Mapa
Conselheiro Nebias, 664 - Campos ElíseosMorar na zona central de São Paulo é sinônimo de praticidade e conveniência. A infraestrutura da região é impressionante, com acesso a uma imensa variedade de serviços, comércio e lazer. A presença de escolas, hospitais, bancos e serviços públicos facilita a vida dos moradores. Além disso, a oferta de transporte é uma das melhores do país. A zona central é servida por várias linhas de metrô, ônibus e trens que conectam a região a todas as partes da cidade e, até mesmo, a cidades vizinhas. Essa acessibilidade torna o deslocamento mais fácil e rápido, permitindo que os moradores aproveitem tudo o que a cidade tem a oferecer. Outro ponto interessante é que a região é um polo de negócios, que atrai empresas e profissionais de diversas áreas. A proximidade de centros comerciais, como a Rua 25 de Março, um dos maiores centros de compras populares do Brasil, garante que os moradores tenham acesso a produtos e serviços a preços acessíveis. Aspectos culturais e pontos turísticos A zona central de São Paulo é um verdadeiro mosaico cultural. A Liberdade, famosa por sua forte influência da cultura japonesa, oferece festivais, mercados e uma culinária rica e diversificada. Já a Avenida Paulista, com suas instituições culturais, como o MASP e o Centro Cultural Fiesp, é um centro de atividades artísticas e sociais. O bairro também abriga museus importantes, como o de Arte Moderna, o da Língua Portuguesa, o de Artes de São Paulo, que enriquecem ainda mais a cena cultural. Os mercados municipais, como o Mercado Municipal de São Paulo, são paradas obrigatórias para quem deseja experimentar a gastronomia local, com seu famoso sanduíche de mortadela e o pastel de bacalhau. Além disso, a região é repleta de parques e praças, como o Parque da Luz, que proporciona espaços de lazer e convivência. Características dos 13 principais bairros da zona central Nesta parte do nosso tour virtual, vamos conhecer 13 principais bairros da zona central de São Paulo, com suas características: 1. Sé A Sé é um bairro central movimentado, conhecido por sua rica vida cultural e religiosa. Além da imponente Catedral, abriga o Pátio do Colégio e o Mosteiro de São Bento. É um importante hub de transporte, com acesso ao metrô e ônibus, e possui comércio diversificado e animada vida urbana. 2. República Um dos bairros mais boêmios da cidade, a República é conhecida por sua vida noturna agitada e pelo famoso Largo do Arouche. O teatro, bares e restaurantes alternativos atraem um público jovem, enquanto as belas edificações do início do século XX dão um charme para a região. 3. Liberdade Centro da cultura japonesa em São Paulo, a Liberdade é famosa por suas lanternas vermelhas e mercados de produtos orientais. O bairro abriga festivais anuais, como o Tanabata Matsuri, além de oferecer uma variedade impressionante de restaurantes, lojas e eventos culturais que celebram a cultura asiática. 4. Bom Retiro Tradicionalmente conhecido como um pólo de moda, o Bom Retiro é o destino ideal para quem busca roupas a preços acessíveis. O bairro possui uma forte influência da comunidade coreana, com diversas lojas e restaurantes, além de ser um local de muita cultura e arte. 5. Consolação Consolação é um bairro vibrante de São Paulo, conhecido por sua diversidade cultural e vida noturna agitada. Com uma mistura de arquitetura histórica e moderna, abriga bares, restaurantes e cafés descolados. A proximidade com a Avenida Paulista e o Parque Trianon oferece fácil acesso à cultura e lazer. 6. Bela Vista Outro bairro da Zona Central de São Paulo é popularmente conhecido como “Bixiga”. Já o nome oficial é Bela Vista, famosa por sua culinária italiana e festas tradicionais, como a Festa de São Vito. O bairro combina tradição e modernidade, com teatros, bares e um ambiente acolhedor, ideal para quem aprecia a cultura paulistana. 