castelinho” tinha os balcões ornamentados com peças de terracota. O telhado ostentava as telhas planas do tipo Marselha e outros ornatos que eram o orgulho do estabelecimento cerâmico Saccoman Fréres. A articulação entre o Museu e o Sacoman era o antigo caminho para Santos. Havia os pontos de parada preferidos , juntos aos cursos d’água: o lavapés na entrada da Cidade, o Ipiranga junto a colina, o Moinho Velho onde começava a estrada para São Caetano. Pouco mais adiante em um alto , ficava a Árvore das Lágrimas, onde os que iam acompanhar parentes que viajavam para Santos e para longe deviam se despedir, a tempo de voltar para São Paulo. Foi no ponto em que a estrada cruzava o córrego e afluente do Moinho Velho que se estabeleceram os irmãos Saccoman. Foi feita uma barragem na parte superior , do lado oeste, formando-se um reservatório, com um quilometro de extensão.No local existe hoje um conjunto viário. Os irmãos Antoine, Henry e Ernest Saccoman pertenciam a uma família de Marselha, de tradicionais fabricantes de cerâmica. Chegaram à São Paulo nos últimos anos do Império, quando o crescimento da população já estimulava o desenvolvimento da construção civil e se multiplicavam as olarias mecânicas e manuais e apareciam as primeiras cerâmicas em escala industrial. Naquele momento iniciava-se a construção do Museu do Ipiranga com tijolos da vizinha São Caetano. A produção nesse setor era pequena. Os Saccoman trouxeram melhorias de qualidade. Nas últimas décadas do século XIX, com o uso de máquinas à vapor em serrarias e olarias, foi possível uma melhoria técnica nos padrões gerais das construções. Mas nos telhados continuavam a ser usadas as tradicionais telhas “coloniais”sempre irregulares e de difícil fixação. Em suas formas mais simples, eram moldadas sobre as pernas dos escravos. Nas obras mais importantes, para garantir maior nível de qualidade, eram utilizadas telhas importadas e as preferidas eram sem dúvida, as de Marselha. Alguns edifícios antigos como o armazém da Cia. Paulista de Estrada de Ferro em Campinas, ainda conservam uma cobertura de telhas importadas. Tijolos de boa qualidade foram fabricados logo que chegaram as ferrovias, mas as telhas por mais estranho que possa parecer, até os primeiros anos da República, continuaram a vir da Europa, como s fosse de elevada sofisticação tecnológica. Em 1.903, os bondes elétricos chegaram ao Ipiranga. Em 1.909 foi criada a Linha “Fábrica”, chegando à fábrica de Nami Jafet. Pouco depois pela Rua Silva Bueno a Linha “Fábrica”chegava ao Sacoman. A Rua Silva Bueno terminava na antiga estrada de Santos. Nos anos 20 naquele ponto terminava também a parte urbanizada da Cidade, ainda pouco construída, e começava a zona rural. Ali tinha início também o Caminho do Mar, reconstruído em 1.920 por Rudge Ramos. Foi a primeira experiência de obras rodoviária de maior porte construída e explorada em São Paulo pela iniciativa privada. A empresa criada por Rudge Ramos construiu pequenos pontos de pedágio com barreiras. Nesses locais , para chamar atenção mandava construir arcos. O primeiro marcando o início do Caminho do Mar, ficava no Sacoman, alguns metros acima da R. Silva Bueno, em frente ao portão da Cerâmica. Diferentemente de outros postos, neste caso o arco e o edifício eram como uma obra só. Eram uma referencia básica para a cidade e para o bairro. O pedágio do Caminho do Mar foi abolido em 1.923, mas o arco permaneceu, intrigando com sua presença a todos que ali passavam. Por isso mesmo, constituía uma marco no início da estrada, como a fábrica, ao lado. Em 1.921, exatamente quando se iniciavam as grandes transformações no bairro, ocorreu a morte de Antoine. Os irmãos Saccoman decidiram voltar para a Europa e venderam a indústria, que passou a se denominar Cerâmica Ipiranga. Mudou o nome da empresa mas ficou o do bairro. Ficaram ainda, por muitos anos, a velha residência, a lagoa e o grande buraco, para retirada de argila. Veio depois a Via Anchieta iniciada em 1.939. A primeira pista foi inaugurada em 1.947 e tinha início exatamente no local em que existiu o primeiro arco. A pista foi alargada, mas ficaram na paisagem dois sinais: uma guarita e uma voluta , que guarnecia a escada do antigo posto e era reconhecida pelos viajantes mais atentos, que sabiam que ali terminava o Ipiranga e a CidHoje, q
Avenida Francesco Bibiena, 184 - Vila Liviero1 vaga de garagem coberta 43 m2 2 Dorms Cozinha 1 banheiro Área de serviço Sala Gás encanado Todo o apartamento possui móveis planejados em madeira : cozinha, dormitórios, cama com gaveteiro, aparador. Condomínio: 380,00 (Já incluso água no condomínio) Condomínio possui: playground, ampla área livre e arborizada, salão de festas com banheiros, churrasqueira coberta (Capacidade para 80 pessoas), quadra de esportes coberta. Portaria 24 horas. Atualmente não há cobrança de IPTU pelas regras da prefeitura de sp.São Paulo - SP1 vaga de garagem coberta 43 m2 2 Dorms Cozinha 1 banheiro Área de serviço Sala Gás encanado Todo o apartamento possui móveis planejados em madeira : cozinha, dormitórios, cama com gaveteiro, aparador. Condomínio: 380,00 (Já incluso água no condomínio) Condomínio possui: playground, ampla área livre e arborizada, salão de festas com banheiros, churrasqueira coberta (Capacidade para 80 pessoas), quadra de esportes coberta. Portaria 24 horas. Atualmente não há cobrança de IPTU pelas regras da prefeitura de sp.
Rua Antônio Herdeiro, 185 - SacomãRua Antônio Herdeiro, 185 – Próx. ao Shopping São Caetano e Rod. AnchietaSão Paulo - SPRua Antônio Herdeiro, 185 – Próx. ao Shopping São Caetano e Rod. Anchieta
Rua Mercedes Salano Castineiras, 21 - IpirangaAPARTAMENTO DOIS DORMITORIOS, SALA DOIS AMBIENTES, 2 VAGAS SALAO DE FESTAS. Ipiranga é um bairro localizado no distrito de homônimo[1] no município de São Paulo, Brasil. É um dos bairros localizado na zona Sul do município de São Paulo e abriga importantes pontos históricos, como o Museu do Ipiranga,[2][3][4] um dos mais conhecidos no Brasil, e o Parque da Independência, em frente ao edifício do museu. No Parque da Independência, há um monumento que simboliza a Independência do Brasil (proclamada onde hoje está o parque) e o famoso "Grito do Ipiranga". Dentro do parque, é possível se ver a Casa do Grito, que aparece no lado direito do quadro do pintor Pedro Américo que retrata a independência do Brasil. Topônimo O nome do bairro é uma referência ao riacho do Ipiranga, local onde foi proclamada a independência do Brasil, em 1822. De acordo com Eduardo de Almeida Navarro, o topônimo de origem tupi é formado pelas termos "y + pirang + a" e significa "rio vermelho" ou "água vermelha"[5] Descrição Além de ser um bairro residencial, também é um bairro comercial, tendo a avenida Nazaré como sua principal via. Paralelo à essa avenida está localizado o chamado "miolo do Ipiranga", entre as ruas Manifesto, Tabor, Comandante Taylor e a Avenida Nazaré, que é o ponto mais famoso do bairro e o mais valorizado.[carece de fontes] O bairro é atendido por quatro estações da Linha 2 do Metrô de São Paulo. São elas: Tamanduateí, Sacomã, Alto do Ipiranga e Santos-Imigrantes, e ainda pelas estações Tamanduateí e Ipiranga da Linha 10 do Trem Metropolitano de São Paulo. Também conta com boa parte da extensão do Expresso Tiradentes. História Conhecido como um dos bairros mais antigos do município de São Paulo, foi fundado em 7 de Setembro de 1822, data também da Proclamação da Independência, por Dom Pedro I às margens do ribeirão Ipiranga.[6] O bairro foi povoado por índios guaianases, porém no século XVI os homens brancos chegaram nessas terras. O português João Ramalho foi um dos primeiros a chegar no bairro e a contribuir para o surgimento de uma população mesclada do lugar. João se casou com Bartira, filha do cacique com quem teve muitos filhos. Após um tempo, os índios que residiam naquelas terras foram embora, pois não queriam mais ser escravizados pelos homens brancos. [7] Com o passar do tempo, o bairro deixou de ser apenas uma passagem entre o mar e a cidade, e Ipiranga testemunhou e colaborou nas modificações urbanas provocadas pela indústria, em 1904, foi palco do primeiro bonde elétrico. [7] Outro fator que provou a industrialização da região foi a inauguração da Rodovia Anchieta, que no ano de 1947 ocasionou na instalação de indústrias, comerciantes e novos moradores ao bairro. [8] Durante a Revolta Paulista de 1924 o bairro foi bombardeado por aviões do Governo Federal. O exército legalista ao governo de Artur Bernardes se utilizou do chamado "bombardeio terrificante", atingindo vários pontos da cidade, em especial bairros operários como Mooca, Ipiranga, Brás, Belenzinho e Centro, que foram seriamente afetados pelos bombardeios. A Família Jafet foi uma das primeiras de origem libanesa a chegar no Brasil. Benjamin Jafet foi o primeiro membro da família a chegar no país. Após alguns anos, os irmãos Jafet se tornariam os principais atacadistas e empreendedores da indústria têxtil brasileira. Sua Companhia Fabril de Tecelagem e Estamparia, contribuiu para o surgimento do bairro Ipiranga, auxiliando no seu desenvolvimento. A partir desse momento, a família Jafet em geral esteve presente nas principais obras da região do Ipiranga. Foram eles os responsáveis pela implantação de fábricas, obras de tratamentos as águas do rio Tamanduateí, construção de hospitais, escolas e estradas. [9] Outra figura importante para o surgimento e desenvolvimento do bairro foi a do Conde José Vicente de Azevedo, advogado, professor, parlamentar e precursor da ação social católica. Nos últimos anos do Império, José adquiriu terras na colina do Ipiranga. Através da expansão urbana do bairro, se desenvolve o Conde Vicente de Azevedo sua obra, fundada nos princípios de solidariedade cristã, dispondo de colaboradores notáveis da época. No dia 22 de Novembro de 1896, é inaugurado o "Asilo de Meninas Órfãs", primeira grande empreitada do Conde no bairro. O asilo proporcionou diversas obras de cunho educacional e assistencial. [10] Através das mudanças, se tornou um dos bairros mais tradicionais e conhecidos do município de São Paulo. Hoje, é considerado um museu a céu aberto, pois em 8 de maio de 2007 as doze construções centenárias do bairro foram tombadas pelo Conpresp (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental do Município de São Paulo). [6] Pontos de Interesse O bairro Ipiranga possui alguns pontos de interesse: Hospital Dom Antônio de Alvarenga Hospital Monumento Hospital da Plástica SP Parque da Independência Associação Museu de Arte Mágica e Ilusionismo João Peixoto dos Santos Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo Mercado Municipal do Ipiranga Centro Universitário São Camilo Clube Atlético Ypiranga Hamburgeria do Seu Osvaldo Casa Do Grito Monumento à Independência Congregação Cristã no Brasil - Ipiranga S.E.S. Imperador do Ipiranga G.R.C.E.S. Acadêmicos do Ipiranga Ipiranga é um bairro localizado no distrito de homônimo[1] no município de São Paulo, Brasil. É um dos bairros localizado na zona Sul do município de São Paulo e abriga importantes pontos históricos, como o Museu do Ipiranga,[2][3][4] um dos mais conhecidos no Brasil, e o Parque da Independência, em frente ao edifício do museu. No Parque da Independência, há um monumento que simboliza a Independência do Brasil (proclamada onde hoje está o parque) e o famoso "Grito do Ipiranga". Dentro do parque, é possível se ver a Casa do Grito, que aparece no lado direito do quadro do pintor Pedro Américo que retrata a independência do Brasil. Topônimo O nome do bairro é uma referência ao riacho do Ipiranga, local onde foi proclamada a independência do Brasil, em 1822. De acordo com Eduardo de Almeida Navarro, o topônimo de origem tupi é formado pelas termos "y + pirang + a" e significa "rio vermelho" ou "água vermelha"[5] Descrição Além de ser um bairro residencial, também é um bairro comercial, tendo a avenida Nazaré como sua principal via. Paralelo à essa avenida está localizado o chamado "miolo do Ipiranga", entre as ruas Manifesto, Tabor, Comandante Taylor e a Avenida Nazaré, que é o ponto mais famoso do bairro e o mais valorizado.