7. Santa Cecília Um bairro que mistura o antigo e o novo, Santa Cecília é conhecido por suas construções históricas e pela cena musical vibrante. Com diversas casas de show, o local atrai artistas e amantes da música. O bairro também conta com cafés charmosos e uma atmosfera descontraída. Leia também: Estação Santa Cecília: guia completo do metrô 8. São Paulo (Centro Histórico) O Centro Histórico é uma área rica em patrimônio cultural, com museus, praças e monumentos icônicos. O Theatro Municipal e a Praça da República são pontos de destaque, além de eventos culturais frequentes. A arquitetura colonial e modernista se mistura, criando um ambiente fascinante.São Paulo - SPMorar na zona central de São Paulo é sinônimo de praticidade e conveniência. A infraestrutura da região é impressionante, com acesso a uma imensa variedade de serviços, comércio e lazer. A presença de escolas, hospitais, bancos e serviços públicos facilita a vida dos moradores. Além disso, a oferta de transporte é uma das melhores do país. A zona central é servida por várias linhas de metrô, ônibus e trens que conectam a região a todas as partes da cidade e, até mesmo, a cidades vizinhas. Essa acessibilidade torna o deslocamento mais fácil e rápido, permitindo que os moradores aproveitem tudo o que a cidade tem a oferecer. Outro ponto interessante é que a região é um polo de negócios, que atrai empresas e profissionais de diversas áreas. A proximidade de centros comerciais, como a Rua 25 de Março, um dos maiores centros de compras populares do Brasil, garante que os moradores tenham acesso a produtos e serviços a preços acessíveis. Aspectos culturais e pontos turísticos A zona central de São Paulo é um verdadeiro mosaico cultural. A Liberdade, famosa por sua forte influência da cultura japonesa, oferece festivais, mercados e uma culinária rica e diversificada. Já a Avenida Paulista, com suas instituições culturais, como o MASP e o Centro Cultural Fiesp, é um centro de atividades artísticas e sociais. O bairro também abriga museus importantes, como o de Arte Moderna, o da Língua Portuguesa, o de Artes de São Paulo, que enriquecem ainda mais a cena cultural. Os mercados municipais, como o Mercado Municipal de São Paulo, são paradas obrigatórias para quem deseja experimentar a gastronomia local, com seu famoso sanduíche de mortadela e o pastel de bacalhau. Além disso, a região é repleta de parques e praças, como o Parque da Luz, que proporciona espaços de lazer e convivência. Características dos 13 principais bairros da zona central Nesta parte do nosso tour virtual, vamos conhecer 13 principais bairros da zona central de São Paulo, com suas características: 1. Sé A Sé é um bairro central movimentado, conhecido por sua rica vida cultural e religiosa. Além da imponente Catedral, abriga o Pátio do Colégio e o Mosteiro de São Bento. É um importante hub de transporte, com acesso ao metrô e ônibus, e possui comércio diversificado e animada vida urbana. 2. República Um dos bairros mais boêmios da cidade, a República é conhecida por sua vida noturna agitada e pelo famoso Largo do Arouche. O teatro, bares e restaurantes alternativos atraem um público jovem, enquanto as belas edificações do início do século XX dão um charme para a região. 3. Liberdade Centro da cultura japonesa em São Paulo, a Liberdade é famosa por suas lanternas vermelhas e mercados de produtos orientais. O bairro abriga festivais anuais, como o Tanabata Matsuri, além de oferecer uma variedade impressionante de restaurantes, lojas e eventos culturais que celebram a cultura asiática. 