[carece de fontes] O bairro é atendido por quatro estações da Linha 2 do Metrô de São Paulo. São elas: Tamanduateí, Sacomã, Alto do Ipiranga e Santos-Imigrantes, e ainda pelas estações Tamanduateí e Ipiranga da Linha 10 do Trem Metropolitano de São Paulo. Também conta com boa parte da extensão do Expresso Tiradentes. História Conhecido como um dos bairros mais antigos do município de São Paulo, foi fundado em 7 de Setembro de 1822, data também da Proclamação da Independência, por Dom Pedro I às margens do ribeirão Ipiranga.[6] O bairro foi povoado por índios guaianases, porém no século XVI os homens brancos chegaram nessas terras. O português João Ramalho foi um dos primeiros a chegar no bairro e a contribuir para o surgimento de uma população mesclada do lugar. João se casou com Bartira, filha do cacique com quem teve muitos filhos. Após um tempo, os índios que residiam naquelas terras foram embora, pois não queriam mais ser escravizados pelos homens brancos. [7] Com o passar do tempo, o bairro deixou de ser apenas uma passagem entre o mar e a cidade, e Ipiranga testemunhou e colaborou nas modificações urbanas provocadas pela indústria, em 1904, foi palco do primeiro bonde elétrico. [7] Outro fator que provou a industrialização da região foi a inauguração da Rodovia Anchieta, que no ano de 1947 ocasionou na instalação de indústrias, comerciantes e novos moradores ao bairro. [8] Durante a Revolta Paulista de 1924 o bairro foi bombardeado por aviões do Governo Federal. O exército legalista ao governo de Artur Bernardes se utilizou do chamado "bombardeio terrificante", atingindo vários pontos da cidade, em especial bairros operários como Mooca, Ipiranga, Brás, Belenzinho e Centro, que foram seriamente afetados pelos bombardeios. A Família Jafet foi uma das primeiras de origem libanesa a chegar no Brasil. Benjamin Jafet foi o primeiro membro da família a chegar no país. Após alguns anos, os irmãos Jafet se tornariam os principais atacadistas e empreendedores da indústria têxtil brasileira. Sua Companhia Fabril de Tecelagem e Estamparia, contribuiu para o surgimento do bairro Ipiranga, auxiliando no seu desenvolvimento. A partir desse momento, a família Jafet em geral esteve presente nas principais obras da região do Ipiranga. Foram eles os responsáveis pela implantação de fábricas, obras de tratamentos as águas do rio Tamanduateí, construção de hospitais, escolas e estradas. [9] Outra figura importante para o surgimento e desenvolvimento do bairro foi a do Conde José Vicente de Azevedo, advogado, professor, parlamentar e precursor da ação social católica. Nos últimos anos do Império, José adquiriu terras na colina do Ipiranga. Através da expansão urbana do bairro, se desenvolve o Conde Vicente de Azevedo sua obra, fundada nos princípios de solidariedade cristã, dispondo de colaboradores notáveis da época. No dia 22 de Novembro de 1896, é inaugurado o "Asilo de Meninas Órfãs", primeira grande empreitada do Conde no bairro. O asilo proporcionou diversas obras de cunho educacional e assistencial. [10] Através das mudanças, se tornou um dos bairros mais tradicionais e conhecidos do município de São Paulo. Hoje, é considerado um museu a céu aberto, pois em 8 de maio de 2007 as doze construções centenárias do bairro foram tombadas pelo Conpresp (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental do Município de São Paulo). [6] Pontos de Interesse O bairro Ipiranga possui alguns pontos de interesse: Hospital Dom Antônio de Alvarenga Hospital Monumento Hospital da Plástica SP Parque da Independência Associação Museu de Arte Mágica e Ilusionismo João Peixoto dos Santos Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo Mercado Municipal do Ipiranga Centro Universitário São Camilo Clube Atlético Ypiranga Hamburgeria do Seu Osvaldo Casa Do Grito Monumento à Independência Congregação Cristã no Brasil - Ipiranga S.E.S. Imperador do Ipiranga G.R.C.E.S. Acadêmicos do IpirangaSão Paulo - SPAPARTAMENTO DOIS DORMITORIOS, SALA DOIS AMBIENTES, 2 VAGAS SALAO DE FESTAS. Ipiranga é um bairro localizado no distrito de homônimo[1] no município de São Paulo, Brasil. É um dos bairros localizado na zona Sul do município de São Paulo e abriga importantes pontos históricos, como o Museu do Ipiranga,[2][3][4] um dos mais conhecidos no Brasil, e o Parque da Independência, em frente ao edifício do museu. No Parque da Independência, há um monumento que simboliza a Independência do Brasil (proclamada onde hoje está o parque) e o famoso "Grito do Ipiranga". Dentro do parque, é possível se ver a Casa do Grito, que aparece no lado direito do quadro do pintor Pedro Américo que retrata a independência do Brasil. Topônimo O nome do bairro é uma referência ao riacho do Ipiranga, local onde foi proclamada a independência do Brasil, em 1822. De acordo com Eduardo de Almeida Navarro, o topônimo de origem tupi é formado pelas termos "y + pirang + a" e significa "rio vermelho" ou "água vermelha"[5] Descrição Além de ser um bairro residencial, também é um bairro comercial, tendo a avenida Nazaré como sua principal via. Paralelo à essa avenida está localizado o chamado "miolo do Ipiranga", entre as ruas Manifesto, Tabor, Comandante Taylor e a Avenida Nazaré, que é o ponto mais famoso do bairro e o mais valorizado.[carece de fontes] O bairro é atendido por quatro estações da Linha 2 do Metrô de São Paulo. São elas: Tamanduateí, Sacomã, Alto do Ipiranga e Santos-Imigrantes, e ainda pelas estações Tamanduateí e Ipiranga da Linha 10 do Trem Metropolitano de São Paulo. Também conta com boa parte da extensão do Expresso Tiradentes. História Conhecido como um dos bairros mais antigos do município de São Paulo, foi fundado em 7 de Setembro de 1822, data também da Proclamação da Independência, por Dom Pedro I às margens do ribeirão Ipiranga.[6] O bairro foi povoado por índios guaianases, porém no século XVI os homens brancos chegaram nessas terras. O português João Ramalho foi um dos primeiros a chegar no bairro e a contribuir para o surgimento de uma população mesclada do lugar. João se casou com Bartira, filha do cacique com quem teve muitos filhos. Após um tempo, os índios que residiam naquelas terras foram embora, pois não queriam mais ser escravizados pelos homens brancos. [7] Com o passar do tempo, o bairro deixou de ser apenas uma passagem entre o mar e a cidade, e Ipiranga testemunhou e colaborou nas modificações urbanas provocadas pela indústria, em 1904, foi palco do primeiro bonde elétrico. [7] Outro fator que provou a industrialização da região foi a inauguração da Rodovia Anchieta, que no ano de 1947 ocasionou na instalação de indústrias, comerciantes e novos moradores ao bairro. [8] Durante a Revolta Paulista de 1924 o bairro foi bombardeado por aviões do Governo Federal. O exército legalista ao governo de Artur Bernardes se utilizou do chamado "bombardeio terrificante", atingindo vários pontos da cidade, em especial bairros operários como Mooca, Ipiranga, Brás, Belenzinho e Centro, que foram seriamente afetados pelos bombardeios. A Família Jafet foi uma das primeiras de origem libanesa a chegar no Brasil. Benjamin Jafet foi o primeiro membro da família a chegar no país. Após alguns anos, os irmãos Jafet se tornariam os principais atacadistas e empreendedores da indústria têxtil brasileira. Sua Companhia Fabril de Tecelagem e Estamparia, contribuiu para o surgimento do bairro Ipiranga, auxiliando no seu desenvolvimento. A partir desse momento, a família Jafet em geral esteve presente nas principais obras da região do Ipiranga. Foram eles os responsáveis pela implantação de fábricas, obras de tratamentos as águas do rio Tamanduateí, construção de hospitais, escolas e estradas. [9] Outra figura importante para o surgimento e desenvolvimento do bairro foi a do Conde José Vicente de Azevedo, advogado, professor, parlamentar e precursor da ação social católica. Nos últimos anos do Império, José adquiriu terras na colina do Ipiranga. Através da expansão urbana do bairro, se desenvolve o Conde Vicente de Azevedo sua obra, fundada nos princípios de solidariedade cristã, dispondo de colaboradores notáveis da época. No dia 22 de Novembro de 1896, é inaugurado o "Asilo de Meninas Órfãs", primeira grande empreitada do Conde no bairro. O asilo proporcionou diversas obras de cunho educacional e assistencial. [10] Através das mudanças, se tornou um dos bairros mais tradicionais e conhecidos do município de São Paulo. Hoje, é considerado um museu a céu aberto, pois em 8 de maio de 2007 as doze construções centenárias do bairro foram tombadas pelo Conpresp (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental do Município de São Paulo). [6] Pontos de Interesse O bairro Ipiranga possui alguns pontos de interesse: Hospital Dom Antônio de Alvarenga Hospital Monumento Hospital da Plástica SP Parque da Independência Associação Museu de Arte Mágica e Ilusionismo João Peixoto dos Santos Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo Mercado Municipal do Ipiranga Centro Universitário São Camilo Clube Atlético Ypiranga Hamburgeria do Seu Osvaldo Casa Do Grito Monumento à Independência Congregação Cristã no Brasil - Ipiranga S.E.S. Imperador do Ipiranga G.R.C.E.S. Acadêmicos do Ipiranga Ipiranga é um bairro localizado no distrito de homônimo[1] no município de São Paulo, Brasil. É um dos bairros localizado na zona Sul do município de São Paulo e abriga importantes pontos históricos, como o Museu do Ipiranga,[2][3][4] um dos mais conhecidos no Brasil, e o Parque da Independência, em frente ao edifício do museu. No Parque da Independência, há um monumento que simboliza a Independência do Brasil (proclamada onde hoje está o parque) e o famoso "Grito do Ipiranga". Dentro do parque, é possível se ver a Casa do Grito, que aparece no lado direito do quadro do pintor Pedro Américo que retrata a independência do Brasil. Topônimo O nome do bairro é uma referência ao riacho do Ipiranga, local onde foi proclamada a independência do Brasil, em 1822. De acordo com Eduardo de Almeida Navarro, o topônimo de origem tupi é formado pelas termos "y + pirang + a" e significa "rio vermelho" ou "água vermelha"[5] Descrição Além de ser um bairro residencial, também é um bairro comercial, tendo a avenida Nazaré como sua principal via. Paralelo à essa avenida está localizado o chamado "miolo do Ipiranga", entre as ruas Manifesto, Tabor, Comandante Taylor e a Avenida Nazaré, que é o ponto mais famoso do bairro e o mais valorizado.[carece de fontes] O bairro é atendido por quatro estações da Linha 2 do Metrô de São Paulo. São elas: Tamanduateí, Sacomã, Alto do Ipiranga e Santos-Imigrantes, e ainda pelas estações Tamanduateí e Ipiranga da Linha 10 do Trem Metropolitano de São Paulo. Também conta com boa parte da extensão do Expresso Tiradentes. História Conhecido como um dos bairros mais antigos do município de São Paulo, foi fundado em 7 de Setembro de 1822, data também da Proclamação da Independência, por Dom Pedro I às margens do ribeirão Ipiranga.