4. Bom Retiro Tradicionalmente conhecido como um pólo de moda, o Bom Retiro é o destino ideal para quem busca roupas a preços acessíveis. O bairro possui uma forte influência da comunidade coreana, com diversas lojas e restaurantes, além de ser um local de muita cultura e arte. 5. Consolação Consolação é um bairro vibrante de São Paulo, conhecido por sua diversidade cultural e vida noturna agitada. Com uma mistura de arquitetura histórica e moderna, abriga bares, restaurantes e cafés descolados. A proximidade com a Avenida Paulista e o Parque Trianon oferece fácil acesso à cultura e lazer. 6. Bela Vista Outro bairro da Zona Central de São Paulo é popularmente conhecido como “Bixiga”. Já o nome oficial é Bela Vista, famosa por sua culinária italiana e festas tradicionais, como a Festa de São Vito. O bairro combina tradição e modernidade, com teatros, bares e um ambiente acolhedor, ideal para quem aprecia a cultura paulistana. 7. Santa Cecília Um bairro que mistura o antigo e o novo, Santa Cecília é conhecido por suas construções históricas e pela cena musical vibrante. Com diversas casas de show, o local atrai artistas e amantes da música. O bairro também conta com cafés charmosos e uma atmosfera descontraída. Leia também: Estação Santa Cecília: guia completo do metrô 8. São Paulo (Centro Histórico) O Centro Histórico é uma área rica em patrimônio cultural, com museus, praças e monumentos icônicos. O Theatro Municipal e a Praça da República são pontos de destaque, além de eventos culturais frequentes. A arquitetura colonial e modernista se mistura, criando um ambiente fascinante.
Rua Ana Cintra, 192 - Campos ElíseosSão Paulo - SP
Avenida Francisco Matarazzo, 244 - Água BrancaSão Paulo - SP
Rua Adalberto Kemeny, 82 - Parque Industrial Tomas Edson1 Dormitório com armário; Banheiro com box blindex; Living em 2 ambientes; Cozinha com armários planejados, integrada a sala, com fogão Cooktop dividindo a sala da cozinha; Terraço integrado ao dormitório e living; 1 Vaga de garagem Barra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os p1 Dormitório com armário; Banheiro com box blindex; Living em 2 ambientes; Cozinha com armários planejados, integrada a sala, com fogãoSão Paulo - SP1 Dormitório com armário; Banheiro com box blindex; Living em 2 ambientes; Cozinha com armários planejados, integrada a sala, com fogão Cooktop dividindo a sala da cozinha; Terraço integrado ao dormitório e living; 1 Vaga de garagem Barra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os p1 Dormitório com armário; Banheiro com box blindex; Living em 2 ambientes; Cozinha com armários planejados, integrada a sala, com fogão
Rua Adalberto Kemeny, 82 - Barra Funda1 Dormitório com armário; Banheiro com box blindex; Living em 2 ambientes; Cozinha com armários planejados, integrada a sala, com fogão Cooktop dividindo a sala da cozinha; Terraço integrado ao dormitório e living; 1 Vaga de garagem Barra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os pSão Paulo - SP1 Dormitório com armário; Banheiro com box blindex; Living em 2 ambientes; Cozinha com armários planejados, integrada a sala, com fogão Cooktop dividindo a sala da cozinha; Terraço integrado ao dormitório e living; 1 Vaga de garagem Barra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os p
Rua Irmã Carolina, 229 - BelenzinhoDia Oficial 26 de junho Fundação 26 de julho de 1899 (125 anos) Imigração predominante Itália Distrito Belém Subprefeitura Mooca Região Administrativa Leste ver Belenzinho é um bairro da cidade de São Paulo localizado na região central adjacente à Paróquia São José do Belém, no distrito do Belém, administrado pela Subprefeitura da Mooca. [1] História Ver artigo principal: Vila Maria Zélia O bairro do Belenzinho, situado na zona leste de São Paulo, é uma área rica em história e diversidade cultural que se desenvolveu ao longo dos séculos.[2] O nome "Belenzinho" deriva do bairro vizinho, Belém, que por sua vez foi nomeado em homenagem à Igreja São José do Belém, estabelecida em 14 de agosto de 1897 e um ponto central para a comunidade local.