[6] O bairro foi povoado por índios guaianases, porém no século XVI os homens brancos chegaram nessas terras. O português João Ramalho foi um dos primeiros a chegar no bairro e a contribuir para o surgimento de uma população mesclada do lugar. João se casou com Bartira, filha do cacique com quem teve muitos filhos. Após um tempo, os índios que residiam naquelas terras foram embora, pois não queriam mais ser escravizados pelos homens brancos. [7] Com o passar do tempo, o bairro deixou de ser apenas uma passagem entre o mar e a cidade, e Ipiranga testemunhou e colaborou nas modificações urbanas provocadas pela indústria, em 1904, foi palco do primeiro bonde elétrico. [7] Outro fator que provou a industrialização da região foi a inauguração da Rodovia Anchieta, que no ano de 1947 ocasionou na instalação de indústrias, comerciantes e novos moradores ao bairro. [8] Durante a Revolta Paulista de 1924 o bairro foi bombardeado por aviões do Governo Federal. O exército legalista ao governo de Artur Bernardes se utilizou do chamado "bombardeio terrificante", atingindo vários pontos da cidade, em especial bairros operários como Mooca, Ipiranga, Brás, Belenzinho e Centro, que foram seriamente afetados pelos bombardeios. A Família Jafet foi uma das primeiras de origem libanesa a chegar no Brasil. Benjamin Jafet foi o primeiro membro da família a chegar no país. Após alguns anos, os irmãos Jafet se tornariam os principais atacadistas e empreendedores da indústria têxtil brasileira. Sua Companhia Fabril de Tecelagem e Estamparia, contribuiu para o surgimento do bairro Ipiranga, auxiliando no seu desenvolvimento. A partir desse momento, a família Jafet em geral esteve presente nas principais obras da região do Ipiranga. Foram eles os responsáveis pela implantação de fábricas, obras de tratamentos as águas do rio Tamanduateí, construção de hospitais, escolas e estradas. [9] Outra figura importante para o surgimento e desenvolvimento do bairro foi a do Conde José Vicente de Azevedo, advogado, professor, parlamentar e precursor da ação social católica. Nos últimos anos do Império, José adquiriu terras na colina do Ipiranga. Através da expansão urbana do bairro, se desenvolve o Conde Vicente de Azevedo sua obra, fundada nos princípios de solidariedade cristã, dispondo de colaboradores notáveis da época. No dia 22 de Novembro de 1896, é inaugurado o "Asilo de Meninas Órfãs", primeira grande empreitada do Conde no bairro. O asilo proporcionou diversas obras de cunho educacional e assistencial. [10] Através das mudanças, se tornou um dos bairros mais tradicionais e conhecidos do município de São Paulo. Hoje, é considerado um museu a céu aberto, pois em 8 de maio de 2007 as doze construções centenárias do bairro foram tombadas pelo Conpresp (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental do Município de São Paulo). [6] Pontos de Interesse O bairro Ipiranga possui alguns pontos de interesse: Hospital Dom Antônio de Alvarenga Hospital Monumento Hospital da Plástica SP Parque da Independência Associação Museu de Arte Mágica e Ilusionismo João Peixoto dos Santos Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo Mercado Municipal do Ipiranga Centro Universitário São Camilo Clube Atlético Ypiranga Hamburgeria do Seu Osvaldo Casa Do Grito Monumento à Independência Congregação Cristã no Brasil - Ipiranga S.E.S. Imperador do Ipiranga G.R.C.E.S. Acadêmicos do Ipiranga
Rua Professor Arnaldo João Semeraro, 500 - Jardim Santa EmíliaSacomã é um distrito situado na região sudeste do município de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil. Do ponto de vista cultural e tradicional, o distrito do Sacomã é ligado ao distrito do Ipiranga. A região tradicionalmente chamada de Sacomã corresponde à área comercial localizada nas últimas quadras da Rua Silva Bueno, Rua Greenfeld, Rua Agostinho Gomes e Rua Bom Pastor, onde se encontra o terminal de ônibus Sacomã (Ipiranga). O nome original do distrito era Saccoman, em homenagem à família homônima de empreendedores franceses proprietária do "Estabelecimento Cerâmico Saccoman Frères", primeira grande fábrica de produtos cerâmicos, especialmente telhas, do Brasil.[1][2] Parte da área antes ocupada pela fábrica é, hoje, a Favela Heliópolis.[3] Região historicamente de ocupação proletária, com forte presença de imigrantes espanhóis e italianos no século XX, serviu como moradia para trabalhadores de indústrias do Ipiranga, da Mooca e do ABC Paulista. Desse distrito, parte a rodovia Anchieta, ponto de saída do município de São Paulo para o litoral de São Paulo. O distrito faz divisa com os distritos do Cursino e do Ipiranga e com os municípios de Diadema,[4] São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. O Sacomã também é próximo de outros distritos importantes de São Paulo, como Jabaquara, Saúde, Vila Mariana, Mooca e Vila Prudente. Recebeu um novo terminal de ônibus, o Terminal Sacomã, com ônibus de pontos da Zona Sul de São Paulo e do ABC. É junto a esse terminal que se inicia a primeira linha do Expresso Tiradentes. No dia 30 de janeiro de 2010, foi inaugurada a Estação Sacomã, integrada ao Terminal de ônibus "Expresso Tiradentes" (popularmente conhecido como "Fura-fila"), pertencente à Linha 2 do Metrô de São Paulo. Sacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste. Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX. No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Pela terras dos irmãos Sacoman passava a Estrada do Moinho Velho, que em 1916 passou a se chamar Estrada das Lágrimas, usada por viajantes que iam para o litoral paulista. No início dessa estrada encontra-se uma árvore de figueira-brava que, naquela época, já era centenária e os moradores da cidade lutavam para que ela fosse poupada da destruição iminente, em razão do progresso. Os paulistanos alegavam que a árvore fazia parte da história da cidade pois, sob seus galhos, os alunos da Faculdade de Direito do Largo São Francisco se reuniam, ao fim do curso, para se despedirem dos colegas que retornavam a suas cidades de origem. Em 1864, quando teve início a Guerra do Paraguai, também era ali que as mães se despediam dos filhos que seguiam para a guerra. Por conta disso, a árvore ficou conhecida como Figueira das Lágrimas. Em 25 de agosto de 1910, os industriais Sacoman Frères manifestaram intenção de doar à municipalidade o terreno de 100 m² onde se encontrava a Figueira das Lágrimas. A intenção de doação foi apresentada à Câmara de Vereadores em 27/08/1910, pelo vereador Mário do Amaral, no Projeto nº 42. Em 26/05/1911, pela Resolução nº 15[4], a Câmara autorizou a Prefeitura a receber a doação. A escritura foi lavrada em 05/02/1920 e a árvore tornou-se patrimônio cultural da cidade[7]. Na Estrada das Lágrimas também encontra-se o Santuário de Santa Edwiges, a santa da Igreja Católica que ganhou fama, entre os brasileiros, como protetora dos endividados. Todo ano, no seu dia, 16 de outubro, o santuário recebe milhares de devotos Sacomã é um distrito situado na região sudeste do município de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil. Do ponto de vista cultural e tradicional, o distrito do Sacomã é ligado ao distrito do Ipiranga. A região tradicionalmente chamada de Sacomã corresponde à área comercial localizada nas últimas quadras da Rua Silva Bueno, Rua Greenfeld, Rua Agostinho Gomes e Rua Bom Pastor, onde se encontra o terminal de ônibus Sacomã (Ipiranga). O nome original do distrito era Saccoman, em homenagem à família homônima de empreendedores franceses proprietária do "Estabelecimento Cerâmico Saccoman Frères", primeira grande fábrica de produtos cerâmicos, especialmente telhas, do Brasil.[1][2] Parte da área antes ocupada pela fábrica é, hoje, a Favela Heliópolis.[3] Região historicamente de ocupação proletária, com forte presença de imigrantes espanhóis e italianos no século XX, serviu como moradia para trabalhadores de indústrias do Ipiranga, da Mooca e do ABC Paulista. Desse distrito, parte a rodovia Anchieta, ponto de saída do município de São Paulo para o litoral de São Paulo. O distrito faz divisa com os distritos do Cursino e do Ipiranga e com os municípios de Diadema,[4] São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. O Sacomã também é próximo de outros distritos importantes de São Paulo, como Jabaquara, Saúde, Vila Mariana, Mooca e Vila Prudente. Recebeu um novo terminal de ônibus, o Terminal Sacomã, com ônibus de pontos da Zona Sul de São Paulo e do ABC. É junto a esse terminal que se inicia a primeira linha do Expresso Tiradentes. No dia 30 de janeiro de 2010, foi inaugurada a Estação Sacomã, integrada ao Terminal de ônibus "Expresso Tiradentes" (popularmente conhecido como "Fura-fila"), pertencente à Linha 2 do Metrô de São Paulo. Sacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste. Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX. No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Pela terras dos irmãos Sacoman passava a Estrada do Moinho Velho, que em 1916 passou a se chamar Estrada das Lágrimas, usada por viajantes que iam para o litoral paulista. No início dessa estrada encontra-se uma árvore de figueira-brava que, naquela época, já era centenária e os moradores da cidade lutavam para que ela fosse poupada da destruição iminente, em razão do progresso. Os paulistanos alegavam que a árvore fazia parte da história da cidade pois, sob seus galhos, os alunos da Faculdade de Direito do Largo São Francisco se reuniam, ao fim do curso, para se despedirem dos colegas que retornavam a suas cidades de origem. Em 1864, quando teve início a Guerra do Paraguai, também era ali que as mães se despediam dos filhos que seguiam para a guerra. Por conta disso, a árvore ficou conhecida como Figueira das Lágrimas. Em 25 de agosto de 1910, os industriais Sacoman Frères manifestaram intenção de doar à municipalidade o terreno de 100 m² onde se encontrava a Figueira das Lágrimas. A intenção de doação foi apresentada à Câmara de Vereadores em 27/08/1910, pelo vereador Mário do Amaral, no Projeto nº 42. Em 26/05/1911, pela Resolução nº 15[4], a Câmara autorizou a Prefeitura a receber a doação. A escritura foi lavrada em 05/02/1920 e a árvore tornou-se patrimônio cultural da cidade[7]. Na Estrada das Lágrimas também encontra-se o Santuário de Santa Edwiges, a santa da Igreja Católica que ganhou fama, entre os brasileiros, como protetora dos endividados. Todo ano, no seu dia, 16 de outubro, o santuário recebe milhares de devotosSão Paulo - SPSacomã é um distrito situado na região sudeste do município de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil. Do ponto de vista cultural e tradicional, o distrito do Sacomã é ligado ao distrito do Ipiranga. A região tradicionalmente chamada de Sacomã corresponde à área comercial localizada nas últimas quadras da Rua Silva Bueno, Rua Greenfeld, Rua Agostinho Gomes e Rua Bom Pastor, onde se encontra o terminal de ônibus Sacomã (Ipiranga). O nome original do distrito era Saccoman, em homenagem à família homônima de empreendedores franceses proprietária do "Estabelecimento Cerâmico Saccoman Frères", primeira grande fábrica de produtos cerâmicos, especialmente telhas, do Brasil.[1][2] Parte da área antes ocupada pela fábrica é, hoje, a Favela Heliópolis.[3] Região historicamente de ocupação proletária, com forte presença de imigrantes espanhóis e italianos no século XX, serviu como moradia para trabalhadores de indústrias do Ipiranga, da Mooca e do ABC Paulista. Desse distrito, parte a rodovia Anchieta, ponto de saída do município de São Paulo para o litoral de São Paulo. O distrito faz divisa com os distritos do Cursino e do Ipiranga e com os municípios de Diadema,[4] São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. O Sacomã também é próximo de outros distritos importantes de São Paulo, como Jabaquara, Saúde, Vila Mariana, Mooca e Vila Prudente. Recebeu um novo terminal de ônibus, o Terminal Sacomã, com ônibus de pontos da Zona Sul de São Paulo e do ABC. É junto a esse terminal que se inicia a primeira linha do Expresso Tiradentes. No dia 30 de janeiro de 2010, foi inaugurada a Estação Sacomã, integrada ao Terminal de ônibus "Expresso Tiradentes" (popularmente conhecido como "Fura-fila"), pertencente à Linha 2 do Metrô de São Paulo. Sacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste. Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX. No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Pela terras dos irmãos Sacoman passava a Estrada do Moinho Velho, que em 1916 passou a se chamar Estrada das Lágrimas, usada por viajantes que iam para o litoral paulista. No início dessa estrada encontra-se uma árvore de figueira-brava que, naquela época, já era centenária e os moradores da cidade lutavam para que ela fosse poupada da destruição iminente, em razão do progresso. Os paulistanos alegavam que a árvore fazia parte da história da cidade pois, sob seus galhos, os alunos da Faculdade de Direito do Largo São Francisco se reuniam, ao fim do curso, para se despedirem dos colegas que retornavam a suas cidades de origem. Em 1864, quando teve início a Guerra do Paraguai, também era ali que as mães se despediam dos filhos que seguiam para a guerra. Por conta disso, a árvore ficou conhecida como Figueira das Lágrimas. Em 25 de agosto de 1910, os industriais Sacoman Frères manifestaram intenção de doar à municipalidade o terreno de 100 m² onde se encontrava a Figueira das Lágrimas. A intenção de doação foi apresentada à Câmara de Vereadores em 27/08/1910, pelo vereador Mário do Amaral, no Projeto nº 42. Em 26/05/1911, pela Resolução nº 15[4], a Câmara autorizou a Prefeitura a receber a doação. A escritura foi lavrada em 05/02/1920 e a árvore tornou-se patrimônio cultural da cidade[7]. Na Estrada das Lágrimas também encontra-se o Santuário de Santa Edwiges, a santa da Igreja Católica que ganhou fama, entre os brasileiros, como protetora dos endividados. Todo ano, no seu dia, 16 de outubro, o santuário recebe milhares de devotos Sacomã é um distrito situado na região sudeste do município de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil. Do ponto de vista cultural e tradicional, o distrito do Sacomã é ligado ao distrito do Ipiranga. A região tradicionalmente chamada de Sacomã corresponde à área comercial localizada nas últimas quadras da Rua Silva Bueno, Rua Greenfeld, Rua Agostinho Gomes e Rua Bom Pastor, onde se encontra o terminal de ônibus Sacomã (Ipiranga). O nome original do distrito era Saccoman, em homenagem à família homônima de empreendedores franceses proprietária do "Estabelecimento Cerâmico Saccoman Frères", primeira grande fábrica de produtos cerâmicos, especialmente telhas, do Brasil.[1][2] Parte da área antes ocupada pela fábrica é, hoje, a Favela Heliópolis.[3] Região historicamente de ocupação proletária, com forte presença de imigrantes espanhóis e italianos no século XX, serviu como moradia para trabalhadores de indústrias do Ipiranga, da Mooca e do ABC Paulista. Desse distrito, parte a rodovia Anchieta, ponto de saída do município de São Paulo para o litoral de São Paulo. O distrito faz divisa com os distritos do Cursino e do Ipiranga e com os municípios de Diadema,[4] São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. O Sacomã também é próximo de outros distritos importantes de São Paulo, como Jabaquara, Saúde, Vila Mariana, Mooca e Vila Prudente. Recebeu um novo terminal de ônibus, o Terminal Sacomã, com ônibus de pontos da Zona Sul de São Paulo e do ABC. É junto a esse terminal que se inicia a primeira linha do Expresso Tiradentes. No dia 30 de janeiro de 2010, foi inaugurada a Estação Sacomã, integrada ao Terminal de ônibus "Expresso Tiradentes" (popularmente conhecido como "Fura-fila"), pertencente à Linha 2 do Metrô de São Paulo. Sacomã é um bairro pertencente ao distrito homônimo, no município de São Paulo, estado de São Paulo. Tem uma área de 794.000 m² limitada pela Rodovia Anchieta, Estrada das Lágrimas, Rua Araújo Gondim, Rua Japaratuba, Rua Protocolo, Rua Alencar Araripe e Rua Budapeste. Fica difícil compreender a formação dos bairros paulistanos sem o conhecimento de algumas características da cidade. A grande participação de imigrantes europeus, não oriundos da Península Ibérica, e a pequena participação dos negros, são coisas pouco comuns nas regiões do país onde a presença do colonizador português foi mais efetiva. Essa é a razão do breve relato que segue. Durante quase três séculos a cidade de São Paulo viveu à margem das grandes correntes econômicas da vida brasileira. Para além do núcleo que lhe deu origem havia fazendas, sítios e chácaras onde seus proprietários eram pessoas simples, que trabalhavam na terra com a ajuda de seus familiares e, eventualmente, alguns índios. Praticavam a lavoura de subsistência, voltada para o mercado local, e não tinham recursos financeiros para terem escravos africanos. Havia uma pequena elite, que possuía grandes extensões de terras, como os herdeiros do ouvidor Amador de Medeiros que, em 11 de setembro de 1571 havia obtido, em carta de sesmarias, terras que abrangiam os atuais ABC e uma parte do Ipiranga. Também consta a existência de um tal António Proença como um dos primeiros moradores do Ipiranga, dono de grande extensão de terras. No vasto território desta cidade havia diversos núcleos isolados, distantes um do outro, e dependentes do núcleo central. No início do século XIX a predominância da população feminina livre era evidente, pois a população masculina sofreu baixas em razão de suas aventuras pelo sertão, nas expedições conhecidas como Bandeiras. Nessa época, as lavoura de café, nas cidades do interior ganhavam importância e toda a produção passava por São Paulo, rumo ao Porto