[3] Vila Maria Zélia, antigo bairro operário que se situa no bairro. Traçado do bairro, Mapa Oficial da cidade em 1929, grafado na época como "Belemzinho". Igreja São José do Belém, marco do bairro localizada no Largo de mesmo nome. O Belenzinho foi oficialmente criado em 26 de junho de 1899. No início do século XX, a população era de cerca de 10.000 pessoas, crescendo para quase 60.000 nos anos 1950 e 1960. O bairro é uma verdadeira mescla de imigrantes, incluindo portugueses, espanhóis, italianos, e mais recentemente, chineses e libaneses, distribuídos ao longo de seus 6 km² de área.[2] As terras do Belenzinho faziam parte das chamadas Sesmarias, sendo seu antigo dono João Ramalho. O bairro nasceu a partir do Marco (rocio) de Meia Légua, com uma circunferência de 3,3 km de raio a partir da Praça da Sé (marco zero) em 1769.[4] Ao longo do tempo, o bairro passou por significativas transformações, pertencendo à Freguesia do Senhor Bom Jesus de Matozinhos do Brás.[5] No final do século XIX e início do século XX, o Belenzinho era conhecido como uma "aprazível estância climática", com uma altitude de 750 metros acima do nível do mar, oferecendo um ambiente isolado, com ar puro e vastas áreas arborizadas.[3] A Vila Maria Zélia, um antigo bairro operário fundado em 1917, é um marco histórico do bairro. Considerada a única vila operária do gênero no país, a Vila Maria Zélia está em busca de revitalização.[5] Embora tombada pelo Estado em 1992, muitos de seus prédios estão em ruínas ou desfigurados, mas um projeto de revitalização começou com uma exposição de fotos na Capela São José.[2] A mais famosa fábrica do Belenzinho, parte da Vila Maria Zélia, foi a Companhia Nacional de Tecidos de Juta, fundada pelo industrial Jorge Street. A fábrica foi construída na confluência da Rua dos Prazeres com a Rua Cachoeira, em um terreno adquirido do Cel. Fortunato Goulart, operando de 1851 até 1986 e empregando 2.500 operários.[5] Além de Street, foram primordiais também as atuações fabris dos empresários imigrantes Simeon Boyes e Francesco Matarazzo para o desenvolvimento da região.[1] Outros destaques do bairro incluem a Athleta, fundada em 1935 como Malharia Santa Isabel, que se tornou uma referência em moda esportiva nos anos 1940, e o Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, inaugurado em 1944 para atender mulheres carentes.[6] O Belenzinho também tinha o grandioso Cine Mônaco São José, um ponto de encontro cultural importante, e é conhecido por suas instituições educacionais, como o antigo Reformatório Modelo, que se transformou no Instituto Disciplinar e, posteriormente, na Fundação CASA.[4] Na várzea do rio Tietê, foram descobertas jazidas de areia ideais para a manufatura de vidro branco, levando ao estabelecimento de várias vidrarias no Belenzinho, como a Germânia e Cristais Cambé.[2] O Belenzinho já foi um bairro bucólico, com áreas arborizadas e propriedades rurais, como a Rua 21 de Abril, que abrigava o famoso Minarete, uma república de estudantes e boêmios.[6] Atualidade Diferentes estilos arquitetônicos. Rua típica do bairro. Desde os anos 2000, o bairro do Belenzinho em São Paulo tem passado por diversas transformações que refletem tanto as mudanças urbanas quanto as sociais.[3] Uma das principais características desse período foi o processo de gentrificação, que trouxe uma revitalização de áreas antigas e a construção de novos empreendimentos imobiliários. Isso resultou em uma valorização do mercado imobiliário local, atraindo um novo perfil de moradores e modificando a paisagem urbana.[5][7] O Belenzinho, que já foi um bairro predominantemente industrial, viu muitas de suas antigas fábricas serem transformadas em espaços culturais e residenciais.[2] Essa transformação tem sido acompanhada por um movimento de resistência à verticalização, semelhante ao que ocorreu em outros bairros históricos de São Paulo, onde os moradores lutam para preservar a qualidade de vida e a identidade local.[4] Além disso, o bairro tem se beneficiado de melhorias na infraestrutura urbana, como a expansão das linhas de metrô e a modernização de vias públicas, que facilitaram o acesso e a mobilidade dos moradores.[8][7]Essas mudanças contribuíram para que o Belenzinho se tornasse um local mais atrativo para jovens profissionais e famílias em busca de um ambiente urbano mais dinâmico e diversificado.[5] O Belenzinho foi oficialmente criado em 26 de junho de 1899. No início do século XX, a população era de cerca de 10.000 pessoas, crescendo para quase 60.000 nos anos 1950 e 1960. O bairro é uma verdadeira mescla de imigrantes, incluindo portugueses, espanhóis, italianos, e mais recentemente, chineses e libaneses, distribuídos ao longo de seus 6 km² de área.[2] As terras do Belenzinho faziam parte das chamadas Sesmarias, sendo seu antigo dono João Ramalho. O bairro nasceu a partir do Marco (rocio) de Meia Légua, com uma circunferência de 3,3 km de raio a partir da Praça da Sé (marco zero) em 1769.[4] Ao longo do tempo, o bairro passou por significativas transformações, pertencendo à Freguesia do Senhor Bom Jesus de Matozinhos do Brás.[5] No final do século XIX e início do século XX, o Belenzinho era conhecido como uma "aprazível estância climática", com uma altitude de 750 metros acima do nível do mar, oferecendo um ambiente isolado, com ar puro e vastas áreas arborizadas.[3] A Vila Maria Zélia, um antigo bairro operário fundado em 1917, é um marco histórico do bairro. Considerada a única vila operária do gênero no país, a Vila Maria Zélia está em busca de revitalização.[5] Embora tombada pelo Estado em 1992, muitos de seus prédios estão em ruínas ou desfigurados, mas um projeto de revitalização começou com uma exposição de fotos na Capela São José.[2] A mais famosa fábrica do Belenzinho, parte da Vila Maria Zélia, foi a Companhia Nacional de Tecidos de Juta, fundada pelo industrial Jorge Street. A fábrica foi construída na confluência da Rua dos Prazeres com a Rua Cachoeira, em um terreno adquirido do Cel. Fortunato Goulart, operando de 1851 até 1986 e empregando 2.500 operários.[5] Além de Street, foram primordiais também as atuações fabris dos empresários imigrantes Simeon Boyes e Francesco Matarazzo para o desenvolvimento da região.[1] Outros destaques do bairro incluem a Athleta, fundada em 1935 como Malharia Santa Isabel, que se tornou uma referência em moda esportiva nos anos 1940, e o Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, inaugurado em 1944 para atender mulheres carentes.[6] O Belenzinho também tinha o grandioso Cine Mônaco São José, um ponto de encontro cultural importante, e é conhecido por suas instituições educacionais, como o antigo Reformatório Modelo, que se transformou no Instituto Disciplinar e, posteriormente, na Fundação CASA.[4] Na várzea do rio Tietê, foram descobertas jazidas de areia ideais para a manufatura de vidro branco, levando ao estabelecimento de várias vidrarias no Belenzinho, como a Germânia e Cristais Cambé.[2] O Belenzinho já foi um bairro bucólico, com áreas arborizadas e propriedades rurais, como a Rua 21 de Abril, que abrigava o famoso Minarete, uma república de estudantes e boêmios.[6] Atualidade Diferentes estilos arquitetônicos. Rua típica do bairro. Desde os anos 2000, o bairro do Belenzinho em São Paulo tem passado por diversas transformações que refletem tanto as mudanças urbanas quanto as sociais.[3] Uma das principais características desse período foi o processo de gentrificação, que trouxe uma revitalização de áreas antigas e a construção de novos empreendimentos imobiliários. Isso resultou em uma valorização do mercado imobiliário local, atraindo um novo perfil de moradores e modificando a paisagem urbana.