de Santos ou Rio de Janeiro. Por outro lado, tudo que chegava da Europa, destinado a abastecer as outras cidades do Estado, também passavam por aqui, e São Paulo tornou-se um importante centro comercial, atraindo o interesse de investidores europeus. Os grandes proprietários rurais do interior do Estado, chamados Barões do Café, construíram suas residências na cidade e começaram a diversificar seus negócios, investindo na criação de indústrias. Muitos imigrantes europeus chegaram à cidade, atraídos pela possibilidade de novos negócios, ou a procura de emprego nas indústrias. São Paulo entrava na era industrial e precisava da mão-de-obra e do conhecimento técnico do Europeu. A necessidade de construção de moradias para todos esses imigrantes, e terras para instalação das indústrias, deu início à especulação imobiliária, e os proprietários rurais começaram a vender suas terras. Assim surgiram muitos bairros no final do século XIX e início do XX. No início do século XVII, na região do Ipiranga havia grandes fazendas produtoras de trigo. Algumas dessas fazendas possuíam moinhos de água, para a fabricação de farinha, que abastecia toda a colônia. Com o passar do tempo a região deixou de produzir trigo, as fazendas foram divididas e vendidas e os moinhos, sem utilidade, se deterioraram e desapareceram. Uma região, onde havia um desses moinhos, ficou conhecida como Sítio do Moinho. Em 1888, chegaram em São Paulo os irmãos Antoine, Ernest e Henry Sacoman. Empresários oriundos da região de Marselha, na França, os três irmãos eram fabricantes de telhas e outros produtos de terracota, e pretendiam instalar aqui uma indústria desse tipo. Inicialmente se instalaram no bairro da Água Branca, onde permaneceram por um ano, fazendo experimentos com a argila da região. Insatisfeitos com a qualidade da argila, mudaram-se para Osasco, onde também não encontraram matéria prima adequada e, um ano depois, transferiram suas modestas instalações para um galpão arrendado, na região do Ipiranga, onde hoje está a Rua do Manifesto. Era o ano de 1891 e, próximo dali, atravessando o Rio Tamanduateí, três irmãos italianos tinham fundado a Vila Prudente[5]. Emídio, Panfilio e Bernardino Falchi, fundadores da Vila Prudente, em sociedade com Seraphim Corso e Alexandre Bhemer, haviam instalado na região uma olaria, com o objetivo de fabricar tijolos e telhas para a construção das casas dos operários que chegavam à vila. Os irmãos Sacoman se associaram a eles e começaram a produzir, na pequena olaria, as telhas denominadas Marselha, hoje conhecidas como telhas francesas. A argila, extraída dos morros da região, mostrou-se adequada para as pretensões dos irmãos Sacoman e, mais tarde, a pequena olaria cresceu, passando a se chamar Companhia Cerâmica Vila Prudente[6]. Em 1895 os irmãos Sacoman adquiriram um terreno de 10 alqueires (242000 m²) na região do Sítio do Moinho[2], no bairro do Ipiranga, e fundaram o Estabelecimento Cerâmico Sacoman Frères - Ipiranga[3]. Pela alta qualidade apresentada, os produtos dessa empresa passaram a ter grande aceitação, rivalizando com os similares franceses. Quando, no início do século XX, a São Paulo Railway Compani construiu a monumental Estação da Luz, obra prima da arquitetura da época, os tijolos e telhas utilizados haviam sido fabricados pela Cerâmica Sacoman Frères – Ipiranga. Tivesse sido construída alguns anos antes, certamente seriam utilizados produtos fabricados na Europa[5]. A indústria passou a ser um ponto de referência para quem ia para aquela região do Ipiranga e, em 1913, quando a Light and Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, levou uma linha de bonde, com o nome Fábrica, até a Rua Silva Bueno, a região já era conhecida como Bairro Sacoman[5]. Em 1921, Antoine Sacoman, o mais velho dos três irmãos, faleceu. Logo depois, em 1923, os outros dois irmãos venderam a indústria e retornaram para a França[5]. Quase nada dos Sacoman resistiu ao tempo; o poço de onde tiravam argila se tornou uma grande lagoa, que foi aterrada em 1960, e a área ocupada pela fábrica foi modificada para a construção da Via Anchieta. O terreno foi loteado, formando-se ali o bairro do Sacomã, com a incorporação de outras áreas. O bairro é, predominantemente, residêncial e quem entra nele, vindo do Ipiranga, passa por um emaranhado viário repleto de viadutos. Bem ao lado tinha início a Favela de Heliópolis, que em 2006 ganhou status de bairro e foi rebatizada com o nome Cidade Nova Heliópolis. Pela terras dos irmãos Sacoman passava a Estrada do Moinho Velho, que em 1916 passou a se chamar Estrada das Lágrimas, usada por viajantes que iam para o litoral paulista. No início dessa estrada encontra-se uma árvore de figueira-brava que, naquela época, já era centenária e os moradores da cidade lutavam para que ela fosse poupada da destruição iminente, em razão do progresso. Os paulistanos alegavam que a árvore fazia parte da história da cidade pois, sob seus galhos, os alunos da Faculdade de Direito do Largo São Francisco se reuniam, ao fim do curso, para se despedirem dos colegas que retornavam a suas cidades de origem. Em 1864, quando teve início a Guerra do Paraguai, também era ali que as mães se despediam dos filhos que seguiam para a guerra. Por conta disso, a árvore ficou conhecida como Figueira das Lágrimas. Em 25 de agosto de 1910, os industriais Sacoman Frères manifestaram intenção de doar à municipalidade o terreno de 100 m² onde se encontrava a Figueira das Lágrimas. A intenção de doação foi apresentada à Câmara de Vereadores em 27/08/1910, pelo vereador Mário do Amaral, no Projeto nº 42. Em 26/05/1911, pela Resolução nº 15[4], a Câmara autorizou a Prefeitura a receber a doação. A escritura foi lavrada em 05/02/1920 e a árvore tornou-se patrimônio cultural da cidade[7]. 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