[5][7] O Belenzinho, que já foi um bairro predominantemente industrial, viu muitas de suas antigas fábricas serem transformadas em espaços culturais e residenciais.[2] Essa transformação tem sido acompanhada por um movimento de resistência à verticalização, semelhante ao que ocorreu em outros bairros históricos de São Paulo, onde os moradores lutam para preservar a qualidade de vida e a identidade local.[4] Além disso, o bairro tem se beneficiado de melhorias na infraestrutura urbana, como a expansão das linhas de metrô e a modernização de vias públicas, que facilitaram o acesso e a mobilidade dos moradores.[8][7]Essas mudanças contribuíram para que o Belenzinho se tornasse um local mais atrativo para jovens profissionais e famílias em busca de um ambiente urbano mais dinâmico e diversificado.[5] Culturalmente, o Belenzinho continua a ser um ponto de encontro para eventos artísticos e comunitários, mantendo viva a tradição de ser um bairro com forte identidade cultural.[2] A presença de centros culturais e a realização de eventos locais ajudam a preservar a rica herança cultural do bairro, ao mesmo tempo em que promovem a integração entre os novos e antigos moradores.[3][8][7] Culturalmente, o Belenzinho continua a ser um ponto de encontro para eventos artísticos e comunitários, mantendo viva a tradição de ser um bairro com forte identidade cultural.[2] A presença de centros culturais e a realização de eventos locais ajudam a preservar a rica herança cultural do bairro, ao mesmo tempo em que promovem a integração entre os novos e antigos moradores.[3][8São Paulo - SPDia Oficial 26 de junho Fundação 26 de julho de 1899 (125 anos) Imigração predominante Itália Distrito Belém Subprefeitura Mooca Região Administrativa Leste ver Belenzinho é um bairro da cidade de São Paulo localizado na região central adjacente à Paróquia São José do Belém, no distrito do Belém, administrado pela Subprefeitura da Mooca. [1] História Ver artigo principal: Vila Maria Zélia O bairro do Belenzinho, situado na zona leste de São Paulo, é uma área rica em história e diversidade cultural que se desenvolveu ao longo dos séculos.[2] O nome "Belenzinho" deriva do bairro vizinho, Belém, que por sua vez foi nomeado em homenagem à Igreja São José do Belém, estabelecida em 14 de agosto de 1897 e um ponto central para a comunidade local.[3] Vila Maria Zélia, antigo bairro operário que se situa no bairro. Traçado do bairro, Mapa Oficial da cidade em 1929, grafado na época como "Belemzinho". Igreja São José do Belém, marco do bairro localizada no Largo de mesmo nome. O Belenzinho foi oficialmente criado em 26 de junho de 1899. No início do século XX, a população era de cerca de 10.000 pessoas, crescendo para quase 60.000 nos anos 1950 e 1960. O bairro é uma verdadeira mescla de imigrantes, incluindo portugueses, espanhóis, italianos, e mais recentemente, chineses e libaneses, distribuídos ao longo de seus 6 km² de área.[2] As terras do Belenzinho faziam parte das chamadas Sesmarias, sendo seu antigo dono João Ramalho. O bairro nasceu a partir do Marco (rocio) de Meia Légua, com uma circunferência de 3,3 km de raio a partir da Praça da Sé (marco zero) em 1769.[4] Ao longo do tempo, o bairro passou por significativas transformações, pertencendo à Freguesia do Senhor Bom Jesus de Matozinhos do Brás.[5] No final do século XIX e início do século XX, o Belenzinho era conhecido como uma "aprazível estância climática", com uma altitude de 750 metros acima do nível do mar, oferecendo um ambiente isolado, com ar puro e vastas áreas arborizadas.[3] A Vila Maria Zélia, um antigo bairro operário fundado em 1917, é um marco histórico do bairro. Considerada a única vila operária do gênero no país, a Vila Maria Zélia está em busca de revitalização.[5] Embora tombada pelo Estado em 1992, muitos de seus prédios estão em ruínas ou desfigurados, mas um projeto de revitalização começou com uma exposição de fotos na Capela São José.[2] A mais famosa fábrica do Belenzinho, parte da Vila Maria Zélia, foi a Companhia Nacional de Tecidos de Juta, fundada pelo industrial Jorge Street. A fábrica foi construída na confluência da Rua dos Prazeres com a Rua Cachoeira, em um terreno adquirido do Cel. Fortunato Goulart, operando de 1851 até 1986 e empregando 2.500 operários.[5] Além de Street, foram primordiais também as atuações fabris dos empresários imigrantes Simeon Boyes e Francesco Matarazzo para o desenvolvimento da região.[1] Outros destaques do bairro incluem a Athleta, fundada em 1935 como Malharia Santa Isabel, que se tornou uma referência em moda esportiva nos anos 1940, e o Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, inaugurado em 1944 para atender mulheres carentes.[6] O Belenzinho também tinha o grandioso Cine Mônaco São José, um ponto de encontro cultural importante, e é conhecido por suas instituições educacionais, como o antigo Reformatório Modelo, que se transformou no Instituto Disciplinar e, posteriormente, na Fundação CASA.[4] Na várzea do rio Tietê, foram descobertas jazidas de areia ideais para a manufatura de vidro branco, levando ao estabelecimento de várias vidrarias no Belenzinho, como a Germânia e Cristais Cambé.[2] O Belenzinho já foi um bairro bucólico, com áreas arborizadas e propriedades rurais, como a Rua 21 de Abril, que abrigava o famoso Minarete, uma república de estudantes e boêmios.[6] Atualidade Diferentes estilos arquitetônicos. Rua típica do bairro. Desde os anos 2000, o bairro do Belenzinho em São Paulo tem passado por diversas transformações que refletem tanto as mudanças urbanas quanto as sociais.[3] Uma das principais características desse período foi o processo de gentrificação, que trouxe uma revitalização de áreas antigas e a construção de novos empreendimentos imobiliários. Isso resultou em uma valorização do mercado imobiliário local, atraindo um novo perfil de moradores e modificando a paisagem urbana.[5][7] O Belenzinho, que já foi um bairro predominantemente industrial, viu muitas de suas antigas fábricas serem transformadas em espaços culturais e residenciais.[2] Essa transformação tem sido acompanhada por um movimento de resistência à verticalização, semelhante ao que ocorreu em outros bairros históricos de São Paulo, onde os moradores lutam para preservar a qualidade de vida e a identidade local.[4] Além disso, o bairro tem se beneficiado de melhorias na infraestrutura urbana, como a expansão das linhas de metrô e a modernização de vias públicas, que facilitaram o acesso e a mobilidade dos moradores.[8][7]Essas mudanças contribuíram para que o Belenzinho se tornasse um local mais atrativo para jovens profissionais e famílias em busca de um ambiente urbano mais dinâmico e diversificado.[5] O Belenzinho foi oficialmente criado em 26 de junho de 1899. No início do século XX, a população era de cerca de 10.000 pessoas, crescendo para quase 60.000 nos anos 1950 e 1960. O bairro é uma verdadeira mescla de imigrantes, incluindo portugueses, espanhóis, italianos, e mais recentemente, chineses e libaneses, distribuídos ao longo de seus 6 km² de área.[2] As terras do Belenzinho faziam parte das chamadas Sesmarias, sendo seu antigo dono João Ramalho. O bairro nasceu a partir do Marco (rocio) de Meia Légua, com uma circunferência de 3,3 km de raio a partir da Praça da Sé (marco zero) em 1769.[4] Ao longo do tempo, o bairro passou por significativas transformações, pertencendo à Freguesia do Senhor Bom Jesus de Matozinhos do Brás.[5] No final do século XIX e início do século XX, o Belenzinho era conhecido como uma "aprazível estância climática", com uma altitude de 750 metros acima do nível do mar, oferecendo um ambiente isolado, com ar puro e vastas áreas arborizadas.[3] A Vila Maria Zélia, um antigo bairro operário fundado em 1917, é um marco histórico do bairro. Considerada a única vila operária do gênero no país, a Vila Maria Zélia está em busca de revitalização.[5] Embora tombada pelo Estado em 1992, muitos de seus prédios estão em ruínas ou desfigurados, mas um projeto de revitalização começou com uma exposição de fotos na Capela São José.[2] A mais famosa fábrica do Belenzinho, parte da Vila Maria Zélia, foi a Companhia Nacional de Tecidos de Juta, fundada pelo industrial Jorge Street. A fábrica foi construída na confluência da Rua dos Prazeres com a Rua Cachoeira, em um terreno adquirido do Cel. Fortunato Goulart, operando de 1851 até 1986 e empregando 2.500 operários.[5] Além de Street, foram primordiais também as atuações fabris dos empresários imigrantes Simeon Boyes e Francesco Matarazzo para o desenvolvimento da região.[1] Outros destaques do bairro incluem a Athleta, fundada em 1935 como Malharia Santa Isabel, que se tornou uma referência em moda esportiva nos anos 1940, e o Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, inaugurado em 1944 para atender mulheres carentes.[6] O Belenzinho também tinha o grandioso Cine Mônaco São José, um ponto de encontro cultural importante, e é conhecido por suas instituições educacionais, como o antigo Reformatório Modelo, que se transformou no Instituto Disciplinar e, posteriormente, na Fundação CASA.[4] Na várzea do rio Tietê, foram descobertas jazidas de areia ideais para a manufatura de vidro branco, levando ao estabelecimento de várias vidrarias no Belenzinho, como a Germânia e Cristais Cambé.[2] O Belenzinho já foi um bairro bucólico, com áreas arborizadas e propriedades rurais, como a Rua 21 de Abril, que abrigava o famoso Minarete, uma república de estudantes e boêmios.[6] Atualidade Diferentes estilos arquitetônicos. Rua típica do bairro. Desde os anos 2000, o bairro do Belenzinho em São Paulo tem passado por diversas transformações que refletem tanto as mudanças urbanas quanto as sociais.[3] Uma das principais características desse período foi o processo de gentrificação, que trouxe uma revitalização de áreas antigas e a construção de novos empreendimentos imobiliários. Isso resultou em uma valorização do mercado imobiliário local, atraindo um novo perfil de moradores e modificando a paisagem urbana.[5][7] O Belenzinho, que já foi um bairro predominantemente industrial, viu muitas de suas antigas fábricas serem transformadas em espaços culturais e residenciais.[2] Essa transformação tem sido acompanhada por um movimento de resistência à verticalização, semelhante ao que ocorreu em outros bairros históricos de São Paulo, onde os moradores lutam para preservar a qualidade de vida e a identidade local.[4] Além disso, o bairro tem se beneficiado de melhorias na infraestrutura urbana, como a expansão das linhas de metrô e a modernização de vias públicas, que facilitaram o acesso e a mobilidade dos moradores.[8][7]Essas mudanças contribuíram para que o Belenzinho se tornasse um local mais atrativo para jovens profissionais e famílias em busca de um ambiente urbano mais dinâmico e diversificado.[5] Culturalmente, o Belenzinho continua a ser um ponto de encontro para eventos artísticos e comunitários, mantendo viva a tradição de ser um bairro com forte identidade cultural.[2] A presença de centros culturais e a realização de eventos locais ajudam a preservar a rica herança cultural do bairro, ao mesmo tempo em que promovem a integração entre os novos e antigos moradores.[3][8][7] Culturalmente, o Belenzinho continua a ser um ponto de encontro para eventos artísticos e comunitários, mantendo viva a tradição de ser um bairro com forte identidade cultural.[2] A presença de centros culturais e a realização de eventos locais ajudam a preservar a rica herança cultural do bairro, ao mesmo tempo em que promovem a integração entre os novos e antigos moradores.[3][8